Definição
de família
Designa-se
por família o conjunto
de pessoas que possuem grau de parentesco entre si e vivem na mesma
casa formando um lar.
Uma
família tradicional é normalmente formada pelo pai e mãe, unidos
por matrimônio ou união de fato, e por um ou mais filhos, compondo
uma família nuclear ou elementar.
A
família é considerada uma instituição responsável por promover a
educação dos filhos e influenciar o comportamento dos mesmos no
meio social.
O
papel da família no desenvolvimento de cada indivíduo é de
fundamental importância.
É
no seio familiar que são transmitidos os valores morais e sociais
que servirão de base para o processo de socialização da criança,
bem como as tradições e os costumes perpetuados através de
gerações.
O
ambiente familiar é um local onde deve existir harmonia, afetos,
proteção e todo o tipo de apoio necessário na resolução de
conflitos ou problemas de algum dos membros.
As
relações de confiança, segurança, conforto e bem-estar
proporcionam a unidade familiar.
A
família
Você
já parou algum dia para pensar como funciona uma colmeia?
Já
se deu conta de que nela tudo é ordem, disciplina, preocupação
pelo todo?
A
colmeia é formada por células de cera, que se contam aos milhares.
Em
algumas dessas células existem ovos ou larvas de abelha.
Outras
servem como depósitos de pólen e de mel.
Essas
são os favos de mel.
Numa
colmeia podem existir até 70 mil abelhas, que exercem diferentes
funções.
As
operárias são as que alimentam as larvas, cuidam da colmeia, trazem
comida para todos os habitantes da comunidade.
As
operárias começam como faxineiras, limpando as células onde estão
os ovos.
Depois
produzem a geleia real que serve para alimentar as abelhas mais
jovens e a rainha.
Também
trabalham como babás alimentando as abelhinhas mais crescidas com
pólen e mel.
Com
dez dias de vida elas se tornam construtoras.
Começam
a produzir cera, que lhes permite construir e remendar as células da
colmeia.
A
rainha tem como tarefa botar ovos, dos quais sairão as operárias,
os zangões e as novas rainhas.
No
verão chega a botar em um só dia mil e quinhentos ovos.
O
zangão, desde que nasce, tem por tarefa a procriação com a rainha.
Depois
morre.
Tudo
na colmeia reflete ordem, equilíbrio.
As
operárias são também as que saem da colmeia para buscar a matéria
prima de que necessitam.
Estranhamente,
elas nunca se enganam no caminho de volta para casa, para onde
retornam com sua preciosa carga.
Embora
sua vida seja curta, de cinco semanas apenas, elas não se cansam de
trabalhar pelo bem-estar de toda a equipe.
Podemos
pensar na família como uma colmeia racional.
Cada
um tem sua tarefa a cumprir, visando o crescimento da pequena
coletividade, como exige o lar.
E
todos são importantes no desempenho do grupo doméstico.
É
no seio da família, na intimidade do lar, que se vão descobrir
operárias incansáveis, trabalhando sem cessar, não se importando
consigo mesmas.
Em
constante processo de doação.
É
na família que se aprende a transformar o fel das dificuldades, as
amarguras das incompreensões no mel das atenções e do
entendimento.
É
ali que se exercita a cooperação.
Afinal,
como a família é uma comunidade, há necessidade de ajuda mútua.
Quando
a família enfrenta as dificuldades com união, cresce e supera
problemas considerados insolúveis.
Para
que a família progrida no todo, cada um deve se conscientizar de sua
tarefa e realizá-la com alegria.
É
por este motivo que as crianças devem ser incentivadas, desde cedo,
a pequenas tarefas no lar.
Retirar
os pratos da mesa, lavar a louça, aquecer a mamadeira do menorzinho.
Renúncia
a um pequeno lazer para satisfazer o outro.
Nem
que seja somente a satisfação da companhia ou de um diálogo
amistoso.
Se
na colmeia familiar reinar o amor, conseguiremos com certeza ter
elementos para uma atuação segura, verdadeiramente cristã, junto à
família maior, na imensa colmeia do mundo.
A
família é abençoada escola de educação moral e espiritual.
É
oficina santificante onde se burilam caracteres.
É
laboratório superior em que se refinam ideais.
Fonte
- Momento Espírita, com base na Revista Minimonstros, ed.
Globo, 1964 e no cap. 15, do livro Rosângela, pelo Espírito
Rosângela, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter. Em 21.07.2010.
Constituindo
uma família
No
meu novo recomeço após o acidente que me ocasionou um traumatismo
raqueo medular, me deixando tetraplégico; fiquei internado em uma
instituição, onde tive um acompanhamento médico e tratamento de
fisioterapia por 13 anos consecutivos.
Como
narro a minha história no blog; nesse meio de tempo, fui
surpreendido com a perda de minha esposa e a minha mãe, uma após a
outra; foi mais dois enormes choques que a vida me pregou, além da
tetraplegia.
Pensei
em até desistir do tratamento, por me ver sozinho, e não havia mais
sentido algum para continuar lutando pela minha reabilitação; mas,
ao mesmo tempo pude perceber que a minha esposa e a minha mãe se
aqui estivessem seriam as primeiras a me incentivarem em minha luta;
porque a vida continua e o tempo passa e não espera ninguém.
No
meu entendimento a visão era a de que na situação em que me
encontrava e na luta que vinha travando, achava que estava devendo a
elas uma continuação da luta; foi onde encontrei o que motivasse a
me empenhar na luta pela minha reabilitação e recuperação.
O
tempo foi passando dias após dias, meses e anos me dedicando
intensamente ao meu tratamento; era a única coisa que me importava e
a meta que eu desejava atingir.
Num
dia comum e rotineiro da Instituição, estava na enfermagem fazendo
os meus curativos nas escaras do calcaneo e da panturrilha com o
enfermeiro; eis que adentra a enfermaria a Nice para pegar material
de curativos; e brincando com o Lucimauro comentei que estava sozinho
e jogado as traças; ela ao escutar entrou na brincadeira dizendo que
também estava jogada as traças e sozinha.
Respondi
já que estamos no mesmo barco porque não remar juntos; mas, tudo
isso em tom de brincadeira; eu não via perspectiva nenhuma para esse
lado da vida, essa era a minha visão.
No
meu entender uma pessoa só se aproximaria de mim por compaixão ou
pena e jamais por amor; e também eu pensava que poderia anular a
vida da pessoa; por isso, não alimentava nenhuma esperança em
encontrar alguém nesse momento da vida, que me aceitasse do jeito
que sou e me visse como um homem comum, capaz de construir e
constituir uma família e viver uma vida feliz.
É
que as pessoas tem um certo preconceito e nenhum conhecimento sobre
os portadores de necessidades especiais; e também não sabem que
temos desejos e podemos levar uma vida sexual ativa como qualquer
homem normal; que também podemos ter família e filhos normalmente;
e não há nada que nos impeça.
Ao
contrário do que muitas pessoas pensam por falta de conhecimento ou
preconceito, com os portadores de necessidades especiais.
Passados
alguns minutos daquela brincadeira na enfermaria; me encontrava na
biblioteca lendo, quando ela entra e se aproxima um pouco
envergonhada e sem jeito e pergunta com uma fisionomia seria, se eu
tinha falado em tom de brincadeira ou falava serio; sem titubear
disse-lhe que estava falando serio e que já estava de olho nela; ela
teve um choque mas depois sorriu; e daquele momento em diante
começamos a conversar e nos conhecer melhor.
Aos
poucos nos íamos nos conhecendo e tomando consciência do que
queríamos para nós, por sermos dois adultos; passei a notar que ela
me aceitava do jeito que eu era e me via como homem, seu sentimento
era puro e verdadeiro; a nossa intenção era a de construirmos algo
e uma família juntos e sermos feliz.
Namoramos
por dois anos, onde fomos nos relacionando e conhecendo melhor;
depois de um tempo já não conseguíamos ficar um longe do outro,
ficava aquela sensação de um vazio enorme no coração. Foi onde
resolvemos montar uma casa e constituir uma família e um lar,
construindo nossas vida juntos.
De
uma simples brincadeira, ocasionou o início de uma nova história a
dois pelo amor; e essa história continua sendo escrita até os dias
atuais dia á dia com muito amor e alegria.
Como
o tempo passa já vai para oito anos que estamos convivendo junto,
com as dificuldades e desafios da vida com muito amor e alegria como
no início da nossa história.
Espero
que essa nossa história venha quebrar o medo daqueles que se
encontram na mesma situação que a minha e possam ver que a vida
continua para todos nós e que possamos ser feliz na vida; e possam
ter a certeza de que alguém pode se interessar por você, como você
é, e por amor; e não por compaixão ou pena.
E
as pessoas que não nos conhece possam ver que os portadores de
necessidades especiais tem vida sexualmente ativa como qualquer homem
normal; e que também podem namorar casar e constituir família com
filhos em suas vidas.
Deixem
o preconceitos de lado e aprendam a conviver com as diferenças,
porque elas estão aí e não podemos ignorar jamais!
Além
disso ninguém vive só na vida.
Ninguém
vive só, precisamos de alguém que possamos confiar as nossas mais
intimas confidências e nos ouça e aconselhe; que seja companheira,
cúmplice, amiga, conselheira e confidente.
Num
relacionamento a dois os problemas, conquistas e derrotas tem-se que
se resolver conjuntamente e chegarmos a um denominador comum; por
sermos dois que juntos se tornam uma só pessoa.
O
resumo do amor incondicional de duas pessoas; que realmente se amam e
tem uma vida em comum; a família.
Quando passamos por dificuldades e atribulações em nossas vidas por motivo de doença, acidentes, dificuldades financeiras, perda de um ente querido e outras, o apoio da família é fundamental, um suporte que nos dá forças para continuar a luta e seguir enfrente corajosamente em busca da solução dos problemas.
ResponderExcluirO ser humano não nasceu para viver só, mas em sociedade; assim ele ao longo dos anos constitui uma família para dar continuidade aos seus projetos através do legado da herança, assim é a vida. Não vejo o porque das pessoas estranharem um deficiente constituir uma família; sendo que esse tem os mesmos direitos que as outras pessoas comum.
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