Acreditar em si mesmo

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terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Exemplos de superação



Liberdade e a cadeira de rodas
 
Fiquei tetraplégica há nove anos, é um bom tempo, da minha vida de 35, sobre rodas.

Já estou em um momento da vida em que agente se acostuma tanto com as limitações de uma lesão que não lembra mais como era a sensação de caminhar, dançar, de sentir as sensações na pele, do prazer de fazer xixi quando se está “super apertada”, dar uma gargalhada alta (a minha ficou muda) e tantas outras coisas do dia a dia que todo mundo faz sem pensar e quando agente não tem mais sente muita falta.

Mas apesar de tudo isso, a frase “ficou presa a uma cadeira de rodas” ou “que linda, pena que está na cadeira de rodas” é totalmente equivocada.

Não só pelo tom de “pena” envolvido no seu significado, mas principalmente pela realidade: a cadeira de rodas é sinônimo de liberdade!

Quando eu tive a minha primeira cadeira, super pesada, eu não conseguia roda-la por 5 metros de distância, sim porque minha lesão é alta e dos meus braços só conto com o bíceps, nada mais!

No inicio da lesão eu pensava equivocadamente que precisava ter uma cadeira que me fizesse “trabalhar” para adquirir força.

Depois de ir ao Sarah várias vezes vi que não era por aí.

Dentro da minha realidade, para viver bem precisava de algo que me desse agilidade, para atingir a maior independência possível na minha situação.


Troquei minha cadeira em X, pesada, por uma monobloco, levinha que só!

Já foi muito, mas muito legal!!

Quando estava no shopping podia pelo menos virar para olhar a vitrine, já que geralmente quem me levava me deixava olhando para o lado que não interessava... não por mal, mas porque nunca saberemos fazer as coisas como o outro faria!

Eu comprei uma cadeira motorizada, dentro de casa me dava uma liberdade que não tinha em lugar nenhum do mundo!!!

Agilidade na velocidade, em chegar onde quisesse, subir aclives e descer sem precisar de ajuda!

Liberdade, ah como ela faz falta que não se tem!

Mas esta cadeira que eu tinha pesava mais do que eu mesma, 60 kilos de cadeira... ou seja, só em casa mesmo...

Mas a minha sessentona ficou velinha, experimentei outras possibilidades e então decidi comprar uma nova, financiei pelo Banco do Brasil, pelo BB Crédito Acessibilidade, que já contei aqui no blog.

Queria uma cadeira que pudesse levar para lugares acessíveis, para ter então minha tão sonhada LIBERDADE!

Ontem fui com ela pela primeira vez ao shopping, mais leve e fácil de carregar, até mais fácil de desmontar, puder deslizar pelos corredores, sozinha com minha filhota amada no colo, independente, leve e feliz!

Minha cadeira de rodas me dá a liberdade que minha lesão me tirou, virar para onde quiser, levar minha filha no meu colo, chegar onde quisermos juntas e ao lado da minha família!

Se não fosse ela, onde será que eu estaria?



Fonte – cadeirantes life


Valorizando a vida

Se hoje você pudesse fazer um único pedido, o que você faria?

Se um gênio da lâmpada lhe aparecesse como por milagre, o que você pediria?

Muitos, nessa fantasia, imaginam pedir largas somas em dinheiro.

Outros, a passar temporadas infindas de férias em algum lugar paradisíaco.

Outros mais desejariam largos períodos de tempo para satisfazer sensações e paixões.

Porém, se perguntássemos para um tetraplégico qual seria seu maior desejo ou para um cego, o que responderiam?

Para o portador de uma doença incurável, qual seria seu pedido?

A resposta parece clara, em qualquer desses casos.

Eles desejariam milagres de que nós, que não estamos nessas situações, somos portadores.

Por vezes desejamos coisas sem sentido ou infantilidades, esquecendo que somos presenteados com milagres da vida todos os dias.

Desejamos ter olhos mais expressivos, ou de outra cor, outro formato...

E alguns apenas desejariam enxergar.

Desejamos ter um corpo mais magro, mais atlético, um corpo de formas mais harmoniosas.

E alguns... apenas um corpo com saúde.

Tantos reclamam desejando serem mais altos, terem pernas mais proporcionais.

Outros reclamam dos pés que julgam feios.

E alguns... apenas desejariam andar.

São tantos a reclamar da voz estridente de alguém, do barulho da rua, do choro da criança que mora ao lado.

E alguns... apenas desejariam escutar.

Diariamente o milagre da vida e suas riquezas oferecem-nos presentes, pois nos dão a oportunidade de presenciar e vivenciar a grandiosidade das coisas de Deus.

São inúmeros os milagres que nos sucedem e que poucas vezes nos damos conta.

Afinal, qual foi a última vez que lembramos de agradecer a Deus pela saúde?

Quando nos lembramos de agradecer ao Pai pela família, pelos amigos, por termos a quem amar e por sermos amados?

Qual foi a última vez que agradecemos pelo corpo que dispomos, pelas condições em que vivemos, pelas oportunidades que a vida nos oferece?

Sempre que formos imaginar a necessidade de um grande gênio da lâmpada a surgir na nossa frente a fim de fazer algum milagre que desejamos, é necessário lembrar que estamos cercados de milagres da vida.

Um dia, nosso corpo se iniciou com apenas uma célula, e hoje são trilhões delas a nos oferecer a imensa oportunidade da experiência terrena, do aprendizado, do ressarcimento de nossas economias morais perante a Lei de Deus.

Isso já é suficiente para termos o coração pleno de gratidão.

E, se por acaso, um dia, um gênio da lâmpada nos perguntar qual o nosso pedido, que possamos ter a alegria de responder que nada temos a pedir, somente a agradecer, frente a tudo que a vida nos ofereceu até o dia de hoje.



Fonte - Momento Espírita. Em 09.07.2010



Exemplo de superação

Dorina Nowill é o destaque sobre histórias de superação.

'É preciso encarar a vida', diz Dorina Nowill, 90 anos, cega desde os 17

Ela comanda instituição de apoio a deficientes visuais.

Por enquanto, educadora não pensa em parar de trabalhar.

Ela tem 90 anos e uma agenda extensa de compromissos pelo país.

Presidente de uma das principais entidades em prol da inclusão de pessoas com deficiência visual do mundo, Dorina Nowill diz que é preciso entusiasmo para superar as dificuldades da vida.

"É preciso encarar a vida como ela aparece.

Não se pode disputar com a vida", aconselha Dorina Nowill, cega desde os 17 anos e há mais de 60 anos trabalhando para que os cegos tenham as mesmas oportunidades na vida que os demais.

Foi uma patologia rara que tirou a visão de dona Dorina, como é chamada na entidade que comanda, a Fundação Dorina Nowill para Cegos, quando ela tinha 17 anos.

Dorina teve hemorragia em uma das retinas e os médicos não conseguiram diagnosticar o problema. Acabou perdendo primeiro a visão de um olho e em quatro meses ficou totalmente cega.

Mas isso foi só o começo de uma história marcada por vitórias e realizações que beneficiaram milhares de pessoas que tiveram o mesmo problema que ela.

Dorina Nowill ainda estava no colegial, mas conseguiu ser a primeira aluna cega a frequentar o curso onde estudava, a Escola Caetano de Campos.

Nos Estados Unidos, conseguiu uma bolsa na Universidade de Columbia e se especializou em educação para cegos.

De volta ao Brasil, atuou para publicação de livros em braille.

"Depois que fiquei cega, comecei a estudar para provar a necessidade da inclusão.

Não se separa alguém pelo fato de ser cego.

Comecei então a trabalhar visando a inclusão do cego na vida, na escola e no lazer", conta Dorina Nowill.

A partir da criação da fundação que leva seu nome, Dorina viajou o Brasil e o mundo em sua luta.

Chegou a ser presidente da União Mundial de Cegos e foi diversas vezes premiada por suas iniciativas.

"Nem sempre a coisa foi fácil, mas sempre tive muito entusiasmo.

Sempre tive muita fé e nunca desisti."

Ainda hoje, aos 90 anos, participa de reuniões em diversos estados sobre políticas públicas de inclusão e se reúne com integrantes do governo e de professores.

Questionada sobre quando pretende parar de trabalha, ela diz, sem hesitar:

"Se um dia eu me sentir cansada acredito que vou parar.

Mas eu não me canso."

Ter ficado cega não a impediu de realizar o sonho de constituir uma família.
Quando estudava nos Estados Unidos, conheceu o marido com quem se casou e teve cinco filhos, hoje todos na faixa dos 50 anos.

E as dificuldades pelas quais passou, não tiraram o humor de dona Dorina.

"Estive nas cinco partes do mundo e fico muito feliz pelo meu trabalho porque consegui o que jamais imaginava.

Eu fiz tudo, mas queria mesmo dar uma voltinha para ver todas essas coisas bonitas que não pude ver", afirma sorrindo.

"Mas conheci muita gente formidável, pessoas extraordinárias durante a minha vida", completa.

Ao responder sobre o que gostaria de ver em sua vida, Dorina diz:

"Entre as coisas que sempre me encantaram, está o sorriso de uma criança.

Acho que o brilho, a graça, transparece.

E o pôr do sol, aquele vermelho na praia, no fundo do mar.

Mas não tem nada para suprir a falta de não ver.

Só com o que tenho dentro de mim."









3 comentários:

  1. Muitas vexes em nossa caminhada pela vida somos surpreendidos com adversidades que esta nos impõem ou nos mesmos somos responsáveis por elas, é onde vemos tudo desmoronar a nossa volta e não podemos fazer nada; no inicio ficamos perdidos mas quando nos vamos familiarizando com a situação, encontramos forças para superarmos e seguir em frente em um novo recomeço de vida; tudo só depende de cada um de nós.

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  2. boa tarde dei uma olhada no seu blog e achei muito legal estou te seguindo um abraço.

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