2ª
parte – Depressão e Frustração
Importância
da Frustração
Alguns
autores estudam a importância da capacidade de adiar as
gratificações e suportar a frustração para o desenvolvimento
sadio da criança.
Para
Cassola (1992), a criança adquire capacidade de pensar a partir de
uma frustração, de uma falta, de um sentimento, mas alerta para o
fato de que essa frustração deva ser suportável para o bebê, ou
terá efeito negativo no desenvolvimento.
Se
estiver certa a ideia de que a pessoa precisa experimentar
frustrações durante o desenvolvimento infanto juvenil para melhor
se adaptar à realidade existencial da vida adulta, então as
facilidades, benevolências, ausência de limites e hiper atendimento
das necessidades que os pais atualmente proporcionam aos filhos
estariam contribuindo para uma deficiência adaptativa de futuras
gerações.
A
falta de preparo para suportar e superar frustrações na infância
pode aumentar ainda mais a inclinação hedonista no futuro, crises
emocionais desencadeadas por contrariedades pequenas, insatisfações
crônicas.
A
frustração é um sentimento de não realização ou não satisfação
diante de um destino que se distancia da vontade.
Aí,
o mais correto seria chamar o quadro de tristeza, mágoa,
aborrecimento, desespero.
A
criança também se desespera diante das dificuldades da vida e
manifesta frustrações.
E
talvez esse evento seja fundamental para o desenvolvimento emocional,
muito mais importante do que a privação total de frustrações
proporcionada por pais super protetores.
Compete
ao bom observador a dificílima tarefa de diferenciar se a criança
está deprimida ou frustrada.
Os
sintomas entre esses dois estados podem ser muito semelhantes, mas a
origem e, principalmente, o conceito são diferentes.
Levar
um fora do namorado, perder um passeio previamente programado, ter
que mudar de cidade ou de escola pode gerar frustrações, mágoas,
tristezas, enfim, pode exaurir a capacidade de adaptação.
É
diferente da Depressão, que acomete a pessoa sem uma causa aparente
ou proporcional.
Tratar
a Frustração?
Chamo
de Tonalidade Afetiva a sensibilidade da pessoa diante de suas
vivências.
Isso
envolve o limiar de cada um para suportar ou superar a dor, o
sofrimento, a frustração, os conflitos e os complexos, tal com uma
capacidade adaptativa satisfatória, sem que algo emocionalmente mais
grave aconteça.
Esse
limite está, desta forma, diretamente relacionado à nossa
Tonalidade ou Perfil Afetivo.
No
caso do Transtorno Afetivo, tipo Depressão, perde-se a capacidade
adaptativa e, além do extremo mal estar emocional, verifica-se que o
conjunto de valores pessoais e aceitos até o momento, não são mais
suficientes para aliviar nossas inquietações interiores, levando ao
adoecimento afetivo.
Nos
casos de Transtorno Depressivo deve-se muito à psiquiatria clínica,
por conta dos antidepressivos, dos ansiolíticos, capazes de melhorar
bastante a qualidade de vida desses pacientes.
O
uso de medicamentos nesses casos de Transtorno Depressivo é
altamente recomendável.
Entretanto,
se a sintomatologia, apesar de depressiva, resultar das dores
emocionais das frustrações, das perdas, dos desencantos, das
desesperanças…, apesar do alívio paliativo do sofrimento
proporcionado pelos medicamentos, quando forem usados como única
atitude terapêutica poderão apenas amortizar os sentimentos
naturais das vivências frustrantes, mas não solucionarão a
questão.
Pensando
na utilização cada vez mais frequente dos antidepressivos, havendo
já várias famílias onde mais de um integrante toma esses
medicamentos e sabendo-se da enorme quantidade que se vende
mundialmente desses produtos, alguma reflexão deve ser estimulada:
Será
que a tendência do ser humano, filogeneticamente falando, é vir a
ser uma espécie onde o nível de serotonina ou qualquer outro
neurotransmissor envolvido na depressão é fisiologicamente
insuficiente para a vida em sociedade?
Será
que a tendência da sociedade humana é evoluir para uma situação
onde os recursos naturais e fisiológicos do Sistema Nervoso do ser
humano serão insuficientes?
Na
realidade o que intriga é saber o que pode estar errado:
-a capacidade de adaptação ou a necessidade de adaptação humana à sua própria sociedade?
Será
insuficiente a capacidade ou será exagerada a necessidade de
adaptação?
O
que se tem de concreto, pelo menos aparentemente, é que o ser humano
normal tem tido que fazer uso de antidepressivos para melhorar sua
qualidade de vida emocional.
Tem
sido cada vez mais comum situações onde, por causa de um Episódio
Depressivo, uma Síndrome do Pânico ou uma Somatização ou outro
quadro agudo, pessoas tenham iniciado tratamento com antidepressivos
e relutem em parar de usá-los.
Não
se trata de síndrome de abstinência, mas sim da piora na qualidade
de vida emocional e de relação quando ficam sem o antidepressivo.
Em
uma cultura que se sustenta no culto ao prazer, podem ser tênues os
limites entre a indicação médica de medicamentos que suprimem a
dor e a angústia próprias da doença depressiva e o uso
indiscriminado desses produtos como lenitivo das frustrações
cotidianas.
Outras
drogas que entorpecem, euforizam e enebriam passam a servir como
provedoras de uma felicidade e bem estar artificialmente produzido.
Assim
como a pesquisa científica neuropsíquica vem se desenvolvendo nas
últimas décadas, principalmente em relação à neurofisiologia e
neuroquímica, também as técnicas terapêuticas devem ser
estimuladas e novas abordagens devem ser pesquisadas para atuarem,
com ou sem indicação de medicamentos, da melhor forma possível nos
sofrimentos por frustração, por injúria existencial.
Mas
esse assunto, o da qualidade existencial humana, ultrapassa em muito
a área da medicina, da psiquiatria e da psicologia.
Este
é um tema que fortemente diz respeito à sociologia, à antropologia
e, principalmente, à política e à economia.
Estes
outros segmentos da sociedade devem ser envolvidos nessa questão.
Programas
sócio políticos devem prever o conforto emocional das pessoas,
devem, sobretudo, oferecer sensação justiça e de segurança
suficientes para afastar a desesperança atual, devem buscar a
estabilidade econômica para proporcionar dignidade, auto estima e
perspectivas otimistas e assim por diante.
por:
Ballone GJ – Depressão e Frustração
Fonte:
- iwww.psiqweb.med.br
5
- Principais causas
de
depressão
A
depressão normalmente é causada por alguma situação perturbadora
ou estressante que ocorre na vida, como morte de um familiar,
problemas financeiros ou divórcio.
No
entanto, também pode ser provocada pelo uso de alguns remédios,
como Prolopa, ou em caso de doenças graves, como câncer ou HIV, por
exemplo.
A
depressão pode surgir em homens e mulheres de todas as idades, mas
também pode afetar adolescentes ou idosos e, os 5 principais motivos
de depressão incluem:
1.
Acontecimentos marcantes na vida
Acontecimentos
marcantes como divórcio, desemprego e o fim de um
relacionamento amoroso são causas frequentes de depressão, mas as
situações que favorecem o estresse prolongado, como discussões
frequentes no trabalho ou em casa também pode levar à depressão
porque faz com que a pessoa passe a duvidar de si mesma e de suas
capacidades.
Como
vencer:
Encontre
forças e siga em frente, por vezes um trabalho novo é muito melhor
do que aquele antigo, que apesar de pagar bem, não era agradável.
Busque
o lado positivo, se está desempregado, pense que agora pode
encontrar um novo local para trabalhar, tem a possibilidade de
mudar de ramo ou de abrir seu próprio negócio, por exemplo.
2
– Bullying ou chantagem emocional
Os
traumas emocionais que podem surgir quando se é vítima de bullying
ou sofre uma chantagem emocional também pode levar à depressão,
porque quando a pessoa ouve frequentemente insultos com o passar do
tempo, ela pode realmente acreditar que eles são verdade, diminuindo
sua auto estima o que consequentemente favorece a depressão.
Como
vencer:
Conte
para um familiar ou amigo de confiança sobre o que está acontecendo
com você e tentem juntos buscar uma solução plausível.
Impor limites para se defender deve ser a primeira arma de defesa.
Impor limites para se defender deve ser a primeira arma de defesa.
3
- Doenças graves
O
diagnóstico de doenças graves como AVC, demência, ataque cardíaco
ou HIV, por exemplo, também pode causar depressão porque é preciso
lidar com o preconceito, enfrentar tratamentos dolorosos ou ter
que conviver diariamente com o medo de morrer.
E
quando se trata de doenças crônicas como diabetes, síndrome
do intestino irritável ou lúpus, existem maiores chances de ficar
deprimido porque é preciso mudar a alimentação, deixando para
trás alimentos que gosta mas que agora são prejudiciais.
Além
disso, os familiares que convivem com uma pessoa com câncer ou que
tratam diariamente de pessoas totalmente dependentes também podem
ficar deprimidos devido ao cansaço físico ou mental,
sofrendo constantemente com o receio de perder o ente querido.
Como
vencer:
Além
de aprender a lidar com as necessidades e cuidados impostos pela
doença é preciso se esforçar para encontrar o bem-estar mesmo em
suas limitações.
Pequenos
passeios ao ar livre, assistir a um filme que gosta ou ir tomar um
sorvete podem ser úteis para trazer um pouco mais de alegria.
Uma
dica muito interessante é ter algum tempo semanalmente para fazer
algo que realmente gosta.
4
- Alterações hormonais
As
alterações hormonais, principalmente a diminuição de estrogênios,
que ocorre durante a gravidez, no pós-parto e na menopausa
podem potenciar uma depressão.
Além
disso, a falta de ômega 3 também pode levar à depressão porque
diminui a capacidade da pessoa controlar suas emoções e o humor.
Como
vencer:
Normalizar
os níveis de hormônios é o segredo para se sentir melhor, durante
a gravidez e no pós parto não é possível recorrer a medicamentos
mas estratégias como aumentar o consumo de alimentos
ricos em triptofano e serotonina pode ser muito útil para se
sentir melhor.
5
- Uso de remédios
O
uso frequente de remédios como Prolopa, Xanax, Zocor e Zovirax,
podem causar depressão devido a diminuição da produção da
serotonina, que é um hormônio responsável pela sensação de
bem-estar.
Mas
isso não significa que todas as pessoas que tomam esses
remédios ficam com depressão. Veja mais remédios
que causam depressão.
Como
vencer:
O
ideal é substitui o medicamento por outro que não tenha este efeito
colateral mas o médico pode receitar antidepressivos se não for
possível a substituição.
Quando
procurar um psicólogo
É
indicado marcar uma consulta com um psicólogo quando os
sintomas de depressão, como choro constante, cansaço excessivo ou
pessimismo estão presentes por mais de 2 semanas e a pessoa não
consegue ultrapassar esta fase sozinha.
O
psicólogo fará uma avaliação e irá indicar algumas estratégias
que podem ser úteis para passar por esta fase mais rápido.
As
sessões devem ser semanais e podem durar de 6 meses à 1 ano.
No
entanto, só quem pode indicar medicamentos antidepressivos é o
psiquiatra e por isso este médico também pode ser consultado.
Fonte:
www.tuasaude.com
A depressão é uma doença silenciosa que afeta a mente e o organismo e pode causar a morte; para muitos a vê como se fosse frescura da pessoa mas não é; precisa se ter muito cuidado e atenção com pessoas depressivas que de um momento para outro terem atitudes drástica e até cometerem o suicídio. Essa doença nos tempos atuais atingem milhões de pessoas no mundo inteiro.
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