Acreditar em si mesmo

Acreditar em si mesmo

sábado, 15 de abril de 2017

Os vencedores





VENCEDORES




Quem acha que perder é ser menor na vida...

Quem sempre quer vitória e perde a glória de chorar...

Eu... Que já não quero mais... Ser um vencedor.

Levo a vida devagar... Pra não faltar amor.


A letra da música popular é de extrema beleza e profundidade.

No mundo da vitória a qualquer custo, dos vencedores de berço e coisa e tal, é necessário pensar um pouco sobre tudo isso.

Todos queremos vencer, é certo.

A natureza nos impulsiona para as vitórias sempre, para o crescimento contínuo e inevitável.

Porém, no entendimento humano da palavra vencer, e em quem julgamos serem vencedores é que está a questão fundamental.

Adianta vencer profissionalmente, ter sucesso e fama, se nos falta amor?

Adianta ser considerado um vencedor do esporte, na carreira, na arte, se, como pais, cônjuges, filhos, irmãos, somos verdadeiros derrotados?

Vale a pena vencer a qualquer custo?

Esse não seria um comportamento deveras imediatista, sem considerar a vida como um todo, incluindo sua continuidade além-túmulo?

Será que vencedores são apenas aqueles que conseguem - neste país de tantas dificuldades - concluir um ensino superior?

Será esse nosso único critério de vitória?

A formação intelectual, as conquistas profissionais e as riquezas acumuladas?

Seria certamente uma vitória muito pobre...

Criar um vencedor no lar, na pessoa de um filho, não é apenas lhe dar as oportunidades da formação intelectual.

Criar um vencedor é criar um homem de bem, que saiba valorizar o amor e os relacionamentos saudáveis acima de tudo.

Criar um vencedor é ensiná-lo a perder, e lidar com as derrotas da vida, procurando extrair delas sempre lição preciosa de engrandecimento moral.

Aparentes derrotas são preparações fundamentais para que as grandes vitórias sejam possíveis.

Por isso, levar uma vida devagar, pode significar dar mais atenção à família, pode significar dar-se mais aos outros.

Na vida de quem não falta amor, há sempre muitas, e inesquecíveis vitórias.


Venci... O mundo, a mim mesmo...

A minha falta de visão clara sobre as coisas.

Venci a vontade de querer mais...

Troquei pela vontade se "ser" mais.

Venci a inércia, a vontade de não ter vontade, e me arremessei ao mundo, de braços abertos, sem esperar nada das pessoas e nem de mim.

Não sou vencedor aos olhos do mundo.

Minha vitória é secreta, quieta, segura...

É minha.

Amo mais a cada dia, e cada dia me ama mais.

Vivo um amor plenamente correspondido com a vida.

Venci, sim, a mim mesmo.

Minha consciência me aplaude, mas ao mesmo tempo me diz: muitas vitórias ainda te aguardam.


Fonte: - Momento Espírita com base em trecho da música O vencedor, de Marcelo Camelo, e em poema de autor desconhecido. Em 21.11.2008.





VENCENDO A ADVERSIDADE



A história de algumas vidas é verdadeiro exemplo.

Enquanto alguns justificam o próprio fracasso pelas dificuldades que os abraçaram, nos anos primeiros da infância ou da adolescência, outros atestam a sua vitória, ante as questões mais adversas possíveis.

Mario Capecchi é um desses exemplos. Em 2007, foi laureado com o Prêmio Nobel de Medicina, juntamente com seus colegas Oliver Smithies e Martins Evans.

Foram premiados por suas descobertas relacionadas às células-tronco embrionárias e a recombinação do DNA em mamíferos.

Mario Capecchi nasceu em Verona.

Vivia nos Alpes tiroleses e, com apenas três anos e meio, viu sua mãe ser levada pela Gestapo.

Ela era poetisa antinazista e, pressentindo que poderia ser presa, vendeu tudo o que tinha e deu o dinheiro a uns granjeiros do Tirol, para que lhe cuidassem do filho, caso algo ruim viesse a ocorrer com ela.

Durante cerca de um ano, Mario foi cuidado pelos granjeiros mas, seja porque o dinheiro acabou ou qualquer outro motivo, o garoto foi colocado na rua.

Assim, dos quatro e meio aos nove anos, Mario viveu nas ruas, com um grupo de pirralhos.

O que ele se recorda, desses tempos, é que vivia com fome.

Acabou sendo internado, durante um ano inteiro, em um hospital de Verona, portador de febre tifoide, provocada pela má nutrição.

Com o final da guerra, sua mãe Lucy foi, finalmente, libertada do campo de concentração de Dachau e, depois de longas buscas, o encontrou.

Mais tarde, se transferiram para a Filadélfia, nos Estados Unidos, onde Lucy tinha um irmão.

E foi somente então, aos treze anos, que Mario aprendeu a ler.

Dedicou-se com afinco, estudou e progrediu.

Da experiência dos dias difíceis da infância abandonada, das amarguras sofridas nas ruas, aproveitou ele para crescer.

Hoje, professor na Universidade de Utah, nos Estados Unidos, demonstra que todas as experiências que lhe foram adversas, ele utilizou para seu progresso.

E sorri.

Sorri sempre.

Nada de ficar a chorar amarguras, nada de estacionar no passado doloroso.

Aos seus alunos, ele leciona que para se conseguir algo é preciso esforço, paciência e perseverança.

Ele é o exemplo vivo do que ensina.


A dor é uma bênção que Deus envia a seus eleitos.

Sejamos pacientes.

A paciência também é uma caridade e devemos praticar a lei de caridade ensinada pelo Cristo, enviado de Deus.

A caridade que consiste na esmola dada aos pobres é a mais fácil de todas.

Outra há, porém, muito mais penosa e, portanto, muito mais meritória: a de perdoarmos aos que Deus colocou em nosso caminho para serem instrumentos do nosso sofrer e para nos porem à prova a paciência.

A vida é difícil, com certeza.

Compõe-se de mil nadas, que são outras tantas picadas de alfinetes, mas que acabam por ferir.

Se, porém, atentarmos nos deveres que nos são impostos, nas consolações e compensações que, por outro lado, recebemos, havemos de reconhecer que são as bênçãos muito mais numerosas do que as dores.

O fardo parece menos pesado, quando olhamos para o Alto, do que quando nos curvamos para a terra.

Sejamos pacientes, perseverantes.

Sejamos vitoriosos.

Fonte: - Momento Espírita, com base em dados biográficos de Mario Capecchi e no item 7, do cap. IX de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, ed. FEB. Em 4.10.2013.





VENCENDO O DESÂNIMO


O grande carro de luxo parou diante do pequeno escritório à entrada do cemitério e o chofer, uniformizado, dirigiu-se ao vigia.

Você pode acompanhar-me, por favor?

É que minha patroa está doente e não pode andar, explicou.

Quer ter a bondade de vir falar com ela?

Uma senhora de idade, cujos olhos fundos não podiam ocultar o profundo sofrimento, esperava no carro.

Sou a Sra. Adams, disse-lhe.

Nesses últimos dois anos mandei-lhe cinco dólares por semana...

Para as flores, lembrou o vigia.

Justamente.

Para que fossem colocadas na sepultura de meu filho.

Vim aqui hoje, disse um tanto consternada, porque os médicos me avisaram que tenho pouco tempo de vida.

Então quis vir para uma última visita e para lhe agradecer.

O funcionário teve um momento de hesitação, mas depois falou com delicadeza:
Sabe, minha senhora, eu sempre lamentei que continuasse mandando o dinheiro para as flores...

Como assim?

Perguntou a dama.

O rapaz respondeu um tanto reticente:

É que... a senhora sabe... as flores duram tão pouco tempo...

E afinal, aqui, ninguém as vê...

O senhor sabe o que está dizendo?

Retrucou a dama.

Sei, sim senhora.

Pertenço a uma Associação de Serviço Social, cujos membros visitam os hospitais e os asilos.

Lá, sim, é que as flores fazem muita falta...

Os internados podem vê-las e apreciar seu perfume.

A senhora deixou-se ficar em silêncio por alguns segundos.

Depois, sem dizer uma palavra, fez sinal ao chofer para que partissem.

Meses depois, o vigia foi surpreendido por outra visita.

Duplamente surpreendido porque, dessa vez, era a própria senhora que vinha guiando o carro.

Agora eu mesma levo as flores aos doentes, explicou-lhe, com um sorriso amável.
O senhor tem razão.

Os enfermos ficam radiantes e fazem com que eu me sinta feliz.

Os médicos não sabem a razão da minha cura, mas eu sei.

É que reencontrei motivos para viver.

Não esqueci meu filho, pelo contrário, dou as flores em seu nome e isso me dá forças.

A Sra. Adams descobrira o que quase todos não ignoramos mas muitas vezes esquecemos.

Auxiliando os outros, conseguira auxiliar-se a si própria.


Não é necessário visitar o túmulo dos entes queridos que partiram para levar o nosso carinho.

É que eles, definitivamente, não estão ali, onde foi enterrado o corpo físico, mas são como pássaros que deixaram a gaiola e voam livres.

Para que demonstremos o nosso afeto, basta que lhes enviemos as flores da nossa gratidão através do pensamento impulsionado pelos sentimentos de afeto que sempre nos nutriu e eles perceberão, onde quer que estejam.

Assim, a nossa visita ao cemitério será apenas para conservação e limpeza do lugar que serviu de aduana para a libertação do ser a quem tanto amamos e que continua vivendo.


Fonte: - Momento Espírita. Disponível no CD Momento Espírita, v.4, ed. FEP. Em 18.7.2013





VENCEDORES


Quando se contam histórias de triunfadores, de pessoas que venceram óbices e alcançaram seus sonhos, a reação de muitos é de incredulidade.

Ou, então, se ouvem expressões como:

Bom, mas esse é um caso em mil... ou milhão.

No entanto, cada vez mais se apontam exemplos de tenacidade, de esforço hercúleo, de criaturas que superaram todas as expectativas.

E era justamente por esse motivo que aquele caminhoneiro, sentado na plateia, chorava sem parar.

Ele estava acostumado a viajar pelas estradas deste imenso país.

Semanas e semanas longe do aconchego do lar, vencendo os quilômetros, entregando preciosas cargas, em obediência a prazos apertados.

Um trabalho solitário, na boleia do seu caminhão, dirigindo horas a fio.

Vez ou outra, uma buzina amiga lhe diz que outro solitário motorista se encontra, também, vencendo a estrada, quilômetro a quilômetro.

Um acenar de mãos, um sorriso.

Depois, o retorno à monotonia do asfalto.

Sol, chuva, frio, calor, lá está o senhor Renê Martins no seu mister.

Naquele final do ano de 2009, ele apertava a mão da esposa, dona de casa, ao seu lado, igualmente emocionada e procurava entender como seu filho chegara tão longe.

Seu filho, um belo rapaz de vinte e sete anos, Wallace, ali estava para receber um prêmio internacional em um Congresso sobre Processamento de Sinais.

Nascido e criado numa zona de guerra do Rio de Janeiro, o Complexo do Alemão, Wallace já fora o centro das atenções na formatura da turma da Faculdade de Engenharia Eletrônica e da Computação, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Cursando o doutorado, ele mostrou ser possível usar pequenos artifícios para aumentar a quantidade de dados transmitidos por TV digital e banda larga móvel.

O filho de um caminhoneiro e uma dona de casa, nascido em local de intranquilidade e, para muitos, símbolo de desordem e criminalidade.

Mais um vencedor.

Mais um exemplo a ser seguido.

Em tempos em que tanto se fala a respeito de jovens envolvidos com drogas, com festas rave e outras loucuras, alguém que demonstra o valor da vontade.

Quando se ouve que quem não tem apadrinhamento no mundo não vence, é bom conhecer a história de Wallace que, à semelhança de outros tantos, venceu por seu esforço, por sua dedicação aos estudos.

E diz, através do seu exemplo, a todos os jovens como ele próprio, ou aos adolescentes que se preparam para o ingresso universitário, que não importam raízes, quando se perseguem metas com tenacidade.

Demonstra que o mundo bom pelo qual anelamos vai se alicerçando, a pouco e pouco, embora, na face da Terra.

Exemplifica que, quando se vão colher louros, não se deve esquecer dos que nos ofertaram o corpo físico, nos alimentaram e conosco sonharam: nossos pais.

Finalmente, de que é o Espírito imortal que define diretrizes e pode, energicamente, suplantar óbices, afastar pedregulhos e conquistar sonhos.

Pode-se, enfim, tocar as estrelas e conquistar a lua.

Pensemos nisso.


Fonte: - Momento Espírita, com base em fato, narrado por Carlos Rydlewski, em Seleções Reader´s Digest, de junho de 2010. Em 02.05.2012











Um comentário:

  1. Toda pessoa é um vencedor na vida, a partir do momento que planejamos metas, projetos e objetivos para nossa caminhada; e assim damos inicio ao trabalho de com muita disciplina, coragem, boa vontade, fé perseverança e muito esforço vamos lutando para concluir nossos objetivos que darão sentido a nossa vida.
    O homem sem um objetivo de vida não vive apenas passa pela vida.

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