Acreditar em si mesmo

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segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Infecção urinária o pesadelo dos cadeirantes.




Infecção urinária: cuidado em dobro

Eis mais um assunto que gostaria muito de discutir com outros lesados medulares.

Nos primeiros meses no hospital, tive muitas infecções urinárias bem fortes, daquelas de ficar sem camisa e colocar compressas para diminuir de 40º a febre.

Foram os únicos dias em que tive medo de bater as botas.

Ou melhor, as luvas, já que nem botas dava pra bater.

Mesmo assim, no auge da febre não perdi o bom humor.

Minha irmã ficava acordada a noite inteira colocando compressas em mim e eu falava "põe compressa, mas sem pressa" ou então "estou com frio, estou vendo uma luz, brilhante, dá vontade de ir até ela... mas não vou alcançar o teto."

Sem brincadeira, depois daqueles casos de morte e amputação por causa de infecções urinárias fiquei atento e sigo todas as recomendações para evitá-las.

Mas mesmo assim tenho tido infecções constantemente, quase todo mês.

Mas como já conheço os sintomas, quando percebo que a urina está escura e com cheiro e sinto dores pelo corpo, inicio o antibiótico e não chego a ter febre.

Mas hoje de manhã foi diferente, já acordei com febre e iniciei o antibiótico, mas ainda está em 37,5º.

É a segunda pior infecção do ano.

Mesmo depois que aprendi a fazer o cateterismo na modalidade limpa, recomendado até pelo Sarah, continuo mantendo o modo estéril, com luvas plásticas esterilizadas e sonda estéril em todos os cats, exceto no banho, em que faço a limpa.

Mas ontem fiz o cat no Mineirão (fui assistir CruzeiroXInter), no banheiro para deficientes, não sei se foi o que influenciou a atual infecção, mas tem grande chance.

Agora, definitivamente, não faço mais em locais em que eu não tenha certeza da qualidade da limpeza realizada.

A seguir alguma teoria encontrada e métodos de prevenção.

Até os meados da década de 70, insuficiência renal e outras complicações do trato urinário eram as maiores causas de mortalidade em pacientes com lesão da medula espinhal (lesão raqueo medular - LRM) e a preservação da função renal é o principal objetivo do tratamento urológico de pacientes com LRM.

A maioria das complicações relacionadas ao trato urinário observadas em pacientes com LRM deve-se aos distúrbios da função da bexiga e do esfíncter que frequentemente acompanham o quadro de deficiências neurológicas.

O advento dos exames urodinâmicos contribuiu para um melhor entendimento dos distúrbios da bexiga (também chamada bexiga neurogênica), servindo de base para o acompanhamento urológico dos pacientes.

A monitorização periódica e criteriosa destes pacientes permite o diagnóstico precoce das complicações urológicas e pode prevenir a instalação de danos irreversíveis a função renal e vesical.

Outros importantes avanços terapêuticos foram os progressos no tratamento das infecções urinárias e da litíase (cálculos) renal e vesical.

Uma vez que a integridade do trato urinário esteja garantida e o paciente inserido num regime de acompanhamento urológico, novas considerações passam a ser importantes, destacando-se principalmente o controle da continência urinária e o estabelecimento de um método adequado de esvaziamento vesical.

Neste sentido, avanços importantes realizados foram a introdução do auto cateterismo intermitente, o desenvolvimento do esfíncter artificial, as técnicas cirúrgicas de ampliação vesical e derivações urinárias continentes e diferentes modalidades de estimulação elétrica vesical.

O tratamento dos distúrbios da micção nos pacientes com lesão medular não deve se basear somente em dados clínicos, levando em consideração a investigação laboratorial, radiológica e urodinâmica.

Os "exames urodinâmicos" constituem a melhor alternativa para estudar funcionalmente o trato urinário inferior.

Através da urodinâmica pode-se determinar e classificar o tipo de disfunção miccional e identificar fatores que coloquem o paciente sob maior risco de desenvolver complicações nos rins e bexiga.

Além da avaliação clínica-urodinâmica são necessários exames laboratoriais (creatinina sérica e hemograma; urina I e urocultura) e radiológicos (USG e uretrocistografia).

Estes exames são importantes como referência futura para o acompanhamento urológico, possibilitando avaliar o surgimento ou agravamento de possíveis alterações urológicas.

A partir da investigação urológica inicial podemos compreender a disfunção vesical de cada paciente e instituir o tratamento mais adequado.

É importante frisar que pacientes com lesão medular podem apresentar algum grau de recuperação neurológica por vários meses após o trauma em decorrência de regeneração da lesão, devendo-se evitar qualquer procedimento irreversível antes de 1 ano do trauma.

Fonte – blogdocadeirante.com.br



Comentário.

Como podemos ver nesta matéria que relata o sofrimento do rapaz com a infecção urinária; não é nada fácil cuidar dela, precisa ter muito cuidado com a higienização para se fazer o cateterismo com a sonda uretral de alívio; para se usar sonda vesical e para usar o uripen com bolsa coletora; ao melhor descuido pode-se adquirir uma infecção.

Digo isso porque faço uso da sonda uretral 10 de alívio e durante muito sofri com a infecção urinária, cheguei ao ponto de a infecção ser tão forte que acabei perdendo o rim direito.

Por isso ao ver está matéria resolvi compartilhar com vocês e ela possa vir a esclarecer e ajuda a todos.

Um abraço a todos!



A infecção urinária associada a cateteres.


É uma infecção que ocorre em alguém que tem um tubo (chamado cateter) colocada para drenar a urina do corpo.

Nomes alternativos

UTI associada ao uso de cateter, infecção do trato urinário associada ao uso de cateteres urinários, infecção do trato urinário adquiridas cateter, infecção do trato urinário associada a cuidados médicos, bacteriúria associada a cateter (sonda)

Causas, incidência e fatores de risco.

Tendo um cateter no interior do trato urinário aumenta a probabilidade de uma infecção do trato urinário e também podem tratar a infecção mais difícil.

Se um cateter urinário é esquerda por um longo período de tempo, as bactérias irão crescer nele.

Uma infecção prejudiciais pode ocorrer se o número de bactérias torna-se grande ou se as bactérias nocivas específicos no trato urinário.

Infecções do trato urinário maioria associados com o uso do cateter são causadas por bactérias.

No entanto, o fungo Candida podem causar infecções do trato urinário.

Os sintomas:

Cor anormal da urina (urina turva)

Sangue na urina (hematúria)

Cheiro de urina Foul ou forte

Necessidade frequente de urinar

Perda de urina ao redor do cateter

Pressão na parte inferior do abdômen ou pélvis

Outros sintomas que podem ocorrer com essa doença:

Calafrios

Fadiga

Febre

Dor no flanco

Alterações mentais ou confusão
 
Vômitos

Em pessoas mais velhas muitas vezes os únicos sinais de uma possível infecção do trato urinário são as alterações mentais ou confusão.

Exames e testes

O médico irá realizar um exame físico.

Os testes de urina são feitos para verificar se há infecção.

O teste de urina pode mostrar a presença de células sanguíneas brancas (leucócitos) e glóbulos vermelhos (RBC).

Uma cultura de urina pode ajudar a determinar o tipo de bactérias na urina, e o tratamento com antibióticos apropriados.  

Tratamento:

Os casos leves de infecção no trato urinário aguda pode desaparecer espontaneamente, sem tratamento.

No entanto, devido ao risco de disseminação da infecção para os rins (ITU complicada), o tratamento é geralmente recomendado.

Na maioria dos casos, o tratamento pode ser feito em nível ambulatorial.

MEDICAMENTOS:

Os antibióticos podem ser usados para controlar a infecção bacteriana e é importante que você terminar todas as suas antibióticos prescritos.

Alguns dos antibióticos que são comumente utilizados são: 

Cefalosporinas (ceftriaxona ou cefepime)

Fluoroquinolonas (ciprofloxacina, levaquin)

Penicilina (amoxicilina)

Quinolonas (ciprofloxacina)

Além disso, pode administrar medicação para relaxar os espasmos da bexiga (anticolinérgicos)

Cloridrato de fenazopiridina (Pyridium) pode ser usado para reduzir o ardor e urgência.

CIRURGIA:

Em geral, a cirurgia não é recomendado para uma infecção do tracto urinário relacionadas com a utilização de sondas ou cateteres.

No entanto, o uso prolongado de sondas no corpo (ou Foley cateter suprapúbica) deve ser trocado a cada mês, usando as técnicas de esterilização adequadas.

DIETA:

Ingestão de líquidos aumentada de 2000 para 4000 cc por dia aumenta o fluxo de urina. o que elimina bactérias da bexiga.

Evitar líquidos que irritam a bexiga, tais como álcool, sumos citricos e cafeína.

CONTROLE:

A monitorização pode incluir a cultura de urina para assegurar que as bactérias não estão mais presentes na bexiga.

Grupos de Apoio

Expectativas (prognóstico)

A cistite (infecção da bexiga), associadas com os cateteres são frequentemente difíceis de tratar.

A maioria das pessoas que tem um cateter por algum tempo ´irá desenvolver algum tipo de cistite.

Complicações:

A infecção do trato urinário crônica ou recorrente

Pedras nos rins ou na bexiga

Danos ou cicatriz renal crônica (hidronefrose)

Infecção grave da corrente saguínea (sepse)

Solicitação de assistência médica:Chame seu médico se você tiver sintomas de cistite ou infecção do trato urinário relacionada ao uso de cateter.

Se você tem cistite, chame se os sintomas piorarem ou se você tem:

Dor no flanco ou dor nas costas

Febre

Vômitos

Prevenção:

Cateteres urinários deve ser usado quando absolutamente necessário e não simplesmente por conveniência.

Deve ser removido quando não for mais necessário.

As infecções ocorrem com menos frequência com o uso de cateterismo intermitente em comparação com um cateter ou cateter.

Os cuidados de rotina do cateter permanente deve incluir a limpeza diária da área da uretra e o cateter com sabão e água.

Limpe cuidadosamente a área após as evacuações para prevenir a infecção.

Os especialistas não recomendam utilizando pomadas antimicrobianas em torno do cateter, uma vez que não tem sido demonstrado que, na verdade, reduzir infecções.

Aumentar a ingestão de líquidos para 3.000 cc de líquido por dia, a menos que você registrar um problema de saúde, que proíbe esse aumento.

Além disso, sempre manter o saco de drenagem para um nível mais baixo do que o da bexiga para evitar o refluxo de urina na bexiga.

Esvazie o dispositivo de drenagem, pelo menos, a cada 8 horas ou quando completos e ter cuidado para manter a válvula de saída de serem infectadas.

Lave as mãos antes e depois de manusear o dispositivo.

O seu médico pode prescrever um antibiótico de baixa dose diária para controlar o crescimento de bactérias em um cateter.

Eles também podem ser recomendados ou sumo arando vitamina C para ajudar a prevenir as infecções do trato urinário.

Referências

Hooton TM. Infecções do trato urinário nosocomial. In: Mandell GL, Bennett JE, Dolin R, eds. Principles and Practice of Infectious Diseases. 7 ed. Filadélfia, PA: Elsevier Churchill Livingstone, 2009: cap 304.

Moore KH, Fader M, Getliffe K. Gestão a longo prazo da bexiga por cateterismo intermitente em adultos e criança. Dados Cochrane Syst Rev 2007; 4: cd006008.

Fonte – oscadeirantes.blogspot.com.br



Como prevenir a infecção urinária de um cadeirante?

Por Dra. Dariene Rodrigues

As pessoas que sofrem alguma lesão medular podem ter algumas disfunções, principalmente do sistema urinário, tais como: retenção de urina, dificuldade para segurar a urina (incontinência, perdas involuntárias), esvaziamento incompleto da bexiga, infecções urinárias e cálculos renais (pedra nos rins).

Alguns estudos sugerem o Cranberry ( frutinha vermelha, parecida com uma pequena cereja e rica em proantocianidina), sendo como potente inibidor a aderência de bactérias do tipo E.coli na mucosa da bexiga, combatendo infecções do trato urinário.

Também é composta pelas vitaminas C e E e oferece substâncias antioxidantes, como os flavonoides e ácidos fenólicos ao organismo.

No Brasil, o suco ou tabletes de cranberry são as variedades mais consumidas da fruta e podem ser encontrados em supermercados e lojas de produtos naturais.

A ingestão diária não deve ultrapassar a quantidade de 480ml e deve ser indicada pelo médico, como complemento do tratamento ou para prevenção de infecções urinárias.

Já a técnica do cateterismo é o método mais utilizado para o esvaziamento da bexiga, e consiste em passar uma sonda (pequeno tudo limpo) através da uretra (canal da urina), para esvaziar a bexiga.

Ele pode ser realizado pela própria pessoa (auto cateterismo) ou por outra pessoa (cateterismo assistido), algumas vezes ao dia.

Benefícios da prática do cateterismo:

Manter uma boa qualidade de vida;

Reeducar a bexiga;

Favorecer as atividades fora de casa (trabalho, lazer, escola…);

Permanecer seco, evitando assaduras;

Permitir que a bexiga funcione com baixa pressão em seu interior;

Evitar complicações: Infecções urinárias, refluxo vésico-uretral (retorno da urina para os rins), cálculos renais (pedras).

IMPORTANTE:

Não se esqueça de também ingerir muita água, realizar periodicamente o cateterismo (4 a 5 vezes ao dia) e ter uma boa higienização íntima


Fonte – ladobmodainclusiva.com.br










2 comentários:

  1. Com a infecção urinária deve ter-se muito cuidado ou melhor ter cuidado em dobro porque ela pode afetar não só a bexiga como todo aparelho urinário e até a perda dos rins; por isso quando adquirir infecção urinária procure seu médico urologista para fazer exames e seguir rigorosamente o tratamento indicado pelo seu médico; estão sujeitos a adquirir infecção urinária cadeirantes que fazem uso de sonda vesical, sonda de alívio uretral, uripen e outros, por isso é necessário se ter muita higiene no uso de sondas e uripen seguindo corretamente os procedimentos de coleta. Digo isso porque depois de várias vezes adquirir infecções urinárias graves acabei perdendo o rim direito; então acho que posso falar com propriedade o quanto é perigo a infecção urinária para os cadeirantes gente.

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  2. tenho infeção urinaria a 4 meses, e meu medico urologista é uma bosta .

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