Acreditar em si mesmo

Acreditar em si mesmo

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Constituir uma família






Definição de família



Designa-se por família o conjunto de pessoas que possuem grau de parentesco entre si e vivem na mesma casa formando um lar.

Uma família tradicional é normalmente formada pelo pai e mãe, unidos por matrimônio ou união de fato, e por um ou mais filhos, compondo uma família nuclear ou elementar.

A família é considerada uma instituição responsável por promover a educação dos filhos e influenciar o comportamento dos mesmos no meio social.

O papel da família no desenvolvimento de cada indivíduo é de fundamental importância.

É no seio familiar que são transmitidos os valores morais e sociais que servirão de base para o processo de socialização da criança, bem como as tradições e os costumes perpetuados através de gerações.

O ambiente familiar é um local onde deve existir harmonia, afetos, proteção e todo o tipo de apoio necessário na resolução de conflitos ou problemas de algum dos membros.

As relações de confiança, segurança, conforto e bem-estar proporcionam a unidade familiar.





A família



Você já parou algum dia para pensar como funciona uma colmeia?

Já se deu conta de que nela tudo é ordem, disciplina, preocupação pelo todo?

A colmeia é formada por células de cera, que se contam aos milhares.

Em algumas dessas células existem ovos ou larvas de abelha.

Outras servem como depósitos de pólen e de mel.

Essas são os favos de mel.

Numa colmeia podem existir até 70 mil abelhas, que exercem diferentes funções.

As operárias são as que alimentam as larvas, cuidam da colmeia, trazem comida para todos os habitantes da comunidade.

As operárias começam como faxineiras, limpando as células onde estão os ovos.

Depois produzem a geleia real que serve para alimentar as abelhas mais jovens e a rainha.

Também trabalham como babás alimentando as abelhinhas mais crescidas com pólen e mel.

Com dez dias de vida elas se tornam construtoras.

Começam a produzir cera, que lhes permite construir e remendar as células da colmeia.

A rainha tem como tarefa botar ovos, dos quais sairão as operárias, os zangões e as novas rainhas.

No verão chega a botar em um só dia mil e quinhentos ovos.

O zangão, desde que nasce, tem por tarefa a procriação com a rainha.

Depois morre.

Tudo na colmeia reflete ordem, equilíbrio.

As operárias são também as que saem da colmeia para buscar a matéria prima de que necessitam.

Estranhamente, elas nunca se enganam no caminho de volta para casa, para onde retornam com sua preciosa carga.

Embora sua vida seja curta, de cinco semanas apenas, elas não se cansam de trabalhar pelo bem-estar de toda a equipe.

Podemos pensar na família como uma colmeia racional.

Cada um tem sua tarefa a cumprir, visando o crescimento da pequena coletividade, como exige o lar.

E todos são importantes no desempenho do grupo doméstico.

É no seio da família, na intimidade do lar, que se vão descobrir operárias incansáveis, trabalhando sem cessar, não se importando consigo mesmas.

Em constante processo de doação.

É na família que se aprende a transformar o fel das dificuldades, as amarguras das incompreensões no mel das atenções e do entendimento.

É ali que se exercita a cooperação.

Afinal, como a família é uma comunidade, há necessidade de ajuda mútua.

Quando a família enfrenta as dificuldades com união, cresce e supera problemas considerados insolúveis.

Para que a família progrida no todo, cada um deve se conscientizar de sua tarefa e realizá-la com alegria.

É por este motivo que as crianças devem ser incentivadas, desde cedo, a pequenas tarefas no lar.

Retirar os pratos da mesa, lavar a louça, aquecer a mamadeira do menorzinho.

Renúncia a um pequeno lazer para satisfazer o outro.

Nem que seja somente a satisfação da companhia ou de um diálogo amistoso.

Se na colmeia familiar reinar o amor, conseguiremos com certeza ter elementos para uma atuação segura, verdadeiramente cristã, junto à família maior, na imensa colmeia do mundo.


A família é abençoada escola de educação moral e espiritual.

É oficina santificante onde se burilam caracteres.

É laboratório superior em que se refinam ideais.




Fonte - Momento Espírita, com base na Revista Minimonstros, ed. Globo, 1964 e no cap. 15, do livro Rosângela, pelo Espírito Rosângela, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter. Em 21.07.2010.






Constituindo uma família



No meu novo recomeço após o acidente que me ocasionou um traumatismo raqueo medular, me deixando tetraplégico; fiquei internado em uma instituição, onde tive um acompanhamento médico e tratamento de fisioterapia por 13 anos consecutivos.

Como narro a minha história no blog; nesse meio de tempo, fui surpreendido com a perda de minha esposa e a minha mãe, uma após a outra; foi mais dois enormes choques que a vida me pregou, além da tetraplegia.

Pensei em até desistir do tratamento, por me ver sozinho, e não havia mais sentido algum para continuar lutando pela minha reabilitação; mas, ao mesmo tempo pude perceber que a minha esposa e a minha mãe se aqui estivessem seriam as primeiras a me incentivarem em minha luta; porque a vida continua e o tempo passa e não espera ninguém.

No meu entendimento a visão era a de que na situação em que me encontrava e na luta que vinha travando, achava que estava devendo a elas uma continuação da luta; foi onde encontrei o que motivasse a me empenhar na luta pela minha reabilitação e recuperação.

O tempo foi passando dias após dias, meses e anos me dedicando intensamente ao meu tratamento; era a única coisa que me importava e a meta que eu desejava atingir.

Num dia comum e rotineiro da Instituição, estava na enfermagem fazendo os meus curativos nas escaras do calcaneo e da panturrilha com o enfermeiro; eis que adentra a enfermaria a Nice para pegar material de curativos; e brincando com o Lucimauro comentei que estava sozinho e jogado as traças; ela ao escutar entrou na brincadeira dizendo que também estava jogada as traças e sozinha.

Respondi já que estamos no mesmo barco porque não remar juntos; mas, tudo isso em tom de brincadeira; eu não via perspectiva nenhuma para esse lado da vida, essa era a minha visão.

No meu entender uma pessoa só se aproximaria de mim por compaixão ou pena e jamais por amor; e também eu pensava que poderia anular a vida da pessoa; por isso, não alimentava nenhuma esperança em encontrar alguém nesse momento da vida, que me aceitasse do jeito que sou e me visse como um homem comum, capaz de construir e constituir uma família e viver uma vida feliz.

É que as pessoas tem um certo preconceito e nenhum conhecimento sobre os portadores de necessidades especiais; e também não sabem que temos desejos e podemos levar uma vida sexual ativa como qualquer homem normal; que também podemos ter família e filhos normalmente; e não há nada que nos impeça.

Ao contrário do que muitas pessoas pensam por falta de conhecimento ou preconceito, com os portadores de necessidades especiais.

Passados alguns minutos daquela brincadeira na enfermaria; me encontrava na biblioteca lendo, quando ela entra e se aproxima um pouco envergonhada e sem jeito e pergunta com uma fisionomia seria, se eu tinha falado em tom de brincadeira ou falava serio; sem titubear disse-lhe que estava falando serio e que já estava de olho nela; ela teve um choque mas depois sorriu; e daquele momento em diante começamos a conversar e nos conhecer melhor.

Aos poucos nos íamos nos conhecendo e tomando consciência do que queríamos para nós, por sermos dois adultos; passei a notar que ela me aceitava do jeito que eu era e me via como homem, seu sentimento era puro e verdadeiro; a nossa intenção era a de construirmos algo e uma família juntos e sermos feliz.

Namoramos por dois anos, onde fomos nos relacionando e conhecendo melhor; depois de um tempo já não conseguíamos ficar um longe do outro, ficava aquela sensação de um vazio enorme no coração. Foi onde resolvemos montar uma casa e constituir uma família e um lar, construindo nossas vida juntos.

De uma simples brincadeira, ocasionou o início de uma nova história a dois pelo amor; e essa história continua sendo escrita até os dias atuais dia á dia com muito amor e alegria.

Como o tempo passa já vai para oito anos que estamos convivendo junto, com as dificuldades e desafios da vida com muito amor e alegria como no início da nossa história.

Espero que essa nossa história venha quebrar o medo daqueles que se encontram na mesma situação que a minha e possam ver que a vida continua para todos nós e que possamos ser feliz na vida; e possam ter a certeza de que alguém pode se interessar por você, como você é, e por amor; e não por compaixão ou pena.

E as pessoas que não nos conhece possam ver que os portadores de necessidades especiais tem vida sexualmente ativa como qualquer homem normal; e que também podem namorar casar e constituir família com filhos em suas vidas.

Deixem o preconceitos de lado e aprendam a conviver com as diferenças, porque elas estão aí e não podemos ignorar jamais!

Além disso ninguém vive só na vida.

Ninguém vive só, precisamos de alguém que possamos confiar as nossas mais intimas confidências e nos ouça e aconselhe; que seja companheira, cúmplice, amiga, conselheira e confidente.

Num relacionamento a dois os problemas, conquistas e derrotas tem-se que se resolver conjuntamente e chegarmos a um denominador comum; por sermos dois que juntos se tornam uma só pessoa.

O resumo do amor incondicional de duas pessoas; que realmente se amam e tem uma vida em comum; a família.













2 comentários:

  1. Quando passamos por dificuldades e atribulações em nossas vidas por motivo de doença, acidentes, dificuldades financeiras, perda de um ente querido e outras, o apoio da família é fundamental, um suporte que nos dá forças para continuar a luta e seguir enfrente corajosamente em busca da solução dos problemas.

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  2. O ser humano não nasceu para viver só, mas em sociedade; assim ele ao longo dos anos constitui uma família para dar continuidade aos seus projetos através do legado da herança, assim é a vida. Não vejo o porque das pessoas estranharem um deficiente constituir uma família; sendo que esse tem os mesmos direitos que as outras pessoas comum.

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