Acreditar em si mesmo

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domingo, 15 de maio de 2016

A onde está as deficiências?


Denise Fagundes Idade: 21 anos Cidade: Goiânia GO.

Apontar os defeitos que você acha que o outro tem jamais o tornará perfeito.

Sou Denise, moro na cidade de Goiânia há 13 anos.

Me considero extrovertida, responsável,companheira e vaidosa.

Tenho uma personalidade muito forte e as vezes acho que isso é um defeito, porém, nem sempre.

Qual motivo que fez você usar uma cadeira de rodas?

Tenho uma doença genética chamada Atrofia Muscular Espinhal - tipo: 2 (AME 2)

Quais são as maiores barreiras que enfrenta em seu dia a dia?

AME 2 é uma doença degenerativa, com isso me tornei uma pessoa bastante dependente e as barreiras são diárias e numerosas.

Parece horrível, e é sim, na maioria das vezes.

Mas quero que saibam que por mais barreiras que possam haver não me deixo vencer!

Na sua opinião, é mais complicado a aceitação para uma pessoa que já caminhou ficar cadeirante ou uma pessoa que nunca chegou a caminhar ficar cadeirante?

Eu penso que é mais difícil a aceitação.

Você encontrou sua aceitação?

Você é uma pessoa feliz?

Nós todos temos dias bons e ruins, mas eu posso dizer com convicção que eu me aceito sim.

Gosto de quem sou!

Já passou por alguma situação de preconceito, que gostaria de compartilhar com nossos leitores?

Para lhe ser sincera eu não lembro.

Sempre tive a sorte de estar rodeada por pessoas legais que me mantive otimista que nem tive tempo para notar preconceitos.

Que recado você deixaria para uma pessoa preconceituosa?

Apontar os "defeitos" que você acha que o outro tem jamais o tornará perfeito, até porque a perfeição não existe e nunca existirá.

Não se limite aos supostos padrões, isso somente o levará a ignorância.

Tudo na vida tem dois lados, (lado bom e lado ruim) procure ter olhar com mais otimismo e de coração aberto para as diferenças.

Você pensa em ter um grande amor e formar família?

Sim, ainda espero encontrar o homem certo para mim.

Qual seu grande objetivo de vida?

Quero estudar, me formar, encontrar um amor e ter uma vida feliz.

Quem sempre esteve ao seu lado que merece ser lembrado?

Tenho uma família muito amorosa, todos merecem e sempre serão lembrados com carinho por mim mas minha mãe é uma heroína, uma mulher totalmente admirável.

Todo mundo deveria uma mãe igual a minha.

Agradecemos à Denise Fagundes por ter participado de nossa coluna de entrevistas e poder contar um pouco de sua para nossos amigos leitores.




Fonte: – Cadeirantes Life



Vida Reta

A vida reta pode ser o ponto mais nobre e importante de superação para uma vida feliz.

Pode ser a superação do corpo e da alma, das injurias e deficiências do mundo, as quais podemos dizer que é a infelicidade humana.

A constante prática das virtudes pode nos proporcionar uma vida de retidão.

O ser humano que tem uma vida reta, na prática das virtudes, pode ser uma pessoa que dificilmente será atingida por tantos problemas capazes de gerar infelicidade.

Podemos até mesmo pensar que seja possível superar os problemas mais diretos como a dor, questões de nível socioeconômico e de nível cultural.

Gilvan Lopes da Silva



Onde estão as deficiências?



Onde estão as deficiências?


Neste fim de semana fomos realizar um sonho junto com a minha pequena Manu, fomos assistir ao Disney On Ice em Porto Alegre, no Gigantinho.

O bacana de ser mãe e pai, é que agente volta a ser criança e realiza sonhos de infância.

A história, e o motivo deste post, começam na compra dos ingressos, vendidos pela empresa Ingresso Rápido, na internet e em alguns pontos de venda em Porto Alegre.

Em função de morar no interior do Rio Grande do Sul sempre compro ingressos on-line, é mais prático e fazemos a retirada no local, no dia do evento.

Quando entrei no site para ver quais as opções de ingresso, constatei que não era possível escolher o local do mapa onde ficam os cadeirantes, então enviei um e-mail para a empresa para que me informasse como deveria fazer para adquirir os ingressos destinados para Pessoas com Deficiência.

Recebo a primeira resposta informando que os ingressos para pessoas com deficiência só poderiam ser comprados na bilheteria do local e que sim, poderíamos comprar as cadeiras ao lado do espaço para os cadeirantes, o local de ingresso mais caro do espetáculo.

Bem, foi o mesmo que mexer com a cria da Leoa!

Respondi àquele e-mail muito indignada, dizendo que a empresa Ingresso Rápido acabara com meu sonho e o de minha filha!

Como um sistema proporciona a compra de ingressos para todas as pessoas, pela internet, menos para quem tem uma deficiência?

Ou seja, aqueles que mais têm dificuldades precisam ir até lá para comprar???

Enquanto a massa compra da comodidade de seus lares...

E se não bastasse isso, só poderia ir se comprasse o ingresso mais caro do espetáculo?

Então infelizmente eu não poderia.

Questionei onde estava a deficiência?

No sistema deles ou em mim???

Recebi uma bela resposta dizendo que o local onde eu queria comprar não tinha acessibilidade!!!!

Daí rugi, com todas as minhas forças!!!

Resolvi, com o apoio de muitas pessoas pelas redes sociais que não desistiria, escrevi mais um e-mail para a mesma empresa e para a Opus promoções, dizendo que eles precisam parar para pensar que as Pessoas com Deficiência tem família, filhos e eu jamais iria ao espetáculo se tivesse que ir separada da minha filha, afinal perderia toda a motivação e a razão daquela vontade de vermos juntas um espetáculo que une as gerações. Mas porque eu precisaria para o valor mais alto do espetáculo?

Quem é que tem limitações neste caso?

Finalmente então recebi o retorno esperado, da forma correta de comprar aqueles ingressos!

A Opus me orientou a comprar o ingresso mais barato da sessão que eu queria ir, para mim, minha filha e meu acompanhante!

Muito bem, aplausos!!!

Mas e quem não é do tipo de ir à luta?
Quem não tem a habilidade da escrita para chegar até quem tem que ouvir as reclamações?

Estas pessoas desistem de seus sonhos?

Muitas vezes sim, desistem, mas não deveriam!

Chegando lá no espetáculo, munida de todos os documentos e curiosa para saber como seria recebida, fomos muito bem atendidos, acomodados e pudemos curtir o show bem de pertinho, pelo preço que podíamos pagar!

Foi maravilhoso!

Quem sabe um dia as pessoas não precisem passar por estas “provas”, ainda é preciso pedir, implorar, chorar as mágoas, explicar o caso, justificar e lembrar todos os detalhes daquilo que nos torna “pessoas com deficiência” para termos nossos direitos preservados e para que possamos fazê-los valer!

É preciso, olhar para as feridas e cutucá-las!

É preciso comprovar, provar, documentar, gritar... infelizmente...

Além de tudo isso, quase uma novela, um caso policial, para poder adquirir meros ingressos ainda temos a surpresa final.

Sim, porque por mais prevenidos, organizados, corajosos e lutadores por direitos que somos, ainda temos surpresas!

O antigo Gigantinho, ao lado do belíssimo Beira Rio, remodelado para a Copa do Mundo de 2014, acredite:

Não tem banheiros para pessoas com deficiência!

Então: lutamos pelo direito de ir e vir (o mínimo, básico direito que todas as pessoas têm preservados e nós não temos) e ainda por cima não podemos ter vontade de fazer xixi!!!!

Agente chora?

Ou agente ri pra não chorar?

Pra não estragar o lindo e mágico momento agente dá um jeito!!!

Com meninas muito queridas do setor de limpeza e organização fecharam o banheiro inteiro para que eu pudesse fazer um xixi básico!

Assim, bola pra frente e vamos para a próxima!

Cabeça erguida e prontos para o próximo desafio para poder sobreviver em uma sociedade totalmente deficiente!




Fonte: - cadeirantes life



Comentário:

Infelizmente nos tempos atuais temos uma inversão de valores pela sociedade.

Com a tal globalização hoje aceitamos e apoiamos valores sem discussão ou debate sobre o tema.

Valores esses que na maioria vai contra os mais necessitados, por se dar preferência para banalidades.

É preciso revermos nos conceitos e valores em relação aos nossos semehantes e tratá-los com respeito e dignidade.

Quem somos nós, simples humanos sujeitos a todo tipo de tentação e desvios de caminho para apontarmos os defeitos dos outros.

Se pararmos para refletir veremos que somos todos deficientes, sim!

Porque temos as deficiências visíveis  e as invisíveis.

As visíveis são: cadeirantes, amputados, cegos, síndrome de down, surdos, e outros.

As invisíveis são: os cardíacos, os diabéticos, os hemofílicos e outras.

Todos vivem com limitações e quando somos limitados somos deficitários portanto querendo ou não temos limitações.

Mas, é preciso que a sociedade tenha consciência sobre isso e assim respeite os nossos direitos de ir e vir, como qualquer outro cidadão membro da sociedade.

Afinal também temos o direito de ter o nosso espaço; porque querendo ou não as diferenças fazem parte do mundo.



Pense Nisso.








Um comentário:

  1. Na minha visão a nossa sociedade precisa abolir certos padrões pré estabelecidos sobre o que é perfeição, porque a perfeição propriamente dita é relativa, na verdade ninguém é perfeito todos nós temos limitações umas visíveis outras não; agora não entendo o porque do preconceito com os deficientes, são cidadãos com os mesmos direito que qualquer outro membro de nossa sociedade, independente de qualquer restrição ou condição física ou mental.

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