Tetraplégico
ao mergulhar em piscina supera medo e consegue ser pai
Nem
passava pela cabeça de Jonas Kernitskei, de 32 anos, que um
mergulho desastrado mudaria a sua vida.
Tetraplégico
há quatro anos, ele revela que um dos seus principais medos foi o
de não poder ser pai.
“Existe
um mito de que nós, cadeirantes, não podemos ter filhos.
Eu
acreditava porque nunca tinha tido contato com uma pessoa
deficiente.
Eu
achava que era possível só com tratamentos”, confessa. Mas o
João Davi, hoje com 3 meses, veio para provar o contrário.
E
de surpresa.
O
incidente
Jonas
não esquece a data do incidente em Prudentópolis, na região
central do Paraná.
Era
28 de novembro de 2010.
Ele
se divertia com amigos e, sem saber a profundidade da piscina,
arriscou um pulo.
Após
um mergulho dado de mau jeito, vieram a lesão na altura da quinta
vértebra da coluna cervical e o fatídico anúncio da tetraplegia.
“Quando
acordei, não conseguia sentir meus braços e minhas pernas.
Achei
que a vida terminaria ali”, diz.
Os
profissionais explicaram para Jonas que a lesão era incompleta e
que havia, sim, chances de ele retomar os movimentos à medida que o
inchaço na região diminuísse.
“Eu
sentia uma pequena sensibilidade nos membros paralisados.
Foi
o fio de esperança em que me agarrei”, conta.
Ainda
no hospital, ele lembra que começou a sentir uma pequena melhora
nos braços.
Após
quase 40 dias internado, Jonas voltou para casa.
Além
da recuperação no lar, ele também passou por períodos de
reabilitação em Curitiba e em Brasília.
Eu
coloquei na minha cabeça que meus movimentos iriam voltar em dois
anos”, relata.
Mas,
infelizmente, eles não voltaram.
Nova
realidade
Foi
aí que Jonas, torcedor do Flamengo e craque das peladas semanais
com os amigos, teve que deixar a prática do esporte de lado.
Ele
acabou trocando a bola pelos livros, paixão antiga e esquecida.
“Passo
a maior parte do meu dia lendo, mas ainda sinto falta de suar, de
correr”, conta.
O
emprego de bancário também teve que ser abandonado logo no começo.
Jonas se aposentou.
Os
dois primeiros anos serviram, na verdade, para que ele se adaptasse
à nova realidade.
“Foi
um tempo de adaptação.
Não
vou dizer que foi de aceitação porque, para mim, ainda é difícil
aceitar”, confessa.
Enfrentar
os novos ajustes na rotina, de acordo com ele, só foi possível
graças aos cuidados da então namorada, a psicóloga Elaine
Rodrigues, de 29 anos.
E,
claro, da família.
A
ternura de Elaine
À
época do incidente, Jonas e Elaine namoravam.
“A
ternura nos olhos dela era o remédio que me acalmava.
Ela
foi minha fortaleza”, relembra.
Com
o passar do tempo, a relação dos dois foi se tornando cada vez
mais sólida e, em 2012, eles decidiram morar juntos.
A
organização do novo lar e a adaptação dele à deficiência de
Jonas fizeram com que o plano de ter filhos fosse adiado –
principalmente pelo mito de que era necessário algum tipo de
tratamento.
Até
que um dia, a surpresa:
Elaine
contou que estava esperando um bebê.
“Foi
uma surpresa enorme, tanto para mim, quanto para ela.
É
uma sensação impossível de descrever”, explica.
Hoje,
ele relata que a família leva uma vida normal.
“Eu
ajudo no que posso.
Mas,
por sorte a minha, não consigo trocar fraldas”, brinca.
Ele
conta ainda que pretende aumentar a família.
“Primeiro,
vamos curtir bastante o João Davi.
Depois,
planejamos um companheiro ou uma companheira para ele.
Solidão,
agora, só se for no nome do livro de Gabriel García Márquez que
estou lendo", garante.
Palavra
do médico
Segundo
o urologista Lucio Mauro Ajus, o fato de um homem ser cadeirante não
interfere, necessariamente, na possibilidade de ele ter filhos
biológicos ou não.
“Se
o paciente tem ereções e estiver tudo certo com o sêmen dele, ele
consegue ter seus filhos”, explica.
Ainda
de acordo com o médico, o espermograma é um exames simples.
“Basta
apenas colher o sêmen para que o exame seja feito", afirma.
Foto:
Jonas Kernitskei
Fonte:
G1
Postador:
Laísa Praxedes
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Diante
das adversidades da vida
Recuperar-se
de um tombo não é uma tarefa das mais fáceis, devemos concordar.
Não
são todos que conseguem colocar em prática o refrão popular:
Levanta,
sacode a poeira e dá a volta por cima,
criado na música de Paulo Vanzolini.
Muitas
vezes, quando caímos, por qualquer motivo, como seja o fim de um
relacionamento; a perda de um emprego; um acidente, ou até mesmo a
pressão do dia a dia, tendemos a ficar estatelados no chão.
Como
continuar?
Como
seguir adiante?
Vale
a pena todo esforço novamente?
Felizmente
existem pessoas que conseguem contornar tudo isso com maior
facilidade.
Mesmo
quando tudo parece conspirar negativamente, elas vão em frente, com
um sorriso no rosto e dispostas a enfrentar o que for preciso.
Intrigados
em descobrir o que levava algumas pessoas a enfrentar tão bem esses
contratempos da vida, especialistas em comportamento humano passaram
a estudar os traços desses sobreviventes.
Os
primeiros chegaram a concluir que se tratava de uma invulnerabilidade
inata, algo como um verdadeiro dom com o qual as pessoas já nasciam.
Porém,
parece que isso não respondia tudo, e há pouco mais de uma década
começou-se a investigar o termo invulnerabilidade.
Este
parecia sugerir que as pessoas seriam 100% imunes a qualquer
tipo de adversidade - o que não seria a realidade.
Embora
sejam pessoas que passem pelos problemas com maior facilidade, isso
não quer dizer que saiam dessas experiências totalmente ilesas.
Os
estudiosos passaram a buscar um termo mais adequado, e foi então que
emprestaram uma terminologia da física: resiliência.
Resiliência
é uma propriedade de alguns materiais, que mostra sua capacidade em
retornar ao seu estado original, após sofrer grande pressão.
Assim
seriam as pessoas com alto grau de resiliência: teriam capacidade de
encarar as adversidades como oportunidade de mostrar e aprimorar sua
competência, seu entusiasmo.
Tais
pessoas encontram também soluções criativas e determinadas para se
levantar do chão.
Neste
instante você poderá estar imaginando qual o seu grau de
resiliência, certo?
Cabe
destacar aqui que ser resiliente não é ser indiferente, insensível.
Não
se trata de sentir ou não sentir, mas sim de como atravessar as
experiências.
Seria
uma habilidade, que todos podemos adquirir, de suportar o sofrimento,
extraindo dele tudo que tem para nos ensinar.
Aí
está a chave de tudo.
Léon
Denis afirma com propriedade, que se, nas horas de provação,
soubéssemos observar o trabalho interno, a ação misteriosa da dor
em nós, compreenderíamos melhor sua obra sublime de educação e
aperfeiçoamento.
A
razão da dor humana procede da proteção divina.
Os
povos são famílias de Deus que, à maneira de grandes rebanhos, são
chamados ao aprisco do Alto.
A
Terra é o caminho.
A
luta que ensina e edifica é a marcha.
O
sofrimento é sempre o aguilhão que desperta as ovelhas distraídas
à margem da senda verdadeira.
Fonte: - Momento
Espírita com base em artigo publicado na revista Vida simples, de
Janeiro de 2008; no cap. XXVI do livro O problema do ser, do destino
e da dor, de Léon Denis, ed. Feb e no cap. 31 do livro Jesus no lar,
do Espírito Néio Lúcio, psicografia de Francisco Cândido Xavier,
ed. Feb. Em 10.04.2008.
Superação
É
preciso compreender que existem obstáculos dispensáveis,
Impostos
muitas vezes pela vaidade ou egoísmo,
Causadores
somente de grande perda de tempo.
Retroceder,
mudar o trajeto, olhar além...
A
primeira analise indica covardia,
Mas
na realidade,
Pode
ser a maneira mais inteligente e rápida de se obter êxito,
O
que importa não é a opinião dos espectadores a sua volta,
É
somente o seu foco,
Seu
bem estar...
Dando
certo ou errado os frutos de seus planos sempre serão colhidos,
Colhidos
por você e mais ninguém,
A
vida oferece companheiros durante a jornada,
Uns
amigos, outros nem tanto...
Uns
seguem contigo um longo tempo,
Alguns
passam como suave brisa,
Outros
como violenta tempestade...
O
fato é que tudo e todos passam, demore ou não.
Saboreie
os momentos,
Se
delicie com a vida,
Sem
expectativa maior,
Sem
culpa,
Sem
cobrança,
Sem
ressentimento,
Sua
evolução como Ser Humano depende de cada um deles,
Respeitando
seu semelhante nada mais é importante,
Seja
feliz a sua forma,
A
sua maneira,
Ao
seu tempo,
Só
acorde,
Porque
para ser feliz não há sorte,
Nem
suporte,
Só
você possui o passaporte!
Crystiane
Bagatelli
O ser humano é como um camaleão se adequa ao meio ambiente do qual convive e assim se adapta a sua nova realidade, sobrevivendo as adversidades e superando a si mesmo; mas para que tal aconteça é necessário aceitar com resignação sua nova realidade, assim recomeçar do zero sua nova caminhada com muito esforço e trabalho, que a recompensa vem automaticamente.
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