Grandes
iniciativas
O
ser humano é realmente incrível, quando é colocado frente a
grandes desafios e às adversidades da vida mostra sua real
capacidade de superação, adaptação e criação.
O
assunto inclusão é relativamente novo no Brasil, então as próprias
pessoas com deficiência é que criam soluções, fazem com que os
lugares que frequentam se adaptem e acabam montando uma rotina que
envolve os locais onde sabem que se sentirão incluídos.
Eu
gosto muito de viajar, mas quando monto meus roteiros verifico tudo:
quais opções de restaurantes adaptados, meios de transporte
acessíveis, hotéis que ofereçam os itens que facilitem minha vida.
Sou
consumidora, compro presentes, minhas roupas, e além de usar muito a
internet, que me deixa em pé de igualdade a todas as pessoas, vou
sempre aos mesmos lugares, aquelas lojas em que me sinto incluída
por oferecer-me aquilo que preciso: acesso e respeito pela minha
condição.
Por
todas estas questões, que a maioria das pessoas com deficiência
convive, principalmente os cadeirantes, é que surgem histórias e
soluções fantásticas como o aplicativo colaborativo “Dá pra
ir”?
João
Santiago teve paralisia cerebral no nascimento e também utiliza
cadeira de rodas, aos 23 anos ele criou um aplicativo para indicar
locais acessíveis a pessoas com deficiência.
Saiba
mais em: http//www.daprair.com.br
O
aplicativo funciona da seguinte forma: ele pega os locais próximos,
que estão cadastrados no Foursquare e Google Places, e dá a
oportunidade ao usuário de classificar o quão acessível o
estabelecimento é, segundo padrões estabelecidos pela ABNT
[Associação Brasileira de Normas Técnicas].
Estamos
trabalhando vários outros recursos, como uma versão para
deficientes visuais e outros, pois a ideia do aplicativo é mapear a
acessibilidade para todos os tipos de deficiência.”
Diz
o jovem criador do aplicativo em uma entrevista à Rede
Mobilizadores.
O
mais interessante deste tipo de recurso é que a experiência é
compartilhada; uma pessoa com os mesmos problemas que você esteve lá
e testou.
Quanto
mais pessoas com deficiência fizerem seu papel na divulgação
destes dados, mais chances teremos de construir uma sociedade mais
acessível.
Nesses
moldes temos também o site “cidade acessível” onde você pode
cadastrar locais acessíveis e avalia-los também.
Saiba
mais em: http//cidadeacessivel.com/index.html
Ele
funciona assim:
Acesse
o site e pesquise pelo estabelecimento pretendido; se ainda não
estiver cadastrado, você pode cadastrar, visitar o estabelecimento;
depois de conferir a acessibilidade do local você cadastra como:
acessível, parcialmente acessível ou sem acessibilidade; e ainda
pode deixar um comentário de como foi atendido.
Inúmeras
vezes encontramos adaptações que não são “usáveis”, meu
dentista era em um prédio com uma rampa que era uma ladeira em
curva!
A
rampa da universidade é revestida de lajotas escorregadias e exposta
a chuva, ou seja, se chover você não sobe!!!
No
banheiro a porta abre pra dentro e quando você entra não consegue
mais fechar!
Se
pudermos compartilhar experiências, estar na rua, poderemos mostrar
aquilo que é importante para nós e como esta inclusão deve
acontecer.
Então,
mãos a obra para aqueles que gostam de colaborar com uma sociedade
mais inclusiva!!
Quatro
considerações antes de escolher sua cadeira de rodas.
Sua
Cadeira mostra sua personalidade, escolha a cadeira correta para
você.
Há
outras considerações além da cor, no entanto, que você deve ter
em mente quando você está pronto para seu novo brinquedinho.
1
- Pneus:
Enquanto
seu terapeuta certamente tem uma palavra a dizer útil para os tipos
de pneus que você deve começar, é sempre bom saber as opções que
estão disponíveis para você.
Os
pneus absorvem a vibração e impacto, para que o seu percurso seja
um pouco mais suave do que com os pneus sólidos.
Pneus
sólidos têm grande durabilidade e não perdem a pressão do ar
rapidamente.
Tenha
em mente que os pneus sólidos podem deixar sua cadeira um pouco
pesada.
Se
você é muito ativo pode valer a pena pegar um conjunto de pneus com
protuberâncias para momentos em que você sabe que vai estar no
terreno mais áspero.
2
- Opções roda traseira:
Dependendo
do seu estilo de vida e meio ambiente, suas rodas traseiras podem
ajudar a tornar o seu locomover muito mais fácil.
Rodas
raiadas são mais leves que as rodas compostas, mas podem necessitar
de manutenção, às vezes.
Se
você está tentando mantê-la leve, as rodas compostas agregam um
bom valor financeiro a sua cadeira no quesito manutenção, isso
também dependendo dos pneus que são usados nela.
Ter
um alto desempenho leve e forte, pode ser caro.
Dica:
Menos
raios em uma roda lhe oferece uma opção mais leve, mas pode
precisar de mais manutenção.
3
- rígida x dobrável
As
tendências atuais estão mostrando que mais pessoas estão optando
por uma cadeira rígida em vez de uma cadeira dobrável.
Qual
é a diferença?
Os
quadros rígidos são mais leves, mais duráveis e mais fácil para
impulsionar.
Eles
também geralmente apresentam um design minimalista e são menores e
mais compactos do que uma cadeira dobrável.
Uma
desvantagem de uma cadeira rígida é o transporte.
Durante
o transporte, isso normalmente exige que você remova a roda traseira
e dobre o encosto para facilitar o armazenamento.
Um
quadro dobrável, no entanto, tem a vantagem de permitir que você
facilmente consiga dobrar a cadeira.
Esses
quadros também podem acomodar o crescimento, alterações no peso
corporal e função global melhor do que cadeiras rígidas.
4
- Titanium x Aluminum:
Titânio
e alumínio, cada um tem diferentes benefícios quando se trata do
desempenho de sua cadeira.
O
alumínio é mais leve, em geral, mas com o titânio pode-se fazer
uma cadeira utilizando menos material.
Uma
cadeira de titânio tem mais "flexíbilidade", enquanto uma
cadeira de alumínio é mais rígida.
Dica:
Ciclistas
cadeirantes normalmente procuram esquadrias de alumínio para um
melhor desempenho.
Se
você tiver dúvidas ou ideias para novos posts, mande para:
cadeirantes.life@gmail.com
Comentário:
Ainda
bem que estão tendo iniciativas que vem de encontro a inclusão
social e acessibilidade do deficientes.
Esses
projetos deveriam estar em funcionamento a muito tempo; afinal
vivemos num pais que tem quase ou pouco mais de 50 milhões de
deficientes.
Existe
a necessidade de políticas que apontem para a mobilidade urbana nas
cidades; inclusão no mercado de trabalho, na educação, transportes
adaptados e sejam adequado, na saúde e lazer.
A
mobilidade urbana: calçadas transitáveis, acesso ao comercio,
shoppings, cinemas, escolas, hospitais, clinicas e etc.
Mercado
de trabalho: inclusão e centros de treinamento profissional para
deficientes e oportunidades.
Educação:
acesso a escolas, faculdades, universidades, escolas técnicas e etc.
Transportes:
ônibus e vans adaptadas com elevadores e funcionários que saibam
manusear os equipamentos.
Saúde:
hospitais e centros de reabilitação especializados, pessoal da
saúde treinados para lidar com o deficientes e equipamentos
acessível para exames e etc.
Lazer:
locais com acessibilidade e mobilidade de livre trânsito para o
deficientes.
São
pequenos benefícios que ajudam na inclusão social e no direito de
ir e vir dos deficientes; os quais são cidadãos pertencentes a
sociedade onde vivem e tem o mesmo direitos que os outros,
independentes de suas condições físicas.
Querendo
ou não a sociedade tem que respeitar as diferenças.
A inclusão social em nosso país deixa muito a desejar; os programas não saem do papel ou das gavetas no congresso; aprovaram o estatuto do deficiente, mas este deixa muitas brechas para que seja cumprido integralmente, isso num país que 1/4 da população são de deficientes ou seja 50 milhões; deveria ter uma atenção maior de nossas autoridades.
ResponderExcluirQue post bem feito. Parabéns!
ResponderExcluirA inclusão social é um assunto que muita gente tem dúvidas e achei bem legal mostrar alguns aplicativos e sites que ajudam nisso.