Acreditar em si mesmo

Acreditar em si mesmo

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Onde está a deficiência em mim ou em você?





Onde está
 a deficiência?




As barreiras arquitetônicas, as dificuldades na locomoção, a falta de acessibilidade e às vezes a nossa própria concepção de “não conseguir” são obstáculos que impedem todo dia que as pessoas com deficiência tenham uma vida produtiva.

Existem aqueles que convertem as mágoas e as dores da deficiência em força para superar estes obstáculos da forma que der.

Além das barreiras físicas existe o preconceito, e não só aquele maldoso em ser preconceituoso, mas principalmente o ‘pré-conceito’ que se tem em pensar que uma pessoa não terá condições de exercer determinada função por causa de uma deficiência.

Existem uma forma de acabar com este ‘pré-conceito’ das pessoas, provando na prática que pessoas com deficiência, na maioria das vezes, produzem mais e melhor que uma pessoa considerada ‘normal’.

Existem formas de realizar nossos sonhos de seguir a vida, trabalhar e voltar ser ativo para aqueles que um dia perderam sua “independência” por conta de um acidente ou uma doença.

Não que isso seja fácil, e também nada rápido, geralmente leva-se anos ou até a vida toda para uma reabilitação.

Mas ideia deste post não é falar das dificuldades em si, mas sim falar de algumas alternativas para driblá-las.  

A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência dá uma nova visão para a “deficiência”:

A contribuição da Convenção é representada pelo modelo social de direitos humanos que propõe que o ambiente é o responsável pela situação de deficiência da pessoa, sendo que as barreiras arquitetônicas, de comunicação e atitudinais existentes é que impedem a sua plena inclusão social, razão pela qual devem ser removidas.

O novo modelo social determina que a deficiência não está na pessoa como um problema a ser curado, e sim na sociedade, que pode, por meio das barreiras que são impostas às pessoas, agravar uma determinada limitação funcional.

Novos Comentários à Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência – 2014

Se pensarmos por este ângulo, dentro da minha casa, onde há o maior número de adaptações para a minha dificuldade física, eu muitas vezes nem me lembro da deficiência que tenho!

Dentro da minha casa posso ir e vir e tenho acesso a quase tudo.

Onde está o problema então?

É por este motivo que as pessoas precisam usufruir o poder que tem e buscar o que lhes é oferecido; e o que não é, exigir que seja!

Com este intuito existem programas para incentivar as pessoas ao trabalho e a integração social, provando por A + B que o convívio com a pessoa com deficiência elimina os ‘pré-conceitos’ e deixa claro que o novo modelo social, citado acima, precisa ser assimilado pela sociedade.

Sabe-se bem que os programas não funcionam perfeitamente em função de tudo que já foi comentado aqui, mas é o canal para o inicio de uma mudança que demorará anos!

Um destes programas é a obrigatoriedade de vagas especificas para pessoas com deficiência em concursos públicos.

Elas devem ser de no mínimo 5% e são uma ótima opção para as pessoas que tem qualificação e tem dificuldade em encontrar vagas nas empresas privadas.

É claro que se deve observar sempre quando for inscrever-se em concurso público ou até mesmo buscar uma vaga em empresas privadas se a função e suas atribuições são compatíveis com nossas dificuldades.

Caso a pessoa com deficiência tenha dificuldades na realização das provas deve requerer aquilo que necessita para realiza-la em pé de igualdade aos outros candidatos inclusive quando for necessário aumentar o tempo para realização de provas.

Lógico que tudo deve ser devidamente comprovado e documentado.

Além dos concursos, as provas de vestibular, ENEM e todas as outras aplicadas para diversos tipos de avaliação, podem ser feitas por toda e qualquer pessoa, em igualdade de condição, sendo para isso essencial que a pessoa com deficiência solicite aquilo que precisa para realizá-las.

É preciso valorizar-se, mostrar a sociedade que todos somos capazes e que ela precisa de mudanças para construir um mundo com mais igualdade e menos barreiras.




Fonte: cadeirantes life





Devotees????


Você já ouviu falar dos termos “devotees”, “pretenders” ou “wannabes”?

Mesmo que seja polêmico, com opiniões muito distintas, todo assunto precisa ser falado, pensado e discutido.

Acredito que muitas pessoas não tem a menor ideia do que estes nomes querem dizer, principalmente dentro do cenário das pessoas com deficiência.

Estas denominações, de modo geral, se referem às pessoas, homens ou mulheres, que se sentem atraídas por pessoas com deficiência física.
Este é um assunto polêmico porque está permeado de questões relacionadas ao preconceito e ao desejo sexual ligado a uma situação que na maioria das vezes desperta sentimentos de dor e perda.

As pessoas que vivem a experiência de adquirir uma deficiência física, principalmente na fase adulta, frequentemente relatam sobre os que se afastam pela dificuldade que tem para lidar com a deficiência.

Assim, é no mínimo instigante pensar que algo que desperta medo e pavor em alguns, representa desejo sexual para outros.

Para tentar entender um pouco deste assunto, vamos colocar algumas definições que encontramos na internet nos poucos relatos e pesquisas que há neste sentido.

Temos três definições básicas:

Devotees:

homens e mulheres, que sentem atração por pessoas com deficiência, na maior parte homens, com grande preferência pelas mulheres amputadas, e as mulheres, com preferência por cadeirantes.

Aqui alguns se dizem realmente devotos, talvez admiradores que querem apenas cuidar, sem o desejo sexual propriamente;


Pretenders:

homens e mulheres devotees que sentem desejo ao fingir ser uma pessoa com deficiência, publicamente ou não, e que tem prazer ao utilizar e ter contato com aparelhos como cadeiras de rodas, próteses, muletas, etc...


Wannabes:

homens e mulheres devotees que realmente desejam tornar-se pessoas com deficiência e muitas vezes são capazes de automutilações em casos mais extremos.

Existem diversas versões sobre o devoteísmo, há aqueles que dizem admirar as pessoas com deficiência por suas atitudes e força de superação, encontram-se mulheres que dizem que tudo está ligado ao amor incondicional que sentem, outros consideram sua predileção um desvio sexual, tara ou algo que deve ser escondido dos demais, há aqueles que se acham normais e há também aqueles que realmente se aproveitam de alguém que pode estar fragilizado em face da própria deficiência.

A final, todos nós temos preferências quando o assunto é a atração física, uns gostam das morenas e outros das loiras, aqueles das gordinhas e estes das magrinhas.

Há os que ficam loucos por belos pés, ou por lindas mãos...

Será que sentir-se atraído por alguma deficiência física deve ser considerado como algo “patológico”?

Difícil responder esta questão!

E o lado da pessoa com deficiência?

Quem não gosta de saber que alguém te olha de um jeito especial, admira tuas características e sente-se atraído por ti?

Somos movidos pelos desejos e precisamos deste sentimento que alimenta a força de vida que está dentro de nós.

É estranho pensar que há grupos na internet para interação entre pessoas com deficiência e devotees.

Já li relatos em que a pessoa queria fazer parte de um destes grupos porque teria ali a chance de sentir-se desejada, mas ao mesmo tempo pensava que estar em um ambiente onde se vê fotos e vídeos de mulheres amputadas sendo comercializados, quase como uma “playboy” virtual, era no mínimo amedrontador, mas ao mesmo tempo instigante.

Na realidade sei de histórias bonitas, de realidades duras e de deficientes que foram usadas por homens devotees.

Minha intenção aqui é acima de tudo, levantar a questão, para que as pessoas possam estar atentas, saibam que existem pessoas assim e que elas possam decidir por aquilo que é melhor para cada um.

Existem blogs, sites e comunidades dedicadas ao assunto na internet.

Àqueles que ficaram curiosos, pesquise mais!


Aos que tem alguma experiência pra contar, deixe a sua mensagem aqui pra agente!!!

Um abraço

Débora




Fonte: cadeirantes life


Comentário:

Concordo quando se pergunta:

Onde está a deficiência  em mim ou em você?

Se dessem mais condições de trabalho e acessibilidade aos deficientes estes poderiam ser bem produtivos e independentes.

Mas, nossas cidades deixam muito a deseja quando se fala em mobilidade urbana, acessibilidade; elas não tem planejamento arquitetônico e nem infraestrutura para os deficientes transitarem.

As empresas são raras as que criam ambientes e dão condições de trabalho com fácil acessibilidade aos deficientes.

Na educação e formação profissional são poucas as instituições, faculdades e escolas técnicas que tem acessibilidade funcional e adequada aos deficientes.

Apesar das leis que protegem os direitos dos deficientes, poucas delas ou nenhuma delas são respeitadas ou cumpridas conforme a sua vigência no pais.

Infelizmente muito pouco é feito para o deficiente em relação a mercado de trabalho, educação, saúde, lazer, mobilidade urbana, acessibilidade e inclusão  social esta é a verdade.

Ainda se esbarra no preconceito das  pessoas e também na intolerância com os deficientes; como se a deficiência fosse uma doença contagiosa.

Mas, muitos dos que se julgam "normais" um dia por um acidente grave ou uma doença pode também se tornar um deficiente; ninguém está livre de uma fatalidade do destino.

Ninguém esta livre de se tornar um deficiente; não temos noções do que se possa acontecer amanhã.

Precisa-se respeitar e aprender a conviver com as diferenças; porque querendo ou não elas estão aí.

Ame mais e julgue menos seus irmãos!


Pense nisso!













Um comentário:

  1. Achei a indagação desta matéria muito bem colocada, porque tem pessoas "normais" que mais parecem deficientes, não tem coragem para nada e só sabem reclamar e lamentar a vida; enquanto muitos deficientes estão aí lutando pelo seu espaço e vida, ao invés de se lamentarem correm atrás dos seus objetivos, e se transformam em exemplos para os outros.

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