Disfunção
Urinária e Cateterismo Intermitente.
A
maioria das pessoas com lesão medular não possui controle urinário
normal.
O
sistema urinário é responsável pela produção, armazenamento e
eliminação da urina e é formado pelos rins, ureteres, bexiga e
uretra (Figura 5).
A
urina é produzida pelos rins.
Depois
que os rins produzem a urina, esta passa pelos ureteres e é
armazenada na bexiga.
A
bexiga é como um “saco muscular”.
Quando
ela enche, os músculos da bexiga se
contraem e a urina é eliminada através da uretra.
No
momento em que os músculos da bexiga se
contraem o esfíncter da uretra, que também é um músculo,
se relaxa para facilitar a saída da urina.
Normalmente
ocorre um funcionamento sinérgico entre a bexiga e a uretra, ou
seja, durante o enchimento, a musculatura
da bexiga está relaxada para acomodar a urina proveniente dos rins,
enquanto o músculo do esfíncter da uretra está contraído para
evitar a saída da urina coletada na bexiga.
Ao
contrário, quando a bexiga se contrai para eliminar o seu conteúdo,
o esfíncter relaxa para permitir a eliminação da urina.
Para
isso acontecer normalmente, é preciso haver coordenação entre os
músculos da bexiga e do esfíncter da uretra.
Quando
este trabalho não ocorre de maneira integrada, acontece o que se
chama dissinergismo vésico-esfincteriano, situação que contribui
para a ocorrência de complicações.
Se
a bexiga e o esfíncter se contraírem ao mesmo tempo, haverá um
esforço maior da musculatura da bexiga para conseguir vencer a
resistência do músculo da uretra.
Este
esforço leva, com o tempo, a um enfraquecimento da parede da bexiga
e a formação de divertículos que acumulam urina residual,
diminuindo a resistência a infecções, favorecendo a formação de
cálculos e o refluxo de urina da bexiga para os rins, colocando em
risco a função renal.
O
cérebro e a medula espinhal são responsáveis pelo trabalho
coordenado entre a bexiga e o esfíncter uretral, garantindo o
controle urinário.
Uma
lesão medular pode comprometer a comunicação entre o cérebro e o
sistema urinário e a eliminação da urina armazenada na bexiga
deixa de ser automática.
Se
a lesão for incompleta, é possível haver recuperação parcial ou
até total com o tempo. Mas até que esta recuperação aconteça, a
utilização de alguma técnica para esvaziar a bexiga pode ser
necessária.
Dependendo
do nível da lesão medular, a bexiga pode passar a ter dois tipos de
comportamento:
Passa
a acumular uma quantidade menor de urina do que antes da lesão
medular e os músculos da bexiga passam a ter contrações
involuntárias com perdas frequentes de urina – bexiga espástica,
comum nas lesões medulares acima do nível
sacral (acima de T12).
Passa
a acumular uma quantidade maior de urina do que antes da lesão
medular porque os músculos da bexiga não se contraem mais e isto
faz com que grande quantidade de urina fique retida dentro da bexiga,
muito acima da capacidade normal – bexiga flácida, comum nas
lesões medulares ao nível sacral (abaixo de T12).
O
diagnóstico do tipo de bexiga é importante para a definição do
tipo de tratamento que, de qualquer maneira, tem como principais
objetivos: manter a bexiga com baixa quantidade de urina e com baixa
pressão em seu interior, evitando o refluxo de urina da bexiga para
os rins, prevenir infecções urinárias, promover a continência e
preservar a função dos rins.
O
método mais utilizado para esvaziamento da bexiga é o cateterismo
intermitente.
A
técnica é simples e pode ser aprendida facilmente.
O
cateterismo intermitente é um procedimento no qual é introduzido um
catéter (tubo) limpo através da uretra para esvaziar a bexiga, a
cada três ou quatro horas durante o dia, procurando manter a pressão
dentro da bexiga em níveis normais e evitando as perdas urinárias.
Se,
mesmo com o cateterismo realizado adequadamente,
continuar havendo perdas, existem medicações que interferem
na contração ou no relaxamento da bexiga ou da uretra que,
associadas ao cateterismo, vão permitir melhores condições de
armazenamento e esvaziamento.
Cateterísmo
Intermitente
Mas
o que é o cateterismo intermitente?
O
cateterismo intermitente é um método de promover o esvaziamento da
bexiga através da introdução de uma sonda na uretra, devendo essa
sonda ser retirada assim que a bexiga estiver vazia.
Os
objetivos do cateterismo intermitente são: não deixar que a bexiga
fique cheia demais, promover seu esvaziamento completo cada vez que a
sonda (ou cateter) por introduzido na uretra, e evitar o uso das
sondas permanentes.
O
uso de sondas permanentes (aquelas que ficam o tempo todo
introduzidas na bexiga, sendo apenas trocadas de tempos em tempos)
pode prejudicar muito o aparelho urinário, e deve ser evitado a todo
custo, principalmente em paciente portadores de bexiga neurogênica.
Na
maioria das vezes os pacientes que são orientados a realizarem o
cateterismo intermitente resistem inicialmente à idéia: o
procedimento dá trabalho, a idéia assusta, mas é um
cuidado necessário.
Mesmo
em crianças pequenas, que nascem com um problema na medula
(mielomeningocele), este procedimento é
realizado, e várias pesquisa provam que as crianças assim tratadas
evoluem melhor do que aquelas que não realizam o cateterismo
intermitente.
Mas
a bexiga neurogênica tem cura?
Bem,
a resposta a essa pergunta depende do problema neurológico que
provocou a bexiga neurogênica.
Caso
seja uma doença reversível, possivelmente a bexiga e os esfíncteres
também voltarão a funcionar normalmente, e nesse caso o cateterismo
intermitente deverá ser feito durante a duração da doença, e terá
a função maior de preservar o aparelho urinário para que ele volte
totalmente ao normal após a cura da lesão do sistema nervoso.
Mas
caso a doença neurológica não tenha cura, então a bexiga
neurogênica também não terá cura, e o cateterismo intermitente
será um tratamento perene.
Converse
com seu urologista e com seu neurologista.
Eles
saberão lhe dar todas as informações relativas ao problema.
Muitos
cadeirantes sofrem com as terríveis infecções urinarias, algumas
se dão pelo fato de ficar muito tempo sentados decorrendo o
surgimento de fungos ou bactérias.
Mas
a maioria das pessoas que sofreram alguma lesão medular, pelo fato
de necessitar de sondas para fazer o processo de esvaziamento da
bexiga, acabam adquirindo com maior facilidade a infecção.
O
cérebro e os nervos provenientes da medula espinhal são
responsáveis pelo mecanismo coordenado entre a bexiga e o esfíncter
uretral o que possibilita um controle eficaz da urina através do
sistema urinário.
Um
traumatismo de coluna com lesão medular pode comprometer essa
comunicação entre o cérebro e o sistema urinário e a eliminação
da urina armazenada na bexiga deixará de ser automática.
Por
esse motivo, a maioria dos pacientes com lesão medular não possui
controle urinário normal.
A
infecção ocorre quando surgem corpos estranho, como por exemplo
pedras nos rins (cálculos), introdução de objetos na uretra como
sonda.
As
grandes partes das infecções urinárias são ocasionadas por vírus
ou bactérias, fungos e demais micro-organismos
Alguns
dos principais sintomas da infecção urinária são:
Ardência
filamentos
de muco
urina
com mau cheiro e cor opaca
dor
e urgência para urinar
dificuldade
para urinar e pouca quantidade
Conselho
para amenizar a infecção urinaria:
Beber
muitos líquidos.
Ao
1º sinal de infecção urinária comece a beber muita água. Deve
beber nas primeiras 24 horas o máximo de água que puder, pelo menos
8 a 10 copos dia (no caso de incontinência urinária não o deve
fazer).
Urine
bastante
Sempre
que tiver vontade de urinar faça-o. Tentar segurar a urina é o pior
que pode fazer.
Tome
um banho de água quente
Nos
casos de dores abdominais use compressas quentes ou uma botija, pois
além de aliviar facilita a circulação sanguínea.
Use
roupa interior de algodão.
Nos
homens é preferível usar boxers em vez dos vulgares slipes.
Não
beba álcool.
Lave-se
muito bem após ter relações sexuais.
Utilize
sempre preservativo.
É
importante alertar, que uma infecção urinaria tem a característica
de se agravar rapidamente, por isso quando você começar a
desconfiar que pode estar começando aparecer algum sintoma vá logo
a um médico.
Fonte:
A infecção urinária realmente é um pesadelo para nós cadeirante, por se ficar muito tempo sentado estamos sujeitos a ter infecção por usar sondas de alívio, sondas com coletores; precisamos de acompanhamento do urologista e fazer exames de urina de 3em 3 meses; porque se não tratar pode ofender os rins, e necessário um acompanhamento rigoroso.
ResponderExcluirbasta pesquisar sobre alimentos que irritam a bexiga e alimentos que prejudicam os rins. depois que quase 40 anos tendo infecção urinaria direto, fazendo muitas pesquisas na internet descobri que a infecção urinaria em quem tem lesão medular ocorre devido ao refluxo urinario, obstrução do fluxo entre os rins e a bexiga, esse refluxo acontece devido a hiperatividade da bexiga, a saida é muito simples não comer alimentos que irritam a bexiga, por isso que no exame de urodinamica, após o resultado do exame vem a recomendação para usar relaxantes de bexiga, exemplo retemic, incontinol, etc.então o que fazer? não comer alimentos que contem muito potassio, não beber muita agua, só 2 litros está bom, assim mesmo bem distriuidos ao longo do dia, não comer alimentos com muita proteina, não comer alimentos citricos, evitar doces, mel, alimentos muito salgados, biscoitos, balas, eu por exemplo não como mamão, laranja, cenoura, leite, queijo, carne vermelha, refrigerantes, alcool, banana, excesso de café, iogurte, minha dieta é café com pão e manteiga só pela manha, alguns caroços de amendoim, só almoço lá para as 5 horas, peito de frango cozido, alface, e 2 rodelas de abacaxi, a noite jejum não como nada, só 600 ml de agua. acabou infecção urinaria, nunca mais, os sintomas sumiram, a bexiga fica calma, não se irrita, meus rins funcionam bem, acabou o refluxo. a bexiga irritada impede os rins de trabalharem normalmente, causam até prisão de ventre, exemplo laranja e mação nunca resolveram meu problema de prisão de ventre, pois essas frutas são ricas em potassio e irritavam minha bexiga. outra coisa a maioria dos medicos pensam que a causa da infecção eram as sondas, nada a ver, sonda foi criada para evitar infecção. beber muita agua é outro mito, nada a ver.
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Olá valtinho, obrigado por compartilhar. Voce continua com a dieta acima, poderia compartilhar mais informações? Obrigado.
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