Acreditar em si mesmo

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domingo, 27 de novembro de 2016

O tempo, questão de escolha, de cada um




O TEMPO


Um autor desconhecido escreveu certa vez que a alegria, a tristeza, a vaidade, a sabedoria, o amor e outros sentimentos habitavam uma pequena ilha.

Certo dia, foram avisados que essa ilha seria inundada.

Preocupado, o amor cuidou para que todos os outros se salvassem, falando:

Fujam todos, a ilha vai ser inundada.

Todos se apressaram a pegar seu barquinho para se abrigar em um morro bem alto, no continente.

Só o amor não teve pressa.

Quando percebeu que ia se afogar, correu a pedir ajuda.

Para a riqueza apavorada, ele pediu:

Riqueza, leve-me com você.

Ao que ela respondeu:

Não posso, meu barco está cheio de ouro e prata e não tem lugar para você.

Passou então a vaidade e ele disse:

Dona Vaidade, leve-me com você...

Sinto muito, mas você vai sujar meu barco.

Em seguida, veio a tristeza e o amor suplicou:

Senhora Tristeza, posso ir com você?

Amor, estou tão triste que prefiro ir sozinha.

Passou a alegria, mas se encontrava tão alegre que nem ouviu o amor chamar por ela.

Então passou um barquinho, onde remava um senhor idoso, e ele disse:

Sobe, amor, que eu te levo.

O amor ficou tão feliz, que até se esqueceu de perguntar o nome do velhinho.

Chegando ao morro alto, onde já estavam os outros sentimentos, ele perguntou à sabedoria:

Dona Sabedoria, quem era o senhor que me amparou?

Ela respondeu:

O tempo.

O tempo?

Mas por que ele me trouxe aqui?

Porque só o tempo é capaz de ajudar e entender um grande amor.


Dentre todos os dons que a Divindade concede ao homem, o tempo tem lugar especial.

É ele que acalma as paixões indevidas, ensinando que tudo tem sua hora e local certos.

É ele que cicatriza as feridas das profundas dores, colocando o algodão anestesiante nas chagas abertas.

É o tempo que nos permite amadurecer, através do exercício sadio da reflexão, adquirindo ponderação e bom senso.

É o tempo que desenha marcas nas faces, espalha neve nos cabelos, leciona calma e paciência, quando o passo já se faz mais lento.

É o tempo que confirma as grandes verdades e destrói as falsidades, os valores ilusórios.

O tempo é, enfim, um grande mestre, que ensina sem pressa, aguarda um tanto mais e espera que cada um a sua vez, se disponha a crescer, servir e ser feliz.

E é o tempo, em verdade, que nos demonstra, no correr dos anos, que o verdadeiro amor supera a idade, a doença, a dificuldade, e permanece conosco para sempre.


Neste mundo, tudo tem a sua hora.

Cada coisa tem o seu tempo.

Há o tempo de nascer e o tempo de morrer.

Tempo de plantar e de colher.

Tempo de derrubar e de construir.

Há o tempo de se tornar triste e de se alegrar.

Tempo de chorar e de sorrir.

Tempo de espalhar pedras e de juntá-las.

Tempo de abraçar e de se afastar.

Há tempo de calar e de falar.

Há o tempo de guerra e o tempo de paz.

Mas sempre é tempo de amar.



Fonte - Momento Espírita, com base no texto História de amor, de autoria desconhecida e no cap. 3, versículos 1 a 8 do livro Eclesiastes, da Bíblia, ed. Paulinas. Disponível no CD Momento Espírita, v. 5, ed. Fep. Em 09.03.2009.
 

 

TEMPO QUESTÃO DE ESCOLHA

 
Quanto tempo você dispensa ao seu filho, em um dia?

Quanto tempo você dedica para uma leitura edificante, que lhe traga elevados objetivos e lhe retempere o ânimo?

Quanto tempo você dedica à oração?

Será você um daqueles que afirma não ter tempo para nada e leva a vida de roldão?

Uma verdadeira roda viva.

Um turbilhão.

Tempo é uma questão de escolha.

Equacionar as horas de forma a tudo resolver, sem desequilíbrio, esquecimentos e correrias é questão de administração.

Existem criaturas que surpreendem, pelo tanto que realizam, nas mesmas vinte e quatro horas em que nada fazemos além de reclamar da falta de tempo.

Um consagrado escritor, James Michener, que morreu em outubro de 1997, era uma dessas pessoas que sabia exatamente como lidar com o tempo.

Foi professor, revisor de livros, alistou-se na Marinha durante a Segunda Guerra Mundial, teve histórias suas adaptadas para musicais na Broadway.

Certa vez, uma garotinha de oito anos, acompanhada de seu pai, o visitou em sua residência.

Levou-lhe um livro que continha uma história que ela mesma escrevera.

O homem ocupado com tantas coisas dispôs de tempo para se sentar no sofá junto à pequena, abrir a primeira página e ler em voz alta:

Focas, por Hana Grobel.

Enquanto prosseguia a leitura, o telefone tocou.

Ele atendeu e ao interlocutor explicou:

Estou lendo os originais de uma jovem escritora.

Pediu licença e atendeu a ligação em outra sala.

Depois tornou a sentar-se ao lado de Hana e prosseguiu a leitura.

Esse homem inacreditável fora uma criança rejeitada.

Jamais soube quem foram seus pais.

Foi recolhido por uma viúva, por ela criado e amado.

Jamais descobriu o local e a data do seu nascimento.

Passou toda sua vida ajudando discretamente a quem desejasse estudar, reconhecendo que sua instrução foi o que de mais precioso sua mãe adotiva lhe dera.

Dispunha de tempo para tudo e para todos.

Até mesmo para uma criança que escrevera uma história minúscula em um pequeno livro.

A história é muito boa, foi seu comentário, porque no final todos ficam felizes.

Incentivar as gerações futuras era uma missão que considerava importante e a que se dedicava.

Atender uma criança de oito anos que buscava estímulo, um estudante de engenharia que lhe vinha agradecer a bolsa de estudos, atender ligações de instituições de ensino que lhe solicitavam recursos.

Dez dias antes de sua morte, com os rins falhando, teve tempo para oferecer a uma jovem a oportunidade de estudar na Universidade do Texas, disponibilizando-se para lhe custear a primeira anuidade escolar.

Mesmo lhe restando poucos dias o seu tempo era para fazer o bem.


Valorizemos o tempo, usando-o com propriedade.

Não menosprezemos o tesouro dos minutos porque a eternidade é feita de segundos.

Utilizemos os valores do tempo e conquistemos méritos, não nos permitindo a sua desvalorização em atitude morna e inútil.

O tempo nos é dado pela Divindade para a realização da grande tarefa de transformação de nós mesmos, na jornada da perfeição.



Fonte; - Momento Espírita, com base no artigo Meu tipo inesquecível: James Michener, de Seleções Reader’s Digest, de outubro de 1998 e no verbete Tempo, do livro Repositório de sabedoria, v. 2, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL. Disponível no livro Momento Espírita, v. 1, ed. Fep. Em 19.7.2013.



 

O TEMPO DE CADA UM

 
A tolerância é uma virtude ainda rara na atualidade.

Ela permite viver em harmonia junto a quem pensa e age de forma diferente.

Não se trata apenas de suportar um modo distinto de ver e entender a vida.

O exercício da tolerância engloba também o esforço em perceber o que possa haver de admirável na conduta alheia, especialmente quando difere da nossa.

Mesmo perante equívocos, não criticar gratuitamente, pelo simples gosto de denegrir.

Por certo, a título de ser tolerante não vale adotar conduta omissa e conivente.

Na defesa de um bem maior, de um inocente, do patrimônio público, não é lícito deixar de agir.

Mas ainda aí é preciso ter não apenas energia, mas também doçura, para não se converter em um carrasco.

Muitas pessoas se angustiam porque seus amores não lhes compartilham os ideais.

Incontáveis pais estimariam que seus filhos tivessem padrão de conduta mais digno.

Entre esposos, costuma haver descompasso no entendimento de questões capitais da existência.


Essa dificuldade em compreender o ritmo alheio se manifesta em incontáveis setores.

Às vezes, notícias sobre determinados crimes despertam o desejo generalizado de exterminar os seus responsáveis.

Notícias de desmandos na política produzem grande desencanto.

Tem-se a sensação de que a Humanidade está perdida e de que nada mais há para fazer.

Entretanto, embora de forma lenta, tudo se aprimora.

A reencarnação é a chave que permite vislumbrar a lenta sofisticação de todos os Espíritos.

Quem hoje parece lamentável amanhã será um anjo radioso.

Os seres de grande virtude, cujos atos tanto encantam, igualmente cometeram erros em sua jornada milenar.

Assim, o desencanto e o esmorecimento traduzem incompreensão dos mecanismos superiores da vida.

Certamente não é possível e nem desejável alegrar-se perante indignidades de qualquer ordem.

Mas é necessário compreender que cada criatura tem o seu ritmo e o seu momento de transformação.

Perante os equivocados, é necessário exemplificar o bem, mas sem violências e arrogância.

Não vale ser conivente e omisso, mas também não cabe a imposição das próprias idéias.

Se criaturas difíceis estão presentes em sua vida, há uma razão para isso.

Na grande oficina da vida, você foi considerado digno do bom combate.

Os levianos e rudes são os mais necessitados de amor.

Afinal, como afirmou o Divino Amigo, os sãos não necessitam de remédio.

Se os valores cristãos iluminam o seu íntimo, rejubile-se.

Exemplifique-os mediante uma vida laboriosa e digna.

Mas não os imponha a ninguém.

Afinal, Deus a todos assegura o livre arbítrio e pacientemente espera o lento desabrochar das virtudes dos anjos.


Pense nisso.



Fonte: - do Momento Espírita. Em 04.05.2009.













2 comentários:

  1. Nunca temos tempo pra nada é o que dizemos, mas se for de nosso interesse sempre arranjamos tempo; se podemos fazer para algumas coisas, porque não para fazermos algo que auxilie e beneficie outras pessoas; tempo é uma questão de escolha, podemos fazer nosso tempo se quisermos.

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  2. Falamos e reclamamos muito do tempo e da sua falta, nunca encontramos tempo para nada e nem para nós mesmos; mas, quando é algo de nosso interesse e muita vezes são coisas banais encontramos tempo de sobra infelizmente; agora quando é para coisas serias e necessárias nunca temos tempo e vamos deixando para o amanhã, é onde vamos acumulando problemas; precisamos parar e organizar nosso tempo para cada coisa. Assim teremos tempo de sobra para tudo na vida.

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