Acreditar em si mesmo

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sábado, 31 de dezembro de 2016

O palestrante tetraplégico




O PALESTRANTE TETRAPLÉGICO


 
Olá, amados leitores e leitoras.

Um ótimo dia se você lê de dia.

Uma ótima noite se você lê de noite.

Eu sou Jack Sulivan, o palestrante tetraplégico, e trago uma alegria imensa dentro de mim que quero compartilhar com todos vocês.

Sempre me perguntam:

Sulivan, você não se importa de ser chamado de palestrante tetraplégico?

E eu sempre respondo: me incomodo muito mais pelo “palestrante” do que pelo “tetraplégico”!

Podem me chamar como queiram: tetraplégico, aleijado, bela adormecida, vegetal!

Diga-se de passagem, eu amo vegetais.

O que importa não é o que sai da sua boca,mas o que eu sou de verdade no meu interior.

Se vocês estão aí pensando que estou parado, só porque estou aqui numa cama, digitando com a boca,  saibam que por dentro eu danço nos musicais da Broadway.

Não é que eu tenha sido sempre feliz.

Não!

Nem sempre foi assim.

Não ache que eu sou superior ou um arrogante.

Já tive meus momentos de tristeza.

Logo depois que sofri o acidente, fiquei um fim de semana imenso na mais profunda depressão.

Antes de tudo, eu não era uma pessoa feliz e, logo após o acidente, parecia que tudo ia piorar na minha vida.

Porém, na primeira segunda-feira após o episódio que transformou minha existência, mudei o canal da TV e vi o final de um filme que até hoje não descobri qual é, em que Jesus humilhado, preso à cruz, no seu momento mais difícil, cantava junto com outros crucificados: “olhe sempre o lado bom da vida”!

São estes versos que trago em minha mente e em meu coração até hoje.

As pessoas gostam sempre de me perguntar: “mas há lado bom em ser tetraplégico?”

E eu encho a minha boca de orgulho para dizer: “mas é claro!!!”

E nesse momento de minhas palestras uso a varetinha que trago na boca para clicar na setinha “avançar” do teclado e exibir um slide com gifs que ilustram as dez maiores vantagens em ser tetraplégico.

Ah, abro parênteses.

Certa vez procurei um designer para me ajudar e ele falou:

Sulivan não é correto usar gifs animados em uma apresentação”.

E eu falei:

se você não tivesse seus movimentos, meu caro rapaz, não negaria movimento a um gif.

Seja animado como ele.

Xô, pessimismo!”

Repita comigo mentalmente, leitores:

Xô pessimismo!!!

Mais forte e mais alto:

Xô pessimismooo!!!

Fecho parênteses.

Abaixo os itens da minha palestra: as dez maiores vantagens em ser tetraplégico:

1 – Nunca fico em pé esperando numa fila.

2 – Quando meus amigos me chamam pra ir a algum programa que não quero, simplesmente digo: acho que vai ser meio difícil ir hoje e eles são absurdamente compreensíveis.

3 – Nunca dou topada em quinas.

4 – Nunca preciso dançar Macarena em casamentos e outras festas familiares.

5 – Quando conheço uma nova pessoa, nunca fico em dúvida se devo dar beijinhos ou um aperto de mão.

6 – Posso trabalhar deitado.

7 – Ninguém me enche o saco pra eu frequentar uma academia.

8 – Nunca preciso voltar a pé pra casa.

9 – Não me canso subindo escadas.

10 – Minhas namoradas nunca se queixaram de não receber café na cama.

Talvez você esteja pensando:

Nossa, como é bom ser tetraplégico!”

Tudo isto é uma questão de ponto de vista e estado mental.

Eu sou mentalmente preparado para este desafio da vida, mas, diariamente, tenho que enfrentar também minhas frustrações e desvantagens.

Nunca correrei uma maratona, por exemplo. Logo as maratonas que sempre me pareceram tão divertidas!

Isto será um problema com o qual terei que conviver.

Mas não me abato.

Diante de cada obstáculo, diante de cada desafio, diante de cada problema, sempre podemos optar por ver o lado ruim deles ou o lado bom.

Acredite, se temos um estado mental negativo, tudo pode ser negativo.

Se temos um estado mental positivo, tudo pode ser positivo.

Por isto, olhem sempre para o lado bom da vida e sigam meu exemplo: estou saltitando de alegria neste momento, pois o que importa é o que está aqui dentro e não do lado de fora.

Uma salva de palmas mental para todos vocês!

Muitíssimo obrigado!


Fonte – www.minutodesilencio.com




Onde moram nossos sonhos


Onde as pessoas guardam seus sonhos?

Onde cada um deposita seus sonhos, desejos e planos futuros?

Não há quem não tenha os seus sonhos guardados, alimentados com o tempero dos desejos futuros, da realização daquilo que elegeu como importante e significativo.

E, nessas opções por aquilo que é significativo, está a busca pela felicidade, que todos trazem na alma.

Assim, resta entender o que se tornou significativo e importante para cada um de nós ao longo da vida.

Ao conseguir responder esta pergunta, se saberá onde se tem guardados os sonhos futuros, os planos a se realizarem, o caminho para a felicidade.

Há aqueles que sonham em ganhar uma grande soma em dinheiro, imaginando aí a possibilidade de não precisar mais trabalhar e viver a vida a usufruir prazeres que o dinheiro possibilita.

Então serão felizes.

Para esses é necessário perguntar se vale a pena sonhar com o dia de parar de trabalhar.

Ou se melhor seria buscar o trabalho que lhes permita sonhar.

Outros sonham em poder comprar tudo que desejam.

São aqueles que investem seus planos futuros na possibilidade de consumir, imaginando assim suprir seus desejos de realização íntima, sua construção da felicidade.

A esses, melhor seria perguntar se a felicidade realmente combina com o ter e o consumir.

Vê-se que, após realizado o desejo de consumo, após comprado o objeto dos sonhos, novamente lançam outro sonho e objetivo de compra, andando sempre em busca de uma felicidade que não se completa.

Outros mais tentam construir sua felicidade na realização do sonho alheio, daquilo que a sociedade, o parente, o vizinho ou a televisão diga que é importante ou é de valor.

São aqueles que escolhem o emprego pelo status social ou pelo salário.

Casam-se pelas conveniências sociais ou pela beleza física para, logo mais, perceberem ser efêmeras essas opções, que se dissolvem rapidamente no tempo.

O médico e escritor Roberto Shinyashiki conta que, quando trabalhou com doentes terminais, sempre procurava conversar com eles na hora da morte.

E, para sua surpresa, a maior parte deles implorava ao médico para não deixá-los morrer, pois se haviam sacrificado a vida inteira e agora desejavam ser felizes.

Foi aí que o médico percebeu que a felicidade é feita de pequenas coisas, pois, conclui ele, ninguém, na hora da morte se arrepende por não ter aplicado o dinheiro em imóveis.

Constatamos pois que a felicidade não será a realização de um sonho, mas, mais importante do que isso, a felicidade se constituirá das opções que se faça e dos sonhos que se escolha para sonhar.


A felicidade será sempre o caminhar, o estado de espírito que se escolher e as estradas que se eleger para transitar ao longo da vida.


Fonte: - Momento Espírita, com base em entrevista de Roberto Shyniashiki, publicada na revista Isto é, número 1.879, de 19.10.2005. Em 17.09.2010.



Comentário

Eu estava pesquisando na internet hoje algum tema que pudesse ser interessante para uma postagem no blog.

Aí em um dos sites que pesquisava encontrei esse texto de um palestrante motivacional que veio me chamar a atenção, porque se tratava de um palestrante tetraplégico.

O que me chamou a atenção foi o seu bom humor em lidar com os deboches, colocando-se acima destes com muita inteligência e bom humor.

Além de mostrar muita sabedoria no convívio com as suas limitações, que mesmo com limitações tem condições e inteligência para ensinar algo de bom para as pessoas.

Infelizmente ainda existe um certo preconceito com as deficiências pela nossa sociedade como se fosse uma doença contagiosa e não um estado físico.

A sociedade não se encontra preparada para a aceitação e nem a inclusão em seu meio da deficiências, é onde se espantam quando algum deficiente se sobressai em alguma área.

O que não entendem é que a inteligência independe do estado físico de quaquer pessoa; e mesmo sendo diferente pode contribuir muito com o progresso e evolução da sociedade.



Por isso quero compartilhar este texto com vocês meus amigos, espero que gostem!

Um abraço a todos.



Apenas siga em frente.

Foram estas quatro palavras que mudaram a minha vida.

Quando determinado tempo se passa, nós percebemos que as coisas vão mudar, com ou sem o nosso consentimento.

Então, passamos a achar que a vida vai ser definida por uma prova ou uma entrevista de emprego.

Mas é aí que nos enganamos...

Todos os dias, todos os minutos tomamos decisões que irão mudar nosso destino.

Todos os dias podemos mudar o futuro e o presente.

Algumas coisas dependem de você.

Outras nem tanto.

Algumas nunca dependerão de nós para acontecer.

Você não pode escolher o ônibus que irá passar pelo seu ponto.

Mas pode escolher o ponto onde vai estar.

Sua felicidade depende de você.

Apenas nós podemos permitir que sejamos felizes.

Escolhemos muito e muitas vezes escolhemos sem pensar em nós mesmos.

Seja feliz.

É a única coisa que quero dizer pra vocês.

Não adianta viver uma vida que não é sua, trabalhar com algo que te deixa infeliz e frustrado.

A vida vai passar e você vai se perguntar o que te fez feliz, o que você viveu.

E aí irá encontrar apenas lembranças amargas.

Se eu pudesse mudar alguma coisa no mundo, mudaria o conceito de "felicidade".

Ser feliz é mais do que trabalhar no emprego dos sonhos de alguém que não é você, é mais do que dedicar-se à algo que você, no fundo, não gosta realmente.

Ser feliz é saber aproveitar cada momento, os bons e ruins, os felizes e tristes.

Nada acontece em vão.

Tudo tem uma razão.

A vida é mais do que cicatrizes e dores.

A vida é sorrir enquanto segura as lágrimas, é correr atrás do ônibus que você perdeu, é olhar para trás e chorar - não de arrependimento, e sim de saudade, é acordar e olhar para o céu, é olhar as estrelas, é fazer qualquer coisa que te faça sorrir.

Você é a única pessoa responsável pela sua vida.

Você pode ser quem você quiser, o que você quiser.

Sua felicidade está em suas mãos.

Não espere que algo mude sua vida.

Mude você mesmo.

Corra atrás dos seus sonhos.

Sonhe, apenas sonhe.

Sonhe acordado, sonhe ao dormir, sonhe ao caminhar, sonhe ao respirar, sonhe ao viver.

Não deixe que pequenas coisas te derrubem.

Faça seus sonhos se tornarem realidade.

Faça pelo seu animal de estimação.

Faça pelos seus amigos.

Faça pela aquela pessoa que te disse que você não conseguia.

Faça por você.

Mostre que consegue, seja para si mesmo ou para alguém.

Sorria para alguém na rua, viste um orfanato, passe mais tempo com sua família - por mais que você discorde deles em alguns aspectos.

Viva a sua vida.

Seja o que você quiser ser.

Apenas lembre-se de manter a fé, seja ela em si mesmo ou em qualquer coisa que você acredite, e siga em frente.

Assim como a felicidade pode não durar para sempre, a dor também não durará.

Algumas coisas vêm para nos deixar felizes, outras para nos lembrar de como é a sensação de sentir-se assim.


Beatriz Fernandes










Tetraplégicos superando os seus limites





Tetraplégicos superando limites



Lesões nas vértebras cervicais, como ocorreu com uma ginasta brasileira Laís Souza, podem paralisar todo o corpo e exigir o uso de aparelho para respirar, mas eles mostram que é possível reconstruir a vida mesmo diante de uma perspectiva tão diferente, vejam alguns casos:

Marcelo Da Cunha: 44 Anos, Designer Gráfico – Recuperou Parte dos Movimentos dos bracos.

Marcelo da Cunha

Eu gostava de Tela da sports, participei Duas Vezes da São Silvestre e era Desenhista Gráfico. Sofri o Acidente EAo 21 Anos EM UM EM UMA Mergulho Cachoeira de SEIS metrôs, no Rio de Janeiro, EM 1991. Caí de Cabeça nenhum banco de Areia e Perdi OS Movimentos na Hora. Fraturei um C5 e C6.

Inicialmente, coloquei Tração E Depois retornei ao Rio de Janeiro, Onde fiquei Sete Meses internado na Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR). Cirurgias Fiz, passei Pelo PERÍODO traumático e Fiz fisioterapia, mas Localidade: Não tiva tanta Melhor Como eu imaginava.

Logo DEPOIS da Lesão Perdi de Todos os Movimentos fazer Pescoço parágrafo Baixo. Com o Tratamento, ganhei Movimento de Braço, mas nao tenho Movimentos nn Dedos NEM NA MAO.

Consigo comer e escovar OS Dentes sozinhos, mas Tudo com Objetos adaptados. Localidade: Não Consigo Levantar da cama Sozinho, Dirigir e Toda a Minha Vida E adaptada. Ficar tetraplégico FOI Bastante traumático, principalmente porqué do semper Tive dificuldade Das los Depender PESSOAS, Nao FOI Fácil. Tivemos Opaco reaprender Tudo.

Nos Primeiros Três Anos Veio uma Depressão, Revolta e questionamentos. FOI um Pintura Opaco me ajudou, o Porque o Que Mais me deprimia era Localidade:

Não ter Vida Produtiva ea arte permitiu ISSO. Graças um Tecnología, Hoje eu utilizo Computadores e existem Cadeiras Motorizadas Opaco na Época Localidade:

Não existiam los grande Oferta. Me casei EAo 35 Anos, E Minha Mulher Que me Ajuda los Tudo e tenho UMA Vida sexual normal.

Sou Escritor e palestrante, ISSO TUDO auxilia nd Minha autoestima.

Levo a Vida com Otimismo, Muita Fé e acredito Opaco E Possível ser feliz MESMO COM Todas como limitações.

E de suma importância Aceitar como limitações e adaptações, o Porque Localidade:

Não Consigo MESMO Fazer como mesmas Coisas de antes. Leio, escrevo, saio e viajo, tenho UMA Vida Muito Produtiva e faço Exposições.


Lígia Fonseca: 29 anos, Ex- Ginasta – Perdeu todos os movimentos abaixo do pescoço.

Lígia Fonseca

Antes do acidente eu ia para a escola, chegava meio-dia, almoçava e às 14h ia para o Taubaté Tênis Clube.

Eu dava aulas de ginástica artística para as crianças da academia até 18h30.

Em seguida, começavam os treinos que iam até 20h30.

Era bastante cansativo, mas eu amava e ainda amo o que eu fazia.

Eu estava treinando ginástica artística à tarde, porque à noite viajaríamos para Brasília, para uma competição.

Eu estava fazendo um exercício nas paralelas assimétricas e quando fui fazer a saída, minhas mãos escorregaram e eu caí de cabeça. Lesionei a C1, fiquei tetraplégica e respirando através de um marca-passo diafragmático, não vivo sem ele.

Na época, nenhum médico acreditava que eu sobreviveria porque a lesão que eu tive é raríssima e quase todas as pessoas morrem.

A minha sorte foi que Deus quis que eu ficasse aqui por mais um bom tempo.

Tive um resgate rápido e meu ex-técnico ficou fazendo respiração boca a boca em mim por sete minutos seguidos.

Eu não mexo nenhuma parte do meu corpo e não sinto nada do pescoço para baixo.

Tive o melhor tratamento no Hospital Sarah, em Brasília.

Eles preparam os deficientes físicos para viver o melhor possível nas condições em que estamos.

Fizeram um mouse para mim, consigo mexer no computador sozinha e pude me formar em marketing à distância.

Eu tive depressão, tinha vergonha de sair de casa, mas tive ajuda dos médicos e de outros deficientes que se tornaram grandes amigos.

Comecei a pintar por causa de uma grande amiga, a Eliana Zagui, que conheci no Hospital das Clínicas, em São Paulo, ela mora lá. A pintura é tudo na minha vida.

É fazer alguma coisa sem precisar de alguém.

Eu também adoro assistir a quase todos os tipos de esportes e faço fisioterapia.

A gente tem que dar muito valor para a vida, porque de uma hora para outra, você pode perder tudo.

Às vezes dá vontade de sair correndo, mas passa logo.

Deus me deu a oportunidade de ficar com as pessoas que me amam, continuar com meus amigos de verdade e aprender que a gente, para ser feliz, precisa de muito menos coisas.

Precisa de amor e eu sou eternamente grata pela família que eu tenho.

Mara Gabrilli: 45 anos, Deputada Federal- Não move o corpo abaixo do pescoço.

Mara Gabrilli

Eu costumo dizer que “tive a sorte” de sofrer o acidente quando já era formada em publicidade e psicologia.

O acidente aconteceu em agosto de 1994.

Estava voltando de uma viagem de final de semana para o litoral paulista, com meu ex-namorado.

Na volta, na serra entre Ubatuba e Taubaté, o Paulo estava correndo muito. Havíamos brigado e sempre que isso ocorria, ele gostava de acelerar o carro.

Ele perdeu o controle do carro, que rodou na pista e caiu cerca de 20 metros barranco abaixo, capotando.

Eu fiquei presa nas ferragens, com a cabeça para fora do carro.

Sentia uma dor insuportável no pescoço.

Enquanto esperava socorro, eu ainda podia mover os braços.

Depois, os movimentos foram diminuindo.

Quando acordei, horas depois já no hospital, eu já não tinha nenhum tipo de movimento do pescoço para baixo.

Tive fraturas nas vértebras C3 e C4 da coluna, o que me deixou tetraplégica.

Perdi os movimentos do pescoço para baixo.

Nos primeiros dias, fiquei sob observação no hospital Albert Einstein.

Eu já não me mexia e, além disso, também não conseguia falar, pois fui submetida a uma traqueostomia e só conseguia respirar com a ajuda de aparelhos.

Havia risco de continuar assim para sempre.

Eu me comunicava através de uma tabela com letras, na qual alguém ia apontando as letras e eu ia fazendo que “sim” ou “não” com a cabeça, letra a letra, até que fossem formadas palavras e frases.

Um tempo depois, quando eu pude respirar sem aparelho e voltar a falar, senti uma sensação de liberdade muito grande.

E até por isso, acho que o fato de eu não andar mais não pesou tanto.

Após um tempo, quando já tinha condição, fui transferida para os Estados Unidos.

Primeiro, para um centro de reabilitação em Boston.

Depois, para uma clínica especializada em Pittsburgh, onde fiquei por mais três meses.

Acho que uma das minhas grandes virtudes foi nunca olhar para trás e ficar pensando no que eu perdi após o acidente.

Eu sempre batalhei para melhorar.

Não deixei de viver após o acidente.

Fundei uma ONG, continuei a trabalhar, malho todos os dias, vou a festas, gosto de namorar, fui secretária da prefeitura em São Paulo, consegui me eleger vereadora e deputada federal.

Tenho minha cadeira, que me leva para cima e para baixo, e que é flexível, podendo me deixar em pé quando eu quiser.

Na Câmara dos Deputados, como não mexo as mãos, utilizo um sistema pelo qual posso votar através da leitura facial.

Sou a maior prova de que ninguém faz nada sozinho.

Como não tenho movimento de nada abaixo do pescoço, conto com uma cuidadora 24 horas ao meu lado, para me auxiliar em todas as atividades que faço, desde empurrar minha cadeira até tomar banho.

Aline Fabiane de Oliveira: 28 anos – Teve um tumor na coluna e na cirurgia perdeu os movimentos abaixo do pescoço.

Aline Fabiane

Desde os meus 10 anos eu sentia dores na região do pescoço e ao longo do tempo fui atrás de médicos.

Minha vida era normal, eu saía, viajava, namorava, trabalhava.

No final de 2005, comecei a ter atrasos na menstruação, infecção urinária, e a dor aumentou, tomava relaxante muscular todo dia.

Em 2006, quando eu estava com 21 anos, comecei a ter déficit motor, de manhã meus braços e pernas formigavam.

Fiz ressonância e descobri um tumor nas vértebras cervicais.

Como podia passar para a lombar e comprometer a parte respiratória, fui operar.

O tumor pegava da C1 a C6 e o médico disse que era um milagre eu estar viva.

Fui para cirurgia sabendo do risco de perder os movimentos.

Conforme os médicos tentavam retirar o tumor, a medula ia junto, cheguei a quase morrer, e só conseguiram retirar um pedaço de 1,5 cm do tumor para biopsia.

Fiquei cerca de 20 dias em coma induzido, foram cerca de dois meses de hospital.

Depois da cirurgia saí sem movimentos do pescoço para baixo.

Faço exames de imagem a cada um ano para acompanhar, ele não cresceu, apenas tomou outro formato.

É um tumor benigno raro que demora a crescer.

Faço fisioterapia três vezes por semana em casa.

Preciso de ajuda para tudo: alimentação, higiene pessoal e troca de roupas.

Mexo no computador por um programa que foca no meu rosto.

Agora tenho um pouco de movimento no braço esquerdo.

Desde que acordei e tive consciência do que aconteceu comigo não chorei, não fiquei revoltada e pensei ‘é o que tem para hoje’.

Nunca fui de lamentar.

O primeiro ano é difícil, mas tenho minha vida normal dentro das limitações.

Vou para estádio de futebol, saio, vou ao teatro e a shows.

Você pode, sim, ter uma vida como qualquer outra pessoa e ser feliz.

Se precisar de ajuda para algo, e daí?


Denise Ferreira – autora do blog Vou de Saia


Fonte: Terra



MÁS INTERPRETAÇÕES DO CRISTO.


Muitas vezes mal interpretado, outras tantas, desprezado, grandemente ignorado pelos homens, o Cristo vem tentando entrar em nossa casa íntima há mais de dois milênios.

Conhecedor do caminho que conduz à felicidade suprema, Jesus continua sendo a Visita que permanece do lado de fora dos corações, na tentativa de ouvir se lá dentro alguém responde ao Seu chamado.

Todavia, muitos O chamamos de Mestre mas não permitimos que Ele nos ensine as verdades da vida.

Grande quantidade de cristãos fala que Ele é o médico das almas, mas não segue as Suas prescrições.

Tantos dizem que Ele é o irmão maior, mas não permitem que coloque a mão nos seus ombros e os conduza por caminhos de luz...

Talvez seja por esse motivo que a Humanidade se debate em busca de caminhos que conduzem a lugar nenhum.

Enquanto o Cristo espera que abramos a porta do nosso coração, nós saímos pelas janelas da ilusão e desperdiçamos as melhores oportunidades de receber esse Visitante ilustre, que possui a chave que abre as portas da felicidade que tanto desejamos.

E se você não sabe como fazer para abrir a porta do seu coração, comece por fazer pequenos exercícios físicos, estendendo os braços na direção daqueles que necessitam da sua ajuda.

Depois, faça uma pequena limpeza em sua casa íntima, jogando fora os detritos da mágoa, da incompreensão, do orgulho, do ódio...

Em seguida, busque conhecer a proposta de renovação moral do Homem de Nazaré.

Assim, quando você menos esperar, Ele já estará dentro do seu coração como convidado de honra, para guiar seus passos na direção da luz, da felicidade sem mescla que você tanto deseja.












Conheça o Motrix programa desenvolvido para tetraplégicos

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Motrix programa desenvolvido para tetraplégicos. 



O MOTRIX é um software que permite que pessoas com deficiências motoras graves, em especial tetraplegia e distrofia muscular, possam ter acesso a microcomputadores, permitindo assim, em especial com a intermediação da Internet, um acesso amplo à escrita, leitura e comunicação.

O acionamento do sistema é feito através de comandos que são falados num microfone.

O uso do Motrix torna viável a execução pelo tetraplégico de quase todas as operações que são realizadas por pessoas não portadoras de deficiência, mesmo as que possuem acionamento físico complexo, tais como jogos, através de um mecanismo inteligente, em que o computador realiza a parte motora mais difícil destas tarefas.

O sistema pode ser acoplado a dispositivos externos de home automation para facilitar em especial a interação do tetraplégico com o ambiente de sua própria casa.

O Motrix vem sendo desenvolvido no Núcleo de Computação Eletrônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) desde março/2002.

A coordenação do projeto é do Prof. José Antonio Borges

Como o Motrix foi criado?

O Núcleo de Computação Eletrônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (NCE/UFRJ) tem mantido desde 1993 um grupo que se dedica à criação de programas adaptativos, dos quais o DOSVOX é o mais disseminado e conhecido.

Esses softwares são distribuídos gratuitamente pela Internet.

O desenvolvimento do Motrix foi motivado por pela médica radiologista Lenira Luna, tetraplégica há 26 anos, que ao assistir a uma entrevista de Antonio Borges no programa Sem Censura da TV Educativa, verificou que a alternativa de acionamento por voz poderia ser uma excelente alternativa para o acesso de tetraplégicos a microcomputadores.

O problema que Lenira queria resolver era o fato de que precisava estudar uma grande quantidade de textos para sua profissão, o que fazia durante a noite.

Depois de trabalhar muitas horas sentada na cadeira de rodas num dia de trabalho de muitas horas, todos os efeitos da tetraplegia apareciam violentamente, ou seja ela era obrigada a ficar deitada, e ao se deitar perdia quase completamente o controle muscular.

Assim, mesmo um software como o Teclado Amigo (também produzido no NCE/UFRJ), que permite o acionamento de controles através de um único movimento (um movimento de cabeça, por exemplo) seria altamente desconfortável e doloroso.

Lenira sugeriu que fosse criado um sistema que dependesse exclusivamente de comandos de voz, que além de resolver o problema do acionamento quando deitada, substituiria o uso do teclado que mesmo em situações favoráveis, e com o uso de diversos tipos de órteses era muito cansativo, e com baixa produtividade.

Uma pesquisa prévia mostrou que existiam programas estrangeiros que poderiam ser usados, mas eles caíam em um dos seguintes casos desfavoráveis: não poder ser acionado em português não ser disponível comercialmente no Brasil ter custo muito alto.

Surgiu então a idéia de construir um programa para acionamento do Windows por deficientes motores graves, por baseado em reconhecimento de voz, baseado em command e control, com independência do software reconhecedor de voz, permitindo que diversos produtos pudessem ser usados acoplados ao motrix, inclusive sistemas gratuitos de reconhecimento.

Funcionamento básico do sistema Motrix

O Motrix é acionado na partida do computador, de forma que a única dificuldade para o tetraplégico seja ligar o computador.

A partir daí o controle do mouse e do teclado passa a ser feito unicamente por voz (embora esses dispositivos não sejam desabilitados, permitindo assim que uma outra pessoa possa eventualmente usar o computador).

Os comandos foram escolhidos cuidadosamente para que possuam uma grande diferença sonora entre as palavras, aumentando assim a confiabilidade do entendimento pela máquina.

Sempre que um comando é acionado ele é escrito na barra de comandos do Windows, e desta forma a pessoa pode ter um feedback sobre o entendimento ou não do comando pelo reconhecedor.

Os comandos visam essencialmente realizar:

ações de mouse.

ações de teclado.

acionamento de programas do windows.

acionamento de scripts adaptativos.

selecão de menus de comando.

O sistema permite também digitação soletrando.

Para diferenciar os sons das letras, o Motrix utiliza o alfabeto fonético de aviação.

Alpha Bravo Charlie Delta Echo Foxtrot Golf Hotel India

Juliet Kilo Lima Mike November Oscar Papa Quebec Romeo

Sierra Tango Uniform Victor Whiskey Xray Yankee Zulu

Ele foi escolhido, entre as várias alternativas por parecer ter sido provado ao longo da história como um dos mais efetivos para reconhecimento em ambientes ruidosos.

Usos do Motrix.

Motrix vem sendo usado com sucesso por uma comunidade crescente de tetraplégicos.

É muito simples de aprender e usar, e sua operação é rápida e prática.

Estamos no momento fazendo testes do Motrix com equipamentos para controle doméstico.

Assim, já é possível, com o uso de equipamentos externos (tomadas eletrônicas ligadas ao computador) acender a luz, trocar o canal de TV, ligar o ventilador, etc. sempre que o Motrix esteja ligado.


Perspectivas futuras

O Motrix pode ser um instrumento de modificação de vida para muitas milhares de pessoas portadoras de tetraplegia no Brasil.

Essas perspectivas podem melhor ser descritas por um pequeno texto produzido por Lenira Luna durante o tempo em que fazia seu treinamento inicial no Motrix:

A possibilidade de estar atualizada em qualquer tipo de assunto, me faz sentir mais participativa, mais atuante.

Devido às minhas condições físicas, era cada vez mais difícil estudar depois de um dia de trabalho, pois permaneço cerca de 14 horas sentada, o que me obriga mudar de posição, isto é ficar na horizontal e assim anulo os poucos movimentos dos MMSS, necessários para folhear páginas de livros, revistas, etc.

Ter objetivos e alcançar metas cada vez mais difíceis, tem sido fundamental.

Estar atualizada e em iguais condições que meus colegas de trabalho, é imprescindível.

Com o Motrix, essa angústia de não poder preencher essas horas tão preciosas, não existe mais.

Para mim, a esperança de melhorar a qualidade de vida é que vem me mantendo viva”.


Download do Motrix

O software Motrix está disponível gratuitamente em

Para maiores informações, entre em contato com José Antônio dos Santos Borges, responsável pelo Motrix, pelos telefones:
(21) 2598-3339 ou (021) 2598-3117

ou pelo e-mail:
antonio2@nce.ufrj.br.


Gente achei esta reportagem muito interessante e de grande ajuda para nós tetraplégicos que vai nos auxiliar a ter uma interação e qualidade de vida.

Por isso quero compartilhar com todos vocês meus amigos de caminhada.
Um abraço a todos.



INICIANDO UM ANO NOVO

Toda vez que o ano vai chegando ao fim, parece que todos vamos manifestando cansaço maior.

Seja porque as festas se multipliquem (são formaturas, casamentos, jantares de empresas), seja porque já nos vamos preparando para as viagens de férias de logo mais.

De uma forma ou de outra, é comum se escutar as pessoas desabafarem dizendo que desejam mesmo que acabe logo o ano.

Quem muito sofreu, deseja que ele acabe e aguarda dias novos, de menos dores.

Quem perdeu amores, deseja que ele acabe de vez, na ânsia de que os dias que virão consigam trazer esperanças ao coração esfacelado pelas ausências.

Quem está concluindo algum curso e deu o máximo de si, deseja que os meses que se anunciam cheguem logo, para descansar de tanto esforço.

E assim vai.

Cada um vai pensando no ano que se finda no sentido de deixar algo para trás.

Algo que não foi muito bom.

Naturalmente, muitos são os que veem findar os dias do ano com contentamento, pois eles lhe foram propícios.

Esses, almejam que os dias futuros reprisem esses valores de alegria, de afeto, de coisas positivas.

Ano velho, ano novo.

São convenções marcadas pelo calendário humano, em função dos movimentos do planeta em torno do astro rei.

Contudo, psicologicamente, também nos remetem, sim, a um estado diferente.

Como Deus nada faz, em Sua sabedoria, sem um fim útil, também assim é com a questão do tempo como o convencionamos.

Cada dia é um novo dia.

A noite nos fala de repouso.

A madrugada nos anuncia oportunidade renovada.

Cada ano que finda nos convida a deixarmos para trás tudo de ruim, desagradável que já vivenciamos, permitindo-nos projetar planos para o futuro próximo.

Por tudo isso, por esta ensancha que a Divindade nos permite a cada trezentos e sessenta e cinco dias, nesta Terra, pense que você pode melhorar a sua vida no ano que se anuncia.

Comece por retirar de sua casa tudo que a atravanca.

Libere-se daquelas coisas que você guarda nos armários, na garagem, no fundo do quintal.

Coisas que estão ali há muito tempo, que você guarda para usar um dia.

Um dia que talvez nunca chegue.

Pense há quanto tempo elas estão ali: meses, anos... esperando.

São roupas, calçados, livros, discos antigos, utensílios que você não usa há anos. Libere armários, espaços.

Coisas antigas, superadas são muito úteis em museus, para preservação da memória, da evolução da nossa História.

Doe o que possa e a quem seja mais útil.

Sinta o espaço vazio, sinta-se mais leve.

Depois, pense em quanta coisa inútil você guarda em seu coração, em sua mente.

Mágoas vividas, calúnias recebidas, mentiras que lhe roubaram a paz, traições que o deixaram doente, punhais amigos que lhe rasgaram as carnes da alma...

Alije tudo de si.

Mentalmente, coloque tudo em um grande invólucro e imagine-se jogando nas águas correntes de um rio caudaloso que as levará para além, para o mar do esquecimento.

Deseje para si mesmo um ano novo diferente.

E comece leve, sem essa carga pesada, que lhe destrói as possibilidades de felicidade.

Comece o novo ano olhando para frente, para o alto.

Estabeleça metas de felicidade e conquistas.

Você é filho de Deus e herdeiro do Seu amor, credor de felicidade.

Conquiste-a.

Abandone as dores desnecessárias, pense no bem.

Mentalize as pessoas que são amigas, que o amam, lhe querem bem.

Programe-se para estar mais com elas, a fim de, fortalecido, alcançar objetivos nobres.

Comece o ano pensando em como você pode influenciar pessoas, ambientes, com sua ação positiva.

Programe-se para vencer.

Programe-se para fazer ouvidos moucos aos que o desejam infelicitar e avance.

Programe-se para ser feliz.

O dia surge.

É ano novo.

Siga para a luz, certo de que com vontade firme, desejo de acertar, Jesus abençoará as suas disposições.

É Ano Novo.

Pense novo.

Pense grande.

Seja feliz.


Fonte: - Momento Espírita Disponível no CD Momento Espírita, v. 13, ed. FEP. Em 31.12.2016.