HIDROTERAPIA
O
termo lesão medular é utilizado para se referir a qualquer tipo de
lesão que ocorra nos elementos neurais do canal medular.
A
Hidroterapia nos casos de lesão medular é indicada onde há
alterações do tônus muscular, perda ou dificuldade de movimentos,
contraturas, perda de equilíbrio ou das reações de proteção e
déficit na coordenação e associação de movimentos.
A
lesão medular é uma das formas mais graves entre as síndromes
incapacitantes, constituindo-se em um verdadeiro desafio para a
reabilitação.
Tal
dificuldade decorre da importância da medula espinhal, que não é
apenas uma via de impulsos aferentes e eferentes entre as diversas
partes do corpo e o cérebro, como também um centro regulador que
controla importantes funções como a respiração, a circulação, a
bexiga, o intestino, o controle térmico e a atividade sexual.
Como
ocorre as lesões??
A
lesão medular é definida pela American Spinal Injury Association
como sendo uma diminuição ou perda da função motora, sensória ou
anatômica, podendo ser uma lesão total ou parcial, devido ao trauma
dos elementos neuronais dentro do canal vertebral.
A
lesão ocorre,principalmente nos acidentes automobilísticos, queda
de altura, acidente por mergulho em água rasa e ferimentos por arma
de fogo.
A
frequência dos traumatismo raquimedular (TRM) em decorrência de
ferimentos por projéteis de arma de fogo tem aumentado de modo
considerável, refletindo o alto nível de violência nos grandes
centros.
Porcentagem
das lesões:
A
incidência relativa dos níveis de lesão é de 58% cervicais,
35%
torácicas e
7%
lombares e sacrais.
TIPOS
DE LESÕES TRAUMÁTICAS:
O
choque medular é a perda de todas as funções neurológicas abaixo
do nível da lesão medular, o que representa interrupção
fisiológica, e não anatômica, da medula espinhal.
Caracteriza-se
por paraplegia flácida e ausência de atividade reflexa.
A
duração não costuma ser superior a 48h, mas pode persistir várias
semanas.
O
retorno de atividades reflexas, como o reflexo bulbo cavernoso,
cremastérico e contração do esfíncter anal indicam o fim do
choque medular.
A
ausência do retorno da motricidade ou sensibilidade abaixo do nível
da lesão, após o choque medular, é indicativo de lesão
irreparável.
- Lesão Medular Completa - As funções motora e sensitiva estão ausentes abaixo do nível da lesão.
- Lesão Medular Incompleta - Há alguma função motora ou sensitiva abaixo do nível da lesão.
Síndromes
Medulares
- Síndrome Medular Anterior - É a mais comum das lesões medulares incompletas, caracterizada pela perda dos movimentos voluntários e da sensibilidade dolorosa, com preservação da sensibilidade táctil e vibratória.Geralmente ocasionada por lesão da artéria espinhal anterior.
- Síndrome Medular Posterior - É rara; particularizada pela perda da sensibilidade táctil e vibratória, com preservação da motricidade e sensibilidade dolorosa.Pode acontecer nos casos com fratura de lâmina ou hematoma posterior, isolados.
- Síndrome Central da Medula - Surge na medula cervical, nas lesões por hiperextensão, em pacientes com espondilose preexistente.
Caracteriza-se por tetraparesia de predomínio distal de membros superiores e anestesia suspensa (predomínio nos membros superiores a tórax, podendo estar preservada nos membros inferiores).
- Síndrome do Cone Medular - Particulariza-se pela ausência da sensibilidade perineal, com perda de controle dos esfíncteres e alteração motora distal dos membros inferiores.
Denominações
Utilizadas na Avaliação do Paciente com Lesão Medular.
Tetraplegia
– Lesão da medula espinhal que causa perda ou disfunção sensitiva
e motora nos segmentos cervicais (elementos neurais internos do canal
medular).
A
tetraplegia promove diminuição da função motora e sensitiva nos
membros superiores, tronco, membros inferiores e orgãos pélvicos.
Paraplegia
– Determinada por diminuição ou perda da função motora e/ou
sensitiva nos segmentos torácico, lombar ou sacral (exceto o
segmento cervical) da medula espinhal, decorrente de lesão dos
elementos neurais internos do canal medular.
Na
paraplegia, a função dos membros superiores é preservada mas,
dependendo do nível da lesão, o tronco, os membros inferiores
e os órgãos pélvicos podem estar envolvidos.
Exames:
Para
que todos os níveis de lesão neurológicos, sensitivo e motor sejam
bem definidos, deve-se efetuar um exame neurológico cuidadoso,
detalhado, que mapeie, em cada paciente, de forma clara: motricidade
e seu nível de preservação, sensibilidade e atividade reflexa da
região perineal.
Tratamento
O
tratamento na piscina aquecida, para estes casos, exige especial
atenção devido aos princípios físicos de hidrostática e
hidrodinâmica e aos efeitos fisiológicos provocados pela imersão
(temperatura da água, ritmo da atividade, tempo de permanência).
Objetivos
da hidroterapia:
Habilitar
o movimento seletivo livre, estimular o SNC e adaptar, reconstruir,
organizar respostas motoras, conscientização corporal,
funcionalização do tônus muscular, prevenir ou reduzir
contraturas, reeducar o padrão motor, reeducar o equilíbrio e as
reações de manutenção, ativar os sistemas cardio-respiratório e
circulatório, quebrando a homeostase, reeducar as transferências e
a marcha, capacitar o paciente para atividades funcionais do
dia à dia.
Técnicas:
WATSU
BAD
RAGAZ
Watsu
- Técnica que promove relaxamento e alongamento muito satisfatório
. - È realizado em piscinas aquecidas em torno de 33ºC a 35ºC, em pacientes que tem maior sensibilidade a água no ouvido utilizar tampões de silicone
Objetivos:
- Alívio das tensões musculares e psíquicas
- Liberdade corporal
Bad
Ragaz
A
técnica requer elevada habilidade e precisão do fisioterapeuta.
Visa
desenvolver força muscular.
Anéis
de Bad Ragaz
Anéis
de Bad Ragaz
Efeitos
Positivos na Hidroterapia
O
tratamento realizado em piscina terapêutica, proporciona inúmeros
efeitos positivos.
Especificamente
nos portadores de lesão medular a hidroterapia tem um grande valor
terapêutico no que se refere a redução da espasticidade e de
contraturas por meio da água aquecida.
Além
de reduzir a dor e espasmos musculares, manter ou aumentar a
amplitude de movimento, reeducação muscular, alongamento e
fortalecimento muscular, encorajamento das atividades funcionais,
manutenção e melhoria do equilíbrio, coordenação e postura,
infecções respiratória, aumento da expectativa de vida, aumento
dos níveis de integração, auxílio no enfrentamento da
deficiência, favorecimento da independência, melhora da
auto-imagem, auto-estima e satisfação com a vida, entre outros.
Efeitos
fisiológicos :
São
resultantes do exercício executado e variam de acordo com as
temperaturas da água, a pressão hidrostática, a duração do
tratamento e a intensidade dos exercícios.
Outro
fator importante é que as reações fisiológicas podem ser
modificadas pelas condições da patologia de cada paciente.
Prevenção
Observou-se
a que a fisioterapia desempenha um papel fundamental na prevenção
das complicações da lesão medular proporcionando assim uma melhor
qualidade de vida para o paciente.
As
alterações sensitivos motoras, determinadas pela lesão medular, de
instalação súbita ou progressiva, impõem uma nova relação do
paciente com seu corpo e a conseguinte necessidade de aprender a
conviver com essas mudanças.
É
função do fisioterapeuta, integrante da equipe de reabilitação,
auxiliar o paciente e seus familiares nessa readaptação física,
desde as etapas iniciais da lesão medular, executando e orientando
exercícios, cuja finalidade é prevenir complicações
cardio-respiratórias e músculo esqueléticas, e torná-lo o mais
independente possível, de acordo com seu potencial residual.
Fonte:
- www.ebah.com.br
O
poder de cura da água é reconhecido há séculos por conta dos
relatos sobre os banhos públicos romanos, dos tratamentos com águas
termais ou até mesmo do seu uso para a redução de febres.
Atualmente,
hidroterapia, fisioterapia aquática ou aquaterapia são os nomes
usados para descrever exercícios fisioterápicos realizados na água,
com o objetivo de prevenir e tratar algumas doenças reabilitando
o indivíduo e recuperando sua capacidade funcional.
Quer
descobrir mais sobre o que é hidroterapia?
Confira!
Qual
o embasamento científico para a hidroterapia?
O
contato com a água provoca alterações fisiológicas em nosso
organismo.
A
água quando está quente, promove a vasodilatação aumentando
a irrigação sanguínea da pele e dos músculos.
Além
disso, ela hidrata as mucosas, favorecendo o alívio da
congestão nasal e de distúrbios respiratórios.
Já
a água fria provoca o efeito contrário, o de vasoconstrição,
diminuindo o fluxo sanguíneo — o que pode ajudar na prevenção de
inchaços, por exemplo.
Quando
o corpo está imerso na água, como na fisioterapia aquática, ocorre
a resistência do meio aos movimentos e a redução do peso corporal,
fazendo com que o impacto dos exercícios sobre as articulações
seja menor.
Qual
profissional é responsável pelas sessões de hidroterapia?
A
hidroterapia deve ser instruída por um profissional graduado em
fisioterapia e, de preferência, com especialização em hidroterapia
— educadores físicos não são considerados capacitados o
suficiente para conduzí-la.
Como
é uma sessão de hidroterapia?
As
sessões ocorrem dentro de uma piscina, onde são feitos uma série
de exercícios com o apoio e orientação do fisioterapeuta.
Durante
as atividades realizadas, costuma-se usar alguns objetos, como pesos,
bolas e arcos — eles auxiliam nos movimentos necessários para a
reabilitação.
De
acordo com a particularidade de cada caso, objetivo a ser alcançado
com a hidroterapia e resultado da avaliação física, os exercícios
e a temperatura da água são estabelecidos e planejados pelo
fisioterapeuta de maneira específica para cada pessoa.
Para
quem é recomendado a hidroterapia?
A
hidroterapia é indicada para atletas que sofreram lesões ou pessoas
com problemas ortopédicos, reumatológicos ou neurológicos, como
artrite, fraturas, artrose, hérnias, lesões musculares, dores
articulares, lombalgias, derrames, paralisia cerebral e reumatismo.
Mas
a técnica também é benéfica no tratamento da depressão, alívio
da dor nas costas e dos inchaços nas pernas de mulheres grávidas.
Hidroterapia
x Fisioterapia
A
resistência da água, sua densidade, temperatura e viscosidade
contribuem para que a recuperação seja mais prazerosa.
Além
disso, devido à sustentação parcial do peso do indivíduo pela
água, a realização dos exercícios é facilitada, possibilitando
que a performance dos movimentos seja melhor e que tenha menor
sensibilidade à dor.
Esses
são alguns dos motivos pelos quais a hidroterapia atinge resultados
mais rápidos do que a fisioterapia convencional.
Quais
os benefícios da hidroterapia?
As
sessões de hidroterapia geram benefícios físicos e psicológicos,
atuando em três principais eixos: térmico, circulatório e nervoso.
Ela
colabora com o fortalecimento muscular, com a melhora do equilíbrio,
aumento da circulação sanguínea periférica e redução de
hematomas, alívio de dores, e estimulação sensorial, tátil e
proprioceptiva.
A
pessoa também se sente mais consciente do próprio corpo, mais
autoconfiante, menos ansioso e estressado.
O
sono se torna mais tranquilo e a capacidade funcional para cumprir
com as atividades do dia a dia aumenta.
Há
alguma contraindicação para a hidroterapia?
Recomenda-se
que qualquer pessoa que pretenda fazer a hidroterapia faça uma
avaliação médica antes de iniciar os exercícios.
No
entanto, a prática é geralmente vedada apenas para quem tem algum
tipo de infecção, principalmente de pele, insuficiência cardíaca,
histórico pessoal de epilepsia, e incontinência urinária ou fecal.
Fonte:
- www.biossaude.com.br
A hidroterapia é um excelente tratamento na lesão medular, esta auxilia no fortalecimento da musculatura, além de ajudar a dar mais mobilidade aos movimentos, sua prática é muito relaxante
ResponderExcluirOnde encontro um lugar que tem hidroterapia perto de Osasco
ResponderExcluirBom dia. Por favor, que tipo de exercícios ou atividades são recomendados por um Terapeuta Ocupacional para um paciente com lesão nível C 7 completa?
ResponderExcluirObrigada!