Humanizar-se
O
que difere o ser humano dos outros seres?
Talvez
alguns pensem que a pergunta carece de propósito, pois somos tão
diferentes dos animais.
Porém,
se perguntarmos a um biólogo, esse diria que, geneticamente, pouco
nos diferenciamos de inúmeras espécies animais.
Segundo
o filósofo alemão Immanuel Kant, o que nos distingue dos animais é
a capacidade de nos educarmos, de nos tornarmos humanos.
Para
ele, a nossa condição de humanos é adquirida, é conquistada pela
educação.
Sem
ela, diria Kant, estaríamos muito próximos dos animais.
Percebemos
que, biologicamente, fisicamente, guardamos várias semelhanças às
espécies animais que habitam o nosso planeta.
Porém,
somos infinitamente diferentes deles, justamente porque não somos
apenas um ser biológico.
Somos
um ser espiritual, com a capacidade de nos educarmos, de alçar voos
no rumo da humanização.
Educar
é formar e transformar o homem, para que ele desenvolva todas as
suas potencialidades e capacidades.
É
pelo processo de educação que ganhamos sabedoria e angelitude.
Assim,
à medida que investimos em nossa educação, não só intelectual,
mas também moral, vamos progredindo, afastando-nos sempre mais da
pura condição animal, cada vez mais humanos.
Não
é raro encontrarmos pessoas com atitudes que se igualam, por vezes,
a das espécies animais, pelo barbarismo, violência ou grosseria.
São
almas onde o processo de educação ainda engatinha, ensaia os
primeiros e vacilantes passos.
Outros
apresentam grandes conquistas intelectuais, porém ainda com valores
morais torpes e vis.
Esses
desenvolveram sua humanidade em apenas um aspecto, esquecendo-se que
também somos seres morais.
E
há aqueles sábios em verdade, onde seus profundos conceitos e
reflexões ganham coerência com atitudes nobres, pautadas no bem.
Esses
são os que já deram passos largos rumo às potencialidades maiores
da alma.
Considerando
tudo isso, podemos pensar que nossa vida, nossa reencarnação é uma
grande oportunidade de nos educarmos, de nos humanizarmos.
Todo
o investimento que fizermos para desenvolver nosso intelecto, os
estudos e conquistas acadêmicas, nos apoiam nesse sentido.
Porém,
também são necessários esforços para adquirirmos e desenvolvermos
valores morais.
Jesus,
modelo e guia da Humanidade, tinha desenvoltura intelectual para
travar diálogos de profundos significados com os mais sábios
doutores.
E
da mesma forma, a doçura de seu coração era capaz de curar as
feridas da carne e as dores da alma de todos que o buscavam.
Por
isso Ele é o grande modelo de homem integral para todos nós.
Não
somente pleno de conhecimento e sabedoria, mas também sublime nos
sentimentos.
Essas
são as conquistas que nos aguardam, que esperam nossos esforços.
A
larga estrada, que nos conduz, da simplicidade e ignorância até a
angelitude e sabedoria.
Fonte: - Momento
Espírita. Em 22.11.2014.
Homens
ou
Feras
Conta-se
que dois homens andavam juntos pela estrada, quando um deles percebeu
que uma vespa se debatia aflita, dentro de uma pequena poça d'água.
O
homem parou, abaixou-se e com a própria mão retirou-a da água.
O
inseto, assustado, aplicou-lhe uma ferroada no dedo.
O
homem, ao sentir a dor fez vibrar a mão e a vespa caiu novamente na
água.
Contudo,
ele não desistiu.
Apanhou
um galho seco e novamente retirou o inseto da poça, salvando-lhe a
vida.
O
companheiro, impressionado com a ação do amigo, perguntou:
Por
que você fez isso?
A
vespa o picou e ainda assim você a salvou?
O
homem ponderou:
Os
animais têm reações próprias quando se sentem ameaçados.
É
o instinto.
Mas
nós, que somos racionais, devemos ter um comportamento distinto,
caso contrário, estaríamos agindo conforme um irracional.
Quando
pisamos, sem querer na pata de um animal, este naturalmente,
obedecendo ao instinto, desfere um coice, uma chifrada ou uma
mordida.
A
isso chamamos reação.
O
animal reage.
O
homem deve agir, pois é racional.
Apesar
da singeleza da história podemos extrair dela grandes ensinamentos.
Às
vezes, quando lemos os jornais, nos deparamos com fatos que nos
deixam dúvidas quanto à racionalidade de alguns comportamentos.
Já
houve notícias a respeito de um motorista que desferiu vários tiros
em outro veículo que lhe cortou a frente, como vulgarmente se
diz, e assassinou uma das passageiras, que estava no banco traseiro
do carro.
Outra
notícia informa que, por causa de uma barbeiragem de um
motorista, outro motorista, que se sentiu prejudicado, saiu do
carro com um martelo na mão e lhe desferiu vários golpes na cabeça.
Chegam
notícias também dos campos de futebol, das agressões físicas, das
pessoas que se enfrentam a chutes e pontapés.
Vemos
pela televisão as pessoas se atracarem umas contra as outras diante
das câmeras, quando se reúnem para votar leis ou decidir sobre o
destino do país.
E
isso também ocorre nos países ditos de Primeiro Mundo.
Nós
nos perguntamos: somos homens ou feras?
Será
que realmente podemos nos dizer racionais?
Já
nos encontramos no século XXI e ainda não conseguimos alijar da
nossa intimidade a ferocidade.
Não
conseguimos fazer jus à denominação de homo sapiens, dada
pelos cientistas, que quer dizer homem que pensa.
Ora,
pensar é raciocinar, é usar a razão.
O
que é mais triste...
Grande
parte dessas pessoas se diz cristã.
E
nós nos recordamos dos ensinamentos do Cristo de amar o próximo como
a nós mesmos, de fazer ao próximo o que gostaríamos que o próximo
nos fizesse.
O
Mestre, que dizemos seguir, quando estava de mãos atadas, em
julgamento arbitrário, foi esbofeteado por um soldado.
Embora
ainda lhe restassem os pés soltos, Jesus não reagiu.
Ao
contrário, disse serenamente ao seu irmão equivocado:
Se
Eu errei aponta meu erro.
Mas
se não errei, por que me bates?
Mostrar
a outra face é justamente mostrar o outro lado da situação, de
conformidade com a ação do Cristo, se estivesse no nosso lugar.
Quando
a esposa de Sócrates, o filósofo grego, soube que iriam obrigá-lo
a beber cicuta, disse- lhe:
Mas
você é inocente!
Sócrates,
no entanto, respondeu com sabedoria:
E
você preferiria que eu fosse culpado?
Quis
com isso dizer que é preferível sofrer a cometer uma injustiça.
Fonte - Momento
Espírita.
O
Homem no mundo
Observar
a atual situação do mundo por vezes é desanimador.
Em
toda parte há violência, desonestidade e sofrimento.
Ante
esse contexto, muitas criaturas experimentam o desejo de
desvincular-se da vida em sociedade.
A
pretexto de manter-se em paz procuram conviver o mínimo possível
com seus parentes, vizinhos e colegas de trabalho.
Para
justificar-se perante a própria consciência, buscam nas palavras
do Cristo embasamento para seu proceder.
Nesse
afã, algumas passagens do Evangelho são consideradas como
incentivo para a criatura desligar-se da realidade que a cerca.
Afirma-se
que, como o Reino de Deus não é deste mundo, então o mundo não
tem muito valor.
Tendo
em vista que a riqueza e os prazeres materiais dificultam o acesso
ao Reino dos Céus, o melhor é abdicar deles de vez.
Nessa
linha de pensar, afastar-se dos afazeres do mundo parece o caminho
da redenção.
Ao
longo da História não faltaram congregações religiosas dedicadas
à vida contemplativa.
Ocupados
em louvar a Deus, seus membros não mantinham contato com os
sofredores.
Ocorre
que o conjunto da mensagem do Cristo não encoraja o isolamento.
A
própria vida do Messias demonstra o contrário.
A
título de preservar Sua paz, Jesus não Se furtou de conviver com o
povo ignorante.
Ele
afirmou textualmente que os sãos não necessitam de médico.
Conviveu
com prostitutas, ladrões, ignorantes e desequilibrados de toda
ordem.
A
todos amou, amparou e esclareceu.
Quem
se afirma cristão não pode ignorar a clareza dos exemplos dados
pelo Cristo.
Ademais,
Jesus afirmou que toda a Lei Divina resume-se em amar a Deus sobre
todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
É
incoerente amar a Deus acima de tudo, mas desprezar o mundo que Ele
criou.
O
amor ao Criador é revelado por nossas tentativas de entender e
respeitar a Sua obra.
O
papel que nos cabe no concerto da Criação é colaborar para que a
sociedade em que estamos inseridos se aprimore.
Quem
ama a Deus não pode desistir quando o bom combate está apenas
começando.
Por
outro lado, o amor ao próximo também se insere no resumo das Leis
Divinas feito por Jesus.
Não
é possível manifestar esse amor fugindo do semelhante.
Para
cumprir a Lei Divina, impõe-se sejamos solidários uns com os
outros.
Quem
pode e sabe mais, deve auxiliar e esclarecer.
É
necessário que nos amparemos, não que nos evitemos.
Constitui
rematado equívoco achar que a preservação da paz implica
afastamento dos semelhantes.
A
paz pressupõe a consciência tranquila pelo dever bem cumprido.
Nosso
dever é evidenciado pela vida, ao nos colocar em determinado
contexto familiar e social.
Conquistamos
nosso aprimoramento e a paz vivendo nesse ambiente de forma nobre e
pura.
A
tarefa do cristão não é fugir do mundo, mas abandonar as ilusões.
O
céu não é um local, mas um estado de consciência em harmonia com
as Leis Divinas.
Como
a Lei Divina resume-se no amor, ninguém conquista o paraíso
ignorando o sofrimento alheio.
Assim,
vivamos no mundo com sabedoria.
Quaisquer
que sejam os nossos recursos e talentos, busquemos utilizá-los na
construção de um mundo melhor.
Esta
é a nossa missão.
Pensemos
nisso.
Fonte: - Momento
Espírita. Em 08.03.2010.
Muitas
vezes a vida se apresenta com dificuldades que parecem difíceis de
superar.
A
carga parece pesada demais.
Você
se sente sozinho no caminho.
Mas
você se esforça e continua.
Porque
desistir é para os fracos.
Não
importa quantas vezes você precisou parar, tomar fôlego,
descansar... movido pelo desânimo.
Dentro
de você há uma Força Maior que te move e te instiga a continuar.
Não
espere o futuro acontecer.
Faça
-o acontecer.
Porque
o futuro é consequência do presente.
E
se você confia em Deus.
"Ele
te sustentará".
Seja
qual for a dificuldade, "segura na mão de Deus e vai"!
Como diz a postagem o homem deve viver as coisas que o mundo lhe oferece desde que saiba até onde vai seus direitos e onde começa o direitos do outro; agindo assim com moderação e serenidade ocupando o espaço que lhe cabe, assim está fazendo o melhor possível a sua parte, desta forma estará contribuindo para o progresso e a evolução do mundo.
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