Acreditar em si mesmo

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quarta-feira, 15 de março de 2017

Aprendendo - com a vida, com as crianças




APRENDENDO



A experiência é excelente mestra.

Disso todos sabemos.

Mas, por vezes, bem que poderíamos deixar de passar por algumas delas, muito desagradáveis.

Isso, se usássemos um pouco de calma e bom senso.

Narra um médico que ele tinha uma cirurgia de pequeno porte marcada.

Coisa nada complicada.

De toda forma, preparou-se no dia anterior, revisando todos os exames.

Seis e meia da manhã, em seu automóvel, dirigiu-se à clínica.

Cedo, ninguém na rua.

Ele seguia tranquilo, cantarolando, quando um carro cortou a sua frente, quase provocando um acidente.

Ele freou bruscamente.

Assustou-se.

A adrenalina subiu.

Ficou irritado, furioso!

Pensou no quase grave acidente provocado por um mau motorista.

Provavelmente, um bêbado saindo de uma noitada.

Indignado, acelerou e alcançou o carro, quadras adiante, num sinal fechado.

Abriu o vidro e verificou se tratar de uma mulher.

Descarregou nela, que estava com jeito de quem nem tinha percebido o que fizera, toda sua lista especial, de nomes ruins.

Começou por irresponsável, incompetente, terminando com o tradicional só podia ser mulher!

Nem ele mesmo sabia porque dissera aquilo, ao final. Intimamente tinha certeza de que sua noiva dirigia com muito mais atenção do que ele próprio.

Lembrou de alguns palavrões e os despejou também.

Ela devolveu, mais ou menos na mesma moeda.

Para não ouvir, ele foi fechando o vidro.

O sinal abriu.

Ele acelerou e cortou a frente dela, para devolver o gesto, exatamente na mesma medida.

Finalmente, chegou à garagem da clínica.

Agora, sentia-se um pouco mais calmo.

Afinal, tinha descarregado toda sua raiva e se sentia vingado.

Trocou de roupa.

Conferiu a mesa cirúrgica.

Abriu a porta da sala e chamou a paciente.

Era ela!

A mulher que cortara a sua frente.

Aquela que ele chamara de tudo e mais um pouco.

Aquela que, por vingança, ele tinha fechado, ao arrancar com seu carro, no último sinaleiro.

Dr. Diego gelou.

Rapidamente, colocou a máscara cirúrgica e o gorro, ficando somente com os olhos de fora, espiando e esperando.

Será que ela o reconhecera?

Ela entrou.

Ele falou com voz calma e pacífica, tentando disfarçar.

Ao menos naquele dia, deu certo.

Quer dizer, ele acredita que foi assim.

Se ela o reconheceu, disfarçou muito bem.

Nunca comentou nada.

Talvez, por educação.

Depois da cirurgia, ele ainda a atendeu no pós-operatório, por três vezes.

Nunca tocaram no assunto.

Mas Dr. Diego afirma:

Aprendi a não brigar no trânsito, nunca mais.

Pense nisso!


Nossa educação e o trato gentil são medidos nas situações adversas.

Naquelas em que somos desafiados a manter a calma.

É fácil ser educado em momentos de tranquilidade, em que os demais também se mostram educados.

O grande desafio é aprendermos, sem experiências amargas, preferencialmente, a sermos corteses, ponderados, educados nos momentos de crise, sustos e reveses.

E um bom momento é começar hoje a realizar a grande aprendizagem, o sadio exercício.


Fonte: - Momento Espírita, com base em blog de autoria de Diego Bassani, inserido na revista Seleções Reader’s Digest, de agosto de 2003. Em 16.3.2015.





APRENDENDO COM A VIDA.



Existem muitas oportunidades na vida que perdemos por estarmos olhando na direção oposta.

Ou, por estarmos distraídos, e só nos darmos conta quando a brisa da sua passagem nos atinge, ou seja, tarde demais.

Existem criaturas infelizes, no mundo, porque não pronunciaram certas palavras, não tomaram determinadas atitudes, enfim, não fizeram algo que lhes teria sido muito importante.

Foi certamente pensando em tudo isso, que William Shakespeare escreveu o poema Eu aprendi e que, numa tradução livre, diz mais ou menos assim:

Eu aprendi que a melhor sala de aula do mundo está aos pés de uma pessoa mais velha.

Eu aprendi que basta uma pessoa nos dizer:

Você fez meu dia”, para ele se iluminar.

Eu aprendi que ter uma criança adormecida nos braços é um dos momentos mais pacíficos do mundo.

Eu aprendi que ser gentil é mais importante do que estar certo.

Eu aprendi que sempre podemos orar por alguém quando não temos a força para ajudá-lo de alguma outra forma.

Eu aprendi que não importa quanta seriedade a vida nos exija, cada um de nós precisa de um amigo brincalhão para se divertir junto.

Eu aprendi que, algumas vezes, tudo de que precisamos é de uma mão para segurar e um coração para nos entender.

Eu aprendi que deveríamos ser gratos a Deus por não nos dar tudo que lhe pedimos.

Eu aprendi que são os pequenos acontecimentos diários que tornam a vida espetacular.

Eu aprendi que ignorar os fatos não os altera.

Eu aprendi que cada pessoa que conhecemos deve ser saudada com um sorriso.

Eu aprendi que devemos sempre ter palavras doces e gentis, pois amanhã talvez tenhamos que engoli-las.

Eu aprendi que um sorriso é a maneira mais barata de melhorar nossa aparência.

Eu aprendi que não podemos escolher como nos sentir, mas podemos escolher o que fazer a respeito.

Eu aprendi que todos querem viver no topo da montanha, mas toda felicidade e crescimento ocorre enquanto estamos escalando a montanha.

E, finalmente, eu aprendi que quanto menos tempo temos, mais coisas conseguimos fazer.


Se temos avós no lar, aproveitemos para lhes ouvir as histórias das suas vidas.

Aproveitemos a sua sabedoria antes que eles partam para as terras espirituais e fiquemos amargando a saudade.

Se temos crianças no lar, aproveitemos para lhes observar o sono, povoado de sonhos doces e ainda frescos dos orvalhos das manhãs.

Aprendamos com elas a nos entregar ao sono em tranquilidade e paz, usufruindo de cada momento para uma verdadeira recomposição das forças da alma.

Se temos conosco mãe, pai, um amor, digamos hoje, enquanto o sol brilha e as nuvens espalham manchas brancas no céu azul, digamos o quanto eles são importantes para a nossa vida, o quanto os amamos, o quanto os queremos bem.

Façamos isso hoje, já, agora, antes que o dia passe, a noite venha e as palavras morram, estranguladas, em nossa garganta, pela oportunidade desperdiçada, outra vez.


Fonte: - Momento Espírita, com base em tradução livre do texto I have learned, de William Shakespeare. Em 11.1.2014.





APRENDENDO COM AS CRIANÇAS



Um brinquedo, uma roupa, a pequena cama – os objetos que cercam a vida de uma criança conservam a sua energia quando ela se ausenta para ir à escola ou viaja..

Há naquelas coisas uma vibração que se percebe no ar.”

A beleza da desordem...

A desordem dos brinquedos espalhados pela sala; peças repletas de cores, sons, cantos arredondados e delicadeza.

A caminha desfeita, ainda aquecida, e lá novamente aquele desalinho sutil, terno, de pequenos cobertores e mantas sobrepostos, desencontrados e multicolores.

Tudo parece tão vivo, mesmo na ausência da protagonista daquele espetáculo radiante.

As crianças modificam os ares por onde passam.

Modificam o sentido da vida dos mais próximos.

Poucos – pobres no sentir – resistem ao seu sorriso, que nos faz recordar com clareza como são os sorrisos sinceros (tão esquecidos nos dias de hoje).

Poucos passam por elas sem receber uma injeção de vida, de coragem, pois são mensagens vivas de Deus aos homens dizendo, quem sabe:

Sejam gratos pela oportunidade da vida!

Ou:

A Criação é um hino constante de alegria, não deixem de ouvi-lo dia após dia!

E elas, as crianças, são arautos dos Céus, que mantêm em nossa Terra a docilidade, a esperança, a pureza.

Muitos – pobres no sentir – talvez ainda vejam a infância apenas como um período de preparação para a vida real.

Lamentável conclusão - precipitada e dura.

O que é a vida real?

Poderíamos perguntar.

A vida dos adultos que se esqueceram de sorrir, de brincar?

Que se esqueceram dos verdadeiros objetivos que os trazem aqui?

A vida do ter, da busca desenfreada pelo tal sucesso?

Não creia que a dita vida real esteja nas coisas do Mundo, e nas conquistas materiais.

Quem sabe, se soubéssemos perceber melhor a rotina das crianças, notaríamos nuances fabulosas desta verdadeira vida real.

A vida dos detalhes, da simplicidade, do viver o momento, dos abraços, beijos e carinhos.

A vida da valorização da família, da gratidão aos pais, da atenção ao pequeno bichinho que passa de uma folha para outra no jardim.

As crianças nos trazem lições constantemente.

Não somos nós, os adultos, que ensinamos a elas as coisas da vida, apenas.

Elas nos mostram caminhos, cores, espectros luminosos, da grande e verdadeira vida do Espírito.


E lhe trouxeram crianças para que as tocasse; os discípulos, porém, as repreendiam.

Vendo isto, Jesus disse-lhes:

"Deixai virem a mim as crianças, não as proibais, porque destas é o Reino de Deus.

Em verdade vos digo, quem não receber o Reino de Deus como uma criança, de modo algum entrará nele".

E abraçando-as, as abençoava, pondo as mãos sobre elas.


Fonte: - Momento Espírita com base em citação retirada da obra O som do silêncio, de Luis Carlos Lisboa, ed. Verus e do Evangelho de Marcos 10:13-16.



COMENTÁRIO.

Como podemos ver as 3 mensagens acima se complementam apesar de assuntos relatarem assuntos diferentes.

Mostra-nos que quanto mais vivemos temos muito para aprender com o nosso cotidiano.

Nunca paramos de angariar novos conhecimentos que vem complementar a nossa caminhada evolutiva e moral.

Para isso a vida está aí repleta de ensinamentos, como uma escola desde o berçario até a faculdade, onde pensamos ter conhecimento de tudo e não temos mais o que aprender.

É onde nos enganamos porque quanto mais sabemos nada sabemos, sempre haverá algo para aprender.

Aprendemos com nossos erros e acertos.

Aprendemos com a vivência e sabedoria dos mais velhos.

Aprendemos com as pessoas humildes.

Aprendemos com as crianças.

Aprendemos com os jovens.

Aprendemos com a natureza.

A vida a nossa volta sempre tem algo a nos oferecer, basta que fiquemos atentos a seu sinal.

Na realidade somos eternos aprendizes em plena caminhada evolutiva, onde vamos-nos tornando seres humanos melhores, contribuindo para o progresso do planeta













Um comentário:

  1. Muitas vezes não queremos admitir que a vida é uma escola e que sabemos tudo principalmente quando somos mais jovens e que podemos fazer o que quiser e quando quiser, mas, com o passar dos anos vemos que não é bem assim, porque a cada momento estamos aprendendo coisas novas e assim podemos concluir que quanto mais temos conhecimentos nada sabemos e que viver é um eterno aprendizado.

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