As
vantagens
e
desvantagens
Muitas
pessoas escolhem seus parceiros por encontrarem nos outros as
qualidades que nelas faltam.
Como
diz o velho ditado, "alguém que os complete".
Outros
preferem ter por perto, indivíduos com gostos e ideias parecidas, as
ditas "almas gêmeas ".
Isso
também vale para nós cadeirantes.
Há
muitos namoradores de rodinhas, "soltos" por aí!
Mesmo
eu sendo cadeirante, confesso que me "assusto" da
quantidade de homens e mulheres cadeirantes, chavequeiros e
sedutores...
Porém,
não vamos generalizar, também tem muitos cadeirantes comportados
assim como eu!
Hehe.
A
questão é, independente de ser um PCD ou não, relacionamentos
amorosos sempre estarão presentes na vida de todos; faz parte da
natureza do ser humano.
Algumas
vezes de cadeirante X cadeirante, e outras, cadeirante X andante.
Quem
tem contato com pessoas com deficiência, sabe que é natural
cadeirantes terem relacionamentos afetivos com outros cadeirantes,
pois além da afinidade que nasce entre eles, a identificação se
torna um agravante nisso.
Por
ambos serem pessoas com deficiência, um encontra no outro muitas
semelhanças e também muita compreensão.
Afinal,
os dois passam ou passaram por situações parecidas durante suas
vidas.
imagem ilustrativa
Foi
o que aconteceu com uma amiga minha, que prefere não mencionar seu
nome, mas que disse o seguinte:
"...Conheci
meu esposo no hospital do Sarah, ele recém tinha sofrido uma lesão
medular, ficando paraplégico, assim como eu.
Conversando
sobre nossa "nova vida", fomos ficando cada vez mais
próximos e íntimos...
Hoje
somos casados, e lembro que durante o namoro ele nunca me questionou
sobre nada, acredito que por não ser necessário mesmo.
Ele
sabia como era a vida de um paraplégico, e um sempre entendia o
outro...
Mas
é claro que ser cadeirante não foi o único motivo que nos uniu,
também gostamos do mesmo estilo de música/filmes, temos muitos
interesses e ideias parecidas, enfim, um feito para o outro..."
Outra
vantagem do namoro entre cadeirantes, é na hora de demonstrar suas
dificuldades que para muitos é uma situação constrangedora que
exige coragem.
Mas
quando o parceiro é também um PCD, isso acontece com a maior
naturalidade.
O
(a) parceiro(a) tendo a mesma condição de vida, está acostumado(a)
com algumas condições e/ou limitações.
Exemplo
claro disso é a hora da sondagem:
Para
muitas pessoas, "passar sonda" parece ser um procedimento
dolorido e estranho, mas, para nós cadeirantes, isso é encarado com
muita naturalidade.
Como
tudo tem seu lado bom e seu lado ruim, além do ciúme, infidelidade,
e outras coisinhas normais, que prejudicam um namoro, a condição
física se torna outro empecilho no namoro entre PCD'S.
O
ideal é que pelo menos um dos dois envolvidos no relacionamento,
tenha um bom condicionamento físico para manter um relacionamento
mais proveitoso, tendo maior autonomia de ir e vir, com maior
liberdade.
Tudo
isso é muito importante para exercer algumas atividades normais,
como: fazer sua própria higiene pessoal, sem o auxilio do outro,
fazer as tarefas domésticas, caso pretendam se casar, e até mesmo
na hora de se relacionar sexualmente.
Não
se pode negar, que um andante nessas horas, realmente tem
mais vantagens do que um cadeirante.
Como
diz minha amiga Lidi:
"-Carol,
tu tem que arrumar um andante bem forte, que te pegue no colo, pra
vocês passearem e tudo mais...”
Só
falta ela falar que preciso de um andante montado num cavalo branco
hehe...
Casal
formado por um (a) andante e um (a) cadeirante, não é impossível
de se formar.
Quem
não lembra da novela da Luciana que casou com um gatão, andante, e
que no final tiveram gêmeos?!
Uma
história linda, que foi baseada na vida da atual deputada
Flavia......
Ou
seja, aconteceu mesmo.
Não
só as mulheres cadeirantes, como os homens cadeirantes, podem ter
relacionamentos com pessoas ditas "normais".
Para
muitas pessoas, não existe preconceito com relação a isso,
enxergam em um(a) cadeirante, as qualidades que só os dispostos
conseguem enxergar, e acabam se apaixonando pelo(a) amado (a)
de rodinhas.
Até
porquê, vamos combinar, nós cadeirantes somos apaixonantes mesmo
hehe!!!!!
Outro
exemplo de relacionamento que deu certo entre uma cadeirante e um
andante, foi o da Lili Miranda e de seu marido Claudio Lucio Antonio
Vejam
o que ela conta:
"...Já
conhecia meu esposo de vista, mas foi numa festa que começamos a
namorar.
Eu
na época não aceitava usar a cadeira de rodas e depois de um tempo
namorando, ele que me incentivou a usar a cadeira
pra facilitar nossos encontros...
Durante
o namoro, nunca tratamos minha deficiência como um problema, nem
conversávamos sobre isso, apenas aproveitávamos o tempo juntos...
Depois
de três anos eu engravidei, então decidimos morar juntos...
Vamos
completar em Julho onze anos de união.
Sou
uma pessoa muito feliz, pois tenho minha família comigo, eu, meu
marido e nosso filho lindo!..."
Mesmo
com a preservação de todas as condição físicas do(a)
parceiro(a), é fundamental a compreensão por parte do outro, pois,
quando isso não ocorre entre o casal, muitas vezes acaba
interrompendo um relacionamento ainda no início.
Foi
o que aconteceu com uma pessoa que também não quer que mencione seu
nome, veja:
"Eu
conheci um andante que logo de cara gostou de mim, acabamos ficando e
nos encontrando sempre que dava.
Antes
mesmo de me pedir em namoro ele me convidou para ter uma relação
sexual.
Como
naquele momento não estava preparada, eu logo disse que eu não
podia e que não tinha como e nem lugar para fazermos alguma coisa.
Insistindo,
ele disse que achava qualquer "cantinho", mas não entendia
que comigo num cantinho qualquer, não tinha condições.
Ele
não levou em conta a minha condição física, e não teve paciência
até eu estar preparada...
Depois
disso, nos vemos algumas poucas vezes mas logo acabou..."
Podemos
passar horas e horas conversando e mostrando exemplos de casais que
deram ou não certo, mas meu objetivo não é esse.
Quis
apenas mostrar que se você é cadeirante e está interessando(a) em
alguém, isso é completamente natural e possível.
Assim
como diz Lulu Santos;
"Consideramos
justa, toda a forma de amor..."
Beijos
da Carol =)
Fonte:
cantinhodoscadeirantes.blogspot.com.br
Comentário:
Na
reportagem acima pode-se concluir que um cadeirante pode ter uma vida
em comum com outro cadeirante e também andante e cadeirante tanto o
homem como a mulher. e assim constitui uma família.
Existe
um certo preconceito entre as pessoas em relação ao cadeirante; que
na maioria das vezes atingi o próprio cadeirante no seu
relacionamento amoroso, por acharem que a pessoa está com ele por
compaixão, não o aceitando como é.
Nessas
horas entra a tal questão do sexo; como ela ou ele podem querer
namorá-lo se este não tem condições de fazer sexo, não passa de
um inválido ou tem outro interesse em mente; assim pensam as
pessoas.
Quando
na realidade pode haver uma afeição e muita afetividade entre
ambos, onde se completam e a deficiência não lhes atrapalha em
momento algum o seu relacionamento, por se aceitarem como são e só
desejam serem felizes.
Agora
para os leigos o cadeirante não é impotente, apenas não tem a
mobilidade dos chamados "normais" de resto são iguais a
qualquer outro homem; podem gerar filhos e as mulheres podem
engravidar e gerar filhos.
Existem
vários casais que formam famílias e são felizes como qualquer
outro casal.
Antes
de criticar e julgar procurem primeiro conhecimento sobre o assunto,
antes de saírem propagando aos quatro ventos boatos dos quais não
tenham nenhum conhecimento.
Ah!
eu sou cadeirante e vivo muito bem com a minha esposa que é andante
a dez anos e muitos felizes.
Não vejo nada de estranho um cadeirante namorar uma cadeirante ou andante; porque o amor não tem barreiras e nem preconceito, ao contrário das pessoas que no seu ângulo de visão acham isso uma coisa bizarra, por querer esconder o preconceito e a revolta em relação as diferenças infelizmente; mas mesmo assim vemos muios exemplos de casais que esbanjam felicidade.
ResponderExcluirMinha conclusão ao ler esse post é: para o amor, não existem barreiras! Ganhou uma seguidora, adorei o blog!
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