Acreditar em si mesmo

Acreditar em si mesmo

sábado, 9 de abril de 2016

A vida dos deficientes no Brasil e no Mundo




Será possível 
 mudar o mundo? 

 



A vida das pessoas com deficiência no Brasil e em outros lugares do mundo é difícil.

É permeada de olhares, preconceitos e muitas dificuldades até mesmo na hora de exercer a cidadania cobrada pela sociedade mais atuante.

Todos no mesmo barco, cada qual sente o peso das suas limitações desde a hora que acordam até a hora de dormir.

Há os mais revoltados, mas também há aqueles que são mais tranquilos e serenos.

Será que podemos mudar o mundo, com nossas vivências doloridas, sentidas na pele e adaptadas da forma “que dá”?
Interessante seria você, leitor sem deficiência, que tem sua liberdade andante se imaginar na situação:

Em uma viagem, fora do Brasil, depois do jantar de um longo dia de passeio e caminhada, exausto de tanto “bater perna”, no nosso caso “rodas”, algo que cansa tanto quanto quem caminha por conta do esforço e da trepidação, depois de aguardar um bom tempo por um taxi, quando avistado nega a parada porque você está com um amigo que é cadeirante!

E agora?

Esperamos o próximo ou iremos a pé?

Rodando mais uma vez!

Estas coisas acontecem sim, infelizmente.

Muitas vezes quando temos um dia de bom humor somos capazes de relevar, mas quando o balde enche com a última gota é preciso derramá-lo. Já fui do tipo “boto a boca”, baixinha explosiva, sabe?

Amadureci e depois do meu acidente as coisas são mais leves pra mim.

Hoje minha postura é mais do tipo que consegue respirar, contar até 10, e conversar, talvez em tom alto, mas sem “barraco”.

Hoje presido uma associação e percebi que ganhamos muito mais quando somos aliados de quem nos pode ajudar.

É claro que com o limite do bom senso, da seriedade e principalmente da honestidade!

No meu ponto de vista, antes da briga, deve haver muito diálogo, sugestão, cobrança e por último agente parte para algo mais, isso se for preciso porque hoje temos alternativas sérias e efetivas como o ministério público e a promotoria que defende nossos direitos.

Dou aqui dois exemplos:

Fui assistir a um espetáculo com minha filha pequena, desde dezembro de 2013 existe uma lei que garante a meia-entrada para PCDs.

Não constava nos tipos de ingressos esta categoria para obter o desconto de direito.

Entrei em contato com a produtora do evento e perguntando sobre se havia ou não o desconto já citei a lei no primeiro momento.

Fui informada, e não precisei sequer comprovar ou argumentar, desconto recebido!

Me associei esta semana em uma entidade profissional de meu interesse.

Quando fui ver os valores de anuidade percebi que havia descontos de 50% para estudantes e sêniores, resolvi escrever um e-mail sugerindo que a entidade contemplasse as pessoas com deficiência e ali citei vários motivos para isso.

Resultado: recebi o mesmo desconto e a presidente escreveu-me dizendo que este será disponibilizado para todas as pessoas que comprovarem deficiência em nossa classe profissional!

Senti-me feliz e vitoriosa!

Em pequenos grãos de areia acumulados durante uma vida é que construiremos um mundo melhor!

Sei que nem sempre é possível que seja assim, com tranquilidade e diálogo, mas este é o ideal!

Paz em nossos espíritos e o sentimento de dever cumprido!

Abraço!

Débora



Fonte: www.cadeiranteslife.com





Tábua de transferência



Fala meu povo, hoje vou contar um pouco de um acessório que para mim é literalmente uma mão na roda.

Minha tábua de transferência.

Faz uns 3 anos que uso a minha tábua de transferência, e fui atrás quando parei para pensar.

Como os cadeirantes faziam para passar para o carro ou para outro lugar sem ser carregados?

Quando estou com meu pai ele me da a velha força do muque, mas ai quando ele não estava, como fazer?

Pesquisei, pesquisei e encontrei o pessoal falando de uma tal tábua de transferência, pensei vou ver que bicho é esse.

Procurei por vídeos, imagens, textos explicativos, até encontrar um molde e ai a ideia.

Vou passar para meu vizinho marceneiro fazer, e lá fui eu, peguei o molde expliquei para ele para que ele ia servir, que não poderia ser nada pesada e ao mesmo tempo a tábua teria que resistir ao peso do meu corpinho aqui.

Ai logo ele disse que sabia o material que ia usar e demorou alguns dias e ai me apareceu com a tábua.

No começo apanhei um pouco, mas logo depois peguei o jeito da desgramada.

Hoje digamos é minha salvação.

E claro que quando o cadeirante consegue sair da cadeira para sentar em outros lugares, já se torna muito mais independente; por que também vai conseguir passar para o vaso sanitário, passar para o acento do carro, além de aliviar as dores nas costas do ajudante.

Se você quem sabe não tem muita força nos braços, o ideal é começar devagar.

Aos poucos e ir pegando pratica e confiança para não acontecer nenhum acidente.

Sem falar que até as pessoas que não tem muito equilíbrio, podem estar usando a tábua, por que o ajudante pode deslizar o cadeirante sobre a tábua e já facilita as coisas.

Hoje você encontra vários modelos de tábua de transferência, até de várias formas que o povo foi adaptando com o tempo.

Até em lojas você encontra ela à venda.


E onde posso usar a tábua de transferência?


Você pode usar para passar para sua cama:

Para passar para o carro:

Para passar para o vaso sanitário:


Segue o  molde da minha tábua:


Se você optar por estar comprando diretamente em uma loja, o bom é que você não vai ter que ser o cobaia do produto.

Não esqueça de estar falando com seu fisioterapeuta sobre a transferência, ele vai poder te auxiliar da melhor maneira possível, para que de tudo certo e você consiga ter maior independência.




Se você tiver dúvidas ou ideias para novos posts, mande para cadeirantes life. 



Comentário:

Eu sou otimista e acredito que pode-se mudar o mundo sim; desde que começamos por nós mesmos e não cobrando dos outros; é preciso dar o exemplo.

Nos temos atuais se atentarmos bem e olharmos a nossa volta por outro ângulo veremos que muitas coisas mudaram para melhor.

As pessoas estão se cobrando mais consigo mesma e aprendendo a cobrar por seus direitos dentro da sociedade.

As pessoas estão aprendendo dividir mais e aspirando em conjunto melhorar o bem estar de todos.

A fraternidade e a solidariedade passou a estar mais presente no dia á dia e no coração das pessoas.

Já começamos a aprender que lutar sozinho não conseguimos chega a lugar algum, mas se nos unirmos teremos mais força e podemos chegar a vitória.

Tem muito para se mudar, sim tem, mas toda mudar requer tempo e muita serenidade, assim gradativamente vai obtendo resultados.

Cada um fazendo a sua parte pode-se melhorar e porque não promovermos a mudança do mundo, tudo é possível.

Acredite sempre que tudo vai ser melhor.

A esperança é a ultima que morre!


Pense nisso!














Um comentário:

  1. Em matéria de acessibilidade, inclusão social e mobilidade urbana em relação aos deficientes nosso pais deixa muito a desejar; ainda tem muito por fazer em relação a isto e se fazer valer os direitos do deficientes.

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