FAMÍLIA
Você
já parou algum dia para pensar como funciona uma colmeia?
Já
se deu conta de que nela tudo é ordem, disciplina, preocupação
pelo todo?
A
colmeia é formada por células de cera, que se contam aos milhares.
Em
algumas dessas células existem ovos ou larvas de abelha.
Outras
servem como depósitos de pólen e de mel.
São
os favos de mel.
Numa
colmeia podem existir até setenta mil abelhas, que exercem
diferentes funções.
As
operárias são as que alimentam as larvas, cuidam da colmeia, trazem
comida para todos os habitantes da comunidade.
As
operárias começam como faxineiras, limpando as células onde estão
os ovos.
Depois
produzem a geleia real que serve para alimentar as abelhas mais
jovens e a rainha.
Também
trabalham como babás alimentando as abelhinhas mais crescidas com
pólen e mel.
Com
dez dias de vida elas se tornam construtoras.
Começam
a produzir cera, que lhes permite construir e remendar as células da
colmeia.
A
rainha tem como tarefa botar ovos, dos quais sairão as operárias,
os zangões e as novas rainhas.
No
verão chega a botar em um só dia mil e quinhentos ovos.
O
zangão, desde que nasce, tem por tarefa a procriação com a rainha.
Depois
morre.
Tudo
na colmeia reflete ordem, equilíbrio.
As
operárias são também as que saem da colmeia para buscar a matéria
prima de que necessitam.
Estranhamente,
elas nunca se enganam no caminho de volta para casa, para onde
retornam com sua preciosa carga.
Embora
sua vida seja curta, de cinco semanas apenas, elas não se cansam de
trabalhar pelo bem-estar de toda a equipe.
Podemos
pensar na família como uma colmeia racional.
Cada
um tem sua tarefa a cumprir, visando o crescimento da pequena
coletividade, como exige o lar.
E
todos são importantes no desempenho do grupo doméstico.
É
no seio da família, na intimidade do lar, que se vão descobrir
operárias incansáveis, trabalhando sem cessar, não se importando
consigo mesmas, em constante processo de doação.
É
na família que se aprende a transformar o fel das dificuldades, as
amarguras das incompreensões no mel das atenções e do
entendimento.
É
ali que se exercita a cooperação.
Afinal,
como a família é uma comunidade, há necessidade de ajuda mútua.
Quando
a família enfrenta as dificuldades com união, cresce e supera
problemas considerados insolúveis.
Para
que a família progrida no todo, cada um deve se conscientizar de sua
tarefa e realizá-la com alegria.
É
por esse motivo que as crianças devem ser incentivadas, desde cedo,
a pequenas tarefas no lar.
Retirar
os pratos da mesa, lavar a louça, aquecer a mamadeira do menorzinho.
Renúncia
a um pequeno lazer para satisfazer o outro.
Nem
que seja somente a satisfação da companhia ou de um diálogo
amistoso.
Se
na colmeia familiar reinar o amor, conseguiremos com certeza ter
elementos para uma atuação segura, verdadeiramente cristã, junto à
família maior, na imensa colmeia do mundo.
A
família é abençoada escola de educação moral e espiritual.
É
oficina santificante onde se burilam caracteres.
É
laboratório superior em que se refinam ideais.
Fonte
- Momento Espírita, com base na Revista
Minimonstros, ed.
Globo, 1964 e no cap. 15, do livro Rosângela,
pelo Espírito Rosângela, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter.
Em 25.7.2016.
Familia
corporal e espiritual
Uns
nos são muito caros, outros menos, alguns nos são indiferentes,
podendo, até mesmo, haver aqueles que nos são antipáticos.
E
você já pensou nos motivos dessas diferenças?
Quando
nos questionamos sobre o assunto, muitas dúvidas nos vêm à mente.
Ora,
se somos filhos dos mesmos pais, se somos os pais de vários filhos,
porque não nutrimos o mesmo sentimento por todos, de igual forma?
Indagando-nos,
com sinceridade, chegaremos à conclusão de que há duas espécies
de famílias: as famílias espirituais e as famílias pelos laços
corporais.
Concluiremos,
ainda, que não são os da consanguinidade os verdadeiros laços de
família e sim os da simpatia e da comunhão de ideias.
Ou
seja, os laços do sangue não criam forçosamente os liames entre os
Espíritos.
Para
entender essas disparidades na relação de afeto ou desafeto, é
preciso que lancemos mão da Lei da reencarnação.
Reunidos
na mesma família, pelas Leis Divinas, encontram-se Espíritos
simpáticos entre si, ligados por relações anteriores que se
expressam por uma afeição recíproca.
Mas,
também pode acontecer que sejam completamente estranhos uns aos
outros esses Espíritos, afastados entre si por antipatias igualmente
anteriores, que se traduzem na Terra por um mútuo antagonismo.
Com
a teoria da reencarnação, entenderemos porque é que dois seres
nascidos de pais diferentes podem ser mais irmãos, pelo Espírito,
do que se o fossem pelo sangue.
Nessa
mesma linha de raciocínio, compreenderemos a animosidade alimentada
por irmãos consanguíneos, fato muito comum que se observa todos os
dias.
A
Lei da reencarnação também esclarece sobre os objetivos
pretendidos por Deus para Seus filhos: o progresso intelectual e
moral.
Se
Deus nos permite o reencontro com afetos e desafetos do passado é
que está a nos oferecer uma nova oportunidade de aperfeiçoamento.
Enquanto
a convivência com os desafetos nos dá oportunidade de estabelecer a
simpatia, os afetos são o sustentáculo em todos os momentos.
Entendemos,
assim, que as múltiplas existências estendem os laços de afeto,
ampliando nossa família espiritual, enquanto a unicidade da
existência os limita ou rompe definitivamente após a morte.
Não
fosse a abençoada porta da reencarnação e não teríamos a chance
de amar os nossos inimigos, conforme recomendou Jesus.
Dessa
forma, repensemos a nossa postura com relação à família.
Olhemos
para os parentes difíceis e percebamos neles a bendita oportunidade
de estabelecer a simpatia para, logo mais, amá-los efetivamente,
conforme a recomendação do Cristo.
O
instituto familiar é uma organização de origem Divina, em cujo
seio encontramos os instrumentos necessários ao nosso próprio
aprimoramento para a edificação de um mundo melhor.
Pensemos
nisso!
Fonte
- Momento Espírita com base no cap. 2 do livro Vida
e sexo,
pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier e
no cap XIV do livro
O evangelho segundo o espiritismo, de
Allan Kardec, ed. Feb. Em 10.08.2009.
A
FAMÍLIA EM PRIMEIRO LUGAR
O
administrador Stephen Kanitz, colunista da revista Veja, escreveu em
edição de fevereiro de 2002 mais ou menos o seguinte:
Há
vinte anos presenciei uma cena que modificou radicalmente minha vida.
Foi
num almoço com um empresário respeitado e bem mais velho que eu.
O
encontro foi na própria empresa.
Ele
não tinha tempo para almoçar com a família em casa, nem com os
amigos num restaurante.
Os
amigos tinham de ir até ele.
Seus
olhos estavam estranhos.
Achei
até que vi uma lágrima no olho esquerdo.
“Bobagem minha”, pensei.
Homens
não choram, especialmente na frente dos outros.
Mas,
durante a sobremesa, ele começou a chorar copiosamente.
Fiquei
imaginando o que eu poderia ter dito de errado.
Supus
que ele tivesse se lembrado dos impostos pagos no dia.
“Minha
filha vai se casar amanhã”,
disse sem jeito,
“e só agora a ficha caiu.
Percebo
que mal a conheci.
Conheço
tudo sobre meu negócio, mal conheço minha própria filha.
Dediquei
todo o tempo à minha empresa e me esqueci de me dedicar à família.”
Voltei
para casa arrasado.
Por
meses, me lembrava dessa cena e sonhava com ela.
Prometi
a mim mesmo e a minha esposa que nunca aceitaria seguir uma carreira
assim.
Colocar
a família em primeiro lugar não é uma proposição tão aceita por
aí.
Normalmente,
a grande discussão é como conciliar família e trabalho.
Será
que dá?
O
cinema americano vive mostrando o clichê do executivo atarefado que
não consegue chegar a tempo para a peça de teatro da filha ou ao
campeonato mirim de seu filho.
Ele
se atrasou justamente porque tentou conciliar trabalho e família.
Só
que surgiu um imprevisto de última hora, e a cena termina com o pai
contando uma mentira ou dando uma desculpa esfarrapada.
Se
tivesse colocado a família em primeiro lugar, esse executivo teria
chegado a tempo.
Teria
levado pessoalmente a criança ao evento.
Teria
dado a ela o suporte psicológico necessário nos momentos de
angústia que antecedem um teatro ou um jogo.
A
questão é justamente essa.
Se
você, como eu e a grande maioria das pessoas, tem de conciliar
família com amigos, trabalho, carreira ou política, é
imprescindível determinar quem você coloca em primeiro lugar.
Colocar
a família em primeiro lugar tem um custo com o qual nem todos podem
arcar.
Implica
menos dinheiro, fama e projeção social.
Muitos
de seus amigos poderão ficar ricos, mais famosos que você e um dia
olhá-lo com desdém.
Nessas
horas, o consolo é lembrar um velho ditado que define bem por que
priorizar a família vale a pena:
“Nenhum
sucesso na vida compensa um fracasso no lar.”
Qual
o verdadeiro sucesso de ter um filho drogado por falta de atenção,
carinho e tempo para ouvi-lo no dia a dia?
De
que adianta ser um executivo bem-sucedido e depois chorar durante a
sobremesa porque não conheceu sequer a própria filha?
O
lar constitui o cadinho redentor das almas.
Merece
nosso investimento em recursos de afeto, compreensão e boa vontade,
a fim de dilatar os laços da estima.
Os
que compõem o lar são os marcos vivos das primeiras grandes
responsabilidades do Espírito encarnado.
Assim,
acima de todas as contingências de cada dia, compete-nos ser o
cônjuge generoso e o melhor pai, o filho dedicado e o companheiro
benevolente.
Afinal,
na família consangyínea, temos o teste permanente de nossas
relações com toda a Humanidade.
Fonte
- Momento Espírita, baseado no artigo de Stephen Kanitz, revista
Veja,
seção Ponto
de vista,
de 20
de fevereiro de 2002 e no cap. 19do livro
Conduta espírita,
do Espírito André Luiz,psicografia de Waldo Vieira, ed. Feb.
Em 13/08/2008
PARA
REFLETIR!!!
O café da manhã que
mamãe preparava era maravilhoso! Embora fôssemos uma família
humilde, minha mãe sempre preparava com muito carinho a primeira
refeição do dia. Era ovo frito com farinha, outro dia era ovo
escaldado, depois era bife com pão, linguiça com ovo e pão...
Tudo feito com simplicidade.
Ao
acordar, naquela manhã, quando retornei da "lua de mel",
para ir ao trabalho, pensei que encontraria a mesa posta, o café da
manhã preparado. Como estava acostumado com a casa da mamãe, pensei
que acordaria com aquele gostoso cheirinho que vinha sempre da
cozinha lá de casa.
Olhei
para o lado e vi minha esposa, Neusa, dormindo profundamente. Feito
um anjinho – de pedra! Raspei a garganta, fiz barulho tentando
acordá-la. Nada! Fui para o trabalho irritado, de barriga vazia. O
local do trabalho ficava a uns cinco minutos do apartamento que
alugávamos.
Ao
me sentar-se à mesa de trabalho, sentindo a estômago roncar, abri a
Bíblia no seguinte trecho:
"O
que quereis que os homens vos façam, fazei-o também a eles"
(Lc. 6:31).
Disse
pra mim mesmo: "O Senhor não precisa dizer mais nada". Lá
pelas nove horas da manhã, hora em que se podia tirar alguns minutos
para o café, dei um jeito de ir até o apartamento, não sem antes
passar em uma padaria e comprar algumas guloseimas. Preparei o café
da manhã e levei na cama para Neusa. Ela acordou com aquele sorriso
tão lindo!
Estamos
para completar Bodas de Prata. Nesses quase vinte e cinco anos de
casamento, continuo repetindo esse gesto todos os dias. E com muito
amor!
Estou
longe de ser um bom marido, mas a cada dia me esforço ao máximo...
Tenho
muito a melhorar, tenho de ser mais santo, mais paciente, mais
carinhoso. Sinto-me ainda longe disso, pois o modelo que estou
mirando é Jesus:
"Maridos,
amai a vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por
ela" (Ef 5,25)......... O matrimônio é um desafio, pois a todo
o momento temos que perdoar e pedir perdão.
A
cada dia temos que buscar forças em Jesus, pois sem Ele nada podemos
fazer (Jo 15,5). Quando Paulo se despedia dos cristãos em Éfeso,
citou uma bela frase de Jesus (que, aliás, não está nos
Evangelhos): "É maior felicidade dar que receber" (At
20,35). Quando se descobre isso no matrimônio, se descobre o
princípio da felicidade.
Por
que muitos casamentos não têm ido adiante? Porque o egoísmo tomou
conta do casal. É o "cada um por si" que vigora. Estamos
na sociedade do descartável: copo descartável, prato descartável,
etc. Pessoas não são descartáveis, porém, o que não é
descartável precisa ser cuidado para ser durável.
O
mundo precisa do testemunho dos casais de que o matrimônio vale a
pena! E, para que isso aconteça, é necessário um cuidado amoroso e
carinhoso por parte do marido e da esposa. Ambos têm o dever de
cuidar um do outro com renovados gestos de carinho e perdão
diariamente.
É
preciso declarar, todos os dias o amor, em gestos e palavras. A
primeira palavra que sempre digo para minha esposa ao iniciar o dia
é: "Eu amo você".
Não
é fácil dizer isso às vezes, pois muitas vezes acordo de mal
comigo mesmo. Então, faço uma oração pedindo o Espírito Santo e
Ele me dá a força do amor para amar aquele dia. Recebo de Deus a
força do perdão. Faça isso agora também. Declare seu amor!
Aos
solteiros e aos que ainda não se casaram, quero dizer o seguinte:
"Se
você estiver pensando em casar para ser feliz, não se case! Fique
como está, solteiro mesmo. Mas, se sua intenção é casar para
fazer alguém feliz, case-se e você será a pessoa mais feliz do
mundo! O segredo da felicidade é fazer o outro feliz!"
Marcelo
Gonçalves
A família é a célula máter onde aprendemos as primeiras noções de como se convive em sociedade; nela aprendemos que todos nós temos o nosso espaço, a saber que os nossos direitos termina onde começa o dos outros, é o nosso porto seguro nas horas difícieis da vida, ali encontramos compreensão e conforto para renovar nossss energias.
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