A
inclusão de profissionais com deficiências no mercado de trabalho.
Um
Panorama Positivo para uma Mudança Necessária
É
indiscutível a importância das contratações de profissionais com
deficiência para a economia do Brasil.
Além
da geração de emprego, a inclusão de pessoas com deficiência no
mercado de trabalho
contribui para trazer dignidade a essas pessoas.
Ao
incluí-las, não estamos apenas ofertando um salário, mas também a
oportunidade de se reabilitar socialmente e psicologicamente.
É
sabido que o exercício profissional traz consigo a interação com
outras pessoas, o sentimento de cidadão produtivo, a possibilidade
de fazer amigos, de encontrar um amor, de pertencer a um grupo
social.
Até
o status
adquirido junto à própria família muda para melhor.
Sem
contar que a presença de pessoas com deficiência no mercado de
trabalho contribui para humanizar mais a empresa e enriquecer o
ambiente corporativo com visões e experiências diversificadas.
Ao
incluir pessoas com deficiência no mercado de trabalho, configura-se
um novo grupo de consumidores, até então excluído da economia.
Com
a geração de renda, esse grupo passa a consumir avidamente, já que
possui muitas carências, desde elementos essenciais, como o acesso a
questões de saúde, até a concretização de desejos não tão de
primeira ordem, como a compra de tablets
e
smartphones,
por exemplo.
Com
a renda, as pessoas com deficiência passam a circular mais e isto
enseja maior convivência com pessoas sem deficiência, o que
desperta a atenção para oportunidades de se criar mais produtos,
serviços e ambientes que atendam às necessidades específicas dessa
parcela da população.
Nessa
perspectiva, a inclusão de profissionais com deficiência no
ambiente de trabalho cria oportunidades também para as empresas
gerarem mais negócios.
Uma
pessoa que está acostumada a enfrentar desafios diários por falta
de acessibilidade
ou sensibilização da população em geral, se adapta melhor ao
mundo do trabalho.
Uma
pessoa com deficiência está mais preparada para lidar com situações
críticas e a resolver problemas, além de trazer uma visão
diferente, o que contribui para o processo de criação ou tomada de
decisões.
Em
relação à qualificação das pessoas com deficiência, podemos
afirmar que segue basicamente o mesmo padrão da população
brasileira sem deficiência.
É
um falacioso generalizar a falta de qualificação das pessoas com
deficiência.
Por
questões de exclusão histórica, a maioria das pessoas com
deficiência é pouco qualificada, mas, essa baixa qualificação
também incide na população em geral.
Mas,
isto não significa que não existam pessoas com deficiência
qualificadas.
Por
exemplo: no banco de currículos da i.Social mais de 80% dos
30.000 profissionais cadastrados possuem ao menos ensino médio
completo, chegando até a mestrado e doutorado.
Na
esteira, observamos que o maior empecilho para a inclusão de
profissionais com deficiência ainda é cultural.
Ou
seja, as relações interpessoais ainda estão muito calcadas em
estereótipos e preconceitos. Além disso, as vagas que são
oferecidas às pessoas com deficiência ainda são muito operacionais
e pouco atrativas.
Os
líderes e gestores das empresas ainda não consideram incluir
profissionais com deficiência em cargos mais estratégicos, pois
tendem a achar que estes profissionais são menos produtivos ou geram
mais custos com acessibilidade, o que não é verdade.
Dessa
forma, não é exagero afirmar que a questão cultural ainda é o
maior desafio.
A
falta de acessibilidade é reflexo da falta de cultura inclusiva.
Enquanto
não transformarmos a mentalidade antiga de que as pessoas com
deficiência são menos qualificadas, menos produtivas e que exigem
muitos investimentos, não daremos um salto de qualidade no processo
de inclusão.
Por
isso, os treinamentos devem ser constantes para preparar
principalmente os gestores que são as pessoas responsáveis por
aprovar os candidatos.
O
departamento de RH pode até estar sensibilizado e aberto para a
contratação de um funcionário com deficiência, mas se o gestor,
que é o “dono” da vaga, não estiver informado e pronto para
gerenciar a diversidade, nada será feito e o candidato com
deficiência continuará preterido.
O
mesmo raciocínio aplica-se se a alta liderança não aprovar vagas
mais estratégicas para os profissionais com deficiência: o RH fica
atado apenas às vagas operacionais, que são menos atrativas e só
atraem pessoas menos qualificadas, reforçando a percepção de que
pessoas com deficiência não possuem perfil necessário para
posições melhores.
É
por isso que sempre afirmamos que o processo de inclusão deve ser
abraçado por todos os funcionários de uma empresa e todos os
cidadão do Brasil.
Fonte:
- blog.isocial.com.br
Mercado
de trabalho, veja a realidade para deficientes
A
Lei de Inclusão Social, aprovada em 2004, obriga as empresas com
mais de cem funcionários a ocupar de 2% a 5% das vagas com
deficientes.
Mas
esse tipo de inclusão, de acordo com o Conade (Conselho Nacional dos
Direitos das Pessoas Portadoras de Deficiência Física), esbarra em
algumas dificuldades para o deficiente.
A
Lei de Inclusão Social, aprovada em 2004, obriga as empresas com
mais de cem funcionários a ocupar de 2% a 5% das vagas com
deficientes.
Mas
esse tipo de inclusão, de acordo com o Conade (Conselho Nacional dos
Direitos das Pessoas Portadoras de Deficiência Física), esbarra em
algumas dificuldades para o deficiente.
Segundo
o presidente do conselho, Alexandre Carvalho, dentre os maiores
obstáculos que os deficientes enfrentam, estão o preconceito por
parte dos colegas de trabalho, a necessária adaptação de ambientes
de trabalho, como rampas e alargamento de portas, e a dificuldade de
comunicação com pessoas cegas e surdas.
Contratação
Mesmo
com as dificuldades, a contratação de pessoas com deficiência
aumentou 56% de 2005 para 2006, depois de fiscalização do MTE
(Ministério do Trabalho e Emprego).
Em
2005, 12.786 deficientes foram contratados depois da empresa receber
advertência, enquanto no ano passado foram 19.978.
No
primeiro trimestre de 2007, o MTE registrou 4.151 deficientes
inseridos no mercado de trabalho.
"Hoje
em dia nós não trabalhamos com a noção de inserção, ou seja,
levar os deficientes para dentro das empresas.
Nós
queremos também que elas tenham estabelecimentos inclusivos, que
sejam capazes de receber qualquer pessoa para a prestação de
serviços", disse o procurador Regional do Trabalho, José
Cláudio Monteiro de Brito Filho.
Capacitação.
Por
causa das dificuldades, muitos profissionais com deficiências
desistem de buscar uma vaga no mercado de trabalho.
Outro
motivo apontado para a exclusão desses profissionais é a falta de
qualificação.
De
acordo com Andrea Goldschmidt, professora da ESPM (Escola Superior de
Propaganda e Marketing) e sócia da Apoena Social, a lei tem o mérito
de gerar possibilidade de inclusão no mercado de trabalho para os
deficientes, mas não leva em consideração as limitações de
encontrar profissionais que realmente querem e podem trabalhar.
"A
valorização deles é grande, mas poucos têm formação adequada".
Setores.
Em
alguns tipos de serviço, é exigida aptidão física, como para
seguranças, em que a lei 7.102 obriga que passem por academias de
vigilância credenciadas pelo Departamento de Polícia Federal.
"Até
hoje nós não conseguimos achar uma pessoa com deficiência que
passou pela academia, fez o curso de vigilante e está apto a
trabalhar", disse Irenaldo Pereira, diretor do Sindicato das
Empresas de Segurança Privada no Distrito Federal.
Neste
caso, o Conade e a Secretaria Especial de Direitos Humanos devem
votar um parecer, em dezembro, que propõe que as empresas de
segurança revejam cursos preparatórios, de modo a incluir pessoas
com deficiência.
Benefícios.
O
que impedia a inserção do deficiente era o fato de ter de abrir mão
do benefício pago pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social),
destinado a quem não trabalha e tem renda de até um quarto do
salário mínimo.
Desde
setembro deste ano, decreto prevê que os deficientes voltem a ter o
direito do benefício, em caso de desemprego.
"Esse
medo é natural. Porque o custo de vida de uma pessoa com deficiência
é 40% mais alto que o de uma pessoa sem deficiência aparente.
Então
o risco de ir para o mercado de trabalho, ser demitido e ficar sem
nenhum tipo de assistência assustava as pessoas", disse o
presidente do Conade à Agência Brasil.
Fonte:
- deficienteonline.com.br
Participação
de pessoas com deficiência no mercado de trabalho cresce 20%
Por
Yara Aquino
Edição:Valéria
Aguiar Fonte:Agência
Brasil
A
Lei de Cotas para Pessoas com Deficiência completa hoje (24) 24
anos.
A
medida estabelece que empresas com mais de 100 empregados devem
destinar de 2% a 5% de suas vagas para pessoas com deficiência.
A
lei contribuiu para ampliar a participação dos deficientes no
mercado de trabalho, mas ainda é pequeno o percentual de
contratações por empresas que não são obrigadas a cumprir a lei,
de acordo com a auditora fiscal do trabalho, Fernanda Maria Pessoa di
Cavalcanti.
“Se
analisarmos os dados da Rais [Relação Anual de Informações
Sociais] de 2013, 92% das pessoas com deficiência estão no mercado
de trabalho por conta da Lei de Cotas porque estão em empresas com
100 ou mais empregados, que são obrigados a contratar”, disse a
auditora.
Os
dados do Ministério do Trabalho apontam que nos últimos cinco anos
houve aumento de 20% na participação das pessoas com deficiência
no mercado de trabalho.
Segundo
os dados da última Rais, em 2013, foram criados 27,5 mil empregos
para pessoas com deficiência.
Com
o resultado, chegou a 357,8 mil o número vagas ocupadas.
Os
homens representam 64,84% dos empregados e as mulheres ocupam 35,16%
das vagas.
Wilson
Dias/Agência Brasil
Na
avaliação da auditora fiscal do Ministério do Trabalho, falta na
sociedade o respeito ao direito das pessoas com deficiência no
mercado de trabalho.
“Normalmente
as empresas não veem a pessoa com deficiência como alguém que vai
gerar produtividade e competitividade.
Eles
olham para pessoa com deficiência como uma obrigação legal ou uma
despesa que vai gerar para a empresa.
Fernanda
Pessoa sugere que para ampliar a inserção dos deficientes no
mercado de trabalho é necessária à conscientização da sociedade
por meio da educação e se um sistema público de oferta e vagas
para os deficientes como o modelo atual do Sistema Nacional de
Emprego (Sine), do Ministério do Trabalho.
Ofertas
de vagas
Devido
a necessidade de promover encontro entre as empresas que querem
ofertar vagas e os deficientes que buscam um trabalho, Cláudio
Tavares fundou o site
Deficiente Online.
Ele
avalia que ao longo dos últimos anos o mercado de trabalho melhorou
para as pessoas com deficiência que eram vistas como indivíduos sem
qualificação e ocupavam principalmente, postos com baixos salários.
A
Lei de Cotas para deficientes ajudou nesse processo, segundo ele.
“Antes
era preciso convencer os gestores que tinham que incluir as passoas
com deficiência no mercado de trabalho, mas hoje eles estão mais
abertos e a obrigatoriedade da lei é mais forte.
Quanto
a qualificação para o mercado de trabalho, Cláudio avalia que esse
não é o principal desafio para ampliar o número de deficientes
empregados.
Ele
diz que há crescente oferta de cursos gratuitos oferecidos por
governos e organizações da sociedade civil e cita que das 47 mil
pessoas com deficiência cadastradas no site,
36% concluíram ou cursam nível superior e 42% tem segundo grau
completo.
Entre
os deficientes cadastrados em busca de emprego, 57% são homens e 44%
têm deficiência física.
Para
Cláudio, que tem deficiência física, um desafio para inserir esse
segmento no mercado de trabalho é garantir a acessibilidade urbana,
com transporte público adaptado e rampas que facilitem a circulação
nos espaços públicos, e também acessibilidade nas empresas.
Fonte:-
www.ebc.com.br
Infelizmente a inclusão do deficiente no mercado de trabalho enfrenta muita resistência pelas empresas; o sistema de cotas previsto pela lei são descumpridos pelas empresas; muitas aceitam mas só para não descumprirem a lei e estes funcionários não passam de figuras decorativas; precisa se respeitar o profissionalismo e a inteligência do deficiente.
ResponderExcluir