PARAPLEGIA
A
paraplegia,
tal como a tetraplegia,
é resultante de uma lesão
medular.
Este
tipo de lesão classifica-se como completa ou incompleta, dependendo
do fato de existir ou não controle e sensibilidade abaixo de onde
ocorreu a lesão medular.
A
paraplegia traduz-se na perda de controle e sensibilidade dos membros
inferiores, impossibilitando o andar e dificultando permanecer
sentado.
Normalmente
as lesões que resultam em paraplegia situam-se ao nível da coluna
dorsal ou coluna
lombar sendo que quanto mais alta for a lesão maior será a área
de impacto, abrangendo o controle e sensibilidade,
uma vez que a medula
é afetada.
Após
uma lesão medular da qual resulta paraplegia é possível que os
membros afetados deixem de receber permanentemente qualquer tipo de
estímulo, tornando os músculos
flácidos, o que acarreta uma acentuada diminuição de massa
muscular facilmente visível.
Em
determinados casos ocorre um fenômeno denominado espasticidade
o qual ainda não é totalmente compreendido pela comunidade
científica.
Este
fenômeno mantém os músculos ativos através de movimentos
involuntários, os quais no ponto de vista da pessoa afetada
tornam-se incômodos e em determinadas situações limitar a vida
ativa, ou até mesmo impossibilitá-la.
Outro
tipo de efeito relacionado com a paraplegia prende-se com o sistema
fisiológico da pessoa afetada que sofre um grande impacto uma vez
que a pessoa perde na maioria dos casos o controle das suas
necessidades fisiológicas, este fato leva a que seja necessário, em
algumas situações, proceder a algaliação
que têm como objetivo permitir remover a urina acumulada na bexiga.
Muitas
vezes este processo gera infecção
urinária.
Índice:
A
paraplegia ocorre no momento em que as vias motrizes do sistema
piramidal do sistema nervoso periférico, habitualmente a nível da
medula espinhal, são interrompidas medial e bilateralmente.
A
paralisia afeta os membros inferiores, ou toda parte inferior do
corpo.
Tipos:
Pode
ser de três tipos:
Flácida:
Onde se verifica a perda de tônus muscular e que é acompanhada
habitualmente por anestesia cutânea e abolição dos reflexos
tendinosos;
Espástica:
Onde se verifica a hipertonia dos músculos.
Ambas
(Flácida e Espástica )
Geralmente,
as paraplegias são:
Irreversíveis
– É causada por um corte transversal da medula ou por causas
congénitas;
Reversíveis
– Pode ser causada por:
Compressão
medular – Pode ser travada quando é possível intervir a tempo
para remover cirurgicamente a causa da compressão;
Doenças
infecciosas ou degenerativas – As possibilidades de tratamento
existem, mesmo se são limitadas.
Incapacidade
de mover os membros inferiores;
Perda
de sensibilidade e formigueiro na parte inferior do corpo;
Incontinência
urinária.
Muitas
doenças ou acidentes que afectam o cérebro ou a medula espinhal
podem provocar paraplegias, como é caso de:
Lesões
da medula espinhal – Quando um traumatismo provocou um corte
completo da medula espinal (corte transversal) em que se verificou a
nível das vértebras torácicas ou lombares, manifesta-se uma
paraplegia, geralmente do tipo espástico;
Compressão
medular - Quando a medula é comprimida pode manifestar-se uma
paraplegia. Isto pode verificar-se em caso de alterações ósseas
congénitas ou degenerativas, fracturas da coluna vertebral, tumores
intra ou extramedulares e fístulas artério-venosas;
Doenças
infecciosas – Algumas doenças, conforme a sua evolução, podem
provocar paraplegia, como é o caso da tuberculose óssea (doença de
Pott), sífilis meningovascular e a poliomielite;
Intoxicações
– Refere-se sobretudo à intoxicação causada por amoníaco, que
se pode verificar em caso de alcoolismo crónico grave e prolongado,
e pode provocar paraplegia nas fases avançadas deste último;
Paraplegia
espástica infantil– É uma doença congénita da primeira infância
que surge devido a lesões do córtex cerebral que se verificaram
durante o parto, a hemorragias cerebrais obstétricas ou alterações
no desenvolvimento do cérebro.
Sintoma
de diversas patologias em associação com outros sintomas
neurológicos –' O tratamento é aquele da doença que a provocou;
Irreversível
– O doente tem que se adaptar a essa condição permanente.
A
reeducação física e a aprendizagem a um uso correto dos auxílios
à mobilidade, como a cadeira de rodas, podem melhorar a condições
de vida dos paraplégicos, sobretudo se existe a colaboração
constante por parte do paciente;
Reversível
– É possível a recuperação parcial ou total, porém esta requer
um programa de intervenções de reabilitação física e recuperação
funcional longo e completo
TETRAPLEGIA
A
tetraplegia ou quadriplegia é quando uma paralisia
afeta todas as quatro extremidades, juntamente à musculatura do
tronco
À
impossibilidade de mover os membros, em grau variável, distúrbios
da mecânica respiratória, podendo causar demência leve.
As
tetraplegias são um sintoma entre os tantos de doenças neurológicas
muito graves que compreendem lesões do cérebro ou da medula
espinhal, tais como:
Hemorragias
cerebrais – Ocorre tetraplegia quando a ruptura de uma artéria
cerebral em seguida a traumatismos, a distúrbios da coagulação ou
então a alterações vasculares congênitas ou adquiridas, em que se
verifica hemorragia no tronco encefálico; é causado também pela
invasão de líquido cefalorraquidiano dentro das meninges,
alcançando a medula.
Insuficiência
vértebro-basilar – É um ataque isquémico com manifestação
aguda derivante de uma insuficiência da irrigação sanguínea
improvisa no território da artéria basilar.
A
sintomatologia é caracterizada por vertigens rotatórias, distúrbios
do campo visual, cefaleia, quedas inesperadas e repentinas e a
tetraplegia (nos casos mais graves);
Esclerose
lateral amiotrófica – Provoca atrofia progressiva e paralisias
dos músculos esqueléticos.
Na
fase avançada a paralisia afeta todos os quatro membros,
propagando-se em seguida também aos músculos do pescoço e da
língua;
Lesões
da medula espinhal –
Os traumatismos de qualquer natureza que compreendam uma secção
parcial ou total da medula espinhal no trato compreendido entre a
primeira e a sétima vértebras cervicais podem ter como
consequência, se não são mortais, uma tetraplegia.
PINHEIRO, Daniel Faria de
Campos et al. Valor diagnóstico da tomografia de coluna cervical em
vítimas de trauma contuso. Rev. Col. Bras. Cir. [online]. 2011,
vol.38, n.5 [citado 2012-04-17], pp. 299-303.
Disponível
em: <http://www.scielo.br
As
tetraplegias são frequentemente consequências irreversíveis de
patologias neurológicas ou neurocirúrgicas graves.
O
doente tetraplégico que sobrevive torna-se uma pessoa desprovida de
auto suficiência que terá necessidade de assistência contínua
durante toda a vida.
Assim,
necessita da intervenção de outras pessoas não só para lhe
assegurar uma certa mobilidade, mas também para realizar os atos
cotidianos necessários à sobrevivência, como comer ou praticar a
higiene pessoal, ou vários tipos de auxílios muito complexos, como
por exemplo:
Cadeiras
de rodas especiais que se podem comandar com o queixo (controle
mentoniano);
Aparelhos
verticais eletro-hidráulicos para assegurar a posição ereta;
Respiração
assistida.
Observação:
Tetraplegia
se trata de lesão medular alta(comprometimento dos quatro membros)
Quadriplegia
se trata de lesão encefálica(comprometimento dos quatro membros)
Plegias
(mesmo que paralisia ou perda total)
Paresias
(perda parcial).
As
paralisias podem ser evitadas de diferentes maneiras consoante aquilo
que as provocou, sendo assim:
Para
evitar as lesões da medula espinhal:
Apertar
o cinto de segurança no carro e usar o capacete na moto;
Usar
um equipamento protector quando se praticam desportos violentos;
Não
cometer imprudências quando se mergulha, verificar que a água seja
bastante profunda.
Para
evitar a transmissão hereditária:
Em
caso de precedentes familiares, tais como distrofia muscular ou
Coreia de Huntington, deve-se consultar um geneticista antes da
gravidez ou detectar a presença de doenças genéticas durante esta
última.
Para
evitar predisposições:
Levar
uma vida saudável para prevenir acidentes vasculares cerebrais e
tumores;
Efectuar
uma alimentação equilibrada, pobre de gorduras e colesterol;
Beber
bebidas alcoólicas com moderação;
Evitar
a sobrecarga ponderal;
Manter-se
em exercício físico;
Não
fumar;
Controlar
regularmente a pressão arterial e seguir os conselhos do médico em
caso de hipertensão.
Fonte:
- wikipedia.org
Esta matéria nos dá uma visão geral da diferença entre paraplegia e tetraplegia para pessoas leigas no assunto como eu; para mim era tudo uma coisa só mas não é, há uma diferença enorme entre uma e outra. Sempre é bom ter um pouco de conhecimento sobre o assunto para poder lidar com a pessoa.
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