Acessibilidade
e empatia: Os melhores investimentos para sua empresa.
Que
comerciante não gosta de fechar o dia com uma boa venda?
Agora
imagine este cliente retornar ao seu estabelecimento outras vezes e
ainda recomendar aos amigos e postar ótimos comentários do lugar
nas redes sociais de forma gratuita.
E
aí, é tudo que todo empreendedor sonha né?!
Por
incrível que pareça muitos comerciantes desconhecem, mas conforme
dados do IBGE de 2010 existem no Brasil cerca de 45,6 milhões de
pessoas com deficiência, ou seja, 23,9% da população.
Ainda
conforme a advogada
Meire Elem Galvão“[...]
muitas dessas pessoas trabalham ou recebem benefício/aposentadoria,
ou seja, possuem fonte de renda, potencial de consumo e necessidades
consumistas como todas as outras pessoas”.
O
segmento é formado por 42% de pessoas das classes A e B, 44% da C e
14% das classes D e E.
|
Além
do mais, de uma forma direta, ou indireta, todos convivemos com uma
pessoa com deficiência e essa convivência faz o capital circular e
alimentar a economia.
Não
podemos esquecer, que vivemos espalhados, em sociedade, e se
contarmos apenas a família mais próxima de uma pessoa com
deficiência (mãe, pai, irmãos, tios e avós), deve existir cerca
de 10 pessoas.
Agora,
imagine no Natal se cada pessoa com deficiência no Brasil passar os
meses de agosto, setembro, outubro e novembro planejando a economia
necessária para comprar os presentes de Natal.
Então,
se cada pessoa economizar para a compra dos presentes R$ 200,00
teremos 9 bilhões de reais injetados na economia do nosso país em
um único mês.
Mas,
apesar do poder aquisitivo das pessoas com deficiência
muitas
empresas ainda não sacaram que somos ricos e têm muitas
dificuldades para entenderem as necessidades das pessoas com
deficiência.
Daí
as poucas empresas que já compreenderam isso já estão lucrando e
as que não compreenderam deixam de ganhar dinheiro, e acabam muitas
vezes fazendo com que nós pessoas com deficiência, tenhamos que
fazer escolhas, pagar mais caro e ainda passar por situações que
outras pessoas sem deficiência jamais precisarão fazer.
Após
eu ter constatado que o título de capitalização é um mico foi
que percebi que eu era totalmente analfabeta na matéria de educação
financeira.
A
partir desse dia comecei a estudar este assunto todos os dias.
Acompanho
vários sites de economia, compro livros de educação financeira e
acompanho muitos canais no youtube sobre o assunto.
E
sabe quais foram as minhas primeiras constatações?
1
– Além de deficiente eu também era
totalmente descuidada com o meu dinheiro (não anotava meus gastos,
não olhava meu extrato, não pedia descontos e confiava piamente no
papo do gerente do meu banco);
2
- Na nossa vida tudo está relacionado a dinheiro;
3
- Dinheiro ainda é um assunto tabu;
4
- Ficar rica nessa encarnação é coisa pra os fracos.
Difícil
mesmo é uma pessoa com deficiência continuar rica nessa encarnação
mesmo fazendo boas escolhas.
Entenderam?
Não?!
Calma,
que eu sou uma “minina boa” e explico tudinho.
A
falta de acessibilidade, infelizmente, muitas vezes nos obriga pagar
mais caro e ainda dificulta a inclusão.
Em
2016, entrevistei aqui a Laura Martins que é cadeirante e tem um
Blog chamado Cadeira
Voadora e
ela afirmou que é praticamente impossível uma pessoa com
deficiência viajar pagando a mesma quantia que uma pessoa sem
deficiência.
Laura
Martins
|
Graças
a dificuldade de
“encontrar
transporte acessível para ir do aeroporto até o hotel e
vice-versa.
Então,
pode ser preciso recorrer a táxis.
Outra
coisa: nos hotéis, em geral os quartos adaptados são os de
categoria superior, pois o apartamento standard costuma ser diminuto
e não oferece espaço suficiente para circulação, nem para as
adaptações.
Então,
não é que o quarto para cadeirantes seja mais caro que os comuns;
o que ocorre é que não há quartos mais baratos que sejam
adaptados”.
Também
Adriana
Lage
que
é cadeirante fez um relato num artigo que fará seu bolso tremer.
No
ano de 2011 ela mencionou:
“Fico
boba com o custo de vida de um cadeirante tetraplégico em nosso
país.
Se
quiser ter mais qualidade de vida, o cadeirante precisa desembolsar
uma bela quantia mensal.
Os
valores que citarei abaixo são baseados em Belo Horizonte/MG,
embora acredite que os números não variem tanto nas demais
cidades.
Pessoas
como eu, tetraplégicas, normalmente só são aceitas em academias
de ginástica caso contratem um personal – a pessoa com
deficiência recebe assistência exclusiva do profissional.
O
valor de mercado é R$ 40,00 por uma aula com duração de 60
minutos.
Por
aqui, a maioria das academias ainda não é acessível e também não
contam com profissionais gabaritados para atender pessoas com
deficiência.
Atualmente,
nado três vezes por semana.
Pagava
cerca de R$ 100,00 por semana para meu personal.
Só
que, agora, resolvemos reajustar o valor da aula.
Ele
me propôs R$ 40,00 a aula.
Ainda
estamos negociando, pois o valor é bem alto.
Provavelmente,
terei que reduzir o número de aulas semanais para que o custo caiba
no meu orçamento.
Só
com natação, gastaria cerca de R$ 520,00 mensais, além dos R$
80,00 que pago para poder usar a piscina da academia.
Em
BH, quase não temos projetos gratuitos de natação para
deficientes.
Não
consigo conciliar meu horário de trabalho com os horários das
aulas”.
Nunca
cheguei a trocar informações com a Adriana Lage, mas percebi pelos
textos que ela postou que ela tem muita disciplina quando o assunto
é dinheiro.
Ou
seja, ela faz parte do grupo “CONTINUAR RICA NESSA ENCARNAÇÃO”.
Além
do mais esse relato da Adriana comprova que os empreendedores que
investirem em acessibilidade já estão em vantagem em relação aos
seus concorrentes.
Para
o advogado, apresentador do "Faça Parte" na TV Record
Minas Gerais, Thiago
Helton
“[...]o
empresário que enxerga o público com deficiência como
consumidores em potencial, promovendo a acessibilidade e plantando o
respeito que todo cidadão merece, além de cumprir as determinações
legais, tende a criar uma cadeia de clientes mais fiéis do que ele
imagina”.
Cerca
de 500 pessoas por dia nascem ou se tornam uma pessoa com
deficiência seja por questões relacionadas a diversas patologias,
violência urbana, acidentes de trânsito ou esportes radicais e com
o envelhecimento da população brasileira, o setor tende a crescer
ainda mais nos próximos anos, o potencial de novos negócios é
enorme.
Então
é isso, acessibilidade é um tema que permeia a nossa sociedade e
exerce um papel essencial na formação da cidadania, mas também da
economia e de novos mercados.
Ou
seja, ao investir em acessibilidade o empreendedor está dizendo “eu
me preocupo com meu cliente”, proporcionando a satisfação do
cliente.
Daí
Meike
Eudes
que
é especialista em Políticas e Gestão de Turismo, defende que
“esta real e sincera preocupação com o outro, torna-se algo mais
fácil e honesto de se vender.
Bem
como mais fácil também será, a receptividade do público.
E
isso significa CUSTO ZERO com propaganda”.
E
aí você que é dono de uma loja, de um restaurante, de um bar, de
uma pousada etc já parou pra fazer as contas o que é mais barato
investir em acessibilidade ou em propagandas?
Está
pensando em adaptar o seu negócio (loja, salão de beleza,
restaurante, barzinho) possuindo como base a divulgação de imagem,
atração e retenção de bons clientes, funcionários e
fornecedores?
Confira
essas e outras dicas da Dolores
Affonso:
1
- Busque informações:
Busque
compreender os direitos das pessoas com deficiência, participe de
palestras, acompanhe blogs escritos por pessoas com deficiência
para pessoas com deficiência.
2
- Tenha percepção e empatia.
É
essencial ter a percepção para as dificuldades enfrentadas pelas
pessoas com deficiência e empatia para se colocar no lugar da
pessoa com deficiência.
3
– Comunique-se.
Não
trate uma pessoa com deficiência como incapaz.
Fale
diretamente com ela e pergunte se precisa de auxílio e qual seria.
Aconselhe seus funcionários a aprender Língua Brasileira de Sinais
(Libras).
4
– Adapte-se.
Fique
atento aos balcões que devem estar localizados em rotas acessíveis
e apresentar uma das partes da superfície com altura de no máximo
0,90 metros do piso e extensão mínima de 0,90 metros.
Os
corredores também necessitam ter uma largura mínima de 0,90 para
que não dificultem a locomoção de cadeirantes ou pessoas com
mobilidade reduzida ou deficiência visual.
Os
banheiros devem ser acessíveis para isso é preciso que sejam
espaçosos, as barras de apoio estejam localizadas ao lado e atrás
do sanitário, a maçaneta deve ser do tipo alavanca, para facilitar
o seu manuseio,o trinco deve possuir uma superfície de tamanho
razoável, para facilitar sua utilização.
Construa
rampa (com inclinação adequada) na entrada e, se preciso, dentro
do estabelecimento, coloque faixa direcional para cegos, no interior
e na parte exterior do estabelecimento.
Cadeirante
que é cadeirante já comprou pelo menos uma vez na vida roupa sem
experimentar e ao chegar em casa descobriu que não servia.
Isso
além de ser um transtorno é um prejuízo, para ambas as partes,
pois o cliente gasta combustível e tempo para voltar à loja e com
certeza depois desse dia ele jamais colocará suas rodas lá.
5
- Crie um programa interno de inclusão.
Contrate
uma consultoria, um profissional que possa auxiliar nessa
empreitada.
É
bem mais barato e rápido do que fazer tudo sozinho.
Afinal
de contas que empresa quer ser processada e pagar indenização por
descumprir a lei ou gerar algum tipo de constrangimento?
E
que empresa quer ter sua imagem detonada por ser considerada uma
empresa ou pessoa preconceituosa?
Gostou
do nosso conteúdo?
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que este post pode ser útil pra mais gente, então curta e
compartilhe com amigos e também nas redes sociais das lojas,
restaurantes, bares da sua cidade.
Fonte
– www.depapocomclaudinha.com.br
Comentário:
Estava navegando pela internet a procura de material para uma nova
postagem no blog quando me deparei com essa postagem que trata da
acessibilidade e empatia como sendo o melhor investimento para uma
empresa.
Muito
bem colocada as ideias de acessibilidade e também o baixo custo
desse investimento para empresa; o custo benefício compensa o
investimento, além de estar cumprindo a lei.
Olha
meus parabéns pelo seu artigo Claudinha.
Por
isso gente resolvi compartilhar com vocês essa matéria espero que
gostem.
Um
abraço a todos!!!
Acessibilidade e empatia com certeza é um excelente investimento para as empresas; porque a pessoa com deficiência necessita de locais que tenha acessibilidade para elas: com banheiros adequados, provadores onde possa experimentar roupas, bares acessíveis, cinemas, teatros shoppings, bancos, faculdades, universidades, clinicas, laboratórios, institutos de imagens e outros. Na maioria desses lugares não se tem rampas de acesso e nem elevadores, não tem banheiros adequados e etc ainda necessitam de infraestrutura para atender a pessoa com deficiência; outra coisa bem visível também é o despreparo dos funcionários para lidar com as pessoas com deficiências; já constatei clínicas, laboratórios, consultórios e até hospitais que os funcionários não tem noções de como lidar com pessoas com deficiência, deveria haver mais visão de seu administradores na elaboração cursos que especializassem seus funcionários em relação as pessoas com deficiência. O país tem 45,6 milhões de pessoas com deficiência que necessitam de atenção por parte de nossa sociedade, afinal também fazemos parte desta como qualquer outro cidadão com os mesmos direitos.
ResponderExcluirEmpatia e acessibilidade atualmente é um projeto que vem beneficiar a todos nós deficientes e não deficientes é por onde esta inserindo e ao mesmo tempo promovendo a inclusão social dos deficientes na sociedade; assim todos terão os mesmos direitos, não havendo discriminação e nem preconceitos com todas as diferenças, além de ser lucrativo para os empresários que invistam na empatia e acessibilidade em seu estabelecimentos e empresas.
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