Eu
estava procurando material para uma postagem quando me deparei com
este texto, quero compartilha-lo com vocês.
O
texto se refere a mulher de um cadeirante, mas creio que se encaixa
perfeitamente também para o marido de uma cadeirante.
Ser
mulher de um cadeirante!
Ser
mulher de um cadeirante pode parecer tarefa fácil, mas ser "A"
mulher de um cadeirante traz algumas regrinhas.
Primeiro
e mais óbvio: ame-o verdadeiramente, com seu coração.
Segundo:
ame-o com seu pensamento.
Terceiro:
ame-o com seu corpo.
Ser
mulher de cadeirante é olhar para o lado e enxerga - lo na altura da
sua cintura, o que não quer dizer que ele não possa ser MAIOR que
você em muitas coisas.
Ser
mulher de cadeirante significa que você sempre estará preocupada
com a tal " acessibilidade" e essa palavra passará a fazer
parte da sua rotina.
E
se prepare, você ficará raivosa quando perceber que a
acessibilidade só existe nos projetos de lei e que, na prática, vc
e ele vão sempre ter que dar um jeitinho.
Ser
mulher de cadeirante é reinventar o sexo e descobrir prazeres e
posicoes que vc nem imaginava.
É
finalmente encontrar " aquele cara" que gosta e entende de
preliminares!
Uau!
Ser
mulher de cadeirante é montar e desmontar cadeira muitas vezes ao
dia, virar mestre em abrir espaço no porta malas, banco traseiro,
etc e fazer isso com entusiasmo e alegria quase infantil.
(P.S:
Descobri que eu tenho ciumes da cadeira dele.
Juro!
Quando
alguém vem ajudar a desmontar, eu tenho vontade de morder...Grrrr.
Vai
entender, né?)
Ser
mulher de cadeirante é viver no desconhecido, porque por mais que
você pergunte, leia, se informe, a verdade é que cada caso é um
caso, e cada dia pode se apresentar diferente.
Ser
mulher de cadeirante é passar dar um valor inacreditável a
banheiros públicos com acessibilidade e também estar sempre
preparada para caso esses banheiros não existam.
E
pra ser sincera, eles de fato não existem!
Ser
mulher de cadeirante é entender que apesar dele passar o dia
sentado, ele chega a noite exausto, porque seus esforços físicos
demandam sempre mais energia e força.
Ser
mulher de cadeirante é perceber a sutil diferença entre quando ele
"precisa" que você o ajude e quando ele "não quer"
que você o ajude.
Ser
mulher de cadeirante é você se tornar uma "expert" em
fazer trocas!
Troca
de rua, troca de bares, troca de calçada, troca de roupa, troca de
fraldas as vezes, troca de rotina.
Ser
mulher de cadeirante é você mudar o ritmo.
Desparafusar
o relógio.
Mudar
o passo ou o compasso.
Fazer
no tempo dele.
Ser
mulher de cadeirante é você conviver com os olhares curiosos e
também com os fetichistas ( siiimmm, tem muito!!).
É
ter vontade de saber lutar jiu-jitsu, pra se defender de tudo ou de
todos.
É
aprender, na marra, a conviver com caras e bocas que você nunca
antes tinha reparado.
Ser
mulher de cadeirante é penetrar pelo universo das readaptações e
reabilitações, e finalmente entender quem é essa tal da célula
-tronco.
É
desejar que exista um mercado de medulas ósseas novinhas, pra você
ir lá e pegar uma na prateleira... e descobrir que T4, C3, L2, não
são nomes de vitaminas.
Ser
mulher de cadeirante é acordar de manha querendo fazer tudo outra
vez.
É
no dia em que você sai de casa sozinha e não tem cadeira pra
desmontar....sentir um vazio enorme...um nó na garganta...que eu
chamo de saudade, e alguém pode dizer que é amor.
Ser
mulher de cadeirante é um exercício de entrega, generosidade,
compreensão e parceria.
Mais
que isso...
Ser
mulher de cadeirante é ser absurdamente feliz e realizada com essa
dupla : ele e sua cadeira de rodas (claro...vc aprende a gostar da
cadeira também, porque eles são quase inseparáveis).
Ser
mulher de cadeirante é acreditar que ele precisa de você, para só
então compreender que é você quem precisa dele!
Ser
mulher de um cadeirante
por:
C. Salgado
Fonte:
- cadeirantes life
Alguém
precisa
de você
Você
já se sentiu alguma vez como um zero à esquerda, ou seja, sem valor
algum?
Você
pode responder que não, mas outras tantas pessoas já tiveram o seu
dia de baixa autoestima.
São
aqueles dias em que a gente olha ao redor e não consegue ver nada em
que possamos ser úteis.
No
entanto, e por essas mesmas razões, há sempre alguém que precisa
de você.
Há
pessoas caladas que precisam de alguém para conversar.
Há
pessoas tristes que precisam de alguém que as conforte.
Há
pessoas tímidas que precisam de alguém que as ajude a vencer a
timidez.
Há
pessoas sozinhas que precisam de alguém para conversar.
Há
pessoas com medo que precisam de alguém para lhes dar a mão.
Há
pessoas fortes, mas que precisam de alguém que as faça pensar na
melhor maneira de usar a sua força.
Há
pessoas habilidosas que precisam que alguém as ajude a descobrir a
melhor maneira de usar sua habilidade.
Há
pessoas que julgam não saber fazer nada e que precisam de alguém
que as ajude a descobrir o quanto podem fazer.
Há
pessoas apressadas que precisam de alguém que lhes mostre tudo o que
não têm tempo para ver.
Há
pessoas impulsivas que precisam de alguém que as ajude a não magoar
os outros.
Há
pessoas que se sentem perdidas e precisam de alguém que lhes mostre
o caminho.
Há
pessoas que se julgam sem importância alguma e precisam de alguém
que as ajude a descobrir como são valiosas.
E
você, que muitas vezes pensa não ter nenhuma utilidade, pode ser
justamente a pessoa que alguém está precisando agora...
É
claro que você não precisa, nem pode ser a solução para todos os
problemas, mas faça o melhor ao seu alcance.
Se
não puder ser uma árvore frondosa no topo da colina, seja um
arbusto no vale - mas seja o melhor arbusto do vale.
Se
não puder ser um arbusto, seja um ramo - mas seja o ramo mais
exuberante a enfeitar a paisagem.
E
se não puder ser um ramo, seja um pequeno tapete de relva para dar
alegria a algum caminhante...
Se
deseja ser um lindo ramalhete de flores perfumadas, e não consegue,
seja uma singela flor silvestre - mas seja a mais bela.
E
nesse esforço de ser útil a alguém que precisa de você, irá cada
vez se tornando mais forte e mais confiante.
E
todos as alegrias que espalhar pelo caminho serão as mesmas alegrias
que encontrará na própria estrada.
Por
mais difícil que esteja a situação, nunca deixe de lembrar que
alguém precisa de você.
E
o mais importante: você pode ajudar alguém.
A
Terra é uma grande escola, onde o Criador nos matriculou para que
aprendamos a ser felizes.
A
grande maioria das pessoas que habita este planeta não é
completamente feliz.
Somos
todos caminheiros da estrada chamada evolução, e, num momento ou
noutro pode ser que precisemos de alguém.
Assim
sendo, como sempre estamos rodeados de pessoas, é importante que
você fique alerta, pois ao seu lado pode estar alguém que precise
de você, neste exato momento.
Fonte: - Momento
Espírita, com base em texto de autoria desconhecida. Em 09.02.2009.
Comentário
O
texto acima mostra a sinceridade, amor e a devoção que ela tem pelo
seu companheiro cadeirante, falando de como é feliz com ele e a
falta que sente do seu amor, uma declaração linda que só pessoas
que amam incondicionalmente conseguem fazer.
Podemos
assim perceber que entre duas pessoas que tem afinidade, nada é
capaz de impedi-las de se relacionarem e se amarem com muito amor e
serem felizes.
Ao
contrário do que muitos pensam a respeito da deficiência, que estas
impedem estes de se relacionarem e construirem famílias e namorarem;
existe aqueles que só importa o amor independente da sua condição
física.
Além
do mais existe inúmeros casais de cadeirantes e andantes que se amam
e constituíram famílias.
É
preciso sim que as pessoas respeite as diferenças; ainda existe uma
certa resistência e preconceito e relação aos deficientes; como se
a deficiência fosse uma doença contagiosa.
São
pessoas que devem serem respeitadas como qualquer outra pessoa; todos
tem o seu direito a ocupar o seu espaço na sociedade.
Para
se roubar um coração, é preciso que seja com muita habilidade, tem
que ser vagarosamente, disfarçadamente, não se chega com ímpeto,
não se alcança o coração de alguém com pressa.
Tem
que se aproximar com meias palavras, suavemente, apoderar-se dele aos
poucos, com cuidado.
Não
se pode deixar que percebam que ele será roubado, na verdade,
teremos que furtá-lo, docemente.
Conquistar
um coração de verdade dá trabalho, requer paciência, é como se
fosse tecer uma colcha de retalhos, aplicar uma renda em um vestido,
tratar de um jardim, cuidar de uma criança.
É
necessário que seja com destreza, com vontade, com encanto, carinho
e sinceridade.
Para
se conquistar um coração definitivamente tem que ter garra e
esperteza, mas não falo dessa esperteza que todos conhecem, falo da
esperteza de sentimentos, daquela que existe guardada na alma em
todos os momentos.
Quando
se deseja realmente conquistar um coração, é preciso que antes já
tenhamos conseguido conquistar o nosso, é preciso que ele já tenha
sido explorado nos mínimos detalhes, que já se tenha conseguido
conhecer cada cantinho, entender cada espaço preenchido e aceitar
cada espaço vago....e então, quando finalmente esse coração for
conquistado, quando tivermos nos apoderado dele, vai existir uma
parte de alguém que seguirá conosco.
Uma
metade de alguém que será guiada por nós e o nosso coração
passará a bater por conta desse outro coração.
Eles
sofrerão altos e baixos sim, mas com certeza haverá instantes,
milhares de instantes de alegria.
Baterá
descompassado muitas vezes e sabe por que?
Faltará
a metade dele que ainda não está junto de nós.
Até
que um dia, cansado de estar dividido ao meio, esse coração chamará
a sua outra parte e alguém por vontade própria, sem que precisemos
roubá-la ou furtá-la nos entregará a metade que faltava.... e é
assim que se rouba um coração, fácil não?
Pois
é, nós só precisaremos roubar uma metade, a outra virá na nossa
mão e ficará detectado um roubo então!
E
é só por isso que encontramos tantas pessoas pela vida a fora que
dizem que nunca mais conseguiram amar alguém... é simples... é
porque elas não possuem mais coração, eles foram roubados,
arrancados do seu peito, e somente com um grande amor ela terá um
novo coração, afinal de contas, corações são para serem
divididos, e com certeza esse grande amor repartirá o dele com você.
Desconhecido
Me identifiquei com essa matéria porque sou mulher de um cadeirante, ela relata exatamente o que a gente sente e passa ao ser mulher de um cadeirante fielmente; gosto do meu esposo e procuro fazer o que posso e não posso com muito carinho e prazer, porque assim me sinto muito feliz.
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