VENCEDORES
Quem
acha que perder é ser menor na vida...
Quem
sempre quer vitória e perde a glória de chorar...
Eu...
Que já não quero mais... Ser um vencedor.
Levo
a vida devagar... Pra não faltar amor.
A
letra da música popular é de extrema beleza e profundidade.
No
mundo da vitória
a qualquer custo,
dos vencedores
de berço
e coisa e tal, é necessário pensar um pouco sobre tudo isso.
Todos
queremos vencer, é certo.
A
natureza nos impulsiona para as vitórias sempre, para o crescimento
contínuo e inevitável.
Porém,
no entendimento humano da palavra vencer,
e em quem julgamos serem vencedores
é que está a questão fundamental.
Adianta
vencer profissionalmente, ter sucesso e fama, se nos falta amor?
Adianta
ser considerado um vencedor
do esporte, na carreira, na arte, se, como pais, cônjuges, filhos,
irmãos, somos verdadeiros derrotados?
Vale
a pena vencer a qualquer custo?
Esse
não seria um comportamento deveras imediatista, sem considerar a
vida como um todo, incluindo sua continuidade além-túmulo?
Será
que vencedores são apenas aqueles que conseguem - neste país de
tantas dificuldades - concluir um ensino superior?
Será
esse nosso único critério de vitória?
A
formação intelectual, as conquistas profissionais e as riquezas
acumuladas?
Seria
certamente uma vitória muito pobre...
Criar
um vencedor
no lar, na pessoa de um filho, não é apenas lhe dar as
oportunidades da formação intelectual.
Criar
um vencedor
é criar um homem de bem, que saiba valorizar o amor e os
relacionamentos saudáveis acima de tudo.
Criar
um
vencedor
é ensiná-lo a perder, e lidar com as derrotas da vida, procurando
extrair delas sempre lição preciosa de engrandecimento moral.
Aparentes
derrotas são preparações fundamentais para que as grandes vitórias
sejam possíveis.
Por
isso, levar uma vida devagar,
pode significar dar mais atenção à família, pode significar
dar-se mais aos outros.
Na
vida de quem não falta amor, há sempre muitas, e inesquecíveis
vitórias.
Venci...
O mundo, a mim mesmo...
A
minha falta de visão clara sobre as coisas.
Venci
a vontade de querer mais...
Troquei
pela vontade se "ser" mais.
Venci
a inércia, a vontade de não ter vontade, e me arremessei ao mundo,
de braços abertos, sem esperar nada das pessoas e nem de mim.
Não
sou vencedor aos olhos do mundo.
Minha
vitória é secreta, quieta, segura...
É
minha.
Amo
mais a cada dia, e cada dia me ama mais.
Vivo
um amor plenamente correspondido com a vida.
Venci,
sim, a mim mesmo.
Minha
consciência me aplaude, mas ao mesmo tempo me diz: muitas vitórias
ainda te aguardam.
Fonte:
- Momento Espírita com base em trecho da música O
vencedor,
de Marcelo Camelo, e em poema de autor desconhecido. Em 21.11.2008.
VENCENDO
A ADVERSIDADE
A
história de algumas vidas é verdadeiro exemplo.
Enquanto
alguns justificam o próprio fracasso pelas dificuldades que os
abraçaram, nos anos primeiros da infância ou da adolescência,
outros atestam a sua vitória, ante as questões mais adversas
possíveis.
Mario
Capecchi é um desses exemplos. Em 2007, foi laureado com o Prêmio
Nobel de Medicina, juntamente com seus colegas Oliver Smithies e
Martins Evans.
Foram
premiados por suas descobertas relacionadas às células-tronco
embrionárias e a recombinação do DNA em mamíferos.
Mario
Capecchi nasceu em Verona.
Vivia
nos Alpes tiroleses e, com apenas três anos e meio, viu sua mãe ser
levada pela Gestapo.
Ela
era poetisa antinazista e, pressentindo que poderia ser presa, vendeu
tudo o que tinha e deu o dinheiro a uns granjeiros do Tirol, para que
lhe cuidassem do filho, caso algo ruim viesse a ocorrer com ela.
Durante
cerca de um ano, Mario foi cuidado pelos granjeiros mas, seja porque
o dinheiro acabou ou qualquer outro motivo, o garoto foi colocado na
rua.
Assim,
dos quatro e meio aos nove anos, Mario viveu nas ruas, com um grupo
de pirralhos.
O
que ele se recorda, desses tempos, é que vivia com fome.
Acabou
sendo internado, durante um ano inteiro, em um hospital de Verona,
portador de febre tifoide, provocada pela má nutrição.
Com
o final da guerra, sua mãe Lucy foi, finalmente, libertada do campo
de concentração de Dachau e, depois de longas buscas, o encontrou.
Mais
tarde, se transferiram para a Filadélfia, nos Estados Unidos, onde
Lucy tinha um irmão.
E
foi somente então, aos treze anos, que Mario aprendeu a ler.
Dedicou-se
com afinco, estudou e progrediu.
Da
experiência dos dias difíceis da infância abandonada, das
amarguras sofridas nas ruas, aproveitou ele para crescer.
Hoje,
professor na Universidade de Utah, nos Estados Unidos, demonstra que
todas as experiências que lhe foram adversas, ele utilizou para seu
progresso.
E
sorri.
Sorri
sempre.
Nada
de ficar a chorar amarguras, nada de estacionar no passado doloroso.
Aos
seus alunos, ele leciona que para se conseguir algo é preciso
esforço, paciência e perseverança.
Ele
é o exemplo vivo do que ensina.
A
dor é uma bênção que Deus envia a seus eleitos.
Sejamos
pacientes.
A
paciência também é uma caridade e devemos praticar a lei de
caridade ensinada pelo Cristo, enviado de Deus.
A
caridade que consiste na esmola dada aos pobres é a mais fácil de
todas.
Outra
há, porém, muito mais penosa e, portanto, muito mais meritória: a
de perdoarmos aos que Deus colocou em nosso caminho para serem
instrumentos do nosso sofrer e para nos porem à prova a paciência.
A
vida é difícil, com certeza.
Compõe-se
de mil nadas, que são outras tantas picadas de alfinetes, mas que
acabam por ferir.
Se,
porém, atentarmos nos deveres que nos são impostos, nas consolações
e compensações que, por outro lado, recebemos, havemos de
reconhecer que são as bênçãos muito mais numerosas do que as
dores.
O
fardo parece menos pesado, quando olhamos para o Alto, do que quando
nos curvamos para a terra.
Sejamos
pacientes, perseverantes.
Sejamos
vitoriosos.
Fonte:
- Momento Espírita, com base em dados biográficos de Mario Capecchi
e no item 7, do cap. IX de O
Evangelho segundo o Espiritismo, de
Allan Kardec, ed. FEB. Em 4.10.2013.
VENCENDO
O DESÂNIMO
O
grande carro de luxo parou diante do pequeno escritório à entrada
do cemitério e o chofer, uniformizado, dirigiu-se ao vigia.
Você
pode acompanhar-me, por favor?
É
que minha patroa está doente e não pode andar,
explicou.
Quer
ter a bondade de vir falar com ela?
Uma
senhora de idade, cujos olhos fundos não podiam ocultar o profundo
sofrimento, esperava no carro.
Sou
a Sra. Adams,
disse-lhe.
Nesses
últimos dois anos mandei-lhe cinco dólares por semana...
Para
as flores,
lembrou o vigia.
Justamente.
Para
que fossem colocadas na sepultura de meu filho.
Vim
aqui hoje,
disse um tanto consternada, porque
os médicos me avisaram que tenho pouco tempo de vida.
Então
quis vir para uma última visita e para lhe agradecer.
O
funcionário teve um momento de hesitação, mas depois falou com
delicadeza:
Sabe,
minha senhora, eu sempre lamentei que continuasse mandando o dinheiro
para as flores...
Como
assim?
Perguntou
a dama.
O
rapaz respondeu um tanto reticente:
É
que... a senhora sabe... as flores duram tão pouco tempo...
E
afinal, aqui, ninguém as vê...
O
senhor sabe o que está dizendo?
Retrucou
a dama.
Sei,
sim senhora.
Pertenço
a uma Associação de Serviço Social, cujos membros visitam os
hospitais e os asilos.
Lá,
sim, é que as flores fazem muita falta...
Os
internados podem vê-las e apreciar seu perfume.
A
senhora deixou-se ficar em silêncio por alguns segundos.
Depois,
sem dizer uma palavra, fez sinal ao chofer para que partissem.
Meses
depois, o vigia foi surpreendido por outra visita.
Duplamente
surpreendido porque, dessa vez, era a própria senhora que vinha
guiando o carro.
Agora
eu mesma levo as flores aos doentes,
explicou-lhe, com um sorriso amável.
O
senhor tem razão.
Os
enfermos ficam radiantes e fazem com que eu me sinta feliz.
Os
médicos não sabem a razão da minha cura, mas eu sei.
É
que reencontrei motivos para viver.
Não
esqueci meu filho, pelo contrário, dou as flores em seu nome e isso
me dá forças.
A
Sra. Adams descobrira o que quase todos não ignoramos mas muitas
vezes esquecemos.
Auxiliando
os outros, conseguira auxiliar-se a si própria.
Não
é necessário visitar o túmulo dos entes queridos que partiram para
levar o nosso carinho.
É
que eles, definitivamente, não estão ali, onde foi enterrado o
corpo físico, mas são como pássaros que deixaram a gaiola e voam
livres.
Para
que demonstremos o nosso afeto, basta que lhes enviemos as flores da
nossa gratidão através do pensamento impulsionado pelos sentimentos
de afeto que sempre nos nutriu e eles perceberão, onde quer que
estejam.
Assim,
a nossa visita ao cemitério será apenas para conservação e
limpeza do lugar que serviu de aduana para a libertação do ser a
quem tanto amamos e que continua vivendo.
Fonte:
- Momento Espírita. Disponível no CD Momento Espírita, v.4, ed.
FEP. Em 18.7.2013
VENCEDORES
Quando
se contam histórias de triunfadores, de pessoas que venceram óbices
e alcançaram seus sonhos, a reação de muitos é de incredulidade.
Ou,
então, se ouvem expressões como:
Bom,
mas esse é um caso em mil... ou milhão.
No
entanto, cada vez mais se apontam exemplos de tenacidade, de esforço
hercúleo, de criaturas que superaram todas as expectativas.
E
era justamente por esse motivo que aquele caminhoneiro, sentado na
plateia, chorava sem parar.
Ele
estava acostumado a viajar pelas estradas deste imenso país.
Semanas
e semanas longe do aconchego do lar, vencendo os quilômetros,
entregando preciosas cargas, em obediência a prazos apertados.
Um
trabalho solitário, na boleia do seu caminhão, dirigindo horas a
fio.
Vez
ou outra, uma buzina amiga lhe diz que outro solitário motorista se
encontra, também, vencendo a estrada, quilômetro a quilômetro.
Um
acenar de mãos, um sorriso.
Depois,
o retorno à monotonia do asfalto.
Sol,
chuva, frio, calor, lá está o senhor Renê Martins no seu mister.
Naquele
final do ano de 2009, ele apertava a mão da esposa, dona de casa, ao
seu lado, igualmente emocionada e procurava entender como seu filho
chegara tão longe.
Seu
filho, um belo rapaz de vinte e sete anos, Wallace, ali estava para
receber um prêmio internacional em um Congresso sobre Processamento
de Sinais.
Nascido
e criado numa zona de guerra do Rio de Janeiro, o Complexo
do Alemão,
Wallace já fora o centro das atenções na formatura da turma da
Faculdade de Engenharia Eletrônica e da Computação, da
Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Cursando
o doutorado, ele mostrou ser possível usar pequenos artifícios para
aumentar a quantidade de dados transmitidos por TV digital e banda
larga móvel.
O
filho de um caminhoneiro e uma dona de casa, nascido em local de
intranquilidade e, para muitos, símbolo de desordem e criminalidade.
Mais
um vencedor.
Mais
um exemplo a ser seguido.
Em
tempos em que tanto se fala a respeito de jovens envolvidos com
drogas, com festas rave
e
outras loucuras, alguém que demonstra o valor da vontade.
Quando
se ouve que quem não tem apadrinhamento no mundo não vence, é bom
conhecer a história de Wallace que, à semelhança de outros tantos,
venceu por seu esforço, por sua dedicação aos estudos.
E
diz, através do seu exemplo, a todos os jovens como ele próprio, ou
aos adolescentes que se preparam para o ingresso universitário, que
não importam raízes, quando se perseguem metas com tenacidade.
Demonstra
que o mundo bom pelo qual anelamos vai se alicerçando, a pouco e
pouco, embora, na face da Terra.
Exemplifica
que, quando se vão colher louros, não se deve esquecer dos que nos
ofertaram o corpo físico, nos alimentaram e conosco sonharam: nossos
pais.
Finalmente,
de que é o Espírito imortal que define diretrizes e pode,
energicamente, suplantar óbices, afastar pedregulhos e conquistar
sonhos.
Pode-se,
enfim, tocar as estrelas e conquistar a lua.
Pensemos
nisso.
Fonte:
- Momento Espírita, com base em fato, narrado por Carlos Rydlewski,
em Seleções
Reader´s Digest,
de junho de 2010. Em 02.05.2012
Toda pessoa é um vencedor na vida, a partir do momento que planejamos metas, projetos e objetivos para nossa caminhada; e assim damos inicio ao trabalho de com muita disciplina, coragem, boa vontade, fé perseverança e muito esforço vamos lutando para concluir nossos objetivos que darão sentido a nossa vida.
ResponderExcluirO homem sem um objetivo de vida não vive apenas passa pela vida.