Acreditar em si mesmo

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domingo, 3 de abril de 2016

O enterro do "não Consigo".






"Não Consigo"



 Esta história foi contada por Chick Moorman, e aconteceu numa escola primária do estado de Michigan, Estados Unidos.

Ele era supervisor e incentivador dos treinamentos que ali eram realizados e um dia viveu uma experiência muito instrutiva, conforme ele mesmo narrou:

Tomei um lugar vazio no fundo da sala e assisti.

Todos os alunos estavam trabalhando numa tarefa, preenchendo uma folha de caderno com idéias e pensamentos.

Uma aluna de dez anos, mais próxima de mim, estava enchendo a folha de "não consigo".

"Não consigo chutar a bola de futebol além da segunda base."

"Não consigo fazer divisões longas com mais de três números."

"Não consigo fazer com que a Debbie goste de mim."

Caminhei pela sala e notei que todos estavam escrevendo o que não conseguiam fazer.

"Não consigo fazer dez flexões."

"Não consigo comer um biscoito só."

A esta altura, a atividade despertara minha curiosidade, e decidi verificar com a professora o que estava acontecendo e percebi que ela também estava ocupada escrevendo uma lista de "não consigo”.

Frustrado em meus esforços em determinar porque os alunos estavam trabalhando com negativas, em vez de escrever frases positivas, voltei para o meu lugar e continuei minhas observações.

Os estudantes escreveram por mais dez minutos.

A maioria encheu sua página.

Alguns começaram outra.

Depois de algum tempo os alunos foram instruídos a dobrar as folhas ao meio e colocá-las numa caixa de sapatos, vazia, que estava sobre a mesa da professora.

Quando todos os alunos haviam colocado as folhas na caixa, Donna acrescentou as suas, tampou a caixa, colocou-a embaixo do braço e saiu pela porta do corredor.

Os alunos a seguiram.

E eu segui os alunos.


Logo à frente a professora entrou na sala do zelador e saiu com uma pá.

Depois seguiu para o pátio da escola, conduzindo os alunos até o canto mais distante do playground.

Ali começaram a cavar.

Iam enterrar seus "não consigo"!

Quando a escavação terminou, a caixa de "não consigo" foi depositada no fundo e rapidamente coberta com terra.

Trinta e uma crianças de dez e onze anos permaneceram de pé, em torno da sepultura recém cavada.

Donna então proferiu louvores.

"Amigos, estamos hoje aqui reunidos para honrar a memória do ‘não
consigo’.

Enquanto esteve conosco aqui na Terra, ele tocou as vidas de todos nós, de alguns mais do que de outros.

Seu nome, infelizmente, foi mencionado em cada instituição pública, escolas, prefeituras, assembleias legislativas e até mesmo na casa branca.

Providenciamos um local para o seu descanso final e uma lápide que contém seu epitáfio.

Ele vive na memória de seus irmãos e irmãs ‘eu consigo’, ‘eu vou’ e ‘eu vou imediatamente’.

Que ‘não consigo’ possa descansar em paz e que todos os presentes possam retomar suas vidas e ir em frente na sua ausência.

Assim seja!"

Ao escutar as orações entendi que aqueles alunos jamais esqueceriam a lição.

A atividade era simbólica: uma metáfora da vida.

O "não consigo" estava enterrado para sempre.

Logo após, a sábia professora encaminhou os alunos de volta à classe e promoveu uma festa.

Como parte da celebração, Donna recortou uma grande lápide de papelão e escreveu as palavras "não consigo" no topo, "descanse em paz" no centro, e a data embaixo.

A lápide de papel ficou pendurada na sala de aula de Donna durante o resto do ano.

Nas raras ocasiões em que um aluno se esquecia e dizia "não consigo",

Donna simplesmente apontava o cartaz descanse em paz.

O aluno então se lembrava que "não consigo" estava morto e reformulava a frase.

Eu não era aluno de Donna.

Ela era minha aluna.

Ainda assim, naquele dia aprendi uma lição duradoura com ela.

Agora, anos depois, sempre que ouço a frase "não consigo", vejo imagens daquele funeral da quarta série.

Como os alunos, eu também me lembro de que "não consigo" está morto.




Fonte - Momento Espírita



Comentário


Ao ler esta mensagem me veio a mente a lembrança do dia do meu acidente; lembranças não muito agradáveis.

Acidente esse que veio a me deixar tetraplégico e todo o desenrolar para a minha reabilitação.

Quem poderia imaginar que uma queda de bicicleta poderia ocasionar um traumatismo raqueo medular, o qual me deixou tetraplégico.

Quando tomei noção e consciência da minha situação a primeira pergunta que me veio a mente foi: porque isso foi acontecer comigo?

Ao mesmo tempo senti uma revolta e frustração imensa pelo acontecido, que a raiva e o ódio tomou conta de mim, a ponto de não raciocinar.

Com o decorrer do tempo e muita fisioterapia, passava se dias, meses e anos e nenhum resultado expressivo conseguia visualizar; passei a me desestimular perdendo a vontade de viver e me reabilitar.

Foi onde comecei a pensar para que tanto esforço se não consigo me movimentar, me sentindo o pior ser humano do mundo, me auto apiedando vendo que não iria chegar a lugar algum.

Isso ocorreu por um bom tempo; mas de repente depois de muito pensar comigo mesmo, resolvi enfrentar a fisioterapia novamente com coragem, força de vontade, perseverança e fé em Deus, que ia vencer.

Passado um tempo consegui com muito esforço pequenos progressos, que na realidade pra mim eram enormes vitórias; foi onde vi que o melhor era aceitar a nova realidade e conviver com as minhas limitações; um recomeço muito difícil, mas não impossível de realizar.

Fiz igual a professora e as crianças da mensagem, peguei o meu não consigo e o enterrei; tendo sempre em mente eu vou conseguir vencer.

Engraçado o mais incrível é que depois que aceitei a minha nova realidade de vida, tudo a minha volta passou a fluir bem; a ponto de surpreender os médicos que me acompanhavam no tratamento da reabilitação.

E hoje em dia faço coisas que jamais eu pensaria que iria fazer após o acidente; tudo graças a fé em Deus, na força de vontade, na coragem e na minha perseverança em querer vencer.

Temos mais mesmo que pegar nossos medos, insegurança, desânimo e não consigo fazer-lhes o enterro; e deixar despertar a força de vontade, coragem, perseverança e a fé em Deus que podemos conseguir chegar a vitória.

Assim deixaremos estas lembranças no passado; porque conseguimos nos superar a nós mesmo em nossa nova caminhada pela vida.

Tudo podemos nessa vida; fica única e exclusivamente a critério de cada um de nós e da nossa capacidade de superação.

Porque onde há vida, esperança, força de vontade, perseverança, disciplina, coragem, equilíbrio, tudo é possível.

A paz se encontra em nossos corações e almas porque somos filhos de Deus.

Para Ele não existem as diferenças somos todos iguais.

Porque Deus só deseja o nosso bem e a nossa felicidade.


Poucas coisas me tocam mais profundamente do que ver alguém discriminado e desacreditado vencendo, contrariando as estatísticas e deixando todos os seus críticos de boca aberta.

No momento da vitória, uma das únicas coisas que passam pela cabeça, em frações de segundos, é um filme completo com todas as dificuldades superadas, obstáculos vencidos e a certeza de que tudo valeu a pena.

Mas também é inevitável lembrar de todos os soldados feridos que ficaram pelo caminho.

Gente que lutou, sonhou, mas que em algum momento perdeu a fé, até mesmo em si, e resolveu seguir um plano B.

Talvez estes, com um pouquinho mais de perseverança estariam comemorando também.

Estatísticas estão aí para serem contrariadas e você veio a este mundo para fazer a diferença e não para ser mais um nessa multidão de desacreditados!

Jhonatta Oliver













2 comentários:

  1. Para se saber e algum projeto e sonho possa se concretiza é preciso que acreditemos em nós mesmos e perseverar em busca de nosso intento com muito trabalho e esforço; agora se nos sentimos derrotados sem ao menos tentar já estamos derrotados; tudo só é possível através de nosso esforço e trabalho, só depende de cada um de nós.

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    1. Concordo com o seu comentário em toda empreitada que assumimos em nossa vida á a necessidade primordial de acreditar em nosso poder de realizá-lo e assim trabalhar para se concretizar o objetivo desejado; e não desistirmos sem ao menos termos tentado realizá-lo nos dando como um projeto perdido.

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