Acreditar em si mesmo

Acreditar em si mesmo

quinta-feira, 30 de junho de 2016

Tõ afim de um(a) cadeirante!!!





Tô afim de um(a) cadeirante!!!




Pessoal, recebo muitos e-mails toda semana pedindo ajuda e geralmente falando, estou afim de um(a) cadeirante, como eu faço para chegar nele(a)?

Então resolvi falar um pouco sobre isso, e sobre esse enigma de como expor seus sentimentos para um(a) cadeirante.

1 – Bom seria se o amor, não fosse um sentimento e sim uma equação simples do tipo:

Você linda + Eu inteligente = Dois Apaixonados

Mas infelizmente o amor não é chegado a fazer contas, ele não obedece a razão.

O amor acontece pela empatia, pela afinidade que gera uma conjunção estrelar.

A gente ama uma pessoa pelo cheiro, pelo toque, pelo beijo.

Para amar não precisa conhecimento prévio e nem consulta ao SPC.

Como diria o mestre Renato Russo (E quem disse que existe razão nas coisas feitas pelo coração).

Em cima da frase do mestre, como é amar e estar junto de uma pessoa que foge dos tais “padrões” ditados pela nossa sociedade?

O que logo deixo claro, que quando existe amor, cumplicidade, respeito, admiração e carinho tudo é possível, mas e ai depois que sua vida muda, e ainda mais por uma mudança "obrigatória", e encarar uma realidade totalmente diferente, ai você para e repensa muitas vezes.

Mas isso é normal algo diferente, ou algo que não é de nossa realidade causa inquietação para todo mundo e ainda mais uma mudança tão radical, então nem se fala, e ai aparece aquela perguntinha, como vai ser minha vida amorosa daqui em diante?

Esse preconceito eu costumo dizer que esta na cabeça de cada um, vai depender de como você vai encarar essa diferença, se você viver de igual para igual, como um casal normal, tem muita chance de dar certo.

Por que o preconceito você vai encontrar na sociedade e na família do casal , e você deve estar preparado(a) para isso.

Amar, gostar, por si já é complicado, mas difícil mesmo é manter um relacionamento, cuidar dele, querer fazer dar certo.

Não existe regras, normas ou tratados para isso.

Estar com seu parceiro(a) numa cadeira de rodas, é somente mais um desafio pelo qual você terá que passar e aprender a lidar e tirar de letra, mais essa situação.

E não pense que pelo fato do seu “amigo(a)”, estar em uma cadeira de rodas ele é obrigado a querer ficar contigo ou que ninguém mais vai querer ficar com ele(a).

Como sempre digo, “todo pé cansado, encontra a sua sandália velha” então não adianta depois colocar a culpa em Santo Antônio.

Quando você encontrar a pessoa certa, não meça esforços para fazê-la feliz, em todos os aspectos, e fazer isso significa muitas coisas, isso aqui não é manual de nada, tão pouco eu sou conselheiro amoroso.

Ai "você" me pede no e-mail, como posso chegar no(a) cadeirante?

Meus amigos, cadeirantes são pessoas normais, não pense que a gente não sabe quando tá rolando um clima ou uma paquera.

Tô afim de um cadeirantePara isso somos muito rapidinhos, quando rolou o clima, você não precisa ficar fazendo um rodeio para chegar ao ponto e caso leve um fora, o que pode acontecer também, fica relex ninguém é obrigado a ficar com ninguém e "todo pé cansado...?".

Bom, o post foi para deixar claro, não existe formula mágica para chegar em um(a) cadeirante, é bem provável que você esta com receio de chegar e a pessoa já percebeu a muito tempo o que tá rolando.

Fica a dica, se tá afim, vai a luta e não fica perdendo tempo, lute contra os preconceitos que vão aparecer pelo caminho e se é sua cara metade, ignore e vai ser feliz.



Fonte: - cadeirantes life



O homem e a mulher

São iguais perante Deus o homem e a mulher e têm os mesmos direitos?

Esta pergunta foi feita, no século XIX, por Allan Kardec aos Espíritos Superiores, e a resposta deles foi uma contra pergunta:

Não outorgou Deus a ambos a inteligência do bem e do mal e a faculdade de progredir?

Os Benfeitores lançaram, em pleno século XIX, um desafio para a sociedade da época, que tinha no homem um ser superior à mulher, a quem esta devia obediência e respeito.

É incontestável que homens e mulheres têm os mesmos direitos, com variações apenas quanto ás funções que cabem a cada um junto à sociedade.

Sobre essa questão, Kardec perguntou aos Espíritos:

As funções a que a mulher é destinada pela Natureza terão importância tão grande quanto as deferidas ao homem?

Eis a resposta:

Sim, maior até.

É ela quem lhe dá as primeiras noções de vida.

Nessa afirmativa dos Benfeitores, fica claro que a maternidade é uma das funções que cabe à mulher, bem como as primeiras noções de educação.

Victor Hugo, poeta e romancista francês que viveu no século XIX, escreveu uma belíssima página sobre o homem e a mulher, que vai aqui reproduzida:

O homem é a mais elevada das criaturas.

A mulher é o mais sublime dos ideais.

Deus fez para o homem um trono; para a mulher, um altar.

O trono exalta; o altar santifica.

O homem é o cérebro; a mulher o coração.

O cérebro produz luz; o coração, o amor.

A luz fecunda; o amor ressuscita.

O homem é o gênio; a mulher o anjo.

O gênio é imensurável; o anjo indefinível.

A aspiração do homem é a suprema glória; a aspiração da mulher, a virtude extrema.

A glória traduz grandeza; a virtude traduz divindade.

O homem tem supremacia; a mulher, a preferência.

A supremacia representa a força; a preferência o direito.

O homem é forte pela razão; a mulher é invencível pela lágrima.

A razão convence; a lágrima comove.

O homem é capaz de todos os heroísmos; a mulher, de todos os martírios.

O heroísmo enobrece; o martírio sublima.

O homem é o código; a mulher, o Evangelho.

O código corrige, o Evangelho aperfeiçoa.

O homem é um templo; a mulher um sacrário.

Ante o templo, nos descobrimos; ante o sacrário, ajoelhamo-nos.

O homem pensa; a mulher sonha.

Pensar é ter cérebro; sonhar é ter na fronte uma auréola.

O homem é um oceano; a mulher, um lago.

O oceano tem a pérola que o embeleza, o lago tem a poesia que o deslumbra.

O homem é a águia que voa; a mulher, o rouxinol que canta.

Voar é dominar o espaço; cantar é conquistar a alma.

O homem tem um farol: a consciência; a mulher tem uma estrela: a esperança.

O farol guia, a esperança salva.

Enfim, o homem está colocado onde termina a Terra; a mulher, onde começa o Céu.


O homem é, assim como o pássaro, muitas vezes obrigado a enfrentar a tempestade, fora do ninho, para que o ninho desfrute alegria e abastança.

A mulher é o anjo desse mesmo ninho em que o homem procura paz e refazimento.



Fonte:: - Momento Espírita com base nos itens 817 e 821 de O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. Feb e em poesia de Victor Hugo, extraída do v. 5 da Coleção Antologia do pensamento mundial, ed. Logos e do verbete Homem, do livro Dicionário da alma, de Autores diversos, psicografado por Francisco Cândido Xavier, ed. Feb. Disponível no livro Momento Espírita, v. 1 e no CD Momento Espírita, v. 4, ed. Fep. Em 29.03.2010.



Comentário

Muitos cadeirantes acham que por estar numa cadeira de rodas esta condenado a viver sozinho na vida, que nunca irá ter uma companheira e assim se isolam de todos.

Principalmente aqueles que por um imprevisto da vida como uma doença, um acidente e outras consequências os deixam numa cadeira de rodas; para estes suas vidas acabaram e não vêm expectativas futuras, a não ser a morte.

Nos dois casos são preconceitos dos próprios cadeirantes que o fazem se isolar dos relacionamentos, mas, também há um certo preconceito das pessoas e uma certa maledicência em relação ao relacionamento destes pelas pessoas.

Infelizmente na sociedade em que vivemos esta presa a padrões já concebidos e tudo que saem fora desses é anormal; como se todos fossem modelos de perfeição; padrões esses de perfeição que esta bem aquém da verdadeira perfeição.

Não devemos nos apegar a esses padrões, porque todo ser humano tem direito ao seu espaço no planeta e na sociedade.

Então vamos a luta deixando de lado o preconceito e a maledicências das pessoas; assim vamos correr atrás da nossa felicidade.

Porque numa relação quando existe afinidade e amor, tudo se supera e vem em segundo plano, o amor fala mais alto e não vê diferença um no outro.

Conheço vários amigos que são cadeirantes como eu que namoraram , noivaram e casaram e já vivem a anos juntos e com filhos formando uma bela família.

Um cadeirante ou uma cadeirante são pessoas comuns como qualquer outra e não seres de outro planeta.

Quer ser feliz corra atrás da felicidade.

Pense e reflita!



Um abraço a todos.



"Enquanto não superarmos a ânsia do amor sem limites, não podemos crescer emocionalmente.

Enquanto não atravessarmos a dor de nossa própria solidão, continuaremos
a nos buscar em outras metades.

Para viver a dois, antes, é necessário ser único."

Desconhecido



Quando o amor não supera as diferenças, ele fica igual aos que não sabe amar.

Porque não há amor que não vá além do superável.

E não existe amor, quando ele se iguala a certos ínfimos sentimentos.

Amor é grande.

Amor é diferente.

Amor é, maravilhosamente, singular.

Gil Buena





 




segunda-feira, 27 de junho de 2016

Promovendo a harmonia entre as diferenças.




Harmonizando as diferenças



De um modo geral, nosso grande problema, nas relações pessoais, é que desejamos que os outros sejam iguais a nós.

Em se falando de amigos, desejamos que eles gostem exatamente do que gostamos, que apreciem o mesmo gênero de filmes e música que constituem o nosso prazer.

No âmbito familiar, prezaríamos que todos seus membros fossem ordeiros, organizados e disciplinados como nós.

No ambiente de trabalho, reclamamos dos que deixam a cadeira fora do lugar, papel espalhado sobre a mesa e que derramam café, quando se servem.

Dizemos que são relaxados e que é muito difícil conviver com pessoas tão diferentes de nós mesmos.

Por vezes, chegamos às raias da infelicidade, por essas questões.

E isso nos recorda da história de um menino chamado Pedro.

Ele tinha algumas dificuldades muito próprias.

Por exemplo, quando tentava desenhar uma linha reta, ela saía toda torta.

Quando todos à sua volta olhavam para cima, ele olhava para baixo.

Ficava observando as formigas, os caracóis, em sua marcha lenta, as florzinhas do caminho.

Se ele achava que ia fazer um dia lindo e ensolarado, chovia.

E lá se ia por água abaixo todo o piquenique programado.

Um dia, de manhã bem cedo, quando Pedro estava andando de costas contra o vento, ele deu um encontrão em uma menina e descobriu que ela se chamava Tina.

E tudo o que ela fazia era certinho.

Ela nunca amarrava os cordões de seus sapatos de forma incorreta nem virava o pão com manteiga para baixo.

Ela sempre se lembrava do guarda-chuva e até sabia escrever o seu nome direito.

Pedro ficava encantado com tudo que Tina fazia.

Foi ela que lhe mostrou a diferença entre direito e esquerdo.

Entre a frente e as costas.

Um dia, eles resolveram construir uma casa na árvore.

Tina fez um desenho para que a casa ficasse bem firme em cima da árvore.

Pedro juntou uma porção de coisas para enfeitar a casa.

Os dois acharam tudo muito engraçado.

A casa ficou linda, embora as trapalhadas de Pedro.

Bem no fundo, Tina gostaria que tudo que ela fizesse não fosse tão perfeito.

Ela gostava da forma de Pedro viver e ver a vida.

Então Pedro lhe arranjou um casaco e um chapéu que não combinavam.

E toda vez que brincavam, Tina colocava o chapéu e o casaco, para ficar mais parecida com Pedro.

Depois, Pedro ensinou Tina a andar de costas e a dar cambalhotas.

Juntos, rolaram morro abaixo.

E juntos aprenderam a fazer aviões de papel e a lançá-los, voando, para muito longe.

Um com o outro, aprenderam a ser amigos até debaixo d’água.

E para sempre.

Eles aprenderam que o delicioso em um relacionamento é harmonizar as diferenças.

Aprenderam que as diferenças são importantes, porque o que um não sabe, o outro ensina. Aquilo que é difícil para um, pode ser feito ou ensinado pelo outro.

É assim que se cresce no mundo.

Por causa das grandes diferenças entre as criaturas que o habitam.


A Sabedoria Divina colocou as pessoas no mundo, com tendências e gostos diferentes umas das outras.

Também em níveis culturais diversos e degraus evolutivos diferentes.

Tudo para nos ensinar que o grande segredo do progresso está exatamente em aprendermos uns com os outros, a trocar experiências e valorizar as diferenças.



Momento Espírita, com base no livro Pedro e Tina, de Stephen Michael King, ed. Brinquebook. Em 9.4.2015.


 

Um herói numa cadeira de rodas



Havia um homem de 38 anos que tinha enormes cicatrizes no rosto.

Suas marcas eram tão salientes que lhe deformavam a face.

Em qualquer ambiente social que ele comparecia, as pessoas ficavam chocadas com a sua aparência.

Além disso, era paraplégico, andava de cadeira de rodas.

Seu filho Rodolfo tinha muita vergonha, e cresceu tentando escondê-lo.

Não chamava os amigos para frequentar sua casa, nem o pai para participar de reuniões e festividades da escola.

Certo dia Rodolfo contraiu uma gripe forte e faltou à aula.

Por causa de um trabalho urgente, dado pela professora, os colegas foram até sua casa, sem avisar.

Quando viram aquele homem ficaram atônitos.

E Rodolfo mais ainda.

Não se preocupem, sei que sou bonitão” – disse, bem humorado, o homem.

E os garotos perceberam a doçura daquele homem mutilado pela vida.

Enquanto faziam o trabalho tiveram algumas dúvidas e pediram ajuda ao homem feio, que os atendeu e lhes mostrou sua admirável cultura, pois lia mais de um livro por semana.

Após o término do trabalho, uma pergunta fatal.

Alguém perguntou por que ele estava naquela situação.

Rodolfo ficou vermelho e preocupado, pois os pais nunca haviam lhe falado o porquê.

Sempre evitaram a resposta.

Então aquele homem dócil resolveu aproveitar a oportunidade para contar o que havia acontecido no passado.

Quando Rodolfo ainda era um bebê, eles fizeram uma viagem e se hospedaram num hotel fazenda.

Ausentaram-se, ele e a mãe, por algum tempo, deixando Rodolfo com a babá.

Quando retornavam perceberam que o hotel estava em chamas.

Desesperado, o pai se embrenhou pelo meio do fogo e resgatou o filho.

Mas no exato momento que entregou o bebê ao bombeiro, uma viga caiu sobre sua coluna jogando-o no chão, e as labaredas provocaram sérias queimaduras no seu rosto.

Então, com profunda ternura, o pai de Rodolfo falou: “a vida de meu filho era mais importante que a minha.

Eu poderia morrer, mas lutaria para salvar a dele.”

E acrescentou que as cicatrizes eram o sinal do amor intenso que sentia pelo filho.

Disse a Rodolfo que não lhe contaram a história antes para que ele não se sentisse culpado, e pudesse crescer sem traumas.

O garoto entendeu que não conhecia a intimidade de seu pai.

Compreendeu que foi injusto e superficial todas as vezes que tentava esconder aquele herói dos seus amigos.

Aprendeu que deveria conhecer, amar e curtir mais seus pais, enquanto ainda era tempo.


Bons filhos conhecem a história de seus pais, mas filhos brilhantes vão muito mais longe: conhecem os capítulos mais importantes de suas vidas.

Jovens com essa característica desenvolvem a arte de ouvir, dialogar, compreender.

Adquirem a capacidade de se colocar no lugar dos outros, de superar conflitos e desenvolver relações saudáveis e felizes.

Mesmo quando seus amores erram, eles agem como garimpeiros que procuram ouro no subsolo da história de quem amam.


Momento Espírita, com base no cap. 01, do livro Filhos brilhantes, alunos fascinantes, de Augusto Cury, Academia de Inteligência.


Comentário:

As duas histórias nas mensagens acima parecem serem distintas uma da outra, mas se prestar bem atenção veremos que são bem dizer idênticas porque abrangem o mesmo tema “as diferenças”.

Ainda temos muito enraizado em nós algumas noções e padrões arcaicos do que é normal e anormal, e tudo que foge a este perfil de padrão pré - estabelecido é anormal ou seja diferente.

Assim tudo que venha a ser diferente causa um certo impacto e o desconhecimento gera a rejeição e o preconceito das pessoas.

Quantos e quantos de nós ao perceber algo de diferente em uma pessoa, amigo de até em um parente torce o nariz, os lábios outro tipo de reação repulsiva, porque acham fora do padrões normais.

Dizemos que não mas ainda somos muito preconceituosos contudo que fogem aos padrões estabelecidos pela sociedade.

Agora fica a pergunta:

Quem é normal ou melhor perfeito?

Quem é anormal ou melhor imperfeito?

Perguntas difíceis de se responder, se atentarmos bem todos nós somos únicos, portanto somos diferentes uns dos outros; porque semelhante e igual são duas coisas distintas.

Todos nós estamos sujeitos a nos tornar uma pessoa diferente devido a um acidente, uma doença ou outros fatores na vida; mas mesmo assim não deixamos de sermos seres humanos.

Se existe as diferenças entre nós é porque esta deve ter uma  função especifica em nossa evolução humano designada por Deus.

Portanto devemos olhar uns para os outros com os olhos da alma e do coração e ver que ali esta um irmão de caminhada como nós mesmo;e assim convivermos e nos respeitarmos como irmãos.

Ser normal é ser diferente; apenas desejamos sermos respeitados e ter nosso espaço na sociedade com dignidade.

Pense nisso!



Um abraço a todos.



Superação:

O homem só descobre as suas forças.

Quando os seus olhos estão prestes a perder a luz...

Viver livre para uns... Pode parecer questão de visão...

Às vezes a liberdade pode não ser o suficiente

Para libertar o olhar de uma criança...

Tente parar no meio de um campo de guerra por um minuto

E não ouvir estrondos de bombas destruindo prédios, casas e vidas

São tremendos gritos derradeiros...

Pobre alma que sobrevive sobre aquilo que lhes foi destruído...

Alimentar uma criança é alimentar a si mesmo...

Porque pensar que minha alma é pobre, não mudará em nada a minha situação...

Pensamentos não são em vão quando se tem amor no coração!


Poeta Nelson Martins










sexta-feira, 24 de junho de 2016

Um casal de rodinhas.



A história
 de
 Lino e Adriana.



Lino tem distrofía muscular que se manifestou com a idade de um ano e oito meses, já chegou a usar aparelhos, mas como a distrofia é progressiva, parou na cadeira.

A Adriana nasceu com Mielomeningocele, uma má formação do feto na gestação afetando gravemente a espinha e deixando a medula exposta.

Lino e Adriana são um casal de cadeirantes de Alvorada-RS, Adriana é de Petrópolis-RJ, se conheceram pelas extintas redes sociais na internet, o Orkut e MSN, namoraram meses virtualmente, até que um dia Adriana mesmo sendo cadeirante criou coragem e se aventurou, fugindo de sua casa e de sua família para o Sul.

Desde então estão juntos e apaixonados a nove anos e vivem independentemente, mas como a vida não tá fácil para ninguém, trabalham como ambulantes no centro de Porto Alegre vendendo bijuterias e outras miudezas, Lino também trabalha fazendo alguns bicos com informática.

Nesses nove anos, tiveram um casal de filhos, hoje moram em um lutado apartamento e sempre felizes, a filhota é a Nicolly de 7 anos que esta na segunda série, eles também tem um arteiro o Gabriel de 4 anos, ambos nascidos perfeitos e de parto normal, que foi um verdadeiro milagre.


Adriana teve as duas gravides bem tranquilas, na gravides da Nicolly eles moravam em Rosário do Sul no interior do Rio Grande do Sul, e exatamente no oitavo mês ela entrou em trabalho de parto, só que os médicos de Rosário não se habilitavam pelos inúmeros riscos que corriam de morte devido a situação delicada e já haviam feito pedido para hospitais de Porto Alegre, que também não deram nenhum sinal, teve que ser ali mesmo, não tinha nem médico na hora teve que ser na enfermaria e somente com as enfermeiras, dia 28/11/2007 nasceu de parto natural com 1kg e 830 gramas, de oito meses, mas perfeita.

Já o Gabriel foi um tremendo susto quando descobriram a gravides, pois não esperavam, eles já moravam em Alvorada, Região metropolitana de Porto Alegre, veio todas aquelas preocupações novamente, riscos de todos os tipos lhes assombravam, e a Nicolly era um bebê ainda para o pior acontecer.

Mas felizmente deu tudo certo, Gabriel nasceu de 9 meses no dia 26/03//2011 e também de parto normal, pesando kg 3,105, mas agora com médicos e eu do lado segurando a sua mão, foram verdadeiros milagres em suas vidas os dois saudáveis,inteligentes e lindos, são tudo para eles.


Frase de Lino:

Tenho certeza que nosso amor sincero fez milagres acontecer, e acreditando no amor que estamos nos fortalecendo para as demandas

Deixo um verso de uma música que nos identifica muito:

Uma doce família

Que tem a mania

De achar alegria

Motivo e razão

Onde dizem que não

Aí que tá a mágica, meu irmão

O Rappa. Auto-Reverse.



Fonte: – cadeirantes life





Poesia 


Minha postagem hoje não terá conceitos, ideias e frases a discutir.

Hoje optei por trazer uma poesia de Mario Quintana para leiamos e possamos refletir sobre “nossas deficiências”, eu cadeirante, você leitor com ou sem deficiências aparentes.

DEFICIÊNCIAS

Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.

"Louco" é quem não procura ser feliz com o que possui.

"Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.

"Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão.

Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.

"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.

"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.

"Diabético" é quem não consegue ser doce.

"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer.

E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:

"Miseráveis" são todos que não conseguem falar com Deus.


Mário Quintana


Fonte: – cadeirantes life


Comentário:

Eis aqui mais uma linda e maravilhosa história de amor.

Lino e Adriana dois cadeirantes que se conheceram através do orkut e msn pela internet, redes sociais que já foram extintas a um bom tempo.

Namorando pela rede social por algum tempo, até quando Adiana resolveu fugir de casa para o sul do pai, e ir se encontrar com seu amado Lino, mesmo sendo cadeirante criou coragem e se aventurou em sua empreitada.

E desde então estão juntos e assim formaram uma família com dois filhos e já vivem juntos à nove anos.

Morando em Porto Alegre num apartamento e são completamente independentes, trabalham como ambulantes no centro da cidade.

Aqui está um exemplo de pessoas que superaram todas as adversidades e preconceitos e foram em busca de seus sonhos e objetivos.

Assim mostraram toda sua capacidade e inteligência em superar os obstáculos que na visão de muitos são impossíveis de se transpor ou se superar.

Ela como cadeirante mostrou muita coragem ao se aventurar em seguir sózinha na busca de seu amado, deixando sua família para trás.

Aventura essa que não sabia se iria dar certo ou não!

Mas mesmo assim teve fibra e determinação de que iria conseguir encontrar o seu companheiro Lino, afinal os dois se amam.

Ele a recebeu de braços abertos e foi corajoso e determinado ao assumi-la como sua companheira e formar uma família.

Desse amor veio surgir duas crianças lindas para completar a felicidade do casal.

A história de Lino e Adriana não é a única, como ela existem uma infinidade de histórias semelhantes por aí afora

Quando se acredita em si mesmo e tem fé em Deus tudo em nossas vidas se tornam possíveis e realizáveis.

Mas para isso precisa-se sair da zona de conforto e com determinação, força de vontade, disciplina, paciência e fé ir em busca de nossos sonhos, metas e objetivos.

Temos consciência de que a empreitada que estamos enfrentando não vai ser uma tarefa fácil de se cumprir, mas, também não é impossível.

Desde que nos esforcemos e trabalhemos incansavelmente em busca de nosso objetivo; mesmos com os percalços que possam surgir pela frente.

Jamais deixemos nos vencer pelo cansaço, não deu certo hoje tente amanhã novamente que uma hora ou outra tudo vai fluir normalmente para nós.

Afinal é nos momentos difíceis da vida que encontramos forças internas que pensamos não possuir, as quais se manifestam quando resolvemos enfrentar as dificuldades.

Essa força chamasse vontade e é através dela que conseguimos superar as dificuldades que surjam em nosso caminho.

Todos nos temos nossas dificuldades e deficiências em nossas vidas para enfrentarmos e superá-las são partes integrantes de nós em nossa evolução humana.

Somos como camaleões que se adequam ao ambiente em que vive da melhor forma possível.

Na verdade todos nós temos a capacidade de transformação e superação em relação as adversidades da vida,basta querer.

Como na história acima nada os impediu de constituírem a sua família e viverem suas vidas felizes e realizados.


Um abraço a todos!


Ainda Assim... Eles Continuam...

Muitas vezes não paramos para analisar as dificuldades e sofrimentos que a vida impõe a certas pessoas em seu dia a dia.

Há tantos problemas, desafios, provações e dificuldades presentes na vida do outro e às vezes é como se não percebemos, talvez por achar que nossos problemas são maiores, ou achar que o outro não importa para nós, entre tantos outros motivos.

Basta parar para refletir sobre isso e irmos a ruas, ligar a televisão, ouvir um rádio ou até ouvir alguma conversa a respeito do outro que podemos perceber que muitas vezes há pessoas passando por dificuldades bem maiores que as nossas.

Esses são os que acordam ainda na madrugada para mais um dia de trabalho duro com o objetivo de poder ver ao final do dia, a alegria nos olhos de seus filhos ao poder desfrutar de um alimento que dá energia.

Os que mesmo possuindo limitações por deficiência ou doença física, se esforçam ao máximo para poder tentar levar uma vida normal, ainda que muitas pessoas insistam em criticar e fazer disso um desafio ainda maior.

São os que perderam os filhos para as ruas, as drogas, tráfico, crime ou até para a morte mas que ainda assim tentam colocar um sorriso no rosto todos os dias para mostrar as pessoas que tudo está bem, apesar de por dentro o coração está ferido e frustrado por não ter conseguido conquistar aquele futuro bom que foi planejado um dia.

Entre tantos outros casos..

Mas ainda assim...eles continuam...

Mesmo diante de todas essas e outras dificuldades, muitas pessoas tentam levar a vida de uma forma conformada e tentando fazer dela o melhor que puder.

Há esperança e fé de que um dia as coisas irão melhorar e esse fantasma que hoje perturba, amanhã será apenas uma lembrança de um momento difícil, mas que de alguma forma foi necessário para que se pudesse alcançar alguma evolução espiritual.

Que possamos fazer assim como alguma dessas pessoas.

Mesmo diante das dificuldades e desafios que a vida nos impor, que possamos tentar ao máximo fazer dos nossos dias os melhores que puderem ser.

Viver um dia de cada vez e com a esperança de que amanhã tudo será melhor e que o hoje também passa e devido a isso, devemos tentar manter a paciência, sabedoria e ter certeza que devemos continuar sempre...

Mas sempre de forma alegre e com esperança de que dias melhores virão e que o presente já é um desses dias, nós que precisaremos adaptá-los a essa forma.


Graziele Machado.