Acreditar em si mesmo

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sábado, 24 de junho de 2017

2ª parte - Depressão e frustração


2ª parte – Depressão e Frustração



Importância da Frustração


Alguns autores estudam a importância da capacidade de adiar as gratificações e suportar a frustração para o desenvolvimento sadio da criança.

Para Cassola (1992), a criança adquire capacidade de pensar a partir de uma frustração, de uma falta, de um sentimento, mas alerta para o fato de que essa frustração deva ser suportável para o bebê, ou terá efeito negativo no desenvolvimento.

Se estiver certa a ideia de que a pessoa precisa experimentar frustrações durante o desenvolvimento infanto juvenil para melhor se adaptar à realidade existencial da vida adulta, então as facilidades, benevolências, ausência de limites e hiper atendimento das necessidades que os pais atualmente proporcionam aos filhos estariam contribuindo para uma deficiência adaptativa de futuras gerações.

A falta de preparo para suportar e superar frustrações na infância pode aumentar ainda mais a inclinação hedonista no futuro, crises emocionais desencadeadas por contrariedades pequenas, insatisfações crônicas.

A frustração é um sentimento de não realização ou não satisfação diante de um destino que se distancia da vontade.


Aí, o mais correto seria chamar o quadro de tristeza, mágoa, aborrecimento, desespero.

A criança também se desespera diante das dificuldades da vida e manifesta frustrações.

E talvez esse evento seja fundamental para o desenvolvimento emocional, muito mais importante do que a privação total de frustrações proporcionada por pais super protetores.

Compete ao bom observador a dificílima tarefa de diferenciar se a criança está deprimida ou frustrada.

Os sintomas entre esses dois estados podem ser muito semelhantes, mas a origem e, principalmente, o conceito são diferentes.

Levar um fora do namorado, perder um passeio previamente programado, ter que mudar de cidade ou de escola pode gerar frustrações, mágoas, tristezas, enfim, pode exaurir a capacidade de adaptação.

É diferente da Depressão, que acomete a pessoa sem uma causa aparente ou proporcional.

Tratar a Frustração?

Chamo de Tonalidade Afetiva a sensibilidade da pessoa diante de suas vivências.

Isso envolve o limiar de cada um para suportar ou superar a dor, o sofrimento, a frustração, os conflitos e os complexos, tal com uma capacidade adaptativa satisfatória, sem que algo emocionalmente mais grave aconteça.

Esse limite está, desta forma, diretamente relacionado à nossa Tonalidade ou Perfil Afetivo.

No caso do Transtorno Afetivo, tipo Depressão, perde-se a capacidade adaptativa e, além do extremo mal estar emocional, verifica-se que o conjunto de valores pessoais e aceitos até o momento, não são mais suficientes para aliviar nossas inquietações interiores, levando ao adoecimento afetivo.


Nos casos de Transtorno Depressivo deve-se muito à psiquiatria clínica, por conta dos antidepressivos, dos ansiolíticos, capazes de melhorar bastante a qualidade de vida desses pacientes.

O uso de medicamentos nesses casos de Transtorno Depressivo é altamente recomendável.

Entretanto, se a sintomatologia, apesar de depressiva, resultar das dores emocionais das frustrações, das perdas, dos desencantos, das desesperanças…, apesar do alívio paliativo do sofrimento proporcionado pelos medicamentos, quando forem usados como única atitude terapêutica poderão apenas amortizar os sentimentos naturais das vivências frustrantes, mas não solucionarão a questão.

Pensando na utilização cada vez mais frequente dos antidepressivos, havendo já várias famílias onde mais de um integrante toma esses medicamentos e sabendo-se da enorme quantidade que se vende mundialmente desses produtos, alguma reflexão deve ser estimulada:

Será que a tendência do ser humano, filogeneticamente falando, é vir a ser uma espécie onde o nível de serotonina ou qualquer outro neurotransmissor envolvido na depressão é fisiologicamente insuficiente para a vida em sociedade?


Será que a tendência da sociedade humana é evoluir para uma situação onde os recursos naturais e fisiológicos do Sistema Nervoso do ser humano serão insuficientes?

Na realidade o que intriga é saber o que pode estar errado:

-a capacidade de adaptação ou a necessidade de adaptação humana à sua própria sociedade?


Será insuficiente a capacidade ou será exagerada a necessidade de adaptação?


O que se tem de concreto, pelo menos aparentemente, é que o ser humano normal tem tido que fazer uso de antidepressivos para melhorar sua qualidade de vida emocional.

Tem sido cada vez mais comum situações onde, por causa de um Episódio Depressivo, uma Síndrome do Pânico ou uma Somatização ou outro quadro agudo, pessoas tenham iniciado tratamento com antidepressivos e relutem em parar de usá-los.

Não se trata de síndrome de abstinência, mas sim da piora na qualidade de vida emocional e de relação quando ficam sem o antidepressivo.

Em uma cultura que se sustenta no culto ao prazer, podem ser tênues os limites entre a indicação médica de medicamentos que suprimem a dor e a angústia próprias da doença depressiva e o uso indiscriminado desses produtos como lenitivo das frustrações cotidianas.

Outras drogas que entorpecem, euforizam e enebriam passam a servir como provedoras de uma felicidade e bem estar artificialmente produzido.

Assim como a pesquisa científica neuropsíquica vem se desenvolvendo nas últimas décadas, principalmente em relação à neurofisiologia e neuroquímica, também as técnicas terapêuticas devem ser estimuladas e novas abordagens devem ser pesquisadas para atuarem, com ou sem indicação de medicamentos, da melhor forma possível nos sofrimentos por frustração, por injúria existencial.

Mas esse assunto, o da qualidade existencial humana, ultrapassa em muito a área da medicina, da psiquiatria e da psicologia.

Este é um tema que fortemente diz respeito à sociologia, à antropologia e, principalmente, à política e à economia.

Estes outros segmentos da sociedade devem ser envolvidos nessa questão.

Programas sócio políticos devem prever o conforto emocional das pessoas, devem, sobretudo, oferecer sensação justiça e de segurança suficientes para afastar a desesperança atual, devem buscar a estabilidade econômica para proporcionar dignidade, auto estima e perspectivas otimistas e assim por diante.


por: Ballone GJ – Depressão e Frustração


Fonte: - iwww.psiqweb.med.br



5 Principais causas de depressão



5 - Principais causas

de depressão


A depressão normalmente é causada por alguma situação perturbadora ou estressante que ocorre na vida, como morte de um familiar, problemas financeiros ou divórcio.

No entanto, também pode ser provocada pelo uso de alguns remédios, como Prolopa, ou em caso de doenças graves, como câncer ou HIV, por exemplo.



A depressão pode surgir em homens e mulheres de todas as idades, mas também pode afetar adolescentes ou idosos e, os 5 principais motivos de depressão incluem:

1. Acontecimentos marcantes na vida


Acontecimentos marcantes como divórcio, desemprego e o fim de um relacionamento amoroso são causas frequentes de depressão, mas as situações que favorecem o estresse prolongado, como discussões frequentes no trabalho ou em casa também pode levar à depressão porque faz com que a pessoa passe a duvidar de si mesma e de suas capacidades.

Como vencer:

Encontre forças e siga em frente, por vezes um trabalho novo é muito melhor do que aquele antigo, que apesar de pagar bem, não era agradável.

Busque o lado positivo, se está desempregado, pense que agora pode encontrar um novo local para trabalhar, tem a possibilidade de mudar de ramo ou de abrir seu próprio negócio, por exemplo.

2 – Bullying ou chantagem emocional


Os traumas emocionais que podem surgir quando se é vítima de bullying ou sofre uma chantagem emocional também pode levar à depressão, porque quando a pessoa ouve frequentemente insultos com o passar do tempo, ela pode realmente acreditar que eles são verdade, diminuindo sua auto estima o que consequentemente favorece a depressão.

Como vencer:

Conte para um familiar ou amigo de confiança sobre o que está acontecendo com você e tentem juntos buscar uma solução plausível.

Impor limites para se defender deve ser a primeira arma de defesa.

3 - Doenças graves

5 Principais causas de depressão

O diagnóstico de doenças graves como AVC, demência, ataque cardíaco ou HIV, por exemplo, também pode causar depressão porque é preciso lidar com o preconceito, enfrentar tratamentos dolorosos ou ter que conviver diariamente com o medo de morrer.

E quando se trata de doenças crônicas como diabetes, síndrome do intestino irritável ou lúpus, existem maiores chances de ficar deprimido porque é preciso mudar a alimentação, deixando para trás alimentos que gosta mas que agora são prejudiciais.

Além disso, os familiares que convivem com uma pessoa com câncer ou que tratam diariamente de pessoas totalmente dependentes também podem ficar deprimidos devido ao cansaço físico ou mental, sofrendo constantemente com o receio de perder o ente querido.

Como vencer:

Além de aprender a lidar com as necessidades e cuidados impostos pela doença é preciso se esforçar para encontrar o bem-estar mesmo em suas limitações.

Pequenos passeios ao ar livre, assistir a um filme que gosta ou ir tomar um sorvete podem ser úteis para trazer um pouco mais de alegria.

Uma dica muito interessante é ter algum tempo semanalmente para fazer algo que realmente gosta.

4 - Alterações hormonais


As alterações hormonais, principalmente a diminuição de estrogênios, que ocorre durante a gravidez, no pós-parto e na menopausa podem potenciar uma depressão.

Além disso, a falta de ômega 3 também pode levar à depressão porque diminui a capacidade da pessoa controlar suas emoções e o humor.

Como vencer:

Normalizar os níveis de hormônios é o segredo para se sentir melhor, durante a gravidez e no pós parto não é possível recorrer a medicamentos mas estratégias como aumentar o consumo de alimentos ricos em triptofano e serotonina pode ser muito útil para se sentir melhor.

5 - Uso de remédios

5 Principais causas de depressão


O uso frequente de remédios como Prolopa, Xanax, Zocor e Zovirax, podem causar depressão devido a diminuição da produção da serotonina, que é um hormônio responsável pela sensação de bem-estar.

Mas isso não significa que todas as pessoas que tomam esses remédios ficam com depressão. Veja mais remédios que causam depressão.

Como vencer:

O ideal é substitui o medicamento por outro que não tenha este efeito colateral mas o médico pode receitar antidepressivos se não for possível a substituição. 

Quando procurar um psicólogo


É indicado marcar uma consulta com um psicólogo quando os sintomas de depressão, como choro constante, cansaço excessivo ou pessimismo estão presentes por mais de 2 semanas e a pessoa não consegue ultrapassar esta fase sozinha.

O psicólogo fará uma avaliação e irá indicar algumas estratégias que podem ser úteis para passar por esta fase mais rápido.

As sessões devem ser semanais e podem durar de 6 meses à 1 ano.

No entanto, só quem pode indicar medicamentos antidepressivos é o psiquiatra e por isso este médico também pode ser consultado.















Um comentário:

  1. A depressão é uma doença silenciosa que afeta a mente e o organismo e pode causar a morte; para muitos a vê como se fosse frescura da pessoa mas não é; precisa se ter muito cuidado e atenção com pessoas depressivas que de um momento para outro terem atitudes drástica e até cometerem o suicídio. Essa doença nos tempos atuais atingem milhões de pessoas no mundo inteiro.

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