DESCRIÇÃO
DA IMAGEM:
Nesta
imagem temos Eduarda que está grávida de 8 meses no meio da foto,
sentada em sua cadeira de rodas, olhando para o chão e segurando sua
barriga.
Ele
está vestindo um top branco e uma saia de tule colorida.
Assim
como nos adaptamos para viver tranquilamente, podemos adaptar tudo
para a chegada de um bebê!
GESTAÇÃO
SOBRE RODAS
Ser
mãe é algo tão extraordinário que nenhuma gestação acaba sendo
igual a outra.
Pode
até acontecer coisas parecidas, mas mesmo que você leia 500 livros
sobre o assunto, nunca encontrará todas as respostas.
O
mesmo acontece com as mães cadeirantes que além de sentir várias
sensações comuns, também enfrentam alguns situações diferentes
por estar na cadeira de rodas.
E
como não existem muitos livros que falam diretamente sobre isso, nós
decidimos conversar com uma mãe e compartilhar com vocês tudo o que
ela passou e está passando durante sua gestação.
Para
conversar com a gente, convidamos a nossa grande amiga Eduarda
Oliveira que já esteve aqui no Cantinho dos Cadeirantes contando um
pouco sobre sua vida.
Ela
nos contou que se tornou cadeirante há 4 anos, devido a um acidente
automobilístico, ela teve uma lesão de nível T-11/T-12, que
ocasionou a perda completa dos movimentos e sensibilidade das pernas.
Antes
do acidente Eduarda já tinha sido agraciada com a vinda de seu
primeiro filho Pedro, que na época do acidente estava com 5 aninhos.
Hoje
ele tem 9 anos e está aguardando ansiosamente pela chegada do
irmãozinho!
DESCRIÇÃO:
Nesta
imagem temos a família de Eduarda e seus dois cachorros sentados na
grama, todos sorrido.
No
lado esquerdo está o marido, ao lado direito está Eduarda, atrás
dos dois está seu filho Pedro e na frente temos os dois
cachorrinhos.
Veja
como foi a nossa conversa com Eduarda Oliveira:
Seu
filho Pedro está com 9 anos agora, mas quando houve o seu acidente
ele tinha 5 aninhos...
Naquela
época, você chegou a questionar a sua capacidade de ser uma boa mãe
para ele?
Questionei
muito a minha capacidade de ser uma boa mãe!
Muita
coisa mudou para mim com o acidente, mas para ele mudou mais ainda,
pois eu fazia tudo com ele.
Eu
levava e buscava ele na escola, passeávamos nos finais de semana
para os parques e praças, ia nas apresentações das escolinhas
(coisa que hoje é difícil devido à falta de acesso para mim).
E
do nada sofri o acidente e comecei a pensar que não conseguiria
ajudá-lo em mais nada!
Graças
a Deus eu estava muito muito enganada!
Você
acreditou em algum momento que não conseguiria engravidar novamente?
Eu
tinha uma certa convicção que não poderia ter mais filhos devido a
essa condição, e acreditei que eu tinha sido mãe cedo porque era
"o plano de Deus" para o que estava por vir...
Pensava
que era como ele me dissesse: "lhe darei um filho agora com 16
anos pois daqui uns anos você será incapaz" esse era meu
pensamento!
Eu
queria outro bebê, mas não nesse momento... planejava para depois
de formada.
Mesmo
assim vivia pesquisando sobre gravidez e paraplegia, e pelo que lia
nos artigos me sentia tranquila quanto a isso.
Você
engravidou por querer, ou foi uma surpresa?
Devido
a minha condição, os músculos foram enfraquecendo e com isso tive
um Prolapso de bexiga e útero...
Com
o tempo a única solução seria a retirada do útero.
A
partir daí, os planos mudaram e comecei a batalha para engravidar!
Se quisesse outro filho teria de ser agora!
Após
4 meses de tentativa e uma perda, eis que veio a surpresa!
Um
positivo!
Nesta imagem temos Eduarda vestindo roupas azuis, ela está de lado, olhando para sua barriga enquanto está sentada em sua cadeira de rodas.
Ao
fundo apare algumas árvores.
Como
está sendo a gestação?
Minha
gestação está sendo bem controlada!
Devido
a minha condição somada à falta de circulação, ela é
considerada de risco.
Faço
acompanhamento com vascular, obstetra, fisioterapia motora para
estimular a circulação, uso controlado de aspirina para ajudar
também na circulação do sangue.
Tirando
esses detalhes, estamos bem graças a Deus.
Do
começo até uns 6 meses foi batata!!!
Agora
está tudo muito difícil.
A
barriga grande dificulta as transferências, o sono, a coluna dói
mais que o normal.
Sem
duvida parte mais difícil é o peso da barriga.
Você
logo achou um profissional que aceitasse acompanhar sua gestação,
ou teve dificuldade nisso?
Tive
um pouco de dificuldade de encontrar um profissional que me atendesse
bem!
Passei
por 3 obstetras diferentes, fiquei em dúvida de 2 deles, mas no fim
acho que fiz uma boa escolha.
É
importante ressaltar o quanto é difícil encontrar um profissional
que já teve pacientes cadeirantes e gestantes!
Percebi
o quanto eles ficam inseguros com essa situação.
Como
você está planejando o parto?
Como
não consigo fazer força, infelizmente o Bernardo virá ao mundo
através de uma cesariana.
O
Pedro foi parto normal e eu queria muito que o Bernardo viesse deste
modo também, mas após muita avaliação e conversa com os médicos,
a decisão foi a cesariana mesmo.
Para
meu bem e pelo bem dele também.
Ainda não marcamos a data ao certo,
mas ao que tudo indica será na semana do dia 18 de Abril.
Eduarda segurando sua barriga, com um sorriso lido e olhando para o céu.
Ela
veste roupas azuis.
Como
você está se sentindo?
Sou
muito medrosa, e como uma boa medrosa estou me sentindo insegura e
com bastante medo.
Mas
no fundo eu sinto que já deu tudo certo!
O
que me conforta e me acalma é exatamente pensar que já deu certo!
Você
já fez alguma adaptação em sua casa para conseguir lidar com seu
bebê?
O
quartinho dele foi planejado para que eu tivesse espaço para tocar a
cadeira.
O
trocador e a cama de babá tem a altura certa para mim!
Desta
forma consigo fazer as transferências sem medo e consigo trocar ele
sem ajuda e sem incomodo.
O
bercinho dele também foi escolhido especialmente pensando na
facilidade de eu mesma colocá-lo e tirá-lo sozinha sem ajuda.
Ele
abaixa uma das grades laterais.
Tem
alguma coisa que queira acrescentar e deixar um recado para as
futuras mamães cadeirantes?
Bom,
sim é possível ser mãe da cadeira de rodas!
Assim
como nos adaptamos para viver tranquilamente nossas vidas, é
possível adaptar tudo para a chegada de um bebê!
Desde
que se faça acompanhamento pré natal certinho, é possível ter uma
gestação tranquila!
É
uma etapa da vida que toda e qualquer mulher deve experimentar!
É um
sentimento inexplicável.
Cada
chute, cada pulinho é um misto de amor e felicidade fora do comum!
Acompanhar
o crescimento e desenvolvimento de um ser dentro de nosso ventre é
fantástico.
Então,
vamos aguardar a chegada do Bernardo e emanar energias positivas para
a mamãe Eduarda e para toda sua família!
Em
breve traremos novidades sobre eles e prometo postar uma foto do
pequeno Bernardo assim que nascer!
Nesta
imagem temos Eduarda de olhos fechados, uma coroa de flores, sentada
em um balanço, vestindo um top branco e uma saia branca bem
volumosa.
Ao
fundo aparece algumas árvores.
Fonte:
cantinhodoscadeirantes.com.br
fotos: Arquivo pessoal
Secretaria
e OAB SP assinam convênio para difusão da Lei Brasileira de
Inclusão da Pessoa com Deficiência
Na
tarde desta terça-feira, 28 de março, aconteceu na sede da Ordem
dos Advogados do Brasil – OAB SP, a assinatura do Convênio entre
a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de
São Paulo e a OAB SP.
O
objetivo é difundir a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com
Deficiência – LBI (Lei nº 13.146/15) nos cursos de Direito.
Secretária
Dra. Linamara assina Convênio com OAB SP. Dr. Marcos Observa.
Estiveram
presentes a Secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com
Deficiência de São Paulo, Dra. Linamara Rizzo Battistella; o
presidente da OAB SP, Marcos da Costa; o presidente da Comissão de
Direito Civil, Marcelo de Almeida Villaça Azevedo; o presidente da
Comissão de Direitos da Pessoa com Deficiência da OAB SP, Mizael
Conrado de Oliveira; entre outras autoridades.
A
Secretária Dra. Linamara enfatizou a importância da parceria com a
OAB SP. “Essa casa tem sido sede de momentos importantes na
valorização de todos os humanos, com e sem deficiência, e na sua
gestão, em particular, Dr. Marcos, a pessoa humana com deficiência
tem tido uma prioridade inquestionável”.
Segundo
a Secretária, se entendermos o valor da diferença e a necessidade
de atender a essas diferenças de forma igualitária, vamos entender
o quanto precisamos aprimorar o espírito da Lei.
“Ela
tem uma importância enorme, é a primeira lei que traduz de uma
maneira clara o direito de todas as pessoas com deficiência”.
Dra.
Linamara recordou a Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas
com Deficiência, documento ratificado em 2008 pelo Brasil.
“Eu
entendo que nós temos uma lei maior constitucional que é a
Convenção da ONU sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência, que
teve uma importância enorme no cenário nacional e agora temos uma
lei ordinária com igual importância”.
O
presidente da OAB SP, Marcos da Costa, falou sobre a importância de
auxiliar a população com deficiência e que ainda neste ano, farão
uma Conferência Nacional que terá em um de seus painéis o tema
“LBI”.
Dr.
Marcos Costa, da OAB SP, assina convênio com a Secretaria. Dra.
Linamara observa.
“Para
a OAB SP é uma honra formar esse convênio e trabalhar em conjunto
com a Secretaria, estamos empenhados nessa causa que é muito
importante para a cidadania”, ressaltou.
A
LBI entrou em vigor em janeiro de 2016 e fortalece o segmento das
pessoas com deficiência.
Se
soma a outras leis de igual importância, como a Convenção da ONU
e a Lei de Cotas (8213/91), que reserva postos de trabalho às
pessoas com deficiência.
A
LBI atende ao segmento formado por 45,6 milhões de brasileiros com
algum tipo de deficiência. No Estado de São Paulo são 9,3
milhões.
Fonte:
- pessoacomdeficiencia.sp.gov.br
A história dessa mulher é maravilhosa; uma verdadeira guerreira que mostra as pessoas que a maternidade é possível para todas a mulheres deficientes, desde que estejam com saúde não existe nenhuma restrição; pena que são poucos os médicos que tem conhecimento do acompanhamento de mulheres deficientes na gestação é preciso haver mais profissionais especializados para atende-las adequadamente.
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