Acreditar em si mesmo

Acreditar em si mesmo

domingo, 5 de junho de 2016

O medo e a coragem para enfrentar

Medo e coragem para enfrentar



Medo e coragem
 para enfrentar




Há pessoas que tem o entendimento que presentear não é somente oferecer algo de valor comercial ou estético, ou ainda aquela realização de um desejo, há presentes que deixam legado, aprendizado e marcas que podem transformar uma vida.

Recebi um presente de dia das mães que valeu ouro.

A escola onde minha filha estuda deu para as mães o convite para uma palestra com o professor e filósofo Mário Sérgio Cortella.

O tema era ética, família e sociedade.

O evento foi realizado por um grupo de apoio à adoção da minha cidade, chamado DNA da Alma e que tem um trabalho exemplar.

Não poderia se ter um momento melhor para falar desse tema no Brasil.

Ética!!!

Quanto estamos precisando refletir sobre ela!

Quanto importante pensar sobre ética dentro da nossa família!!

Sim porque ela rege toda e qualquer relação na sociedade.

A ética é formada por princípios que motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento humano, refletindo a respeito da essência das normas, valores e prescrições presentes em qualquer realidade social.

Mas o motivo pelo qual escrevo vai muito além da temática da palestra, porque tudo que é dito por alguém encontra lugar na realidade de cada um de nós.

E pra mim, especificamente naquele dia e momento, as palavras tiveram um significado muito especial, me fizeram parar e pensar no quando me deixo abalar por minhas limitações e o quanto elas podem me limitar além da realidade da deficiência propriamente dita.

O dia da palestra era um dia frio, quem é tetra sabe que o frio é algo aterrorizante pra nós.

Se não bastasse o frio, o dia pra mim era cinza!

Estava vivendo um momento dolorido, daqueles em que as limitações doem além do normal e por muito pouco quase desisti de ir.

O convite era pra mim e não havia mais ingressos à venda para alguém pudesse ir comigo; o desafio era ir sozinha, no frio e lidar com minhas dificuldades de ir e vir, lidar com o medo de estar sozinha em um lugar desconhecido, que, aliás, descobri ser uma das maiores dificuldades que tenho hoje.

Chorei muito ao refletir sobre todas estas possibilidades e não admitia não ir ao evento, não queria desistir, mas foi por muito pouco.

Algumas alternativas surgiram em uma conversa com a pessoa que mais sabe de mim e que é capaz de instigar meu lado forte e corajoso para enfrentar os meus medos, meu maridão.

Alguns contatos para garantir que eu poderia ir com minha cadeira de rodas motorizada, que o acesso estava garantido e decidi que sim, que iria enfrentar meus medos.

Talvez você leitor não compreenda o que significam pra mim meus medos e o tipo de coisa que me intimida.

Possam talvez pensar, nossa que bobagem ter medo de ir sozinho a algum lugar, ou ainda, possam achar que a melhor coisa poderia ser sair sozinho para algum lugar, até porque eu não fazia isso talvez há 10 anos!!!

Ou seja, nunca, desde a minha condição de cadeirante e tetra.

Mas como eu costumo sempre dizer, cada um sabe da sua dor!

Cortella falou muito dos medos, e me vi ali, enfrentando os meus!

E ele frisou muitas vezes da importância do medo, que é o que nos dá cautela, o que nos deixa em alerta para aquilo que pode ser perigoso, mas principalmente, falou da importância de enfrentá-lo!!

Dei-me conta que é preciso coragem, não foi fácil decidir estar lá, secar as lágrimas, pedir ajuda e dizer sim, eu vou!

Mas foi tão significativo pra mim, abriu meus horizontes para que eu não desista de fazer algo que possa ser significativo pra mim.

Foi uma noite de intenso aprendizado, de reflexão sobre vários lados desta moeda, sobre as relações como pais e filhos, sobre a minha relação pessoal com o mundo e a sociedade, com nosso papel de não desistir de lutar por nossos direitos, não cochilarmos nesta função de cidadãos para construirmos uma sociedade mais igualitária, menos excludente e mais justa.

E o seus medos quais são?


E você já parou para pensar se tem coragem para enfrentá-los?




Fonte – cadeirantes life







As três palavras




Tem palavras chave que marcam nossa existência.

Fazendo mais um gancho com a palestra com o professor e filósofo Mário Sérgio Cortella, de tema: ética, família e sociedade, evento realizado pelo grupo de apoio à adoção DNA da Alma, na minha cidade,

Cortella usou além do medo e da coragem mais palavras que me marcaram muito.

E principalmente a minha relação comigo mesma, além do propósito da palestra que era focada na relação pais e filhos, sim porque não podemos nos boicotar como coitados pelo fato de termos uma deficiência.

Falo em boicote por mim, e não por alguém que eu conheça, mas porque sinto que tenho alguma tendência a boicotar algumas coisas quando não estou de bem comigo mesma.

Quem é cadeirante, tem uma deficiência extremamente visível, que chega até mesmo a incomodar algumas pessoas.

Mas todos nós, pessoas com deficiência ou não, temos nossas dores, nossas limitações!

Mas, a diferença não está naquilo que é visível aos olhos, vai muito além disso!!!!

Agora eu pergunto, é fácil conviver com deficiências?



Acordar diariamente e saber que elas continuam aí e até onde se sabe estarão conosco até o fim de nossa existência nesse mundo?


Não consigo acreditar que alguém não tenha este tipo de pensamento, mesmo que eventual, porque em um todo, cada ser humano carrega suas dificuldades e sofrimento.

E neste momento surgem três palavras:

Persistência, resistência e paciência.


Elas podem ser a chave para que no momento de dor, na hora de boicotar nossos sonhos e vontades, se tenha: resistência emocional, persistência naquilo que nos move e paciência para lidar com aquilo que às vezes nos tira do sério.

Resistência: capacidade de suportar.

Persistência: obstinação; perseverança.

Paciência: qualidade ou comportamento de quem não desiste nem desanima.

E porque falar nisso aqui no blog?


Por que me identifiquei com estas palavrinhas que me mostraram que naqueles momentos em que o cansaço bater, quando o cinza tomar conta do meu dia, quando eu pensar em desistir, quando minhas dores aparecerem, que elas podem ser uma luz para refletir e ver que a vida vale pena, independente das dificuldades!

Quem sabe elas possam ser úteis pra você também!




Fonte – cadeirantes life




 
Ainda Assim... Eles Continuam...


Muitas vezes não paramos para analisar as dificuldades e sofrimentos que a vida impõe a certas pessoas em seu dia a dia.

Há tantos problemas, desafios, provações e dificuldades presentes na vida do outro e às vezes é como se não percebemos, talvez por achar que nossos problemas são maiores, ou achar que o outro não importa para nós, entre tantos outros motivos.

Basta parar para refletir sobre isso e irmos a ruas, ligar a televisão, ouvir um rádio ou até ouvir alguma conversa a respeito do outro que podemos perceber que muitas vezes há pessoas passando por dificuldades bem maiores que as nossas.

Esses são os que acordam ainda na madrugada para mais um dia de trabalho duro com o objetivo de poder ver ao final do dia, a alegria nos olhos de seus filhos ao poder desfrutar de um alimento que dá energia.
Os que mesmo possuindo limitações por deficiência ou doença física, se esforçam ao máximo para poder tentar levar uma vida normal, ainda que muitas pessoas insistam em criticar e fazer disso um desafio ainda maior.

São os que perderam os filhos para as ruas, as drogas, tráfico, crime ou até para a morte mas que ainda assim tentam colocar um sorriso no rosto todos os dias para mostrar as pessoas que tudo está bem, apesar de por dentro o coração está ferido e frustrado por não ter conseguido conquistar aquele futuro bom que foi planejado um dia.

Entre tantos outros casos...

Mas ainda assim...eles continuam...

Mesmo diante de todas essas e outras dificuldades, muitas pessoas tentam levar a vida de uma forma conformada e tentando fazer dela o melhor que puder.

Há esperança e fé de que um dia as coisas irão melhorar e esse fantasma que hoje perturba, amanhã será apenas uma lembrança de um momento difícil, mas que de alguma forma foi necessário para que se pudesse alcançar alguma evolução espiritual.

Que possamos fazer assim como alguma dessas pessoas.

Mesmo diante das dificuldades e desafios que a vida nos impor, que possamos tentar ao máximo fazer dos nossos dias os melhores que puderem ser.

Viver um dia de cada vez e com a esperança de que amanhã tudo será melhor e que o hoje também passa e devido a isso, devemos tentar manter a paciência, sabedoria e ter certeza que devemos continuar sempre...

Mas sempre de forma alegre e com esperança de que dias melhores virão e que o presente já é um desses dias, nós que precisaremos adaptá-los a essa forma.


Graziele Machado















2 comentários:

  1. Todos nós temos medo do desconhecido, porque não sabemos o que virá pela frente e nem como fazer para enfrentar os desafios; sim nos primeiros momento ficamos desnorteados, mas com o passar do tempo tomando mais conhecimento da situação e procurando aceitá-las,, aí passamos a ver um caminho pela frente, sim um pouco árduo mas não difícil de enfrentá-lo e assim vencê-lo, através de muito esforço e trabalho.

    ResponderExcluir
  2. Concordo que para enfrentar o medo que essa nova situação é preciso ter muita fé, força de vontade, coragem e perseverança para aceitar e continuar seguindo em frente, uma luta que não será tão fácil assim.......... força que você chega lá.

    ResponderExcluir