Acreditar em si mesmo

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segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Infecção urinária o pesadelo dos cadeirantes.




Infecção urinária: cuidado em dobro

Eis mais um assunto que gostaria muito de discutir com outros lesados medulares.

Nos primeiros meses no hospital, tive muitas infecções urinárias bem fortes, daquelas de ficar sem camisa e colocar compressas para diminuir de 40º a febre.

Foram os únicos dias em que tive medo de bater as botas.

Ou melhor, as luvas, já que nem botas dava pra bater.

Mesmo assim, no auge da febre não perdi o bom humor.

Minha irmã ficava acordada a noite inteira colocando compressas em mim e eu falava "põe compressa, mas sem pressa" ou então "estou com frio, estou vendo uma luz, brilhante, dá vontade de ir até ela... mas não vou alcançar o teto."

Sem brincadeira, depois daqueles casos de morte e amputação por causa de infecções urinárias fiquei atento e sigo todas as recomendações para evitá-las.

Mas mesmo assim tenho tido infecções constantemente, quase todo mês.

Mas como já conheço os sintomas, quando percebo que a urina está escura e com cheiro e sinto dores pelo corpo, inicio o antibiótico e não chego a ter febre.

Mas hoje de manhã foi diferente, já acordei com febre e iniciei o antibiótico, mas ainda está em 37,5º.

É a segunda pior infecção do ano.

Mesmo depois que aprendi a fazer o cateterismo na modalidade limpa, recomendado até pelo Sarah, continuo mantendo o modo estéril, com luvas plásticas esterilizadas e sonda estéril em todos os cats, exceto no banho, em que faço a limpa.

Mas ontem fiz o cat no Mineirão (fui assistir CruzeiroXInter), no banheiro para deficientes, não sei se foi o que influenciou a atual infecção, mas tem grande chance.

Agora, definitivamente, não faço mais em locais em que eu não tenha certeza da qualidade da limpeza realizada.

A seguir alguma teoria encontrada e métodos de prevenção.

Até os meados da década de 70, insuficiência renal e outras complicações do trato urinário eram as maiores causas de mortalidade em pacientes com lesão da medula espinhal (lesão raqueo medular - LRM) e a preservação da função renal é o principal objetivo do tratamento urológico de pacientes com LRM.

A maioria das complicações relacionadas ao trato urinário observadas em pacientes com LRM deve-se aos distúrbios da função da bexiga e do esfíncter que frequentemente acompanham o quadro de deficiências neurológicas.

O advento dos exames urodinâmicos contribuiu para um melhor entendimento dos distúrbios da bexiga (também chamada bexiga neurogênica), servindo de base para o acompanhamento urológico dos pacientes.

A monitorização periódica e criteriosa destes pacientes permite o diagnóstico precoce das complicações urológicas e pode prevenir a instalação de danos irreversíveis a função renal e vesical.

Outros importantes avanços terapêuticos foram os progressos no tratamento das infecções urinárias e da litíase (cálculos) renal e vesical.

Uma vez que a integridade do trato urinário esteja garantida e o paciente inserido num regime de acompanhamento urológico, novas considerações passam a ser importantes, destacando-se principalmente o controle da continência urinária e o estabelecimento de um método adequado de esvaziamento vesical.

Neste sentido, avanços importantes realizados foram a introdução do auto cateterismo intermitente, o desenvolvimento do esfíncter artificial, as técnicas cirúrgicas de ampliação vesical e derivações urinárias continentes e diferentes modalidades de estimulação elétrica vesical.

O tratamento dos distúrbios da micção nos pacientes com lesão medular não deve se basear somente em dados clínicos, levando em consideração a investigação laboratorial, radiológica e urodinâmica.

Os "exames urodinâmicos" constituem a melhor alternativa para estudar funcionalmente o trato urinário inferior.

Através da urodinâmica pode-se determinar e classificar o tipo de disfunção miccional e identificar fatores que coloquem o paciente sob maior risco de desenvolver complicações nos rins e bexiga.

Além da avaliação clínica-urodinâmica são necessários exames laboratoriais (creatinina sérica e hemograma; urina I e urocultura) e radiológicos (USG e uretrocistografia).

Estes exames são importantes como referência futura para o acompanhamento urológico, possibilitando avaliar o surgimento ou agravamento de possíveis alterações urológicas.

A partir da investigação urológica inicial podemos compreender a disfunção vesical de cada paciente e instituir o tratamento mais adequado.

É importante frisar que pacientes com lesão medular podem apresentar algum grau de recuperação neurológica por vários meses após o trauma em decorrência de regeneração da lesão, devendo-se evitar qualquer procedimento irreversível antes de 1 ano do trauma.

Fonte – blogdocadeirante.com.br



Comentário.

Como podemos ver nesta matéria que relata o sofrimento do rapaz com a infecção urinária; não é nada fácil cuidar dela, precisa ter muito cuidado com a higienização para se fazer o cateterismo com a sonda uretral de alívio; para se usar sonda vesical e para usar o uripen com bolsa coletora; ao melhor descuido pode-se adquirir uma infecção.

Digo isso porque faço uso da sonda uretral 10 de alívio e durante muito sofri com a infecção urinária, cheguei ao ponto de a infecção ser tão forte que acabei perdendo o rim direito.

Por isso ao ver está matéria resolvi compartilhar com vocês e ela possa vir a esclarecer e ajuda a todos.

Um abraço a todos!



A infecção urinária associada a cateteres.


É uma infecção que ocorre em alguém que tem um tubo (chamado cateter) colocada para drenar a urina do corpo.

Nomes alternativos

UTI associada ao uso de cateter, infecção do trato urinário associada ao uso de cateteres urinários, infecção do trato urinário adquiridas cateter, infecção do trato urinário associada a cuidados médicos, bacteriúria associada a cateter (sonda)

Causas, incidência e fatores de risco.

Tendo um cateter no interior do trato urinário aumenta a probabilidade de uma infecção do trato urinário e também podem tratar a infecção mais difícil.

Se um cateter urinário é esquerda por um longo período de tempo, as bactérias irão crescer nele.

Uma infecção prejudiciais pode ocorrer se o número de bactérias torna-se grande ou se as bactérias nocivas específicos no trato urinário.

Infecções do trato urinário maioria associados com o uso do cateter são causadas por bactérias.

No entanto, o fungo Candida podem causar infecções do trato urinário.

Os sintomas:

Cor anormal da urina (urina turva)

Sangue na urina (hematúria)

Cheiro de urina Foul ou forte

Necessidade frequente de urinar

Perda de urina ao redor do cateter

Pressão na parte inferior do abdômen ou pélvis

Outros sintomas que podem ocorrer com essa doença:

Calafrios

Fadiga

Febre

Dor no flanco

Alterações mentais ou confusão
 
Vômitos

Em pessoas mais velhas muitas vezes os únicos sinais de uma possível infecção do trato urinário são as alterações mentais ou confusão.

Exames e testes

O médico irá realizar um exame físico.

Os testes de urina são feitos para verificar se há infecção.

O teste de urina pode mostrar a presença de células sanguíneas brancas (leucócitos) e glóbulos vermelhos (RBC).

Uma cultura de urina pode ajudar a determinar o tipo de bactérias na urina, e o tratamento com antibióticos apropriados.  

Tratamento:

Os casos leves de infecção no trato urinário aguda pode desaparecer espontaneamente, sem tratamento.

No entanto, devido ao risco de disseminação da infecção para os rins (ITU complicada), o tratamento é geralmente recomendado.

Na maioria dos casos, o tratamento pode ser feito em nível ambulatorial.

MEDICAMENTOS:

Os antibióticos podem ser usados para controlar a infecção bacteriana e é importante que você terminar todas as suas antibióticos prescritos.

Alguns dos antibióticos que são comumente utilizados são: 

Cefalosporinas (ceftriaxona ou cefepime)

Fluoroquinolonas (ciprofloxacina, levaquin)

Penicilina (amoxicilina)

Quinolonas (ciprofloxacina)

Além disso, pode administrar medicação para relaxar os espasmos da bexiga (anticolinérgicos)

Cloridrato de fenazopiridina (Pyridium) pode ser usado para reduzir o ardor e urgência.

CIRURGIA:

Em geral, a cirurgia não é recomendado para uma infecção do tracto urinário relacionadas com a utilização de sondas ou cateteres.

No entanto, o uso prolongado de sondas no corpo (ou Foley cateter suprapúbica) deve ser trocado a cada mês, usando as técnicas de esterilização adequadas.

DIETA:

Ingestão de líquidos aumentada de 2000 para 4000 cc por dia aumenta o fluxo de urina. o que elimina bactérias da bexiga.

Evitar líquidos que irritam a bexiga, tais como álcool, sumos citricos e cafeína.

CONTROLE:

A monitorização pode incluir a cultura de urina para assegurar que as bactérias não estão mais presentes na bexiga.

Grupos de Apoio

Expectativas (prognóstico)

A cistite (infecção da bexiga), associadas com os cateteres são frequentemente difíceis de tratar.

A maioria das pessoas que tem um cateter por algum tempo ´irá desenvolver algum tipo de cistite.

Complicações:

A infecção do trato urinário crônica ou recorrente

Pedras nos rins ou na bexiga

Danos ou cicatriz renal crônica (hidronefrose)

Infecção grave da corrente saguínea (sepse)

Solicitação de assistência médica:Chame seu médico se você tiver sintomas de cistite ou infecção do trato urinário relacionada ao uso de cateter.

Se você tem cistite, chame se os sintomas piorarem ou se você tem:

Dor no flanco ou dor nas costas

Febre

Vômitos

Prevenção:

Cateteres urinários deve ser usado quando absolutamente necessário e não simplesmente por conveniência.

Deve ser removido quando não for mais necessário.

As infecções ocorrem com menos frequência com o uso de cateterismo intermitente em comparação com um cateter ou cateter.

Os cuidados de rotina do cateter permanente deve incluir a limpeza diária da área da uretra e o cateter com sabão e água.

Limpe cuidadosamente a área após as evacuações para prevenir a infecção.

Os especialistas não recomendam utilizando pomadas antimicrobianas em torno do cateter, uma vez que não tem sido demonstrado que, na verdade, reduzir infecções.

Aumentar a ingestão de líquidos para 3.000 cc de líquido por dia, a menos que você registrar um problema de saúde, que proíbe esse aumento.

Além disso, sempre manter o saco de drenagem para um nível mais baixo do que o da bexiga para evitar o refluxo de urina na bexiga.

Esvazie o dispositivo de drenagem, pelo menos, a cada 8 horas ou quando completos e ter cuidado para manter a válvula de saída de serem infectadas.

Lave as mãos antes e depois de manusear o dispositivo.

O seu médico pode prescrever um antibiótico de baixa dose diária para controlar o crescimento de bactérias em um cateter.

Eles também podem ser recomendados ou sumo arando vitamina C para ajudar a prevenir as infecções do trato urinário.

Referências

Hooton TM. Infecções do trato urinário nosocomial. In: Mandell GL, Bennett JE, Dolin R, eds. Principles and Practice of Infectious Diseases. 7 ed. Filadélfia, PA: Elsevier Churchill Livingstone, 2009: cap 304.

Moore KH, Fader M, Getliffe K. Gestão a longo prazo da bexiga por cateterismo intermitente em adultos e criança. Dados Cochrane Syst Rev 2007; 4: cd006008.

Fonte – oscadeirantes.blogspot.com.br



Como prevenir a infecção urinária de um cadeirante?

Por Dra. Dariene Rodrigues

As pessoas que sofrem alguma lesão medular podem ter algumas disfunções, principalmente do sistema urinário, tais como: retenção de urina, dificuldade para segurar a urina (incontinência, perdas involuntárias), esvaziamento incompleto da bexiga, infecções urinárias e cálculos renais (pedra nos rins).

Alguns estudos sugerem o Cranberry ( frutinha vermelha, parecida com uma pequena cereja e rica em proantocianidina), sendo como potente inibidor a aderência de bactérias do tipo E.coli na mucosa da bexiga, combatendo infecções do trato urinário.

Também é composta pelas vitaminas C e E e oferece substâncias antioxidantes, como os flavonoides e ácidos fenólicos ao organismo.

No Brasil, o suco ou tabletes de cranberry são as variedades mais consumidas da fruta e podem ser encontrados em supermercados e lojas de produtos naturais.

A ingestão diária não deve ultrapassar a quantidade de 480ml e deve ser indicada pelo médico, como complemento do tratamento ou para prevenção de infecções urinárias.

Já a técnica do cateterismo é o método mais utilizado para o esvaziamento da bexiga, e consiste em passar uma sonda (pequeno tudo limpo) através da uretra (canal da urina), para esvaziar a bexiga.

Ele pode ser realizado pela própria pessoa (auto cateterismo) ou por outra pessoa (cateterismo assistido), algumas vezes ao dia.

Benefícios da prática do cateterismo:

Manter uma boa qualidade de vida;

Reeducar a bexiga;

Favorecer as atividades fora de casa (trabalho, lazer, escola…);

Permanecer seco, evitando assaduras;

Permitir que a bexiga funcione com baixa pressão em seu interior;

Evitar complicações: Infecções urinárias, refluxo vésico-uretral (retorno da urina para os rins), cálculos renais (pedras).

IMPORTANTE:

Não se esqueça de também ingerir muita água, realizar periodicamente o cateterismo (4 a 5 vezes ao dia) e ter uma boa higienização íntima


Fonte – ladobmodainclusiva.com.br










sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

A história dos cadeirantes no esporte e na paraolimpíadas.



História da modalidade Cadeirantes.


O Desporto Paraolímpico

NR: A palavra Paraolímpiada, significa Paralela aos Jogos Olímpicos” e não paraplégicos.

Guttmann: O idealizador


A história do desporto para pessoas portadoras de deficiência (PPD)começou na cidade de Aylesbury, Inglaterra.

A pedido do governo inglês, o neurologista Ludwig Guttmann, que fugira da perseguição aos judeus na Alemanha nazista, criou o Centro Nacional de Lesionados Medulares no Hospital de Stoke Mandeville, destinado a tratar homens e mulheres do exército inglês feridos na Segunda Guerra Mundial.

Embora já se promovessem atividades esportivas para portadores de deficiência, principalmente na Inglaterra, Estados Unidos e Alemanha, foi em 1948 que este conceito ganhou caráter oficial, com a realização dos Jogos de Stoke Mandeville.

Conquistando o mundo:

O próprio Dr Guttmann organizou o evento em Stoke Mandeville, que contou com a participação de 16 atletas veteranos de guerra.

A realização dos jogos coincidiu com a disputa, em Londres, da XIV Olimpíada, demonstrando o desejo de seu idealizador de que um dia os portadores de deficiência tivessem a sua Olimpíada.

Os métodos de Guttmann foram se expandindo pelo planeta. Médicos do mundo inteiro começaram a adotar a prática sistemática do esporte como parte essencial da reabilitação médica e social dos pacientes.

Graças a essa notoriedade, em 1952, um grupo de veteranos de guerra holandeses participou da competição, que ganhou o caráter de Jogos Internacionais de Stoke Mandeville.

Sonho Olímpico:

O sonho olímpico de Guttmann viria a se concretizar em 1960, em Roma.

Antonio Maglio, diretor do Centro de Lesionados Medulares de Ostia, na Itália, propôs que os Jogos Internacionais de Stoke Mandeville se realizassem naquele ano na capital italiana, imediatamente após a XVI Olimpíada e nas mesmas instalações.

Os Jogos Paraolímpicos, com a denominação de Olimpíadas dos Portadores de Deficiência, reuniu 400 esportistas em cadeira de rodas, de 23 países.

A competição teve todo o apoio das autoridades italianas e a própria primeira-dama, Carla Grinchi, abriu os Jogos no Estádio Olímpico de Roma.

O Papa João XVIII recebeu os participantes em audiência privada e elogiou o trabalho de Guttmann, comparando-o ao criador dos Jogos Olímpicos da Era Moderna:

O senhor é o Coubertin dos portadores de deficiência”disse.

Em 1976, na cidade canadense de Toronto, outros grupos de portadores de deficiência aderiram.

Nesse mesmo ano, a Suécia sediou pela primeira vez as Paraolimpíadas de Inverno.

O Reconhecimento:

Ainda assim, o esporte paraolímpico precisou lutar muito contra problemas administrativos de países anfitriões, sendo a competição disputada em locais alternativos ao do evento principal, entre 1968 e 1984.

Somente em 1988, na cidade de Seul, chegou-se ao formato atualmente utilizado, em que as Olimpíadas e as Paraolimpíadas são praticamente o mesmo evento.

Atualmente, a integração entre o esporte olímpico e paraolímpico é tão grande, que uma organização primorosa da maior festa do esporte para portadores de deficiência se transformou num item obrigatório no caderno de encargos para qualquer cidade que se candidate a sediar as Olimpíadas.

Esse reconhecimento proporcionou um salto ainda maior para o esporte paraolímpico.

Em Atlanta, no ano de 1996, um recorde de participação foi estabelecido, com 4.912 atletas de 104 países saltando, correndo e, acima de tudo exercendo os seus direitos.

Em Sydney 2000, o número foi superado e 121 países mandaram representantes para a Austrália.

Os Jogos Paraolímpicos são o segundo maior evento do mundo perdendo apenas para as Olimpíadas.

Participação Brasileira:

Nos Jogos Paraolímpicos, os brasileiros estiveram pela primeira vez em 1972, na Alemanha.

No Canadá (1976), o Brasil conseguiu as primeiras medalhas no evento: os atletas Robson Sampaio de Almeida e Luis Carlos “Curtinho” conquistaram a prata na bocha.

Na Holanda (1980), a delegação brasileira foi representada apenas pelo time de basquete masculino em cadeira de rodas e um nadador, mas não subiu ao pódio.

Quatro anos depois, os Jogos foram divididos em duas sedes: Aylesbury, na Inglaterra, e Nova Iorque, nos Estados Unidos.

Na Inglaterra participaram somente atletas em cadeira de rodas e o Brasil conquistou 21 medalhas.

Já nos Estados Unidos, os Jogos foram destinados aos paralisados cerebrais, amputados e cegos.

A atleta Anaelise foi a primeira cega brasileira medalhista no atletismo, na prova de 100 metros rasos.

Dos Jogos Paraolímpicos de Seul, em 1988, o Brasil trouxe 27 medalhas, sendo 4 de ouro, 10 de prata, 13 de bronze.

Na classificação geral, o país foi o 25º colocado, num total de 65 participantes.

Em Barcelona, quatro anos depois, 92 países tiveram representantes na competição.

Os brasileiros terminaram em 30º lugar, com sete medalhas no total: 3 de ouro e 4 de bronze.

Nos Jogos paraolímpicos de Atlanta, em 1996, o Brasil concorreu com 58 atletas, que garantiram 21 medalhas: 2 de ouro, 6 de prata e 13 de bronze.

No geral, a delegação ficou com a 37ª posição entre os 114 países participantes.

Paraolimpiadas de Sydney 2000 – Participação inesquecível

O Brasil encerrou em Sydney uma campanha inesquecível em Jogos Paraolímpicos.

A delegação brasileira conquistou 22 medalhas – seis de ouro, dez de prata e seis de bronze, terminando a competição em 24º lugar.

O número de medalhas conquistadas pelo Brasil em Sydney só perde para os Jogos de 1984, que aconteceram em Nova Iorque e Stoke Mandeville (Inglaterra).

Na ocasião, o país conquistou 27 medalhas, sendo sete de ouro.

Comitê ParaOlímpico Internacional

O Comitê Paraolímpico Internacional é o órgão máximo representativo do esporte para atletas portadores de deficiência.

É dele a atribuição de organizar e supervisionar as principais competições de elite, como as Paraolímpiadas, Mundias e competições continentais.

O esporte para pessoas portadoras de deficiência começou a se organizar em 1982, com a criação do Comitê Internacional de Organização de Esportes para Deficientes.

Sete anos depois, O Comitê Paraolímpico Internacional foi fundado oficialmente na cidade de Düsseldorf, na Alemanha.

O logotipo, nas cores verde, vermelho e azul, representa os três mais importantes componentes do ser Humano:

MENTE, CORPO E ESPÍRITO.

Sem fins lucrativos, a entidade conta com 160 Comitês Nacionais afiliados, além de cinco Federações Internacionais.

São elas: a ISRA, responsável pelos esportes para atletas com paralisia cerebral; a IBSA, que cuida dos cegos, a INAS-FMH, para portadores de deficiência mental; a ISMWSF, dos esportes em cadeira de rodas; e o ISOD a Organização Internacional de Esportes para Deficientes.

Apenas o Comitê Internacional de Esportes para Surdos não é filiado, organizando suas próprias competições.

Histórico do Desporto no Brasil

No Brasil, o esporte para pessoas portadoras de deficiência nasceu em 1958, através do paraplégico Robson de Almeida Sampaio.

Foi ele quem fundou, no Rio de Janeiro, o primeiro clube de esporte do gênero:

O Clube do Otimismo.

O gesto de Robson foi resultado da experiência vivida nos estados Unidos, onde fizera tratamento de reabilitação.

O esporte para pessoas portadoras de deficiência foi crescendo.

As Associações Nacionais foram sendo criadas, passando a atender as necessidades em todas as áreas de deficiência.

Finalmente, em 1995 foi criado o Comitê Paraolímpico Brasileiro.

No ano seguinte, a atividade ganhou dimensão e importância para a mídia e as empresas privadas.

Com o apoio de patrocinadores, foram realizados os II Jogos Brasileiros Paradesportivos.

O investimento também permitiu a preparação de 58 atletas que representaram o país nos X Jogos Paraolímpicos de Atlanta.

Associações Nacionais

A estrutura do esporte paraolímpico brasileiro é semelhante a do olímpico.

A diferença fundamental é que as seis federações esportivas que representam os atletas nacionais foram formadas em função da deficiência e não de um esporte específico.

Todos os atletas cegos, independentes da atividade escolhida, são filiados à Associação Brasileira de Desporte para Cegos (ABDC) e os surdos à Confederação de Desportos de Surdos (CBDS).

As atividades esportivas para amputados são dirigidas pela Associação Brasileira de Desporto para Amputados (ABDA), e para os que se locomovem em cadeira de rodas, a organização cabe a Associação Brasileiro de Desporto em Cadeira de Rodas (ABRADECAR).

Já a Associação Nacional de Desporto para Deficientes (ANDE) programas as competições desportivas de paralisados cerebrais e outras deficiências.

As pessoas portadoras de deficiência mental, no entanto, contam com uma entidade independente: a Associação Brasileira de Desporto para Deficientes Mentais (ABDEM).

Outra importante ONG é a ADD – Associação Desportiva de Deficiente que incentiva e apoia a praticar de inúmeros esportes junto as PPD’s e que conta com a colaboração de inuméras empresas socialmente responsáveis para colocar em pratica seus projetos.

Fonte – www.werbrum.com.br


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Conheça mais sobre o tênis adaptado.

Hoje vou falar pra vocês um pouco do Tênis sobre rodas, conhecerão, o que é, as regras e a história do esporte.

Tênis sobre rodas.

O Tênis adaptado é praticado por portadores de deficiência motora, que impeça as pernas de se moverem, e amputados, com perca parcial ou total dos membros inferiores, ou sejam cadeirantes (o jeito digamos charmoso de se referir as pessoas que usam cadeira de rodas).

O esporte é uma modalidade paraolímpica desde as Paraolimpíadas de Barcelona em 1996.

O Tênis adaptado, foi criado nos Estados Unidos durante a década de 70 por Jeff Minnenbraker e Brad Parks, é praticado na mesma quadra do Tênis convencional, se utilizando praticamente das mesmas regras, que tem apenas algumas diferenças e adaptações em relação as do Tênis comum.


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Diferenças nas regras.

A maior diferença entre as regras do Tênis comum, para as do adaptado, é o fato de a bola poder quicar duas vezes, antes de ser rebatida, inclusive no saque, sendo que a segunda quicada pode ser do lado de fora da quadra.

Quanto aos saques, eles podem ser feitos por outra pessoa, caso a deficiência do jogador o impeça disso, fora isso os jogadores não podem abandonar o assento de suas cadeiras de rodas (me pergunto como e ou pra que, eles fariam isso).

Cadeiras estas que são adaptadas para terem mais equilíbrio e maior mobilidade.


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Como começou o Tênis sobre rodas.

Em 1976, Jeff Minnenbraker e Brad Parks adaptaram as primeiras cadeiras de rodas para o Tênis, em menos de um ano, na Califórnia, aconteceu o primeiro campeonato de Tênis adaptado da história, foi um verdadeiro sucesso.

O esporte ficou popular rapidamente, tanto é, que em 1980 aconteceu o primeiro campeonato nacional da modalidade.

Em 1988 foi criada a Federação Internacional De Tênis Em Cadeira De Rodas (IWTF), neste mesmo ano o esporte participou dos Jogos de Seul, como exibição, em 1992 o esporte entrou oficialmente para a lista de esportes paraolímpicos valendo medalha e tudo mais.

NO BRASIL.

Quem trouxe o Tênis adaptado pro Brasil foi, José Carlos Moraes, isso aconteceu em 1985.

José, conheceu o Tênis adaptado quando esteve na Inglaterra competindo pela seleção nacional de Basquete em cadeira de rodas, além disso, ele também participou, como tenista na delegação brasileira que representou o país nas Paraolimpíadas de 1996 em Atlanta.


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Fonte – procadeirante.wordpress.com



Tênis em cadeira de rodas.

O tênis em cadeira de rodas é um esporte paraolímpico praticado por cadeirantes cuja deficiência seja a perda dos membros ou a incapacidade de utilizá-los para locomoção

Utiliza as mesmas quadras do tênis convencional utilizando as mesmas regras com pequenas adaptações.

A maior diferença da regra adotada neste esporte é a que a bola pode quicar duas vezes antes de ser rebatida, podendo o segundo quique ocorrer fora das linhas da quadra.

A mesma regra é válida para os saques, que podem ser realizados por outra pessoa se a deficiência do jogador impeça a realização deste.

Durante o jogo o jogador não pode deixar o assento de sua cadeira de rodas, sendo ela considerada parte do corpo do jogador.

O esporte foi criado por Jeff Minnenbraker e Brad Parks nos Estados Unidos em 1976, sendo o primeiro campeonato organizado no ano seguinte.

Em 1981 foi fundada a WTPA (Wheelchair Tennis Player Association) para regular o novo esporte.

Em 1981 foi incluído nas paraolimpíadas de Seul em caráter de exibição passando a valer medalhas a partir de 1992 em Barcelona.

No Brasil o pioneiro do esporte foi José Carlos Morais que o trouxe para o país em 1985, participando da delegação paraolímpica brasileira que representou o pais das paraolimpíadas de Atlanta em 1996.

Fonte – wikipedia.org