Acreditar em si mesmo

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terça-feira, 18 de abril de 2017

A vida depois de ficar.... paraplégico.


Ex-secretário de turismo do DF, Tavinho está sobre uma cadeira de rodas. Após cair do telhado de casa, ele reaprende e ensina a viver




A vida depois de… Ficar paraplégico ao dar um passo em falso.




Ex-secretário de turismo do DF, Tavinho está sobre uma cadeira de rodas.

Após cair do telhado de casa, ele reaprende e ensina a viver

Em uma manhã de domingo até então tranquila, Luis Otávio Neves, 50 anos, resolveu consertar o telhado de casa na Quadra 23 do Park Way.

Enquanto arrumava as telhas, a sua companheira há 16 anos, Mariana Braga, o amparava.

Era 31 de maio de 2015 e, em questão de segundos, a vida deste homem virou de cabeça para baixo.

Após um pequeno descuido, Tavinho, como é carinhosamente conhecido, sofreu uma queda do teto ao chão.

Calçando um tênis, ele subiu no telhado com a ajuda de uma escada.

Depois de pisar em falso, acabou quebrando uma das telhas, caiu de uma altura de 3m e ficou paraplégico.

Gritei de dor e percebi que já não sentia mais as pernas”, lembrou.

Ele fraturou a vértebra L1 e o impacto do acidente comprimiu a medula espinhal.

Um movimento errado mudou tudo.

Eu poderia ter morrido”, lembra. Durante 30 dias, ele ficou internado no Hospital Sarah Kubitschek, onde começou sua reabilitação.

Um ano antes da queda, o publicitário e bacharel em direito atuou como Secretário de Turismo da gestão de Agnelo Queiroz (PT) no GDF.

Ocupou a posição entre 2011 e 2014.

No cargo, ele lidou com situações profissionais difíceis de solucionar.

A realização de uma Copa do Mundo, até então, estava no topo de sua lista de desafios.

Após o acidente, ele redefiniu o conceito da palavra “dificuldade”.

Hoje, nada o deixa mais feliz que perceber a evolução diária em sua recuperação.

Pequenas vitórias são motivos de grande alegria.

Durante dois meses, ele contou com ajuda de um cuidador para fazer tarefas ordinárias, como tomar um banho.

Essas conquistas simples o encorajaram a testar seus limites.

Este ano, consegui fazer um mergulho em Cozumel (México).

Quase chorei embaixo do mar.

Um dia ainda vou tentar esquiar novamente”, projeta.

Não dá mesmo pra duvidar dos planos dele.

Na cadeira de rodas, Tavinho já andou de barco, nadou em rio e viajou para acompanhar as Olimpíadas Rio 2016.

Assistir aos Jogos Paralímpicos, contudo, não foi possível devido a uma cirurgia pela qual ele passou.


Tavinho com a mulher e os filhos

O ex-secretário foi submetido a uma operação que tinha o objetivo de diminuir a intensidade da dor neuropática – causada por lesão no sistema nervoso central.

Para tentar amenizar o desconforto, Tavinho toma, em média, nove remédios diferentes diariamente.

O esporte também tornou-se um aliado no tratamento.

Ele pratica canoagem e desbrava as águas do Lago Paranoá duas vezes por semana.

Um detalhe: o caiaque não é adaptado para usuários de cadeira de rodas, mas ele enfrenta o desafio.

Dirigir foi mais um obstáculo nesse processo de readaptação.

Ele precisou se matricular em uma autoescola e aprendeu a conduzir um carro sem o movimento das pernas, em um veículo com câmbio automático.

No lugar dos pedais, Tavinho com as mãos freia e acelera o automóvel por meio de uma alavanca.

Tudo para poder ter autonomia, levar os filhos ao colégio, comprar os próprios remédios e ir a consultas.

Mariana, casada com Tavinho, admira a postura do marido, que não perdeu a alegria.

Ele é o mais otimista e sempre manteve o bom humor.

Escolheu esse modelo da cadeira, mais leve, porque a gente sempre gostou de dançar e ele queria continuar dançando.”

Nunca me dei o direito de ficar de baixo astral.

Tenho dois filhos, uma mãe de 84 anos, esposa.

Se eu me permitisse a tristeza, isso jogaria para baixo a minha família inteira”

Barreiras no caminho

Ao perder os movimentos das pernas, Tavinho, que já esteve no papel de gestor no DF, sentiu o peso de uma cidade mal planejada.

Por falta de acessibilidade, para transitar nas comerciais do Plano Piloto e até mesmo na Rua das Farmácias, ele, muitas vezes, precisa se arriscar junto aos carros nas pistas.

A primeira visita a um shopping depois de deixar o hospital marcou Tavinho e família.

Durante um passeio ao Gilberto Salomão, o publicitário se viu impedido de entrar em uma loja de departamentos por falta de passagem para a cadeira de rodas.

Ao se encontrar por acaso com o dono desse centro de compras, ele sugeriu a adaptação do local para maior acessibilidade.

A resposta, segundo Tavinho, não foi gentil.

O empresário o aconselhou a deixar o prédio, dar a volta no estacionamento e entrar pelo subsolo.

Ele ainda me disse que seria um ótimo exercício”, acrescentou o ex-secretário de turismo.

O caso virou ocorrência na 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul). Tavinho, no entanto, não prosseguiu com a denúncia.

A intimação do empresário para prestar depoimento já satisfez o ex-secretário, que preferiu guardar suas energias para novas batalhas.

Desde o acidente, Tavinho se distanciou da atividade política. Em 2012, ele viveu momentos de turbulência em sua vida pública.

Na época, ele integrava as bases do PSB, partido liderado no DF pelo então senador Rodrigo Rollemberg.

Quando Rollemberg deixou de apoiar a administração de Agnelo Queiroz, Tavinho preferiu sair do partido a abrir mão do cargo de secretário.

A divergência gerou um mal estar naquele período, mas não abalou a amizade entre ele e o hoje governador, que lhe deu demonstrações de solidariedade após a queda.

Tavinho tem fé que a limitação física é passageira.

Ele mantém-se forte na esperança de não mais precisar da cadeira de rodas.

Nunca perguntou aos médicos se voltará a andar.

Nenhum deles vai me dizer com certeza e não quero receber uma resposta que vai me jogar lá para baixo.

Tenho certeza que vai acontecer.

Eu faço a minha parte”, diz, com um sorriso tranquilo.


Fontes: - Metropoles - turismoadaptado.wordpress.com



Presidentes de Comissões das Pessoas com Deficiência criticam mudanças na Previdência.

por Ana Lucia de Oliveira*

 
 
O I Encontro de Presidentes das Comissões dos Direitos das Pessoas com Deficiência contou com a participação de vários Presidentes de Seccionais no Conselho Federal da OAB, em Brasília, no dia 11 de abril com o mesmo propósito, discutir da efetivação da Lei 13.146/2015, a Lei Brasileira de Inclusão e reformas que estão em pauta no Congresso Nacional, cujo objetivo é esvaziar e/ou diminuir direitos das pessoas com deficiência.

A Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da OAB/MG,

Dra. Ana Lúcia de Oliveira esteve presente no Encontro.

Dentre os temas discutidos foram:
1- prerrogativas dos advogados com deficiência - Palestrante: Dr. Jarbas Vasconcelos – Conselheiro Federal e Presidente da Comissão Nacional de Defesa das Prerrogativas e Valorização da Advocacia;

2- direito do consumidor voltado para as pessoas com deficiência - Palestrante: Marié Lima Alves de Miranda – Conselheira Federal e Presidente da Comissão Especial de Defesa do Consumidor;

3- POLÍTICA PÚBLICA DE SAÚDE VOLTADO PARA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

Palestrante: Tadahiro Tsubouchi – Vice-Presidente da Comissão Especial do Direito Médico e da Saúde;

4- PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO VOLTADO PARA OS(AS) ADVOGADOS(AS) COM DEFICIÊNCIA

Palestrante: Dra. Hellen Falcão de Carvalho – Vice-Presidente da Comissão Especial de Direito da Tecnologia e Informação e Conselheira Estadual da OAB/DF.

Dentre os trabalhos específicos da Comissão foram debatidos e apresentados Apresentação do Plano de Trabalho da Comissão Especial dos Direitos da Pessoa com Deficiência; Apresentação e discussão do Plano de Valorização dos(as) Advogados(as) com Deficiência e Discussão sobre o impacto da aprovação da PEC 287/2016 para os direitos das Pessoas com Deficiência.

A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência já apresentou uma nota contra a reforma da Previdência, que cerceia direitos já arduamente conquistados, que segue abaixo:


O I Encontro foi muito proveitoso, pois foi um aprendizado com os palestrantes e o diálogo com a Comissão Nacional, em que foram discutidos diversas realidades para uma consolidação dos trabalhos das Comissões


ANA LÚCIA DE OLIVEIRA

Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da OAB/MG

terça-feira, 11 de abril de 2017 às 18h36

Brasília – Foi realizado na sede da OAB Nacional, nesta terça-feira, o I Encontro de Presidentes das Comissões dos Direitos das Pessoas com Deficiência.

O evento reuniu dirigentes de todas as Seccionais da Ordem para debater temas como reforma da Previdência, acessibilidade, plano nacional de valorização e direito do consumidor, entre outros.

O presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, saudou a realização do encontro e reafirmou a disposição da diretoria da Ordem e do Conselho Pleno para as demandas vindas das Comissões dos Direitos das Pessoas com Deficiência.

Lamachia também elogiou a iniciativa dos presidentes das comissões de propor alterações ao projeto de reforma da Previdência apresentado pelo governo federal. “A OAB assumiu protagonismo total de contrariedade a esse projeto. Não somos contra ajustes na Previdência, mas qualquer ideia precisa passar por um amplo debate. É passada a ideia de que as mudanças têm de ser impostas de cima para baixo”, afirmou Lamachia.


O presidente da Comissão Especial dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Josemar Santos, explicou que o colegiado irá propor que se adicione à carta aberta elaborada pela OAB Nacional dispositivo sobre os deficientes.

A proposta é que seja retirada da reforma da Previdência qualquer alteração em relação a essas pessoas, principalmente a aposentadoria especial e o BPC (Benefício da Prestação Continuada).

A pessoa com deficiência tem uma perspectiva de vida menor do que quem não tem deficiência. Seria ilógico tratar com igualdade”, afirma.

Segundo o vice-presidente da Comissão, Joelson Dias, o encontro serviu para se chegar a uma sistematização do trabalho das comissões em conjunto com a OAB Nacional.

Também saudou a aprovação do Plano do Advogado com Deficiência, com uma série de medidas e propostas que podem ser adotadas pela entidade para garantir a plena acessibilidade de todos os profissionais.

O encontro também debateu acessibilidade não só na OAB, mas em toda a Justiça, conforme a Lei n. 13.146/2015, a Lei Brasileira de Inclusão, que prevê acesso irrestrito, tanto arquitetônico quanto eletrônico, no âmbito do PJe.













2 comentários:

  1. Olha depois de ficar paraplégico ou tetraplégico há aceitação é muito difícil por um bom tempo, porque ´tem que se recomeçar da estaca zero ou seja reaprender tudo novamente como: alimentar, vestir(isso é quando se pode fazer sozinho), higiene pessoal e outras coisas; agora quando já se nasce com a deficiência torna-se uma rotina porque está aprendendo a viver com ela desde o começo como uma vida normal, é por onde há a diferença de se tornar ou nascer com deficiência.

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  2. Nossa, muito inspirador! Que tudo de bom aconteça na sua vida.

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