Ser
deficiente e ser feliz: isso é possível?
Por
Rogério Andreolli
Quem
nunca ouviu a aquela famosa frase?
“Mesmo
preso a uma cadeira de rodas, fulano leva uma vida normal.”
Tal
sentença, se me permitem o trocadilho, é por si só um
contrassenso, pois como pode alguém “preso” levar uma vida
normal ou ser feliz?
Um
dos princípios que nos define como seres humanos são a nossa
postura ereta e bípede.
Ela
nos diferencia dos demais animais que na sua maioria são quadrúpedes
e nos confere um status mais elevado no tanto no sentido
vertical, quanto no sentido hierárquico da evolução.
Assim
sendo, é fácil entender que quando uma pessoa perde a capacidade de
andar e passa a se locomover em uma cadeira de rodas, seus
semelhantes passem a olha-la de cima para baixo, o que causa uma
impressão de inferioridade, tanto para quem olha, quanto para quem
está sentado.
Isso
muda a relação até mesmo no que diz respeito à visibilidade real
do outro, pois ele sai da linha de visão média de quem está de pé,
conferindo ao cadeirante uma invisibilidade não só física quanto
social.
Por
outro lado, a força gerada pela empatia faz com que as pessoas se
coloquem no lugar do cadeirante e imaginem que seria devastador
perder a independência e autonomia geradas pela capacidade de andar
e que tal coisa as tornaria um “peso” para a sociedade e para a
família.
Sendo
assim as pessoas em geral, enxergam o cadeirante com certa dose de
paternalismo, quando não com pena, dando-lhes a falsa impressão de
que a pessoa está incapacitada e não pode mais fazer as coisas do
cotidiano, como dirigir um carro, tomar banho sozinho, etc.
Talvez
por falta de informação, a maioria acha que uma deficiência
implica necessariamente na paralisia não só de todas as funções
locomotoras, como também da vida do outro em geral.
Ledo
engano, pois o ser humano tem uma enorme capacidade de adaptar-se,
que aliada a sua inteligência e inventividade o torna tenaz e capaz
de superar as mais adversas situações.
Tomarei
o exemplo o Físico Teórico e Cosmólogo Stephen Hawking,
considerado uma das mentes mais brilhantes do nosso tempo, que mesmo
“preso a uma cadeira de rodas” por uma doença degenerativa viaja
em sua mente até as mais distantes galáxias, desvendando os
segredos mais profundos do universo, viagem essa que a maioria de nós
jamais poderá sequer supor.
Como
se não bastassem os inúmeros títulos e as mais altas honrarias
recebidas, escreveu dois livros, se casou duas vezes teve filhos e
netos e ainda viaja pelo mundo dando conferencias sobre física
quântica.
Então
neste caso tenho que fazer a inevitável pergunta:
Ele
está mesmo “preso a uma cadeira de rodas”???
Admito
o impacto que deve ser para alguém de repente se ver sentado em uma
cadeira de rodas e também que essa não é a condição mais
confortável do mundo, contudo também não é o fim dele!
É
possível ser feliz,amar, trabalhar, ter uma vida prospera e
produtiva fazendo-se tudo que se fazia antes, apenas tendo em mente
que você o fará de outra forma, por exemplo, dirigir um carro.
Você
poderá dirigi-lo com comandos manuais de freio e acelerador.
Poderá
continuar viver normalmente, comer com a sua própria mão, apenas
terá que usar uma órtese para auxilia-lo a segurar o garfo e assim
por diante.
Você
poderá casar-se e ter quantos filhos se quiser, seja pelos métodos
tradicionais ou por fertilização “in vitro”, como tantas outras
pessoas.
Como
diria Fernando Pessoa:
“Tudo
vale a pena quando a alma não é pequena”.
Com
certeza, a capacidade de resiliência do ser humano é a maior arma
que dispomos para superar as adversidades impostas por alguma
deficiência e sem dúvida é ela que pode realinhar nossas
potencialidades frente a um evento que nos traga alguma deficiência.
Por
fim, a cadeira de rodas não prende ninguém a nada, é apenas uma
forma de locomoção diferente, assim como a deficiência não torna
ninguém mais ou menos dependente do outro, pois como seres sociais
estamos o tempo todo dependendo em maior ou menor grau uns dos
outros.
A
deficiência é apenas uma particularidade do ser humano, assim como
ser alto ou baixo, gordo ou magro, branco ou negro e se ela traz
limitações estas estão mais nas nossas mentes do que em nossos
corpos.
Portanto,
ser deficiente e ser feliz não só é possível quanto necessário.
Fonte
– www.cvi-rio.org.br
O
mundo (ainda) não está preparado para o cadeirante.
Escrito
por Camila
Estou
vendo o tema ‘cadeirante’/’pessoas com deficiência’ ser um
pouco mais abordado nos programas de televisão, filmes e livros
recentemente lançados e que estão fazendo sucesso considerável,
principalmente entre jovens.
Por
esse motivo, resolvi pegar o gancho e escrever um pouquinho aqui para
vocês, mas de uma forma mais real, dando uma percepção mais
concreta sobre a realidade da situação.
Muitos
de vocês devem estar se questionando sobre como eu tenho essa
“percepção mais concreta”, certo?
Não
sei se vocês lembram, mas algum tempo atrás, em
um dos posts da Bruna, ela comentou sobre a irmã que tem uma
limitação física.
Bom,
como ela tem uma só irmã (que a gente saiba, hehe), a pessoa em
questão era eu.
Sou
uma cadeirante.
Já
passou da hora de todos saberem como o nosso mundo – que é o mesmo
mundo das chamadas “pessoas normais” – funciona.
Nós
precisamos que todos prestem um pouco mais de atenção em questões
e situações do dia a dia para que nossas necessidades sejam
(melhor) atendidas.
Dessa
forma, vou tentar trazer para vocês algumas situações que
aconteceram comigo, com pessoas também portadoras de alguma
deficiência conhecidas minhas ou que tenham chegado ao meu
conhecimento sobre a forma como a sociedade vê/trata um cadeirante.
(Mas
sem generalização, ok?)
Obstáculos
no dia a dia
Vocês
assistiram às Paralimpíadas que ocorreram no Rio de Janeiro no mês
de setembro?
Acompanhei
todos os dias e todas as modalidades que consegui, conforme o meu
tempo livre, e gostei demais.
Me
impressionei como aquelas pessoas, mesmo com tantas dificuldades,
conseguiam se superar e alcançar resultados incríveis – às vezes
é um grande tapa na cara, não é mesmo?
Porém,
não é exatamente das competições que eu queria falar, mas sim
sobre algumas coisas que foram (e que não foram) mostradas.
Algumas
também que geraram uma polêmica que, na minha opinião, deixou
claro o que uma parcela (infelizmente razoavelmente considerável) da
população do país pensa sobre o assunto.
A
cerimônia de abertura foi linda e, indiscutivelmente, de um ótimo
gosto. (Inclusive, muito melhor do que a da Copa do Mundo –
competição mais reconhecida, divulgada e, especialmente,
patrocinada).
Foi
nela que um dos maiores ‘dramas’ de cadeirantes ou de pessoas com
mobilidade reduzida foi retratado: a dificuldade
de acesso.
O
ex-nadador Clodoaldo Silva, medalhista Paralímpico em várias
edições dos Jogos e responsável pelo acendimento da Tocha
Paralímpica, se deparou um uma escada enorme que impossibilitaria
sua chegada até a Pira.
Porém,
a escada se desencaixou, formando uma rampa, e ele pode, enfim,
realizar o procedimento para o qual tinha sido escalado.
(Para
quem não viu ou para quem quiser rever, o vídeo pode ser acessado
neste
link.)
Eu
não vou entrar no mérito de que eu, sozinha, na cadeira manual, não
conseguiria subir aqueles lances de rampa, ainda mais na chuva
torrencial que caia no Rio de Janeiro naquele dia; me reservo ao
direito de ficar (super) feliz por essa realidade ter sido mostrada
naquele momento, porém, infelizmente, esse momento fundamental como
uma tentativa de melhorar algumas coisas – ainda que mínimas –
não foi televisionado pela mídia aberta.
Nós
temos, sim, obstáculos em praticamente todos os momentos dos nossos
dias.
Vocês
já pensaram sobre como deve ser não poder entrar, sozinho, em um
lugar?
Eu
tenho um birra de dizer que, se o esforço for demais e/ou se eu
precisar de ajuda de outra pessoa para ter acesso a um
estabelecimento, por exemplo, nem me convidem.
Claro
que, com a cabeça fria, eu entendo que tal pensamento não é
correto, pois minha condição não deve me privar de ter uma vida
~normal~, entretanto, seria TÃO mais fácil (e justo) um acesso
igualitário, não é mesmo?
Portas
estreitas e degraus em toda a parte em construções novas me tiram
do sério.
Além
disso, a maioria das pessoas, quando tem a opção de acesso tanto
por escada quanta por rampa, acabam utilizando a rampa.
Por
quê?
Bom,
porque é mais fácil.
#PorUmMundoSemEscadas?
Visibilidade
Eu
vejo muita gente opinando sobre várias coisas das quais não
entendem, mas, ei, pelo menos, assim, um assunto importante pode
entrar em evidência.
Ainda
sobre as olimpíadas, vocês devem lembrar de que, alguns dias antes
dos jogos começarem, foi lançada a campanha “Somos Todos
Paralímpicos”, estrelada pela Cleo Pires e pelo Paulo Vilhena (a
Cleo estava sem um braço e o Paulo sem uma perna).
No
dia do lançamento da campanha, o Facebook lotou de comentários e
compartilhamentos – vi inúmeras vezes a reportagem, mas, em um
primeiro momento, não dei muita atenção (mais por estar bastante
ocupada no dia em questão).
Quando
tive a oportunidade de entrar nas matérias sobre o assunto, resolvi
que, primeiro, iria ler os comentários.
Não
faço muito isso, pois geralmente os comentários não acrescentam
positivamente na minha vida, mas estava curiosa demais.
Constatei
o que eu já esperava: apesar dos elogios, eram muitas as críticas.
A
maioria dizia que atletas deviam ter sido pegos para realizar a
campanha, e não os atores ‘perfeitos’, mesmo eles sendo
Embaixadores do Comitê Paralímpico Brasileiro.
Esse
mesmo pensamento passou pela minha cabeça inicialmente, mas depois
de ler bastante sobre o assunto, refletir e, posteriormente, ouvir o
depoimento dado pela atriz, cheguei à conclusão de que a decisão
foi acertada.
O
fato de terem sido usados atores conhecidos no país para realizar a
campanha deu visibilidade ao movimento paralímpico e, também, para
todos os portadores de deficiências.
Isso,
infelizmente, é algo que não seria possível caso tivessem
escolhido pessoas ‘comuns’.
Nós
conhecemos muito pouco de seus nomes e menos ainda da realidade em
que esses atletas vivem.
Não
foi a primeira nem a última vez em que coisinhas ‘polêmicas’
acabam sendo usadas para chamar a atenção do público.
E,
entendam, tudo o que faz pelo menos uma pessoa pensar sobre uma
realidade diferente é bastante válido.
Algum
de vocês lembra de situações em que fizeram tal reflexão?
Eu
gostaria de saber.
Algumas
de minhas experiências
Recentemente
realizei uma viagem (que eu vou contar direitinho os detalhes aqui no
Moderando em algum próximo post) e ela acabou sendo um pouco
diferente do que estou acostumada.
Normalmente
viajamos (em família) de carro, mas, dessa vez, meu pai não poderia
nos acompanhar e acabou ficando mais fácil ir de ônibus com a minha
mãe.
Eu
tenho sorte de ter outras opções, pois tem muita coisa errada e
atrasada por aí – coisas que precisam ser urgentemente revistas,
até porque, na maioria das vezes, são coisas simples.
Começando
pelos ônibus.
Mesmo
novos, nenhum deles tinha elevador (inclusive, a Bru está esperando
até hoje uma resposta da empresa) e, ainda assim, apresentam o
adesivo de acessibilidade para dar a falsa impressão de que a
empresa se preocupa com essa questão.
Na
minha percepção, tal adesivo só serve para dizer que, ok, nós
podemos andar de ônibus, porém, para entrar nele, precisamos que
alguém nos carregue (e precisa ser alguém forte, já que aquela
escadinha é bem apertada).
Espero
que vocês entendam meu desânimo nessa questão, pois já pensaram
em como vocês se sentiriam tendo que ser carregados por um estranho?
Não
é legal.
Os
motoristas que nos ajudaram foram, em sua maioria, bastante
prestativos, entretanto, a situação pode ser chata para eles
também.
(E
não só para a pessoa que precisa de ajuda.)
As
pessoas, de uma forma geral, também costumam ser ~difíceis~.
Não
me entendam mal; eu sei que tem muita gente legal e preocupada com o
bem estar do próximo, mas o que mais se percebe é que incômodo
para muitos coisas simples como ceder seu lugar para que pessoas com
quaisquer tipos de dificuldades tenham um atendimento preferencial.
No
avião podemos entrar antes, mas somos os últimos a sair, pois
adoram formar filas antes mesmo de a aeronave parar por completo.
Eu
nunca na minha vida pedi para passar na frente em alguma fila, pois
me sinto desconfortável e não gosto disso, afinal, não me acho
diferente de ninguém e recuso um tratamento diferenciado – aliás,
esse sentimento é compartilhado por todos os cadeirantes que eu
conheço.
Porém,
tratamento diferenciado não significa a mesma coisa que tratamento
preferencial, e não se pode negar que existem situações em que
precisamos de um maior auxílio.
O
tempo e a forma de acomodação é só um exemplo disso.
Diquinhas
da Mi
Não
quero deixar o post longo e cansativo, por isso não vou entrar a
fundo em algumas questões no momento.
Entretanto,
há algumas coisinhas que eu gostaria que todos soubessem,
entendessem e levassem para a vida:
1
- Nós somos normais, peeps.
Eu
garanto que eu sou – quer dizer, mais ou menos, tenho tendência a
ser ~levemente louca~ às vezes, mas que pessoa nos seus 20 anos não
é?
De
resto, a pessoa que vos escreve aqui é igual a cada um de vocês,
leitores.
A
diferença é que eu rodo (e isso pode ser muito legal).
2
- Cadeirante não é radioativo e deficiência não é contagiosa.
Pode
chegar perto, pode conversar, pode perguntar (desde que com respeito,
sem ser muito invasivo e sem fazer muita insistência em um primeiro
momento, já que, como somos pessoas como quaisquer outras, podemos
não querer abrir muitos detalhes pessoais para desconhecidos).
Pode
também, especialmente, ser nosso amigo – nós somos amorzinhos! <3
#EuMeVoluntario
3
- Cuidem com as palavras, pois elas realmente machucam.
Eu
nunca dei muita bola para isso e realmente não me importo se alguém
me chamar de deficiente, mas muitos portadores de deficiência acham
a palavra bastante pesada.
Porém,
eu (e muitos outros) me sinto mal quando escuto alguém chamando
outra pessoa de deficiente em tom pejorativo para substituir palavras
como ‘idiota’.
Vi
conhecidos fazerem isso várias vezes e fico feliz que, após
explicar meus motivos para achar a atitude errada, tal situação não
voltou a acontecer.
Se
alguém aqui faz, já fez e/ou conhece alguém que faz isso, eu peço
que parem, pensem e entendam que não é legal, gente.
(Eu
garanto que não.)
Eu
também já fui chamada de paralítica, algo que doeu no fundo do
coração, de verdade.
Levei
um choque na hora, não sabia nem como responder à pergunta que
havia sido feita, por ter sido pega de surpresa pela expressão.
Tudo
bem que era um senhor mais velho, que ele muito provavelmente não
falou por mal, que a palavra devia ser usada nos seus tempos de
juventude e que deve ter sido a forma como ele aprendeu a chamar
pessoas com deficiência, mas eu nunca tinha ouvido ela diretamente
para mim e fiquei um bom tempo sem saber lidar com a situação.
Foi
um baque bem grande e eu espero que ninguém tenha que passar por uma
situação tão chata quanto essa foi para mim.
Outra
coisa: nunca, jamais, sob hipótese alguma, usem a palavra ‘especial’
para se referir a um portador de deficiência, seja ela do tipo ou
grau que for.
De
novo, eu sei que a maioria das pessoas fala isso na melhor das
intenções e por achar que é o correto (ou por ter sido ensinada
que essa é a palavra correta ou por n motivos), mas não é.
‘Especial’
é o oposto do que a gente quer, pois, como a palavra mesmo diz,
torna as coisas especiais, diferentes, desiguais, quando tudo o que
queremos é igualdade.
Então,
se possível, risquem essas palavras dos seus dicionários, a Mi
agradece. ?
Por
fim…
Eu
ficaria muito feliz se vocês resolvessem dar uma atenção especial
para assuntos como esse.
Nós
queremos que mais discussões sejam feitas nos meios em que nos são
habituais, pois muitas das nossas vivências depende das condições
que nos são oferecidas.
Não
é vitimismo – bem longe disso –, é apenas um desejo de que haja
mais respeito e empatia em nossa sociedade.
Não
falam há anos que os idosos, em sua maioria, acabam tendo limitações
em certa altura da vida?
Não
espere chegar lá para reclamar sobre como as calçadas são um caos
ou sobre como aquelas escadas lindas na entrada de um prédio são um
obstáculo.
Em
outros momentos, vou contar um pouquinho mais sobre questões do
tipo.
Se
for de seu interesse, eu fico à disposição para esclarecer
quaisquer dúvidas ou curiosidades?
E
só uma última observação: não podemos focar apenas no que está
errado, concordam?
Tem
MUITA gente boa por aí, que se preocupa verdadeiramente com os
outros e que tenta transformar o caótico em um lugar melhor.
*Estrelinha
no caderninho de todas.*
E
eu sou muito grata por elas todas.
Precisamos
de vocês no mundo.
Fonte
– moderando.com
Eu
estava navegando pela internet a procura de matéria para mais uma
postagem, quando me deparei com essas duas postagem; elas são muito
interessantes por falar com clareza e honestidade sobre como é a
vida de cadeirante, ao esclarecer muitos pontos que são uma espécie
de mito ou tabu para as pessoas.
Então
resolvi compartilhar com todos vocês.
Um
abraço a todos.
Sim, o deficiente pode ser feliz basta que este aceite a sua condição de nascença ou por motivo de acidente, doença e outros; pode-se fazer inúmeras atividades desde que você respeite as suas limitações; portanto podemos viver bem e feliz, constituir família, estudar, trabalhar, se divertir em fim se pode realizar várias atividades. Tudo depende de cada um de nós.
ResponderExcluirOlha no meu modo de ver eles são felizes como qualquer outra pessoa; tenho um cunhado que após um acidente com bicicleta ficou tetraplégico, ele vive bem com a minha irmã, tem uma vida agitada no dia a dia sempre as voltas de defender as pessoas com deficiência, não para um instante é mais ativo do que muitas pessoas que conheço, já fez vários cursos pela internet com certificados validos em todo o país, além de estar estudando inglês sozinho pela internet e está sempre de bom humor; acho que isso é ser feliz.
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