Quando
precisamos aceitar uma circunstância que não foi planejada, o
primeiro impulso que temos é o de ser resistente à nova situação.
É
difícil aceitar as perdas materiais ou afetivas, a dificuldade
financeira, a doença, a humilhação, as traições.
A
nossa tendência natural é resistir e combater tudo o que nos
contraria e que nos gera sofrimento.
Agindo
assim, estaremos prolongando a situação.
Resistir
nos mantém presos ao problema, muitas vezes perpetuando-o e tornando
tudo mais complicado e pesado.
Em
outras ocasiões, nossa reação é a de negação do problema e, por
vezes, nos entregamos a desequilíbrios emocionais como revolta,
tristeza, culpa e indignação.
Todas
essas reações são destrutivas e desagregadoras.
Quando
não aceitamos, nos tornamos amargos e insatisfeitos.
Esses
padrões mentais e emocionais criam mais dificuldades e nos impedem
de enxergar as soluções.
Pode
parecer que quando nos resignamos diante de uma situação difícil,
estamos desistindo de lutar e sendo fracos.
Mas
não.
Apenas
significa que entendemos que a existência terrestre tem uma
finalidade e que a vida é regida pela lei de ação e reação; que
a luta deve ser encarada com serenidade e fé.
Na
verdade, se tivermos a verdadeira intenção de enfrentar com
equilíbrio e sensatez as grandes mudanças que a vida nos apresenta,
devemos começar admitindo a nova situação.
A
aceitação é um ato de força interior que desconhecemos.
Ela
vem acompanhada de sabedoria e humildade, e nos impulsiona para a
luta.
É
detentora de um poder transformador que só quem já experimentou
pode avaliar.
Existem
inúmeras situações na vida que não estão sob o nosso controle.
Resta-nos
então acatá-las.
É
fundamental entender que esse posicionamento não significa desistir,
mas sim manter-se lúcido e otimista no momento necessário.
No
instante em que aceitamos, apaga-se a ilusão de situações que
foram criadas por nós mesmos e as soluções surgem naturalmente.
Aceitar
é exercitar a fé.
É
expandir a consciência para encontrar respostas, soluções e
alívio.
É
manter uma atitude saudável diante da vida.
É nos
entregarmos confiantes ao que a vida tem a nos oferecer.
Estamos
nesta vida pela misericórdia de Deus, que nos concedeu nova
oportunidade de renascimento no corpo físico.
Os
sentimentos de amargura, desespero e revolta, que permeiam nossa
existência, são frutos das próprias dificuldades em lidar com os
problemas.
Lembremos
que todas as dores são transitórias.
Quando
elas nos alcançarem, as aceitemos com serenidade e resignação.
Olhemos
para elas como mecanismos da Lei Universal que o Pai utiliza para que
possamos crescer em direção a Ele.
Busquemos
desse modo, as fontes profundas do amor a que se reporta Jesus que o
viveu, e o amor nos dirá como nos devemos comportar perante a vida, no
crescimento e avanço para Deus.
Fonte - Momento
Espírita, com base no texto Aceitação, de autoria desconhecida e com
parágrafo final do cap 20, do livro Terapêutica de emergência, por
diversos espíritos, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal. Em 9
10 2012.
Resignação
Há virtudes difíceis de serem adquiridas e cujo exercício é pouco compreendido.
A
resignação é uma delas.
As
criaturas levianas nem a veem como algo apreciável.
Presas
em suas ilusões, consideram a resignação apenas falta de forças
ou de coragem.
Entendem
que o homem sempre deve reagir violentamente contra qualquer
circunstância que contrarie seus interesses.
Pensam
ser indigno aceitar com tranquilidade um revés.
Contudo,
urge reconhecer que nem sempre é possível obter-se o que se deseja.
Muitas
vezes, nossos sonhos mais caros não se concretizam.
Ou
então nossa tranquilidade, tão duramente conquistada, é atingida
por um infortúnio.
Há
dificuldades ou contrariedades que podemos vencer mas, algumas vezes,
a vida responde a nossos apelos com sombra e dor.
Nessas
circunstâncias, alguns encontram em seu íntimo forças para se
resignar.
Em
face de situações constrangedoras, dolorosas e inalteráveis, a
resignação é uma atitude que apenas os bravos conseguem adotar.
Trata-se
da aquiescência da razão e do coração com um regime severo
imposto pela vida.
O
resignado não é um covarde, mas alguém que compreende a finalidade
da existência terrena.
O
homem nasce na Terra para evoluir, para vencer a si mesmo e amealhar
virtudes.
Justamente
por isso, as dificuldades se apresentam em seu caminho.
Algumas
são contornáveis e outras não.
Às
vezes, somente poderíamos sair de uma situação triste,
prejudicando ou magoando o semelhante.
Como
ninguém conquista a própria felicidade semeando desgraças, essa
opção não é legítima.
Frente
a um infortúnio inevitável, é necessário acomodar a própria
vontade.
Impõe-se
a consideração de que Deus rege o Universo e jamais se equivoca ou
esquece de algo.
Já
nascemos inúmeras vezes e renasceremos outras tantas.
A
vida é uma escola, na qual passamos da ignorância e da barbárie à
angelitude.
Conscientes
de nosso papel de aprendizes, convém nos dedicarmos a fazer a lição
do momento.
Talvez
ela não seja a que desejaríamos, mas certamente é a mais adequada
às nossas necessidades.
Se
a vida nos reclama serenidade em face da dor, aquiesçamos.
A
rebeldia de nada nos adiantará.
A
criatura rebelde perante as Leis Divinas apenas torna seu aprendizado
lento e doloroso.
Rapidamente
ela se torna cansativa para seus familiares e amigos.
Ao
fazer sentir por toda parte o peso de seu amargor, infelicita os que
a amam.
Resignar-se
não significa desistir da luta.
Implica
apenas reconhecer que a luta interiorizou-se.
Quem
se resigna enobrece lentamente seu íntimo, ao desenvolver novos
propósitos de vida.
Tais
propósitos não se resumem a um viver róseo.
Eles
envolvem a percepção e a aceitação de que temos um papel a
desempenhar na construção de um mundo melhor.
Esse
papel pode não coincidir com nossas fantasias.
Mas
é uma bênção ser um elemento do progresso, mesmo com algum
sacrifício.
Outras
pessoas, mirando-se em nosso exemplo, podem encontrar forças para
seguir em frente.
A
resignação é uma conquista do Espírito que vence suas paixões e
atinge a maturidade.
Ele
consegue manter a alegria e o otimismo, mesmo em condições
adversas.
Ao
enfrentar com tranquila dignidade seus infortúnios, prepara-se para
um amanhã venturoso.
Fonte - Momento
Espírita, com base no cap. 24 do livro
Leis morais da vida, pelo
Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco,
ed. Leal. Em 10.09.2012.
Comentário
Quando
nos encontramos em situações adversas em nossa vida ocasionada pela
perda de um ente querido; uma enfermidade grave; um acidente e outras
situações ficamos desesperados.
No primeiro momento não conseguimos raciocinar com clareza, vem o sentimento de revolta, raiva, angústia, medo e desespero.
No primeiro momento não conseguimos raciocinar com clareza, vem o sentimento de revolta, raiva, angústia, medo e desespero.
Mas,
tudo isso porque nos vemos diante do inesperado e desconhecido, uma
situação a qual não contamos com ela; por já termos uma vida
planejada e estruturada.
Pois
não tinha a miníma noção de que o destino fosse nos pregar uma
peça assim em nosso caminho.
Como
nas mensagens acima diz: o primeiro passo é a aceitação e a
resignação com humildade.
Sim,
essas mensagens resume exatamente quais os primeiros passos para
enfrentarmos uma adversidade.
Porque
ao aceitar seu estado natural estará deixando a razão falar mais
alto.
Já
com a resignação é seu coração estará falando mais alto.
Agora
você trabalhando com a aceitação e a resignação estará dando um
enorme passo no enfrentamento da situação.
Porque
deixará para trás o passado; e partirá para o presente e o futuro
que irá construir com muita determinação e força de vontade.
É
uma luta árdua; terá momentos que o desânimo e o medo vai aparecer
e ficara propenso a desistir por não ver resultados.
Mas,
é aí que saberá o quanto estas determinado em superar essa
dificuldade e vencê-la.
Sabemos
que toda conquista necessita de muito trabalho e esforço individual
e da ajuda de Deus.
Nada
em nossa vida se adquiri de graça ou nos é dado de presente, tudo
depende de nosso esforço e merecimento.
Quando
passamos a aceitar com resignação a nova situação tudo a nossa
volta começa a fluir progressivamente e os resultados começam
aparecer.
Assim
vemos que o trabalho, esforço, determinação, força de vontade,
fé, disciplina valeram a pena, e as vitórias das conquistas são
gratificantes.
Falando
assim parece ser muito fácil.
Eu
digo que não é fácil, porque passei por isso, mas posso afirmar
que é possível, desde que você esteja realmente determinado a se
superar e se tornar um novo homem.
O querer é seu, está nas suas mãos querer ou não!
Só
depende de você!
Concordo plenamente com você que em qualquer adversidade para se encontrar uma saída e dar-se a volta por cima primeiramente é preciso aceitar a nova situação e com resignação encontrar dentro de nós forças que nos impulsione para a luta e solução do problema.
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