Acreditar em si mesmo

Acreditar em si mesmo

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Uma ação ponderada




A minha versão
da história



Meu nome é Carlena, tenho 36 anos, sou cadeirante há 15 anos (debutando esse ano, hehe!), sou Assistente Social e no momento trabalho e me delicio com os retornos que a publicação de um livro tem me trazido!

Qual o motivo e desde quando você usa a cadeira de rodas?

Sofri um acidente de carro em 2000 que me deixou assim (cadeirante).

De 0 á 10, dê sua nota de o quanto você é feliz.

Explique sua nota

Eu não saberia construir essa tabela com notas sobre minha felicidade.

Acredito que a vida é montanha russa, sendo assim, ñ sou alegre o tempo inteiro, tampouco triste da mesma forma e acredito que o natural da espécie humana seja isso mesmo.

O que sentiu quando ficou sabendo que tinha ficado tetraplégica?

Sinceramente, me senti perdida pela total falta de conhecimento a respeito 
de uma lesão medular, por isso demorei um pouco para compreender a dimensão do estrago. 

Qual foi o momento em que você resolveu se reinventar e voltar a sua vida ativa?

Consegui ir pro Sarah de BSB três anos após o acidente.

Eu nunca tinha convivido com outros cadeirantes e ñ enxergava possibilidades, pelo contrário, lembro-me de sempre sentir muita pena das pessoas com algum tipo de deficiência, então meu desafio também era desconstruir esses valores que automaticamente fui trazendo pra minha vida depois de me tornar cadeirante.

Lá conheci outros cadeirantes e bons exemplos de como poderia ser possível uma vida saudável e ativa sobre rodas e isso foi bem importante pra mim.

Somando essas experiências a tudo que aprendi na reabilitação que a instituição disponibiliza, saí de lá super otimista em relação a vida de uma forma geral, talvez ali tenha surgido minha primeira sensação a respeito da certeza sobre meu lugar e papel no mundo.


Por que você resolve escrever o livro (A minha versão da História)?

Na verdade, registrava em diários meu cotidiano.

E comecei a acumular muito material.

Um dia mostrei pra minha amiga Juliana Carvalho, autora do livro “Na minha cadeira ou na tua?” o que tinha escrito e ela me incentivou a procurar editora para a publicação de um livro.

Foi assim que “A minha versão da história” começou a ser pensado!

O que você conta nos tópicos do livro que estão em páginas pretas?

Nas páginas pretas trago meus diários, particularidades que fazem parte de uma construção minha de muitos e muitos anos.

Não foram escritas pensando em publicação ou coisa parecida, escrevia pra mim, como desabafo talvez ou porque simplesmente gosto de escrever.

Há alguns anos, se alguém me falasse sobre expor meus diários num livro, eu jamais concordaria com a ideia.

Porém, fui repensando essa certeza quando me dei conta do quanto o meu cotidiano era permeado por aprendizados e perrengues que ser cadeirante me trouxe e lembrei da Carlena de antes do acidente que nem sabia o que era uma lesão medular, muito menos se questionava sobre acessibilidade, por exemplo.

Daí me dei conta do papel social dos meus rascunhos e resolvi compartilhá-los num livro. 

Quais as referências que um cadeirante pode encontrar no livro?

Acredito que cada um vai interpretar o que lê de alguma forma e isso é muito subjetivo.

Porém, enxergo no meu livro muitas possibilidades de desconstruir algumas opiniões sobre a realidade da pessoa com deficiência.

Em nenhum momento me coloco como heroína ou como coitada, e acho que esse é o grande diferencial do meu livro.

Deixe para nossos leitores, um trecho do livro de seu livro, que você mais goste e que mais te chame a atenção.

Tento desviar novamente enquanto ele continua na minha frente tentando colocar a mão na minha bolsa.

Automaticamente penso: este senhor quer me roubar!

Tento me livrar dele e grito pra todo mundo que está no ponto de ônibus ouvir:

Socorro gente, este senhor quer roubar a minha bolsa!

Quando termino de exclamar minha súplica, o insistente velhinho coloca a mão na minha cabeça, me chama de filha e me pede para ter calma.

Calmamente estica o braço perto das minhas pernas e larga várias moedinhas.

Sinto-me aliviada, eu estava recebendo uma esmola, o que no momento é muito melhor que um assalto.

Fico olhando pra ele e digo:

Ahhhh, então é isso que o senhor quer...

Olho pro relógio e já estou cinco minutos atrasada.

Não tenho tempo nem vontade de discursar na esperança de fazer com que este senhor mude imediatamente sua opinião sobre as pessoas que assim como eu, usam cadeira de rodas.

Até posso contar que um dia também senti pena de mim mesma, mas agora tenho mais o que fazer.

Sigo rodando, pensando no que acaba de acontecer e concluo que o mais importante a esmola não alterou: continuo me sentindo diva”.

A minha versão da história

Que pessoas que merecem ser lembradas em sua vida?

Que pergunta difícil, hein...

Essa semana tive um sonho muito lindo com a minha mãe, então vou deixar essa resposta com o sentimento que ficou nesses últimos dias e a lembrança vai ficar toda pra ela!





Quer comprar o livro, A minha versão da História?

O livro está disponível nas livrarias cultura de todo país ou você pode comprar diretamente pelo Facebook da Carlena, com a vantagem que vem autografado por ela.:)


Fonte: - cadeirantes life



Ação ponderada


Pequena análise do comportamento humano nos permite perceber o quanto somos capazes de muito reagir e de pouco agir.

Basta uma pequena rusga no trânsito, alguém que altere a voz em uma discussão, e a reação acontece.

Ou ainda, que alguém nos trate rispidamente, ou que falte com a polidez para conosco para que desencadeie uma imediata reação em nós.

Reagimos de maneira impulsiva, algumas vezes, até violenta, e, consequentemente, impensada.

Reagimos, de súbito, para logo mais percebermos que poderíamos ter agido diferente.

Qual animal ferido ou acuado, reagimos para nos defender, sem analisar, refletir ou pensar.

Assim se dá porque vinculados a comportamentos ancestrais, trazemos o ímpeto de reagir, por impulso, por instinto, sem raciocinar.

E, somente depois, a razão nos convida a avaliarmos as consequências do que foi dito, ou a maneira como nos comportamos.

Por outro lado, somos sempre vítimas de nossas reações, enquanto a ação nos permite tomar a atitude que escolhemos, o procedimento que achamos mais adequado.

Se a reação é instintiva, a ação é racional e reflexiva.

Se ao reagir não nos damos conta ou não nos apercebemos do estrago que podemos causar, o agir é analisado e pensado.

Dessa forma, se já percebemos que nossa reação gera muito mais dificuldades e problemas do que soluções e tranquilidade, faz-se hora de trocarmos a reação pela ação.

Por exemplo, se fazemos silêncio quando alguém nos dirige impropérios, é a ação da paz que foi nossa opção.

Fácil seria revidar na mesma moeda, reagir da mesma forma.

Desafiador é evitar a armadilha da reação e, lucidamente, optar pela clareza da ação.

Se alguém nos aborda de maneira grosseira, e respondemos com gentileza, paciência e calma, é a ação da nossa compreensão para com o outro.

Talvez fosse mais fácil, pela força do hábito, nos comportarmos com reciprocidade, devolvendo a grosseria que recebemos.

Porém, o grande desafio é deixar de reagir, escolhendo o agir, que gerará sempre melhores resultados, posto que é fruto do equilíbrio e da reflexão.

E a transformação do nosso comportamento acontecerá paulatinamente e será o resultado da disciplina no pensar, que gera o hábito da reflexão, culminando pelo desarmar de nossas atitudes.

Portanto, já não mais vítima das palavras rudes, do comportamento infeliz ou da atitude impensada.

Que a análise e reflexão de nossas atitudes possam fazer com que, aos poucos, a reação ceda lugar a ações, pautadas em um comportamento de paz, lucidez e fraternidade.




Quando reagimos, revidando ofensas, agressões, descuidos alheios, passamos a sintonizar com quem as produziu.

A partir daí, mantemos uma interdependência psíquica, que nos aprisiona em nuvens mentais de sentimentos mal sãos, que somente nos prejudicam, física e espiritualmente.

Optemos sempre pela ação ponderada e gozemos de saúde, de tranquilidade, vivendo sem sintonia com aqueles que ainda transitam pelas faixas da inconsequência ou da maldade.

Façamos isso e nos sentiremos leves, felizes, plenificando-nos com as celestes bênçãos.




Fonte: - Momento Espírita. Em 30.6.2014.




Sabe, por mais que os seus sonhos pareçam distantes, difíceis ou até mesmo impossíveis...
Eles podem ser realizados.

Mas porque a maioria das pessoas desiste disso?

Porque essa maioria olha o seu sonho diretamente lá no final, no ponto mais alto, e isso faz com que ele pareça impossível sim.

Um sonho funciona na mesma forma que uma escada;

Se você olhar somente para o final parecera difícil chegar até la, mas quando você olha, analisa e sobe degrau por degrau essa se torna automaticamente uma tarefa mais fácil.

Portanto, sonhe bem alto, mas vá com calma, um degrau por vez.

Foque sempre no próximo degrau que você tem que subir e não diretamente no seu objetivo.

Eu li que quando um pássaro senta em um galho de uma arvore pra repousar ele não tem medo de cair, mas não é porque ele confie no galho, e sim, porque ele confia nas suas asas.

Portanto, confie mais em você, no seu potencial, e assim siga degrau por degrau , sem ansiedade de chegar rápido ao objetivo, e quando você menos esperar já estará desfrutando do gosto da vitória e vivendo o seu sonho.













Um comentário:

  1. Quando desejamos produzir algo basta descruzar os braços e deixar de lado a preguiça consegue se chegar ao objetivo desejado.

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