Acreditar em si mesmo

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segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Visão sobre uma cadeira de rodas




Uma Cadeira de Rodas - Marcele Mendes 
 
 

Uma cadeira de rodas é um acessório necessário pra pessoas que tem limitações físicas.

Essa é uma definição simples e verdadeira, NADA MAIS QUE ISSO!

Por Marcele Mendes e Silva



Não pense você que isso determina quem eu sou, ou mesmo aonde eu posso chegar.

O que me faz ser quem eu sou são minhas experiências,minha bagagem emocional e tudo que vivi até aqui.


Essas vivências pra quem tem alguma deficiência são muitas das vezes diferenciadas em alguns aspectos, devido a nossa condição, obviamente.

Mas nada que impeça um cadeirante de ser feliz e usufruir TUDO de bom que a vida tem a oferecer.

Pros homens e mulheres ignorantes que não conseguem entender a possibilidade de uma pessoa com deficiência ter uma vida normal, constituir família, estudar, trabalhar e outras coisas mais, só tenho uma coisa a dizer:

Ampliem seus horizontes, entendam que uma vida não se limita a um corpinho perfeito e a coisas fúteis.

Entenda que essa cadeira são minhas asas e minhas pernas.

Eu estou sentada nela mas estou de cabeça erguida e pronta pros mesmos desafios que você!

Se uma cadeira de rodas te limita fisicamente, ela não te paralisa psicologicamente.

Quem te faz parar e morrer pra vida são seus medos e estes existem na mente de qualquer um de nós.

Morre a cada dia quem não tem metas e sonhos pra realizar,quem se depara com dificuldades e simplesmente desiste de tudo.

Morre todos os dias aqueles que se limitam a fazer de suas vidas uma simples viagem sem rumo,aqueles que não entendem que o que há de mais belo nas pessoas está na sua essência e não na sua aparência.

  




Superação é uma palavra que escutamos todos os dias mas que não sabemos o significado até conhecer alguém que dê sentido a ela, e eu posso dizer que conheço essa palavra como ninguém.

Teria todas as desculpas pra estar triste, por não poder correr na praia com os pés na areia ou mesmo caminhar sozinha e sentir o vento no rosto sem depender de ninguém.

Podia me deprimir com o olhar de pena de muitos nas ruas, sem ao menos me conhecer.

Talvez estivesse trancada dentro de casa com a dificuldade que tenho ao tentar pegar um ônibus ou mesmo fazer um simples passeio nas ruas do meu bairro.

Mas estas mesmas desculpas não são maiores que a minha vontade de viver e ser feliz.

Eu me inspiro com os exemplos que vejo todos os dias, de pessoas que escolheram SUPERAR todos os desafios que a vida oferece pra um deficiente físico e seguir em frente.

E posso te falar que são muitos!!

Quem não vive isso no dia a dia,talvez não tenha dimensão de como é sentir-se fraco diante de tantas dificuldades cotidianas.

Antes de julgar uma pessoa com deficiência como coitadinho ou mesmo achar que ela usa disso pra se beneficiar, pense que não somos PRIVILEGIADOS, somos apenas pessoas que conhecem os seus direitos e lutam por eles frente a uma sociedade que nos exclui e nos oprime.

A minha filosofia de vida é:

Ser forte e pensar que Deus sabe exatamente quem são os seus filhos mais capacitados a suportar determinadas provas.

Ele está me ensinando que tenho que me aceitar e me amar como sou e tenho feito isso com muito orgulho todos os dias!!!


Dedico esse texto a todos aqueles que lutam,que são guerreiros e que não se vitimizam por uma deficiência!

Em especial a mães e Pais de filhos especiais!


Fonte: - cantinhodoscadeirantes.com.br



Talves!!!....

Talvez eu venha a envelhecer rápido demais.

Mas lutarei para que cada dia tenha valido a pena.

Talvez eu sofra inúmeras desilusões no decorrer de minha vida.

Mas farei que elas percam a importância diante dos gestos de amor que encontrei.

Talvez eu não tenha forças para realizar todos os meus ideais.

Mas jamais irei me considerar um derrotado.

Talvez em algum instante eu sofra uma terrível queda.

Mas não ficarei por muito tempo olhando para o chão.

Talvez um dia o sol deixe de brilhar.

Mas então irei me banhar na chuva.

Talvez um dia eu sofra alguma injustiça.Mas jamais irei assumir o papel de vítima.

Talvez eu tenha que enfrentar alguns inimigos.

Mas terei humildade para aceitar as mãos que se estenderão em minha direção.

Talvez numa dessas noites frias, eu derrame muitas lágrimas.

Mas não terei vergonha por esse gesto.

Talvez eu seja enganado inúmeras vezes.

Mas não deixarei de acreditar que em algum lugar alguém merece a minha confiança.

Talvez com o tempo eu perceba que cometi grandes erros.

Mas não desistirei de continuar trilhando meu caminho.

Talvez com o decorrer dos anos eu perca grandes amizades.

Mas irei aprender que aqueles que realmente são meus verdadeiros amigos nunca estarão perdidos.

Talvez algumas pessoas queiram o meu mal.

Mas irei continuar plantando a semente da fraternidade por onde passar.

Talvez eu fique triste ao concluir que não consigo seguir o ritmo da música.

Mas então, farei que a música siga o compasso dos meus passos.

Talvez eu nunca consiga enxergar um arco-íris.

Mas aprenderei a desenhar um, nem que seja dentro do meu coração.

Talvez hoje eu me sinta fraco.

Mas amanhã irei recomeçar, nem que seja de uma maneira diferente.

Talvez eu não aprenda todas as lições necessárias.

Mas terei a consciência que os verdadeiros ensinamentos já estão gravados em minha alma.

Talvez eu me deprima por não ser capaz de saber a letra daquela música.

Mas ficarei feliz com as outras capacidades que possuo.

Talvez eu não tenha motivos para grandes comemorações.

Mas não deixarei de me alegrar com as pequenas conquistas.

Talvez a vontade de abandonar tudo torne-se a minha companheira.

Mas ao invés de fugir, irei correr atrás do que almejo.

Talvez eu não seja exatamente quem gostaria de ser.

Mas passarei a admirar quem sou.

Porque no final saberei que, mesmo com incontáveis dúvidas, eu sou capaz de construir uma vida melhor.

E se ainda não me convenci disso, é porque como diz aquele ditado: “ainda não chegou o fim”Porque no final não haverá nenhum “talvez” e sim a certeza de que a minha vida valeu a pena e eu fiz o melhor que podia.



Aristóteles Onassis











3 comentários:

  1. Meus parabéns para esse depoimento dessa moça muito bem colocada as suas ideias e atitudes; é preciso que as pessoas entendam que o cadeirante tem apenas dificuldades de locomoção, por isso necessita da cadeira de rodas, no mais é normal como qualquer outra pessoa; um exemplo recente foi a paralimpiadas onde mostraram do que são capazes; não é só no esporte em outras áreas mostram que são capazes e produtivos; portanto olhem os cadeirantes com mais respeito.

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  2. Respostas
    1. Sim minha amiga somos pessoas normais, apenas temos dificuldades de locomoção......

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