Acreditar em si mesmo

Acreditar em si mesmo

terça-feira, 30 de maio de 2017

Opção uma questão de escolhas.



A opção da simplicidade.



Muitas pessoas reclamam da correria de suas vidas.

Acham que têm compromissos demais e culpam a complexidade do mundo moderno.

Entretanto, inúmeras delas multiplicam suas tarefas sem real necessidade.

Viver com simplicidade é uma opção que se faz.

Muitas das coisas consideradas imprescindíveis à vida, na realidade, são supérfluas.

A rigor, enquanto buscam coisas, as criaturas se esquecem da vida em si.

Angustiadas por múltiplos compromissos, não refletem sobre sua realidade íntima.

Olvidam do que gostam, não pensam no que lhes traz paz, enquanto sufocam em buscas vãs.

De que adianta ganhar o mundo e perder-se a si próprio?

Se a criatura não tomar cuidado, ter e parecer podem tomar o lugar do ser.

Ninguém necessita trocar de carro constantemente, ter incontáveis sapatos, sair todo final de semana.

É possível reduzir a própria agitação, conter o consumismo e redescobrir a simplicidade.

O simples é aquele que não simula ser o que não é, que não dá demasiada importância a sua imagem, ao que os outros dizem ou pensam dele.

A pessoa simples não calcula os resultados de cada gesto, não tem artimanhas e nem segundas intenções.

Ela experiência a alegria de ser, apenas.

Não se trata de levar uma vida inconsciente, mas de reencontrar a própria infância.

Mas uma infância como virtude, não como estágio da vida.

Uma infância que não se angustia com as dúvidas de quem ainda tem tudo por fazer e conhecer.

A simplicidade não ignora, apenas aprendeu a valorizar o essencial.

Os pequenos prazeres da vida, uma conversa interessante, olhar as estrelas, andar de mãos dadas, tomar sorvete...

Tudo isso compõe a simplicidade do existir.

Não é necessário ter muito dinheiro ou ser importante para ser feliz.

Mas é difícil ter felicidade sem tempo para fazer o que se gosta.

Não há nada de errado com o dinheiro ou o sucesso.

É bom e importante trabalhar, estudar e aperfeiçoar-se.

Progredir sempre é uma necessidade humana.

Mas isso não implica viver angustiado, enquanto se tenta dar cabo de infinitas atividades.

Se o preço do sucesso for ausência de paz, talvez ele não valha a pena.

As coisas sempre ficam para trás, mais cedo ou mais tarde.

Mas há tesouros imateriais que jamais se esgotam.

As amizades genuínas, um amor cultivado, a serenidade e a paz de espírito são alguns deles.

Preste atenção em como você gasta seu tempo.

Analise as coisas que valoriza e veja se muitas delas não são apenas um peso desnecessário em sua existência.

Experimente desapegar-se dos excessos.

Ao optar pela simplicidade, talvez redescubra a alegria de viver.

Pense nisso.


Fonte: - Momento Espírita. Disponível no livro Momento Espírita, v. 8, ed. FEP. Em 24.3.2014.




Opção importante.



Você já estourou pipoca que não tenha sido no micro-ondas?

Se já o fez, deve ter observado a bela transformação do milho duro em pipoca macia.

Imagine o milho, fechado dentro da panela, sentindo cada vez mais o ambiente ficar quente.

Deve pensar que a sua hora chegou: vai morrer.

Dentro de sua casca dura, fechado em si mesmo, ele não pode supor destino diferente.

Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada.

Não faz ideia do que é capaz.

Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece e ele aparece como uma outra coisa, completamente diferente: pipoca branca e macia.


Podemos nos comparar ao milho de pipoca.

Somos criaturas duras, quebra dentes, insensíveis, incompreensíveis.

Tantas vezes, com uma visão distorcida da vida, sem valores reais.

Também passamos por transformações quando passamos pelo fogo.

É a dor.

São situações que nunca imaginamos vivenciar.

Pode ser um fogo de fora: um amor que se vai, um filho que adoece gravemente, o emprego perdido, a morte de um amigo, de um irmão.

Pode ser um fogo de dentro, cuja causa demoramos para descobrir e que nos atormenta por largo tempo: medo, ansiedade, depressão, pânico.

Enquanto estamos sofrendo a ação incômoda do fogo, desejamos ardentemente que ele se apague, a fim de que tenhamos repouso das dores.

Contudo, sem tal sofrimento não acontecerá a grande transformação.

Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito a vida inteira.

São pessoas de uma mesmice e dureza assombrosas.

Só que elas não percebem.

Acham que o seu jeito de ser está ótimo.

Por sua vez, existem pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar.

Acham que não pode existir nada mais maravilhoso do que o jeito delas serem.

A sua presunção e o medo são a dura casca que não estoura.

Essas podem ser comparadas ao piruá, aquele milho que se recusa a estourar e fica no fundo da panela, depois do alegre estouro da pipoca.

Lamentavelmente, essas criaturas não se permitem transformar na flor branca e macia para dar alegria a alguém.

Não desejam se tornar mais maleáveis, doces, amorosas.

Perdem a chance de conquistar amizades que poderiam, logo mais, se solidificar em amores para o futuro risonho.

Ser piruá ou pipoca estourada - eis uma opção.

Os que desejamos ser felizes e fazer a ventura dos que nos cercam, aceitamos as lições das dores, tornando-nos mais afáveis, gentis no trato, ponderados no falar.

Aprendemos a usar a empatia, a fim de compreendermos as dores alheias.


Na pauta das atividades do amigo da cruz, entre as criaturas humanas, destacam-se os seus labores junto aos padecentes de todos os matizes.

Com Ele, todo e qualquer sofrimento achará o remédio, os sofredores encontrarão o necessário amparo e a vida de todos terá a luz e o rumo dos quais careçam, para a completa ventura dos dias futuros.


Fonte: - Momento Espírita, com base em texto de autoria ignorada e pensamentos finais do cap. 11, do livro Vida e mensagem, pelo Espírito Francisco de Paula Vítor, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter. Em 12.7.2013.





Opções e caminhos.



Caminhar pela existência terrena é encontrar dificuldades, atribulações, dias difíceis e tentadores.

Tal como a escola sem desafios e feita somente de diversão e recreio perderia seu propósito, também a vida perderia sua proposta de aprendizado e crescimento se assim não fosse.

Essas situações se constituem, ao mesmo tempo, em desafios existenciais e convites ao aprendizado.

Cabe a cada um de nós perceber a riqueza de oportunidades que a vida nos oferece, mesmo que, muitas vezes, sob o jugo das dificuldades ou das dores.

O parente difícil, arrogante ou desrespeitoso pode ser o fomentador de nosso desequilíbrio, o causador de tensões familiares e contendas intermináveis.

Ou podemos considerá-lo como o convite da vida para estendermos um pouco mais os limites de nossa paciência, ampliar nosso olhar de compreensão sobre suas limitações.

Uma mesma situação, duas maneiras de ver.

A doença que nos chega repentina e avassaladora, redirecionando caminhos, limitando planos, pode ser vista como chamamento para a reflexão, para a modificação de valores e de postura perante a vida.

Da mesma forma, pode conduzir-nos à depressão, ao desânimo, à falência da fé.

A mesma ocorrência, caminhos distintos a serem tomados.

As dificuldades financeiras, a necessidade de esforço intenso para determinadas conquistas, os obstáculos frequentes para alcançar o que sonhamos pode ser um desestímulo, um convite ao abandono dos sonhos.

Porém, pode também se constituir em fonte de aprendizado e valorização das conquistas alcançadas.

Assim é feita nossa existência: de grandes e pequenos desafios.

Simples trabalhos e imensas dificuldades a enfrentar.

Cada um deles representa um convite que a vida nos faz.

E sempre caberá a nós a opção de como agir diante desses convites.

Não há no mundo quem não os tenha recebido.

Madre Tereza, no início de seu apostolado, era apenas uma desconhecida freira católica a pedir comida para os esfomeados da sua Calcutá, na Índia.

Foi Prêmio Nobel da Paz, paz que semeou pelo mundo das dores e das necessidades.

Francisco Cândido Xavier era um simples funcionário público, pouco escolarizado, a dialogar com os Espíritos e atender as dores do povo, no pequeno burgo de Pedro Leopoldo, em Minas Gerais.

Tornou-se a mais aprimorada antena psíquica que a Terra já recebeu.

Marie Curie, a grande mulher das ciências modernas, era apenas uma desconhecida imigrante polonesa, na Paris do século XIX, tentando estudar e sobreviver.

Foi Prêmio Nobel por duas vezes e ofereceu ao mundo as suas descobertas, amenizando dores dos seus irmãos em humanidade.

Nenhuma dessas conquistas foi simples ou fácil.

Nenhum desses sonhos foi alcançado sem grandes esforços e renúncias.

Porém, essas pessoas optaram por enfrentar os problemas, dificuldades e limitações pessoais, da melhor forma que lhes foi possível.

Somos o resultado das opções que fazemos.

Assim, se percebermos que algo há a melhorar, utilizemos o tempo de que ainda dispomos para isso.

Se concluirmos que os caminhos pelos quais transitamos não são os mais adequados, retifiquemos os próprios passos.

Teremos sempre a chance de corrigir nossos planos, reformular opções, refazer a estrada em algum ponto em que nos equivocamos.

Pensemos nisso.


Fonte: - Momento Espírita. Em 21.2.2015.












sábado, 27 de maio de 2017

Inclusão de deficientes e o preconceitos.



Inclusão de deficientes
e o preconceitos.



Incluir é um processo que requer conhecimento para aplicação não tenho dúvida alguma disso.

Grande parte do preconceito existe pelas pessoas de um modo em geral por não terem acesso as informações importantes de cada situação ou cenário.

Quando divulgamos, falamos a respeito das situações que incomodam por desconhecimento, passamos a romper barreiras.

Não pense que aqui estou falando apenas de pessoas com deficiência, cito também aquelas que são desprezadas pela sociedade, como as que estão acima do peso, ou ainda pela cor de sua pele, ou pela escolha sexual, ou por isso ou por aquilo.

Percebam é rever conceitos mesmo, questionar o por que de não aceitarmos o outro como ele é, o fato dele ser magro, alto, gordo, baixo, negro, mulato, crente, incrédulo, homossexual, bissexual e assim vai.

Para efeito didático, diferenciamos aqui preconceito e discriminação.

Podemos compreender discriminação no campo da desigualdade e, portanto, seu contraponto é a luta pela igualdade de direitos.

Já o preconceito está no campo da intolerância, da dificuldade de conviver com o diferente e seu contraponto seria a afirmação da diversidade, o direito à diferença, com igualdade de direitos.

Preconceito é, tanto para as diversas linhas da sociologia e da psicologia, categoria cognitiva, é atitude, implica em emoções, sentimentos negativos ou de desconforto diante daquilo ou daqueles que são considerados diferentes.

É relacionado aos valores, à tradição cultural e à construção de mentalidades.

E, portanto, o seu combate exige outros tipos de iniciativas distintas, exige a construção de estratégias e ações que visem interferir nestes valores, implica em esferas diferentes de ação.

Preconceito não, necessariamente, se manifesta em ação concreta, pode estar velado.

A discriminação é ação concreta que implica em tratamento que desconsidera as necessidades e especificidades dos sujeitos concretos.

Para ações de discriminação a Lei prevê sanções, punições, obrigatoriedades.

Eu não posso discriminar negros, mulheres, crianças, homossexuais ou pessoas com deficiência porque são diferentes do sujeito construído historicamente “homem, branco, adulto, heterossexual, sem deficiência”.

A lei proíbe qualquer tipo de discriminação e prevê mecanismos para coibi-las.

Portanto, planejar o combate às discriminações exige ações concretas com amparo legal.

Uma sociedade democrática, justa e humanitária pressupõe o respeito a todas as pessoas e a garantia de direitos, independente de sexo, cor, idade, condições físicas, mentais e orientação sexual.

Esta é uma disposição de nossa Lei maior, desde 1988 (CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988.:http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/Con… ).

Discussões como estas devem existir cada vez mais na sociedade, estimulando a transformação da mentalidade antiga para estes novos conceitos e visão de homens e mulheres, combatendo as desigualdades e valorizando a diversidade humana, em que todas as diferenças são fundamentais.

Não podemos esquecer que todas essas pessoas são repletas de competências, habilidades e atitudes, e tem que ser vistas em sua amplitude e não pelas suas limitações ou escolhas, caso existam.

Sinto a necessidade, de falar a respeito, até por viver este cenário, afinal tenho um filho com deficiência, e antes da deficiência ele é o meu filho, logo, ele é amado, como os meus outros filhos que não possuem deficiência, então espero que todos eles tenham seus direitos resguardados, como também que cumpram com os seus deveres.

Então, é necessário romper paradigmas, ir além do óbvio, repensar as razões pelas quais dificultamos com nossos pensamentos, atitudes, crenças e valores, a vida do outro.

Se podemos facilitar, se podemos ser agentes de aceitação e de mudança, porque reduzimos tudo, ao fazer de conta que eles não existem, ou tripudiar, ou tratar com desprezo, ou não aceitá-los simplesmente como são?

Agora parto para o foco real deste artigo, querer um mundo melhor para os nossos filhos, com respeito as diferenças e inclusão as crianças, e futuros adultos com deficiência é algo visceral.

O convite está lançado então, para o exercício frequente de um novo pensar, é desafio mesmo!

Na Maxximiza – Consultoria em Inclusão e Acessibilidade, encontrei algumas respostas que estão consolidando perspectivas até então apenas na imaginação, ela tornou-se certamente uma fonte rica de pesquisa acerca deste tema, e assim reforço que não deveremos cessar a busca de igualdade de direitos.

Pesquisas, leituras, vídeos, vivências, trocas de experiências são muito bem vindos, se expandirem as mentes, e tornarem-se facilitadores de um processo cada vez mais emergente.

Independentemente da relação que você tenha ou não com uma pessoa com deficiência, seja mãe, filho, irmão, companheiro, amigo, colega de trabalho; atenção, trabalhe ou seja um facilitador deste processo, permita o acesso destes ao nosso mundo, que possamos utilizar o nosso melhor em disponibilizar a eles o direito que todos nós temos.

É possível?

Abra sua mente!

Obrigada,

Sou Gisele de Luna, mãe do pequeno guerreiro Pedro Lucas (Possui uma lesão cerebral extensa do lado direito do seu cérebro que acarretou hemiparesia do lado esquerdo, e desorganização cerebral, trazendo a companhia de crises convulsivas controladas parcialmente por medicamentos), mãe do Arthur Francisco e do João Guilherme de Luna, casada com Marcos.

Sou psicóloga, coordenadora Empregabilidade da Maxximiza, analista de recursos humanos, cerimonialista e assessora em eventos, e blogueira.

Muito prazer!


Fonte; - www.maxximiza.com.br







Quatro em cada dez deficientes são vítimas de preconceito no trabalho



Levantamento da consultoria Talento Incluir mostra que o bullying é a forma de discriminação mais comum enfrentada pelos deficientes; trabalhadores relatam que empresas só contratam para cumprir a Lei de Cotas

Uma pesquisa realizada pela consultoria Talento Incluir em parceria com o site Vagas.com mostrou que 4 em cada 10 profissionais com deficiência já foram vítimas de preconceito no trabalho.

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, responderam a pesquisa pela internet 4.319 pessoas com deficiência, todas com currículos cadastrados no Vagas.com.

O bullying foi a forma de discriminação mais comum, apontada por 57% dos que dizem ter sofrido preconceito.

A Folha traz como exemplo o caso de Ingridy Rodrigues, 22, estudante de ciências da computação, que caminha com auxílio de muletas.

Segundo ela, em uma das empresas em que trabalhou como auxiliar, colegas mancavam perto dela zombando de seu jeito de andar.

Deixou o emprego após um mês e meio.

Não foi a única dificuldade.

Rodrigues diz ter atuado em uma companhia onde precisava carregar peso e em outra que exigia dela que caminhasse muito pela cidade:

São empresas que contratam para cumprir cota, não têm interesse de verdade no meu trabalho”.

A Lei de Cotas define que empresas com mais de cem funcionários devem ter um percentual de profissionais com deficiência que varia de 2% a 5% (quanto mais funcionários, maior a cota).

Segundo a pesquisa mais de 60% dos pesquisados dizem enfrentar dificuldades no mercado.


Para a cadeirante Carolina Ignarra, sócia da Talento Incluir, a acessibilidade é citada por apenas 16% das pessoas com deficiência como um problema.

A falta de oportunidades para o perfil do candidato (66%) e os salários baixos (40%) foram os problemas mais relatados:

No Brasil, já vivemos dificuldade nas cidades, no transporte, nas casas.

Elas nos fizeram estar adaptados para viver em um mundo que não é o ideal.

Acessibilidade importa, mas nem sempre é disso que a pessoa com deficiência mais precisa”, disse ela à Folha.

Segundo Ignarra, empresas devem perceber que profissionais com deficiência podem se desenvolver na carreira, em vez de sempre ocupar vagas de salário baixo, reservadas apenas ao cumprimento das cotas.


Fonte: - Link curto: http://brasileiros.com.br/M2sA2





Preconceito contra deficientes,
nossa maior barreira



Preconceito contra deficientes, nossa maior barreira – nem de longe as barreiras arquitetônicas são as maiores na vida de um cadeirante, na vida de uma pessoa com deficiência.

O maior entrave sempre foi o preconceito e a discriminação.

O preconceito contra as pessoas com deficiência tenta varrê-las para debaixo do tapete como se humanas não fossem.

Preconceito contra deficiente físico atrasa o seu crescimento profissional

Eu conheço na pele esse maldito preconceito contra deficientes.

Ele retardou em muito a minha entrada no mercado de trabalho.

Depois ele retardou e tentou impedir meu progresso dentro das empresas onde eu trabalhei.

Muitas pessoas não gostam de ser subordinadas hierarquicamente a uma pessoa com deficiência.

Elas nos consideram seres inferiores.

E isso desperta uma ira, uma inveja.

Ou seja, se sentem superiores como podem obedecer ordens de alguém tido como inferior?

O preconceito ocorre contra todos os tipos de deficiência.

A discriminação contra deficientes físicos se dá de modo bem disfarçado.

Ela se manifesta com um tratamento falsamente carinhoso.

Ali já começam a te colocar como inferior ao te considerar uma pessoinha frágil, um coitadinho.

E se você é coitadinho como poderá desempenhar qualquer função profissional?

Preconceito no trabalho ocorre principalmente se você estiver postulando um cargo maior, uma promoção, é nessa hora que a reação dos colegas vem à tona.

Muitos vão à chefia para dizer que você não pode ser promovido em razão de sua deficiência física.

Mesmo você já tendo provado até para o Papa toda a sua capacidade dentro da empresa.

É cruel, mas acontece com bem mais frequência do que você possa imaginar.

Discriminação contra deficientes físicos é algo, infelizmente, impregnado em nossa sociedade latino-americana.

No decorrer de cinco séculos sempre fomos usados por diversas religiões para a demonstração da bondade alheia.

Como se alguém fizesse um favor ao nos aceitar como iguais, ao nos permitir o convívio, a existência.

Infelizmente esse preconceito está presenta até em cabeças de pessoas estudadas, formadas em universidades.

Chega a ser inacreditável, surreal.

Mas existe.

Entretanto, jamais pense em jogar a toalha.

Lute sempre.

Lute firme.

Eu já ganhei e já perdi.

Mas venci.

E você também pode (e vai) vencer!


Fonte: - vaicadeirante.com











quarta-feira, 24 de maio de 2017

Quem é Lenín Moreno, o cadeirante que mantém esquerda no poder no Equador.

Moreno, depois de votar nas eleições de domingo: candidato da continuidade herda país dividido politicamente com problemas financeiros


Quem é Lenín Moreno, o cadeirante que mantém
esquerda no poder no Equador



Apesar de ser o herdeiro político de Rafael Correa, o presidente eleito do Equador, Lenín Moreno, de 64 anos, tem trajetória e perfil bem diferentes do antecessor que governou o país sul-americano por dez anos.

Com pouco mais de 51% dos votos, o candidato do Alianza País derrotou o candidato do Creando Oportunidades (CREO), de centro-direita.

A vitória de Moreno foi anunciada oficialmente nesta quarta-feira pelo Conselho Eleitoral equatoriano.

Além do resultado apertado, a eleição foi marcada por denúncias de fraude eleitoral.

A disputa acirrada provocou a polarização do eleitorado e enfrentar essa divisão será o primeiro obstáculo a ser superado pelo novo presidente do Equador.

Formado em administração pública, ex-professor e pai de três filhas, Moreno, de 64 anos, fez campanha buscando um perfil mais conciliador que Correa, de quem foi vice até 2013.

Comigo dá para dialogar”, disse reiteradas vezes durante a eleição.

Durante a campanha, contou com forte apoio de Correa, que pediu votos para Moreno.

Subia sempre ao palanque com um lenço verde nos ombros (a cor de sua campanha) e a bordo da cadeira de rodas que foi obrigado a adotar há quase 20 anos.

Cadeirante

Em 1998, Moreno, cujo primeiro nome foi uma homenagem do pai ao icônico líder russo, Vladimir Lenin, levou um tiro nas costas durante um assalto.

Perdeu a mobilidade das pernas e se tornou em um ativista de direitos de pessoas com deficiência, criando uma fundação beneficente, publicando livros e realizando palestras sobre o assunto.

Ele é, de acordo com vários meios de comunicação, o único chefe de Estado cadeirante no mundo atualmente.

Moreno nasceu na Amazônia equatoriana e é de família de origem humilde.

Foi para a capital, Quito, ainda adolescente, cursar administração.

Chegou a montar uma empresa de turismo, depois de se formar.

Sua carreira política começou quando passou a lutar pelos direitos para deficientes, sua principal bandeira.

O então vice deixou o governo em maio de 2013, após ser nomeado enviado especial das Nações Unidas para a Deficiência e a Acessibilidade, mudando-se para Genebra.

Morou lá até o ano passado, quando retornou ao Equador com a missão de dar longevidade ao legado político de Correa, uma tarefa que, segundo analistas, não será fácil, entre outras razões, por causa do estilo personalista do antecessor.

Moreno não é Correa e está mais aberto ao diálogo do que Correa, que viveu em conflito com diferentes setores, da iniciativa privada aos movimentos sociais.

No entanto, com os problemas econômicos atuais, seu governo não será fácil”, disse Simpón Pachano, professor de Ciência Política da Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (Flacso).

O problema é que o governo de Correa foi personalista e sua saída agora significa que teremos a incerteza pela frente.

O que ocorreria se Moreno ou se (o candidato da oposição) Guillermo Lasso tivesse sido eleito”, afirmou Pachano.

Mas há quem argumente que Correa deixa um país mais estável em termos políticos para o herdeiro.

Correa tem um estilo marcado pela forte presença nos vários ramos do governo, mas gerou estabilidade e passará a faixa presidencial, o que seus antecessores não conseguiram após quedas seguidas de governos eleitos”, observa o professor Carlos Aquino, da Universidade Mayor San Marco, de Lima

Dificuldades

No primeiro turno, Moreno tinha sido, com sobras, o candidato mais votado e a decisão só foi para o segundo turno por causa de 1 ponto porcentual dos votos.

O resultado do segundo turno também foi apertado.

Lasso chegou a comemorar a vitória, dizendo que “venceram a liberdade e a democracia”, assim que saiu o primeiro resultado de boca de urna.

Ele também disse que contestaria o resultado final.

Para acadêmicos, o novo governo terá que buscar acordos com importantes setores da população que tinham sido identificados como inimigos do regime de Rafael Correa, entre eles empresários, imprensa, movimentos sociais, e até certo ponto, as Forças Armadas.

O principal desafio político tem a ver com a alta polarização atualmente presente na sociedade equatoriana”, disse à BBC Paolo Moncagatta, professor de ciência política na Universidade de São Francisco de Quito.

Pablo Beltrán, doutor em políticas públicas, acredita que o resultado do segundo turno confirmou o que estava no ar antes da eleição.

Se algo é concreto após dez anos de correísmo é que há uma grande divisão da população; sem pontos intermediários: as pessoas são a favor ou contra Correa”, diz ele.

Essa divisão segue uma tendência de polarização verificada em outras eleições na América do Sul – como no Brasil, em 2014, na Argentina, em 2015, e no Peru, em 2016.

A divisão do país não é o único obstáculo a ser superado pela gestão de Moreno.

Moreno receberá também um país com uma economia em contração, influenciada pela queda do preço do petróleo, um produto essencial para o caixa do governo.

Uma das principais preocupações expressas pelos eleitores durante a campanha foi, justamente, em relação à desvalorização do petróleo.

Vicente Albornoz, diretor de economia da Universidade das Américas, acredita que o desafio imediato na área econômica é o deficit fiscal.

História

O novo presidente conta, contudo, com maioria na Assembleia Nacional (tem 74 dos 137 legisladores).

Ainda assim, vai enfrentar oposição ferrenha e um candidato derrotado que diz não reconhecer a legitimidade do governo de Moreno.

Também há dúvidas de como será a relação de Moreno não apenas com Correa, mas também com o vice eleito, Jorge Glas.

Eu acho que ninguém quer ficar de fora dos livros de história, mas, sem dúvida, Rafael Correa terá grande impacto na memória do Equador”, afirma Caroline Ávila, professora de comunicação política da Universidade do Azuay, em Cuenca, salientando que o maior dos desafios de Moreno será trabalhar sob a sombra de um presidente que ficou dez anos no poder.

A posse de Moreno está marcada para o dia 24 de maio.


Fonte: - BBC - turismoadaptado.wordpress.com



por Olhando Nos Olhos


A pressão sofrida pelas mães especiais.



Todos os dias lemos e assistimos infinitas coisas a respeito de filhos especiais, mas esquecemos de mencionar as mães e falar sobre suas lutas.

Sofremos diariamente uma pressão muito grande e de todos os lados.

A grande e maior cobrança vem de nós mesmas, porque por mais que façamos por nossos filhos temos sempre a absoluta certeza de que podemos fazer mais e melhor.

Sentimos um imenso vazio, a plena convicção de que podemos aprender mais, lutar mais, ser mais fortes...

Nossos filhos especiais são com frequência chamados de anjos, porque assim são, nos ensinam a ser pessoas melhores, mais calmas, pacientes e altruístas.

Quando uma mulher se prepara para ser mãe ela tem um bebê por cerca de dois anos e então esse bebê cresce, se desenvolve, vai criando independência.

Quando uma mãe tem um filho especial ela tem um bebê por longos anos, por mais independente que ele seja, são infinitas preocupações, com o desenvolvimento da fala, com a retirada das fraldas, com a deglutição, o sono ou a falta dele, as crises de choro, a capacidade de interagir, de se comunicar, o aprendizado...

Uma criança típica aprende pela observação, uma criança especial leva anos para aprender o simples ato de lavar as mãos e se estiver em um ambiente que sua segurança estiver ameaçada ele pode não conseguir fazer isso sozinha.

Nós mães especiais passamos noites em claro, muitas vezes porque eles não dormem, outras porque eles estão doentes e sua saúde é mais frágil, outras simplesmente porque estamos tão preocupadas que nossos olhos simplesmente não se fecham.

Algumas vezes também não dormimos porque nossa mente não esquece alguma frase ruim que ouvimos ou aquela que queríamos tanto ouvir, mas não tínhamos ninguém para nos apoiar.

Vivemos buscando terapia, escola com vaga de inclusão, direitos especiais, atendimentos especializados, locais que atendem mais rápido, que tem menos barulho.

Somos capazes de rodar o mundo em busca do melhor por eles, somos capazes também de acabar com amizades de anos para defender a dignidade dos nossos filhos.

Com o passar dos anos vamos desenvolvendo uma incrível capacidade de amar de ajudar a todos que precisam de uma palavra de afeto, mas infelizmente muitas vezes batemos de frente com a insensibilidade e a frieza.

Ouvimos pessoas nos julgando, dizendo que não sabemos educar, que deveríamos fazer de outra forma, que poderíamos ser melhores.

Acho que é muita crueldade, sinceramente, quem não faz parte disso falar assim, dizer que é culpa da mãe que a criança é assim.

Muitas vezes ouvi isso de amigos e familiares, que meu filho “era assim” por culpa minha e que eu não sabia lidar com ele, que eu medicava sem necessidade (???????), vou deixar ele ter convulsão até entrar em coma de novo?

É muita pressão sim, dizer que uma criança chora por culpa da mãe, não fala por culpa da mãe, não come por culpa da mãe, quando na verdade as pessoas ficam pouco tempo com essas crianças e no momento em que estão com elas tudo para elas é novidade.

Claro que na convivência tudo muda.

Uma mãe de criança especial sofre pressão demais para ainda sofrer pressão da sociedade, parentes e amigos.

Ela precisa de cuidados, ela precisa de ajuda, de carinho.

Ela é, antes de tudo, uma mulher, cheia de sonhos, de vida, de vontade de conversar, de amar e ser amada.

O que posso dizer para essas mães é que tenham força, que assim como eu acreditem em mundo melhor, eu não vou me calar, vou mostrar para o mundo que estamos aqui, que amamos nossos filhos e Deus nos escolheu por uma razão muito especial, somos as melhores mães que nossos filhos poderiam ter.


Quando temos um filho especial nos tornamos especiais também, abrimos mão das nossas vidas, deixamos para trás nossas prioridades, largamos muitas vezes nossas carreiras, faculdades, mudamos o rumo, não vamos mais ao shopping como íamos antes, não saímos mais com os amigos como saíamos antes, não viajamos mais nas férias para não tirar a segurança da rotina dos nossos filhos, não vamos a restaurantes, praias, salões de beleza, academias... abrimos mão de coisas pequenas em busca de um amor que só um filho especial pode nos dar, um amor puro, verdadeiro, que atravessa nossa alma, invade nosso coração, preenche nosso ser, faz cada segundo dessa vida valer a pena.

Mães, não percam a esperança.

A esperança é algo que devemos cultivar, porque a esperança sempre tem uma boa solução para tudo.


Grande beijo cheio de luz e paz. Mamãe


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