Acreditar em si mesmo

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quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Família o nosso porto seguro




FAMÍLIA


Você já parou algum dia para pensar como funciona uma colmeia?

Já se deu conta de que nela tudo é ordem, disciplina, preocupação pelo todo?

A colmeia é formada por células de cera, que se contam aos milhares.

Em algumas dessas células existem ovos ou larvas de abelha.

Outras servem como depósitos de pólen e de mel.

São os favos de mel.

Numa colmeia podem existir até setenta mil abelhas, que exercem diferentes funções.

As operárias são as que alimentam as larvas, cuidam da colmeia, trazem comida para todos os habitantes da comunidade.

As operárias começam como faxineiras, limpando as células onde estão os ovos.

Depois produzem a geleia real que serve para alimentar as abelhas mais jovens e a rainha.

Também trabalham como babás alimentando as abelhinhas mais crescidas com pólen e mel.

Com dez dias de vida elas se tornam construtoras.

Começam a produzir cera, que lhes permite construir e remendar as células da colmeia.

A rainha tem como tarefa botar ovos, dos quais sairão as operárias, os zangões e as novas rainhas.

No verão chega a botar em um só dia mil e quinhentos ovos.

O zangão, desde que nasce, tem por tarefa a procriação com a rainha.

Depois morre.

Tudo na colmeia reflete ordem, equilíbrio.

As operárias são também as que saem da colmeia para buscar a matéria prima de que necessitam.

Estranhamente, elas nunca se enganam no caminho de volta para casa, para onde retornam com sua preciosa carga.

Embora sua vida seja curta, de cinco semanas apenas, elas não se cansam de trabalhar pelo bem-estar de toda a equipe.

Podemos pensar na família como uma colmeia racional.

Cada um tem sua tarefa a cumprir, visando o crescimento da pequena coletividade, como exige o lar.

E todos são importantes no desempenho do grupo doméstico.

É no seio da família, na intimidade do lar, que se vão descobrir operárias incansáveis, trabalhando sem cessar, não se importando consigo mesmas, em constante processo de doação.

É na família que se aprende a transformar o fel das dificuldades, as amarguras das incompreensões no mel das atenções e do entendimento.

É ali que se exercita a cooperação.

Afinal, como a família é uma comunidade, há necessidade de ajuda mútua.

Quando a família enfrenta as dificuldades com união, cresce e supera problemas considerados insolúveis.

Para que a família progrida no todo, cada um deve se conscientizar de sua tarefa e realizá-la com alegria.

É por esse motivo que as crianças devem ser incentivadas, desde cedo, a pequenas tarefas no lar.

Retirar os pratos da mesa, lavar a louça, aquecer a mamadeira do menorzinho.

Renúncia a um pequeno lazer para satisfazer o outro.

Nem que seja somente a satisfação da companhia ou de um diálogo amistoso.

Se na colmeia familiar reinar o amor, conseguiremos com certeza ter elementos para uma atuação segura, verdadeiramente cristã, junto à família maior, na imensa colmeia do mundo.


A família é abençoada escola de educação moral e espiritual.

É oficina santificante onde se burilam caracteres.

É laboratório superior em que se refinam ideais.


Fonte - Momento Espírita, com base na Revista Minimonstros, ed. Globo, 1964 e no cap. 15, do livro Rosângela, pelo Espírito Rosângela, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter. Em 25.7.2016.





Familia corporal e espiritual
 

Você já se deu conta de que seu afeto não é o mesmo para com todos os membros da sua família?

Uns nos são muito caros, outros menos, alguns nos são indiferentes, podendo, até mesmo, haver aqueles que nos são antipáticos.

E você já pensou nos motivos dessas diferenças?

Quando nos questionamos sobre o assunto, muitas dúvidas nos vêm à mente.

Ora, se somos filhos dos mesmos pais, se somos os pais de vários filhos, porque não nutrimos o mesmo sentimento por todos, de igual forma?

Indagando-nos, com sinceridade, chegaremos à conclusão de que há duas espécies de famílias: as famílias espirituais e as famílias pelos laços corporais.

Concluiremos, ainda, que não são os da consanguinidade os verdadeiros laços de família e sim os da simpatia e da comunhão de ideias.

Ou seja, os laços do sangue não criam forçosamente os liames entre os Espíritos.

Para entender essas disparidades na relação de afeto ou desafeto, é preciso que lancemos mão da Lei da reencarnação.

Reunidos na mesma família, pelas Leis Divinas, encontram-se Espíritos simpáticos entre si, ligados por relações anteriores que se expressam por uma afeição recíproca.

Mas, também pode acontecer que sejam completamente estranhos uns aos outros esses Espíritos, afastados entre si por antipatias igualmente anteriores, que se traduzem na Terra por um mútuo antagonismo.

Com a teoria da reencarnação, entenderemos porque é que dois seres nascidos de pais diferentes podem ser mais irmãos, pelo Espírito, do que se o fossem pelo sangue.

Nessa mesma linha de raciocínio, compreenderemos a animosidade alimentada por irmãos consanguíneos, fato muito comum que se observa todos os dias.

A Lei da reencarnação também esclarece sobre os objetivos pretendidos por Deus para Seus filhos: o progresso intelectual e moral.

Se Deus nos permite o reencontro com afetos e desafetos do passado é que está a nos oferecer uma nova oportunidade de aperfeiçoamento.

Enquanto a convivência com os desafetos nos dá oportunidade de estabelecer a simpatia, os afetos são o sustentáculo em todos os momentos.

Entendemos, assim, que as múltiplas existências estendem os laços de afeto, ampliando nossa família espiritual, enquanto a unicidade da existência os limita ou rompe definitivamente após a morte.

Não fosse a abençoada porta da reencarnação e não teríamos a chance de amar os nossos inimigos, conforme recomendou Jesus.

Dessa forma, repensemos a nossa postura com relação à família.

Olhemos para os parentes difíceis e percebamos neles a bendita oportunidade de estabelecer a simpatia para, logo mais, amá-los efetivamente, conforme a recomendação do Cristo.


O instituto familiar é uma organização de origem Divina, em cujo seio encontramos os instrumentos necessários ao nosso próprio aprimoramento para a edificação de um mundo melhor.

Pensemos nisso!


Fonte - Momento Espírita com base no cap. 2 do livro Vida e sexo, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier e no cap XIV do livro O evangelho segundo o espiritismo, de Allan Kardec, ed. Feb. Em 10.08.2009.





A FAMÍLIA EM PRIMEIRO LUGAR


O administrador Stephen Kanitz, colunista da revista Veja, escreveu em edição de fevereiro de 2002 mais ou menos o seguinte:

Há vinte anos presenciei uma cena que modificou radicalmente minha vida.

Foi num almoço com um empresário respeitado e bem mais velho que eu.

O encontro foi na própria empresa.

Ele não tinha tempo para almoçar com a família em casa, nem com os amigos num restaurante.

Os amigos tinham de ir até ele.

Seus olhos estavam estranhos.

Achei até que vi uma lágrima no olho esquerdo. “Bobagem minha”, pensei.

Homens não choram, especialmente na frente dos outros.

Mas, durante a sobremesa, ele começou a chorar copiosamente.

Fiquei imaginando o que eu poderia ter dito de errado.

Supus que ele tivesse se lembrado dos impostos pagos no dia.

Minha filha vai se casar amanhã”, disse sem jeito, “e só agora a ficha caiu.

Percebo que mal a conheci.

Conheço tudo sobre meu negócio, mal conheço minha própria filha.

Dediquei todo o tempo à minha empresa e me esqueci de me dedicar à família.”

Voltei para casa arrasado.

Por meses, me lembrava dessa cena e sonhava com ela.

Prometi a mim mesmo e a minha esposa que nunca aceitaria seguir uma carreira assim.

Colocar a família em primeiro lugar não é uma proposição tão aceita por aí.

Normalmente, a grande discussão é como conciliar família e trabalho.

Será que dá?

O cinema americano vive mostrando o clichê do executivo atarefado que não consegue chegar a tempo para a peça de teatro da filha ou ao campeonato mirim de seu filho.

Ele se atrasou justamente porque tentou conciliar trabalho e família.

Só que surgiu um imprevisto de última hora, e a cena termina com o pai contando uma mentira ou dando uma desculpa esfarrapada.

Se tivesse colocado a família em primeiro lugar, esse executivo teria chegado a tempo.

Teria levado pessoalmente a criança ao evento.

Teria dado a ela o suporte psicológico necessário nos momentos de angústia que antecedem um teatro ou um jogo.

A questão é justamente essa.

Se você, como eu e a grande maioria das pessoas, tem de conciliar família com amigos, trabalho, carreira ou política, é imprescindível determinar quem você coloca em primeiro lugar.

Colocar a família em primeiro lugar tem um custo com o qual nem todos podem arcar.

Implica menos dinheiro, fama e projeção social.

Muitos de seus amigos poderão ficar ricos, mais famosos que você e um dia olhá-lo com desdém.

Nessas horas, o consolo é lembrar um velho ditado que define bem por que priorizar a família vale a pena:

Nenhum sucesso na vida compensa um fracasso no lar.”

Qual o verdadeiro sucesso de ter um filho drogado por falta de atenção, carinho e tempo para ouvi-lo no dia a dia?

De que adianta ser um executivo bem-sucedido e depois chorar durante a sobremesa porque não conheceu sequer a própria filha?


O lar constitui o cadinho redentor das almas.

Merece nosso investimento em recursos de afeto, compreensão e boa vontade, a fim de dilatar os laços da estima.

Os que compõem o lar são os marcos vivos das primeiras grandes responsabilidades do Espírito encarnado.

Assim, acima de todas as contingências de cada dia, compete-nos ser o cônjuge generoso e o melhor pai, o filho dedicado e o companheiro benevolente.

Afinal, na família consangyínea, temos o teste permanente de nossas relações com toda a Humanidade.


Fonte - Momento Espírita, baseado no artigo de Stephen Kanitz, revista Veja, seção Ponto de vista, de 20 de fevereiro de 2002 e no cap. 19do livro Conduta espírita, do Espírito André Luiz,psicografia de Waldo Vieira, ed. Feb. Em 13/08/2008





PARA REFLETIR!!!


O café da manhã que mamãe preparava era maravilhoso! Embora fôssemos uma família humilde, minha mãe sempre preparava com muito carinho a primeira refeição do dia. Era ovo frito com farinha, outro dia era ovo escaldado, depois era bife com pão, linguiça com ovo e pão... Tudo feito com simplicidade.

Ao acordar, naquela manhã, quando retornei da "lua de mel", para ir ao trabalho, pensei que encontraria a mesa posta, o café da manhã preparado. Como estava acostumado com a casa da mamãe, pensei que acordaria com aquele gostoso cheirinho que vinha sempre da cozinha lá de casa.

Olhei para o lado e vi minha esposa, Neusa, dormindo profundamente. Feito um anjinho – de pedra! Raspei a garganta, fiz barulho tentando acordá-la. Nada! Fui para o trabalho irritado, de barriga vazia. O local do trabalho ficava a uns cinco minutos do apartamento que alugávamos.

Ao me sentar-se à mesa de trabalho, sentindo a estômago roncar, abri a Bíblia no seguinte trecho:

"O que quereis que os homens vos façam, fazei-o também a eles" (Lc. 6:31).

Disse pra mim mesmo: "O Senhor não precisa dizer mais nada". Lá pelas nove horas da manhã, hora em que se podia tirar alguns minutos para o café, dei um jeito de ir até o apartamento, não sem antes passar em uma padaria e comprar algumas guloseimas. Preparei o café da manhã e levei na cama para Neusa. Ela acordou com aquele sorriso tão lindo!

Estamos para completar Bodas de Prata. Nesses quase vinte e cinco anos de casamento, continuo repetindo esse gesto todos os dias. E com muito amor!

Estou longe de ser um bom marido, mas a cada dia me esforço ao máximo...

Tenho muito a melhorar, tenho de ser mais santo, mais paciente, mais carinhoso. Sinto-me ainda longe disso, pois o modelo que estou mirando é Jesus:

"Maridos, amai a vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela" (Ef 5,25)......... O matrimônio é um desafio, pois a todo o momento temos que perdoar e pedir perdão.

A cada dia temos que buscar forças em Jesus, pois sem Ele nada podemos fazer (Jo 15,5). Quando Paulo se despedia dos cristãos em Éfeso, citou uma bela frase de Jesus (que, aliás, não está nos Evangelhos): "É maior felicidade dar que receber" (At 20,35). Quando se descobre isso no matrimônio, se descobre o princípio da felicidade.

Por que muitos casamentos não têm ido adiante? Porque o egoísmo tomou conta do casal. É o "cada um por si" que vigora. Estamos na sociedade do descartável: copo descartável, prato descartável, etc. Pessoas não são descartáveis, porém, o que não é descartável precisa ser cuidado para ser durável.

O mundo precisa do testemunho dos casais de que o matrimônio vale a pena! E, para que isso aconteça, é necessário um cuidado amoroso e carinhoso por parte do marido e da esposa. Ambos têm o dever de cuidar um do outro com renovados gestos de carinho e perdão diariamente.

É preciso declarar, todos os dias o amor, em gestos e palavras. A primeira palavra que sempre digo para minha esposa ao iniciar o dia é: "Eu amo você".

Não é fácil dizer isso às vezes, pois muitas vezes acordo de mal comigo mesmo. Então, faço uma oração pedindo o Espírito Santo e Ele me dá a força do amor para amar aquele dia. Recebo de Deus a força do perdão. Faça isso agora também. Declare seu amor!

Aos solteiros e aos que ainda não se casaram, quero dizer o seguinte:

"Se você estiver pensando em casar para ser feliz, não se case! Fique como está, solteiro mesmo. Mas, se sua intenção é casar para fazer alguém feliz, case-se e você será a pessoa mais feliz do mundo! O segredo da felicidade é fazer o outro feliz!"


Marcelo Gonçalves









Um comentário:

  1. A família é a célula máter onde aprendemos as primeiras noções de como se convive em sociedade; nela aprendemos que todos nós temos o nosso espaço, a saber que os nossos direitos termina onde começa o dos outros, é o nosso porto seguro nas horas difícieis da vida, ali encontramos compreensão e conforto para renovar nossss energias.

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