Acreditar em si mesmo

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terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Liberdade - responsabilidade, opções e escolhas



LIBERDADE



A busca da liberdade sempre foi uma constante na história da raça humana.

Ela compõe o conjunto dos elementos que habitualmente se imagina sejam necessários ao bem-estar das criaturas.

Parece de pouca serventia possuir alguns bens, da espécie que sejam, sem a liberdade de desfrutá-los.

Para ser livre, muitas vezes o homem trilhou caminhos tortuosos.

A maioria das revoluções foi levada a efeito sob o pretexto de livrar os povos de tiranos que os subjugavam.

Contudo, tão logo instaurado o novo regime, os revolucionários geralmente trataram de impedir com violência quaisquer manifestações contrárias as suas idéias.

Em nome da conquista e preservação da liberdade coletiva, muitas atrocidades foram cometidas.

No mundo atual, com os valores em constante mutação, ser livre persiste como uma meta a ser atingida.

Mas resta saber se o que o ser humano está vivendo realmente possui o condão de libertá-lo.

Com freqüência, ouve-se que determinado homem ou mulher é ‘liberado’

Mas, curiosamente, isso não tem o sentido de que a pessoa em questão livrou-se de uma enfermidade, de um vício, ou então pagou uma dívida.

Não se trata, em geral, de alguém alforriado de uma situação penosa, à custa de esforço, trabalho e talento.

O vocábulo costuma referir-se antes à perda da vergonha e do pudor, à deserção de compromissos assumidos.

Ser livre, nesse contexto, possui o estranho significado de vivência desequilibrada da sexualidade, do cultivo de vícios que podem destruir a saúde física, mental e emocional.

Ocorre que afrontar a sociedade, sem qualquer finalidade superior, não possui o condão de libertar ninguém.

Chafurdar em vícios e desatinos também está longe de ser conduta libertadora.

Em um mundo massificado, é compreensível as pessoas desejarem distinguir-se de algum modo.

Contudo, há maneiras muito mais nobres de conseguir isso do que pela adoção de comportamentos exóticos e chocantes, mas estéreis.

Por exemplo, a prática das virtudes cristãs, como a caridade, a humildade e a pureza, é sempre um fator de distinção.

Por mais que seja dúbio o significado da expressão ‘liberdade’, ela com certeza não se identifica com a adoção de hábitos que conduzem à doença e à desarmonia.

Jesus afirmou que o conhecimento da verdade nos libertaria.

De fato, uma compreensão mais aprofundada das leis da vida, ao despir o homem de suas ilusões, livra-o da mesquinhez, do egoísmo e do orgulho.

Como esses vícios são os que tornam mais penosa a convivência na Terra, sua ausência implicaria em imediato acréscimo de bem-estar para todos.

Tendo em vista que a árvore se identifica pelos seus frutos, a liberdade sob esse prisma é algo muito desejável.

Assim, ao buscar sua liberação, reflita sobre o que ela significa.

Não confunda liberdade com libertinagem, nem felicidade com deserção do dever.

No convívio familiar ou social, é impossível ser totalmente livre.

Os seus direitos terminam onde começam os direitos do seu próximo.

A completa libertação possível é a das paixões, dos instintos inferiores, que tanto infelicitam a humanidade.

Ao traçar as metas de sua vida, busque antes libertar-se da dor e do desequilíbrio.

Para tal, um padrão de conduta reto e equilibrado, marcado pelo bom-senso, sempre será o melhor roteiro.

Pense nisso.

Fonte: - Momento Espírita




LIBERDADE E RESPONSABILIDADE


Tudo na criação está em permanente processo de transformação e aprimoramento.

Assim também ocorre com os homens.

Em sua condição de espíritos, trilham marcha ascendente rumo à angelitude.

Foram criados em estado de absoluta simplicidade e ignorância,

Mas possuem, desde o princípio, os embriões de todas as virtudes.

Nas primeiras experiências foram conduzidos grandemente pelos instintos.

Gradualmente tomaram ciência de seu potencial e passaram a fazer opções.

Titubeantes no princípio, desenvolveram a consciência de si próprios e da sua vontade.

Um elemento primordial do progresso consciente é o livre-arbítrio.

As espécies animais e vegetais são conduzidas pelas forças da natureza, em suas etapas de elaboração.

Já os homens podem escolher os caminhos que trilham.

O progresso espiritual pressupõe o desenvolvimento da faculdade de discernir o bem e o mal.

Para a aquisição desse senso moral, para crescer em entendimento e compreensão, é imprescindível a liberdade de opção.

Quanto mais o espírito burila seu intelecto e exerce sua vontade, mais liberdade tem.

Seu leque de opções aumenta. Mas não é somente a liberdade que ganha expressão.

Com o conhecimento e o lento evoluir do ser, ele se torna mais responsável pelo que faz.

Quando o instinto predomina, a responsabilidade é ínfima.

Quando a vontade e a consciência regem o destino, torna-se inarredável a responsabilidade.

O homem é intrinsecamente livre em seus atos e pensamentos, mas responde por tudo o que faz e pensa.

As leis humanas são freqüentemente burladas e enganadas, contudo, nos estatutos divinos não há qualquer falha.

Sendo as leis divinas inscritas na consciência de cada homem, elas jamais são burladas.

Ninguém escapará de si próprio.

Cada qual é livre para pensar, falar e agir.

Mas essa liberdade sempre deve respeitar os direitos do próximo.

A movimentação do livre-arbítrio jamais deve causar sofrimento e coerção para outrem.

Quem se permite infelicitar o semelhante, infelicita-se a si próprio.

O desrespeito à dignidade e à felicidade alheias aprisiona o seu autor.

O homem que provoca sofrimento prepara para si um cárcere de sombra e desgraças.

Talvez ele engane a justiça humana.

Quiçá logre anestesiar a própria consciência por um tempo.

Mas cedo ou tarde, nesta encarnação ou em outra, despertará para a realidade.

Sua consciência o chamará a prestar contas de seus atos.

Então, a dor infligida ressurgirá no íntimo do ser.

Entre inibições e complexos, lutas e sofrimentos, ele se acertará com as leis divinas.

Reflita na responsabilidade que você possui, em sua condição de homem livre.

Você pode muito.
Pode escolher ser honesto ou desonesto, misericordioso ou cruel, leal ou traiçoeiro, útil ou inútil.

Mas responderá por seus atos. Não se trata de pecado e castigo, mas de responsabilidade.

Pense nisso!

Fonte: - Momento Espírita.




LIBERDADE E OPÇÕES


O mundo moderno é rico de possibilidades.

A sociedade convive melhor com as diferenças e as mais diversas opções são possíveis, sem causar grandes choques e antagonismos.

No pretérito, não era assim.

Por muito tempo, a transposição entre classes sociais era difícil, senão impossível.

Em certas culturas, quem nascia em família de artesãos deveria sê-lo também.

O círculo da nobreza era inacessível para os nascidos plebeus.

Hoje vigora em maior grau uma liberdade não apenas de opções, mas também de costumes.

Perante o corpo social, afigura-se possível ao indivíduo escolher livremente sua profissão, hábitos, moradia e amigos.

Ele pode escolher constituir família ou permanecer solteiro.

É possível a alguém casar-se, separar-se, tornar a se casar inúmeras vezes.

Esse contexto de liberdade é valioso para os seres humanos.

Não é possível crescer em entendimento e compreensão sem a possibilidade de tomar decisões e arcar com as consequências.

Mas é preciso refletir sobre os reflexos das próprias opções.

Os seres humanos estão em constante interação e os atos de uns refletem nas vidas dos outros.

Justamente por isso se afirma que liberdade pressupõe responsabilidade.

Para o cristão a questão da liberdade é ainda mais séria.

Ele necessita compatibilizar as opções que faz com as palavras e os exemplos do Cristo.

Caso contrário, a palavra ‘cristão’ será apenas um rótulo, destituído de significado.

Assim, se você se afirma cristão, analise a forma como utiliza sua liberdade.

Reflita se suas opções revelam fidelidade às lições de Jesus.

Como você se identifica com os valores cristãos, isso quer dizer que sua sensibilidade está desperta para aspectos transcendentes da vida.

Ou seja, o mundo e seus valores não mais o satisfazem plenamente.

Há em você a necessidade de transcender, de amar puramente seus irmãos, de compreender e respeitar a vida.

Recorde, pois, que Jesus foi trabalho, amor, renúncia e pureza.

Suas opções estão de acordo com esse modelo?

Caso não estejam, pense que você é livre, pleno de possibilidades.

A cultura lhe é acessível, carreiras estão a sua disposição, você pode gastar seu tempo como lhe aprouver.

Por que não optar livremente pela felicidade duradoura?

Que lhe importa que no mundo imperem a desonestidade, a luxúria e a irresponsabilidade?

Você é responsável exclusivamente por suas opções, pelo que faz de sua vida.

Não utilize os equívocos dos outros como desculpas.

Em determinada passagem de uma de suas epístolas, Paulo de Tarso afirma que tudo lhe era possível, mas nem tudo lhe era conveniente.

É exatamente a sua situação.

No mundo atual, quase tudo é admitido, sem censuras.

Mas a consciência de quem ama e admira o Cristo não compactua com comportamentos levianos.

Não se iluda nem embote sua consciência.

Viva de forma nobre a sua liberdade.


Fonte: - Momento Espírita.




LIBERDADE DE ESCOLHA


 Diariamente somos levados a fazer as mais variadas escolhas.

Desde opções banais tais como a roupa que vamos vestir até o que faremos de nosso futuro.

Algumas dessas escolhas são extremamente singelas e outras, de grande relevância.

Em muitas ocasiões, é claro, nosso poder de opção fica limitado às condições financeiras, sociais e até físicas de que dispomos.

Porém, em linhas gerais, temos o poder para imprimir na nossa existência o padrão de felicidade ou de aflição com o qual desejamos conviver.

A liberdade é Lei da vida, que faz parte do concerto da harmonia universal.

Somos o que de nós próprios fazemos, movimentando-nos no rumo que elegemos.

A busca da felicidade é uma meta comum entre todos os seres humanos.

Todos almejamos, de alguma forma, alcançá-la.

Cada ser a idealiza de modo diferente dos demais.

Para alguns a felicidade é ter uma família.

Para outros é estar sadio e sentir-se bem.

Ou ainda, é confundida, por alguns, com conforto material.

Na realidade, sabemos que a felicidade verdadeira não é deste mundo, como nos ensinou Jesus.

Temos consciência de que só alcançaremos o estado de plena felicidade quando atingirmos a perfeição relativa a que estamos destinados, mas que ainda isso é algo distante de nossa atual condição.

Porém, almejar a felicidade, mesmo que relativa, é algo natural e que nos impele ao crescimento.

Podemos e devemos ser felizes, embora ainda estejamos estagiando em um planeta de provas e de expiações.

Temos liberdade de escolha para isso.

Se nos encontramos atrelados ao carro das aflições, cabe-nos persistir no caminho do bem, sem esmorecermos.

A dificuldade de agora é o efeito da insensatez do passado.

Situações infelizes alteram-se para melhor, tais como paisagens cobertas pelas sombras rapidamente são tomadas pelo sol.

Somos senhores do nosso destino.

Não nos é conveniente entregarmo-nos à tristeza, à ociosidade, aos queixumes.

Aquele que prefere sofrer tem liberdade para esta experiência até o momento em que se decida optar pelo bem-estar verdadeiro.

Desse modo, não devemos transformar incidentes de pequena monta, coisas e ocorrências corriqueiras em tragédias.

Ninguém tem o destino do sofrimento.

A dor é o resultado da ação negativa do passado, próximo ou não, jamais uma causa.

Façamos uma avaliação honesta da nossa existência, sem consciência de culpa, sem pieguismo desculpista.

Avaliemos se nossos atos, nossas escolhas de agora, serão motivos de sofrimento ou de ventura mais adiante.

Vejamos como estamos nos comportando perante o mundo e perante nós mesmos, sob o pretexto de alcançarmos a felicidade.

Ser feliz, ou não, também é uma opção que nos é dada diariamente.

Resta-nos, apenas, analisarmos objetiva e sinceramente se nossas escolhas são legítimas e justas.

Afinal, não há como ser feliz às custas de dores e de angústias alheias.

Pois, por certo, mais dia, menos dia, esse tipo de situação ensejará, inevitavelmente, nosso próprio sofrimento.

Somos livres para semearmos o que bem nos aprouver, conscientes, no entanto, de que estaremos obrigatória e inefastavel vinculados à colheita de seus frutos.


Fonte: - Momento Espírita com base no livro Momentos de alegria, pelo Espírito Joanna de Ângelis,psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal. Em 26.01.2011









sábado, 25 de fevereiro de 2017

Especialistas defendem uso do cateter hidrofílico.

Cônsul Geral da Dinamarca, Eva Bisgaard Pedersen


Especialistas defendem uso do cateter hidrofílico.


O Consulado Geral da Dinamarca em São Paulo, em parceria com a Coloplast, promoveu o workshop “Cuidado em Saúde Urológica para Lesados Medulares.

O evento contou com a participação de médicos da Sociedade Brasileira de Urologia, lesados medulares que fazem o procedimento de esvaziamento da bexiga, enfermeiros estomaterapeutas, políticos e entidades parceiras.

A Cônsul Geral da Dinamarca, Eva Bisgaard Pedersen, mostrou aos participantes como a Dinamarca trata os lesados medulares.

Desde o início da década de 90, novo protocolo de tratamento oferece aos pacientes dois centros especializados, um no oeste do País e outro em Copenhagen.

Além de tratamento, as entidades colaboram na inclusão social. Mais de 50% dos lesados medulares trabalham.

O cateterismo intermitente é o método adotado na maioria dos casos.

O Diretor-Geral da Coloplast do Brasil, Everson Soares, disse que a empresa desenvolve produtos para pacientes que precisam de cuidados íntimos, desde 1957.

Neste ano, no Brasil, já atendemos mais de 12mil pacientes no Programa Ativa “, destacou.

A enfermeira estomaterapeuta Gisela de Assis falou sobre a introdução ao cateterismo intermitente e cateter hidrofílico e o urologista José Carlos Truzzi, da SBU, desmitificou o esvaziamento da bexiga.

Os profissionais de saúde explicaram que o cateter hidrofílico oferece menos chance de infeção, de hospitalização, evita sangramento e estreitamento da uretra.

O cateterismo intermitente traz independência e socialização ao lesado medular”, afirmou o médico.

Em 1990, o policial militar Alexandre Miragaia foi baleado e ficou tetraplégico.

Sem orientação e com pouco contato com outros cadeirantes não sabia que precisa fazer o cateterismo intermitente, procedimento para esvaziar a bexiga várias vezes ao dia.

Passou anos com problemas de saúde e foi internado várias vezes.

Ele começou a fazer o cateterismo quando entrou na Associação dos Policiais Militares Portadores de Deficiência do Estado de São Paulo.

Depois que conheci o cateter hidrofílico nunca mais fui internado”, disse.

Deputado Eduardo Barbosa

O presidente da Subcomissão de Saúde e presidente da Comissão de Direitos da Pessoa com Deficiência da Câmara Federal deputado Eduardo Barbosa, se comprometeu a iniciar as discussões sobre a distribuição do cateter hidrofílico pelo governo.

Já perdi muitos amigos com insuficiência renal.

Espero que tenhamos desdobramentos desse assunto na Câmara”, falou o deputado.

No Brasil, segundo estimativas do Ministério da Saúde, há cerca de 6 mil novos casos de lesão medular todos os anos.

Cerca de 80% das vítimas são homens jovens, que podem ter o controle da bexiga afetado.

Esse órgão pode se comportar de maneira desconexa, resultando em perda urinária frequente e esvaziamento incompleto.

O resíduo de urina não eliminado propicia a multiplicação bacteriana o que causa infecção urinária e pode refluir para os rins, podendo levar a perda de sua função.

O resíduo de urina pode ser removido de maneira simples e segura pela própria pessoa com lesão medular por meio de um procedimento mundialmente recomendado: o cateterismo intermitente, que consiste na introdução de um cateter, que é um tubo transparente, através da uretra para esvaziar a bexiga.

O procedimento deve ser feito de quatro a seis vezes ao dia.

O workshop foi realizado nesta segunda-feira (24/10), no Hotel Renaissance, em São Paulo.

O workshop no Hotel Renaissance contou com estrutura completa

Sobre a Coloplast

Multinacional dinamarquesa presente em mais de 132 países, foi fundada em 1957, emprega mais de 10.000 funcionários pelo mundo, cujo negócio inclui soluções para Estomia, Urologia e Incontinência, e Cuidados de feridas e da pele.

Elise Sørensen, uma enfermeira dinamarquesa, percebendo os problemas de sua irmã Thora, que foi submetida a uma operação de estomia, passando a temer sair de casa pelo risco de sua estomia vazar em público, criou a primeira bolsa adesiva de estomia do mundo: uma bolsa que não vazava.

No Brasil, a Coloplast está presente desde 1989, e desenvolve produtos e serviços que tornam mais fácil a vida para pessoas com necessidades em cuidados íntimos de saúde.

Em 2012, 2013, 2014 e 2015, a Coloplast foi eleita em pesquisa realizada pela consultoria independente Patient View, a empresa de Dispositivos Médicos com a melhor reputação no mundo por mais de 400 grupos pacientes.

Em 2012 e 2013, foi eleita pelo Instituto Ethisfere uma das empresas mais éticas e por 3 anos consecutivos, está entre as 50 empresas mais inovadoras do mundo segundo o ranking da Forbes.

Desde 2010, o programa de atendimento gratuito, Coloplast Ativa, oferece suporte ao paciente desde o primeiro momento durante a reabilitação até o seu dia a dia em casa, através da visita de enfermeiros especializados.


Fonte - blog do cadeirante




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Mais de 100 motivos para comemorar a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência.

Por Priscila Torres

Criação de um cadastro para facilitar a elaboração de políticas públicas, aumento na punição para quem desrespeita direitos de pessoas com deficiência e proibição de atos discriminatórios, como cobrar mensalidade mais cara de alunos com deficiência.

Esses são apenas alguns dos muitos avanços históricos da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI), que foi sancionada pela presidenta Dilma Rousseff em 2015 e entrou em vigor no início desse ano.

Também chamada de Estatuto da Pessoa com Deficiência, a lei possui mais de 100 artigos, todos com um objetivo único; promover equiparação de oportunidades, autonomia e acessibilidade a esse segmento da população brasileira.  

A LBI é resultado de um trabalho que envolveu a sociedade civil e o governo federal.

A Lei Brasileira de Inclusão é o compromisso da sociedade brasileira em reafirmar a dignidade das pessoas com deficiência.

A LBI inova ao disciplinar como o poder público e a sociedade devem assumir suas responsabilidades no tratamento das pessoas com deficiência em igualdade de condições com as demais pessoas”, avalia secretário nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Secretaria de Direitos Humanos, Antônio José Ferreira.

Para o coordenador geral de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Wederson Santos. faltava um marco legal para mudar efetivamente a realidad das pessoas com deficiência.

A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU, que no Brasil tem status constitucional desde 2009, já tinha afirmado a deficiência como componente da experiência humana.

A Lei Brasileira de Inclusão é esse marco legislativo que faltava para inaugurar um novo tempo para as pessoas viverem sem discriminação e injustiças.

Conheça alguns dos principais avanços da LBI:

A - Criação do Cadastro Inclusão: funcionará nos moldes do Cadastro do Sistema Único de Saúde. Coordenado pela Secretaria de Direitos Humanos, reunirá informações das pessoas com deficiência para que o governo federal tenha um banco de dados completo sobre esse público e possa elaborar políticas públicas com mais efetividade.

B - Mudança na avaliação de pessoas com deficiência que reivindicam benefícios e direitos sociais: até o ano passado, essa avaliação era feita apenas por um profissional médico.

Agora, com a lei, é necessário que esse trabalho seja executado por uma equipe multidisciplinar, composta por diferentes profissionais, que levem em conta, além da deficiência, aspectos como a realidade social, as barreiras enfrentadas pela pessoa que reivindica o benefício e fatores psicológicos.

C - Proibição de práticas discriminatórias: qualquer prática que discrimine a pessoa com deficiência passa a ser proibida.

Agora, uma escola que quiser cobrar mensalidade mais cara de alunos com deficiência, além de proibida, estará sujeita a punição.

D - Punição agravada em caso de apropriação de benefícios: a LBI considera crime se apropriar de cartões de benefícios sociais ou previdenciários para receber em nome da pessoa com deficiência.

E a pena é aumentada em um terço quando quem comete o crime é o cuidador.

E - Punição por abandono: abandonar a pessoa com deficiência em hospitais, casas de saúde e abrigos também é considerado crime, independentemente da idade de quem sofre o abandono.

F - Multa mais cara: estacionar indevidamente em vaga reservada para pessoa com deficiência ficará mais caro. O valor da multa deverá ser sinalizado na vaga.

G - Auxílio-inclusão: quando for regulamentado, favorecerá a inclusão de pessoas com deficiência beneficiárias da assistência social no mercado de trabalho.

H - Acessibilidade: fica garantida nos processos seletivos para acesso ao ensino superior e para aquisição de carteira de habilitação.

Nesse último caso, também fica obrigatória a presença de intérprete de Libras quando houver a necessidade.

I - Acesso: projetos e construções de edificação de uso privado multifamiliar, como condomínios, devem obrigatoriamente atender aos preceitos de acessibilidade e garantir percentual mínimo de unidades internamente acessíveis.

J - Facilitador: A LBI autoriza pessoas com deficiência a sacarem recursos do FGTS para compra de órteses e próteses.

Clique aqui para acessar a íntegra da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência:



Priscila Torres*

Jornalista, motivada pelo diagnóstico de Artrite Reumatoide aos 26 anos, enquanto atuava como enfermeira, estava acostumada a lidar com a dor, porém, a dor dos outros.

De repente a dor passou a ser minha companheira. Troquei o cuidar assistencial pelo cuidar informacional e escrevi o Blog Artrite Reumatoide, para compartilhar a minha dor, aprendi então, que Dor Compartilhada é Dor Diminuída.

Hoje sou Patient Advocay, Arthrtis  Consumer, presidente do Grupo Encontrar, vice presidente do Grupo RP, Idealizadora dos Blogueiros da Saúde e uma eterna mobilizadora social em prol da qualidade de vida das pessoas com deficiência crônicas no Brasil.
 
http://www.artritereumatoide.blog.br



Fonte - pessoa com deficiência   artritereumatoide.blog.br



 



terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Quem devemos procurar quando os direitos do deficiente são violados?

Quem devemos procurar quando os direitos da pessoa com deficiência são violados?

Por Luis Kassab*

Na primeira coluna deste ano, vou aceitar a proposta de tema sugerido por uma grande amiga: quem devemos procurar quando estamos diante de uma violação de direito da pessoa com deficiência?

Durante mais de dois anos como colunista do portal Vida Mais Livre, eu me dediquei a expor alguns dos principais direitos que as pessoas com deficiências têm.

Agora mostrarei quem são os principais responsáveis pela defesa e controle desses direitos.

Vamos iniciar pelo dever garantido por lei de comunicar qualquer espécie de violação de direitos.

A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei Federal13.146/16) em seu artigo 7º define:

Art. 7O - É dever de todos comunicar à autoridade competente qualquer forma de ameaça ou de violação aos direitos da pessoa com deficiência.

Como podemos observar, todos, ou seja, qualquer pessoa tem o dever legal de denunciar qualquer forma de violação de direitos.

Assim, quando estamos diante de uma atitude de desrespeito, preconceito e até de violência contra uma pessoa com deficiência, não podemos nos omitir e devemos procurar autoridades competentes na hora para efetivação da defesa desses direitos.

Entre as autoridades competentes, cito o Ministério Público como uma das principais.

A Constituição Federal define que uma de suas funções é garantir os direitos assegurados por ela e promover a proteção dos interesses difusos e coletivos.

É aí que estão incluídos outros direitos, como os direitos das pessoas com deficiência.

Por meio de um inquérito civil e de futura ação civil pública, os representantes do Ministério Público são responsáveis pela garantias de direitos.

Como exemplo, podemos citar ações que buscam garantir a acessibilidade a prédios privados de uso coletivo e públicos de uma determinada cidade.

Como podemos observar, qualquer pessoa que perceba a violação de um direito pode procurar o Ministério Público de sua cidade.

Ele será responsável pela sua garantia, com a vantagem que este direito, por ser coletivo, será extendido a todas as pessoas com deficiência.

No caso de uma violação individual, uma única pessoa que tenha sofrido alguma ameaça ou seja negado um direito, a autoridade competente indicada é a Defensoria Pública que presta assistência jurídica integral e gratuita ao cidadão que não tenha condição de pagar pelos serviços de um advogado.

Um exemplo seria a negativa na dispensação de um medicamento específico.

Essas duas autoridades, Ministério Público e Defensoria Pública, devem ser acionadas quando todas instâncias administrativas estiverem esgotadas, e apenas uma solução judicial seja o caminho a ser tomado.

Na esfera administrativa, surgem outras autoridades que podem atuar como defensoras dos direitos das pessoas com deficiências.

Os Conselhos Federais, Estaduais e Municipais de Direitos são instâncias de participação e de controle social que tem como pauta principal a efetivação dos direitos humanos das pessoas com deficiência.

Em sua composição, possuem membros da sociedade civil e da instância do governo em que está vinculado, de forma paritária, e são responsáveis, entre outras funções, de promover a defesa dos direitos da pessoa com deficiência.

Os Conselhos podem ser procurados para receber denúncias de cidadãos que tenham seus direitos violados.

É importante esclarecer que a função investigativa não é a responsabilidade deles, e sim de encaminhar as denúncias aos órgãos competentes e acompanhar os casos de violação de direitos.

Procure saber junto à prefeitura se o seu município tem um Conselho de Direitos constituído.

Além de fiscalizarem e regulamentarem o exercício profissional, os Conselhos de Órgãos de Classe (OAB, CREA, CRM…) também atuam como instâncias de controle social.

Devemos utilizá-los também como instrumento de garantia dos direitos.

Ainda na esfera administrativa, quando estamos diante de crimes praticados contra a pessoa com deficiência, podemos e devemos procurar uma delegacia de polícia.

Na cidade de São Paulo, temos a vantagem de ter uma delegacia especializada no atendimento de pessoas com deficiências: a Delegacia de Polícia da Pessoa com Deficiência (DPPD) – a primeira do Estado que opera com modelo diferenciado e conta com um Centro de Apoio com profissionais especializados (assistentes sociais, psicólogos, intérpretes de Libras, cientista social e recursos de tecnologia assistiva).

A DPPD também dá suporte às outras delegacias que recebem denúncias relacionadas às pessoas com deficiências.

Ela está localizada na Rua Brigadeiro Tobias, 527 – térreo, e funciona de 2ª a 6ª feira – 9h às 18h, telefones de contato: (11) 3311.3380 / 3311.3383 / 3311.3381


Luis Kassab*

Luis Kassab é advogado, especializado na área dos direitos difusos e coletivos de pessoas com deficiência.

Possui uma deficiência física congênita e é cadeirante.

Atualmente é membro dos Conselhos Municipais de Direitos da Pessoa com Deficiência e da Pessoa Idosa do Município de São Bernardo do Campo.


Fonte: - vidamaislivre.com.br - Imagem Internet/Ilustrativa



Arquivo Pessoal
Vera Garcia e Hélio José de Faria se casaram no civil

"Deficiência não me impediu de viver grande amor", diz mulher de 49 anos


Depoimento a Thamires Andrade Do UOL imagem: Arquivo Pessoal

A pedagoga e criadora do Deficiente Ciente, Vera Garcia, 49, teve seu braço direito amputado aos 11 anos.

Nada que a impedisse de desenvolver autoconfiança e, principalmente, que limitasse sua vida amorosa.

Pois foi em um site voltado para relacionamentos maduros que ela conheceu o comerciante Hélio José de Faria, 61, seu atual marido--que nem sequer quis saber qual era a deficiência dela até o primeiro encontro.

Uma história de amor inspiradora, cujo relato você lê abaixo.

"Aos 11 anos, sofri um acidente.

Parte da minha casa caiu e precisei amputar o braço direito, pois deu gangrena.

Todo mundo achava que eu ia ter mais dificuldade para namorar por ter perdido o braço, mas isso nunca aconteceu comigo.

É que desde sempre aprendi que precisamos gostar de nós mesmas do jeito que somos.

O processo de me ver sem braço foi uma coisa louca, principalmente porque eu estava entrando na adolescência.

Mas minha mãe sempre esteve lá, dizendo que eu tinha que aprender a viver daquele jeito e estar bem comigo mesma para não ter problemas.

Aliás, minha mãe sempre me botou para cima e isso fez toda a diferença na minha vida, inclusive amorosa.

Comecei a namorar aos 17 anos, mas eram namoricos de três meses.

Sempre com gente do bairro, então nunca precisei pensar nessa coisa do preconceito por ser deficiente.

Acho que o preconceito já começa com a gente mesmo.

Quando você se aceita, não passa para o outro medo e insegurança.

Se eu falava com alguém online, a primeira coisa que contava era sobre minha deficiência para já quebrar qualquer tabu sobre isso.

Bem, foi passando o tempo, e eu não firmava com ninguém.

Cheguei até a ficar um tempo com um cara que conheci na sala do Bate-Papo UOL.

Ele era de São Paulo e eu de Campinas, e continuamos amigos após o término.

Não pensava em casar logo, até porque queria estudar e trabalhar, como professora e diretora.

Mas segui um conselho da minha mãe.

Como eu tinha costume de ficar com homens mais novos, ela sempre dizia que precisava namorar alguém mais velho, e resolvi buscar um site para relacionamentos maduros.

Encontrei, então, o Coroa Metade.

Fiz o cadastro da forma mais sincera e clara possível e coloquei como observação: “tenho uma deficiência física”.

Assim quem se interessasse em me conhecer, já saberia.

Aí imagina: muitos entraram em contato só por curiosidade, já que não dava para ver direito pela foto que coloquei.

Alguns até achavam que eu não tinha nada...

Eis que o Hélio apareceu.

Não perguntou nada sobre minha deficiência, só veio conversar.

Simplesmente mandou uma mensagem dizendo que tinha gostado do meu perfil e queria falar comigo.

Começamos a trocar mensagens e, depois de uma semana, e-mails.

Ficamos um mês conversando também por telefone até o primeiro encontro.

Que fique claro: até então ele nunca tinha perguntado nada sobre a minha deficiência!

Fui eu quem perguntou se ele tinha lido que tinha escrito no perfil.

Ele disse que sim, mas que gostou tanto de mim que nem levou isso em consideração.

Marcamos nosso primeiro encontro em um lugar público, um shopping, e na hora que ele chegou já sabia que ele era o cara, me apaixonei na hora!

Tudo o que demonstrava nas conversas por telefone e e-mail era ele de verdade!

Eu não fiquei nervosa por saber que ele, enfim, veria qual era minha deficiência, porque, como disse, eu tinha aprendido a lidar com isso havia muito tempo.

E ele também não comentou nada.

Marcamos mais uns três encontros em shoppings.

Até que ele veio para Campinas conhecer meus pais e ficamos namorando a distância.

Ele vinha para Campinas e eu para Limeira, onde ele morava.

Depois de um ano, resolvemos nos casar no civil.

Passei um tempo morando em Limeira, mas fiquei com muita saudade dos meus pais, então resolvemos mudar para Paulínia, que é perto das duas cidades.

Morar junto nem sempre é fácil, já que todos temos nossas diferenças.

Mas o legal é que nós aprendemos muito um com o outro.

Temos gostos parecidos, amamos viajar, e agora estamos construindo a nossa casa do jeitinho que a gente sonhou.

O engraçado é que até nossos gostos para escolher as coisas da casa batem.

Sempre trocamos 'eu te amo' e a nossa família está crescendo: já temos um cachorro e duas gatinhas.

Ele foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida.

Em dezembro, faremos três anos de casados e pretendemos casar no religioso.

Não sei se alma gêmea existe, mas tenho certeza que a gente ter se encontrado foi obra divina."




O AMOR

O amor é uma torta de limão.

Você me pergunta, como assim?

E eu digo, calma, a explicação é mais simples do que parece.

Quando você prova uma torta, ela tem um sabor, correto?

E existem várias tortas de limão com sabores diferenciados.

Quando você se envolve com alguém, você cria um tipo de situação, uma vivência.

Com o tempo, você e seu parceiro criam sua rotina, suas manias, seus dia-a-dia, constroem tudo isso juntos.

As vezes você se envolve com uma pessoa mais carinhosa, outras vezes com uma pessoa mais quieta.

As vezes você prova uma torta mais doce, as vezes prova uma mais azeda.

Uma hora você encontra sua torta de limão favorita e é isto que chama de amor.

O sabor se encaixa na sua língua, assim como o amor se encaixa na sua vida, de forma perfeita, como se fossem peças de um quebra cabeça.

Eu diria até que é uma questão de momento, o que te convém, uma hora talvez você precise de mais atenção, outra hora de ficar mais na sua, mas isso não signifique que você precise de outra pessoa para viver momentos diferentes, para o amor acontecer verdadeiramente, ele se adapta aos tempos, as suas fases, como diriam, nas alegrias e nas tristezas, sempre juntos.

A receita da torta de limão, você descobre acertando e errando.

Eis que aqui pode surgir um problema que é comum caso o relacionamento acabe.

Você começa a procurar aquela torta, aquele sabor especifico e acaba se perdendo.

Você encontra tortas com sabores diferentes que não te satisfazem e fica pensando naquela torta favorita, ai entra a saudade, a dor, o sofrimento.

Talvez você encontre uma torta parecida ou quem sabe, um dia, ache uma torta melhor.

Não existe formula para a vida feliz, assim como não existe formula para o amor perfeito.

Uns amam mais calorosamente, outros amam mais despreocupadamente, então o que nos cabe é procurar o amor que nós queremos.

O amor é um conceito e tudo na vida é uma questão de decisão, comece a pensar, como é o sabor da torta de limão que você gosta, como é o amor que você quer.

Por que você gosta daquilo?

Como você se sente em relação aquilo?

Em questão de passado, você sente falta daquela pessoa ou daquela situação?

Torne consciente aquilo que é inconsciente.

Você não gosta daquela pessoa porque gosta, você gosta por algum motivo, procure este motivo.

Não perca tempo com o que te faz mal, não perca tempo com aquela torta que te deixa doente, a não ser que isso seja o que você gosta.

O importante é achar a torta que faça você se sentir bem, que te faça sorrir espontaneamente.

Uma explosão de sabores na sua boca e sensações no seu corpo.

Bom, eu não tenho muito mais a dizer, além de que eu gosto de tortas de limão.
E o amor... é o amor.


Bernado D. Oliveira