Terapia
de células-tronco
ajuda
tetraplégicos a recuperarem funções.
iStock
Michelle
Fay Cortez Bloomberg
Todos
os tetraplégicos tratados com a terapia de células-tronco da
Asterias Biotherapeutics apresentaram melhora da função motora em
suas extremidades superiores após um ano em um estudo inicial com
seis pacientes.
Com
uma lesão da medula espinhal, o controle funcional do corpo fica
paralisado abaixo do nível do dano.
Quatro
dos pacientes foram capazes de controlar músculos pelo menos dois
níveis abaixo do local da lesão,que é o objetivo final do teste,
informou a empresa nesta segunda-feira (2).
Um
deles apresenta três níveis de melhora.
"São
dados muito encorajadores, embora precoces", disse o CEO Michael
Mulroy.
"Ninguém
conseguiu mostrar um benefício sustentado em 12 meses para esse tipo
de lesão."
O
tratamento AST-OPC1 também foi qualificado como terapia avançada de
medicina regenerativa pela Administração de Alimentos e
Medicamentos dos EUA (FDA, na sigla em inglês), o que garante à
Asterias, que tem sede em Fremont, na Califórnia, permissão
adicional da agência para desenvolver seu primeiro produto de
célula-tronco.
A
denominação é dada a terapias celulares destinadas a tratar
doenças que causam risco à vida e que tenham mostrado sinais
iniciais de benefício potencial.
Os
resultados são provenientes do segundo grupo de pacientes tratados
como parte de um estudo chamado SCiStar, que deverá incluir
futuramente 35 pacientes com lesão cervical da medula espinhal, o
tipo mais grave de lesão medular.
A
melhoria permite que os pacientes tenham um papel mais ativo em
atividades diárias como se alimentar, digitar, escovar os dentes ou
pentear o cabelo.
Um
dos pacientes, Lucas Lindner, de Eden, Wisconsin, EUA, fez o primeiro
arremesso em um jogo da Major League Baseball em agosto, um ano
depois de estar em tratamento.
Com
cada nível de recuperação, os pacientes recebem sinais cerebrais e
alguma função em pontos mais abaixo na espinha, o que se traduz em
algum controle dos músculos aos quais os nervos estão conectados.
As
respostas em cada categoria ultrapassam a meta da empresa de uma
melhora de dois níveis em 45 por cento a 50 por cento dos pacientes
em todo o teste, disse Mulroy.
Os
resultados também mostram que mais pacientes chegaram a essa meta ao
longo do tempo.
Dois
pacientes tiveram dois níveis de melhora após três meses.
O
terceiro alcançou esse objetivo após nove meses e o quarto, depois
de um ano.
"Mesmo
se tivéssemos ficado no nível de 50% teria sido uma vitória",
disse o CEO.
É
muito cedo para afirmar com certeza que o tratamento é responsável
pelas melhorias observadas em pacientes individuais, embora a
evidência como um todo sugira benefício, disse Mulroy.
"Parece
haver algo acontecendo aqui que merece mais investimentos",
disse ele.
Fonte
– noticias.bol.uol.com.br
A
luta da mulher com
deficiência
contra
o
câncer de mama!
Não
existem mamógrafos específicos para mulheres com deficiência.
Apenas
para casos em que a mulher não consegue realizar a mamografia,
alguns cuidados regulares podem substituir este exame.
A
Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda que toda mulher faça
uma vez ao ano, principalmente após os 40 anos de idade, o exame de
mamografia para rastrear o câncer de mama.
Porém,
o que pode parecer uma simples iniciativa para a maioria das
mulheres, para as cadeirantes pode se tornar uma verdadeira via
crucis. Isto porque os aparelhos de mamografia existentes hoje impõem
sérias dificuldades àquelas que possuem certos tipos de
deficiências físicas.
Elza
Parente, tem 45 anos e ficou tetraplégica em razão de uma doença
neurológica degenerativa.
Já
tentou de inúmeras maneiras realizar a mamografia, mas até agora
não obteve sucesso.
Ela
sempre vai ao ginecologista, e sai de lá com uma guia para realizar
o exame, mas já foi a várias clínicas e nunca conseguiu fazer.
Segundo
o médico radiologista Luciano Chala, do Instituto de Radiologia do
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e do Grupo
Fleury, é possível realizar com alguma dificuldade o exame de
mamografia em mulheres paraplégicas, mas no caso de tetraplégicas
como Elza, o desafio é imenso.
"Infelizmente,
o desenho dos equipamentos de mamografia seguem um padrão e não
existem equipamentos específicos para mulheres tetraplégicas”,
afirma.
"O
aparelho que realiza a mamografia tem a possibilidade de descer e
pode chegar à altura da paciente cadeirante”, diz doutor Chala.
"Porém,
a realização do exame de mamografia exige a participação da
mulher na hora de se posicionar.
Ela
tem que se projetar para frente, levantar o braço, algo que uma
tetraplégica não consegue fazer”, completa.
No
caso de Elza, um dos problemas é que geralmente o aparelho não
consegue nem chegar até a altura de sua mama e também a clinica não
possui acesso parra cadeirantes.
Alternativas
Segundo
o doutor Luciano Chala, outros exames de imagem alternativos podem
ser adotados para o rastreamento do câncer de mama em mulheres
tetraplégicas.
É
o caso da ultrassonografia e da ressonância magnética, ambas
realizadas com a mulher deitada.
Porém,
esses métodos não são padrão de rastreamento, mas sim exames
complementares para o diagnóstico, de modo que, na mulher sem
deficiência, eles não devem substituir a mamografia.
Elza
Parente já se submeteu à ultrassonografia de mamas, mas não pode
fazer a ressonância magnética porque tem muitos espasmos e não
consegue ficar imóvel, para isso, teria que receber anestesia geral
e devido a sua deficiência, a anestesia não é indicada.
Importância
do exame clínico para o diagnóstico
Independentemente
das inúmeras dificuldades enfrentadas pelas mulheres com
deficiência, é essencial frisar a importância de se submeter todos
os anos à avaliação clínica de um médico ginecologista ou
mastologista.
Sempre
que possível, é também importante que a própria mulher realize o
auto exame em suas próprias mamas, ou alguém de sua confiança faça
o exame, capaz de reconhecer qualquer nova alteração que possa
aparecer entre uma e outra avaliação médica.
Para
doutor Rafael Kaliks, oncologista e diretor médico do Instituto
Oncoguia, um bom exame clínico anual atrelado à ultrassonografia,
tem grandes possibilidades de identificar a maioria das lesões que,
em algum momento, seriam diagnosticadas pela mamografia.
"Aliando
essas recomendações, pouquíssimas mulheres deixarão de ser
curadas de um eventual câncer somente pela impossibilidade de fazer
a mamografia” completa ele.
Caso
você tenha alguma dúvida, pode ligar para o número 0800 773 1666
Fonte
– www.ocoguia.org.br –
cantinhodoscadeirantes.com.br
Crédito:
Divulgação
Foto:
A psicóloga Becca Levy, que estuda os estereótipos relacionados ao
envelhecimento.
Maria Tavares
Preconceito
contra os idosos tem que ser combatido em quatro frentes
Na
semana passada, fiz uma pesquisa informal entre amigos numa rede
social: temos uma palavra para descrever o preconceito contra idosos?
Na
coluna já usei o termo ageísmo, que vem de age (idade) e é um
empréstimo do inglês.
Em
português, existe a expressão etarismo, que é politicamente
correta mas ainda não "pegou".
Pedi
sugestões e recebi muitas: gerontofobia ganhou vários votos, mas
apareceram idadismo e velhofobia e até neologismos como "idosotice"
e "coroacídio".
Alguns
indignados foram mais longe: cafajestice!
O
médico Luis Fernando Correia, que já entrevistei para o blog,
perguntou:
"tem
que ser uma só palavra?
Não
é melhor dizer preconceito contra o idoso?".
Estão
todos certos e a melhor maneira de mudar as coisas é falar
claramente sobre elas.
Toda
ação afirmativa começa assim, pondo o dedo na ferida, exigindo
respeito e dignidade.
Os
estereótipos que envolvem a velhice são uma construção social e
também demandam um esforço de toda a sociedade para serem
desmantelados.
Em
artigo publicado em junho, a psicóloga
e PhD Becca Levy, professora da Universidade de Yale, apontou quatro
frentes a serem trabalhadas: saúde, convívio intergeracional,
legislação e ambiente social.
No
que diz respeito à saúde, o estereótipo prevalente é de que
envelhecimento é sinônimo de decadência física -- num mundo que
põea juventude num pedestal, isso é quase um pecado mortal!
Portanto,
quanto maior for o avanço para termos idosos ativos e saudáveis,
mais chances de desconstruir a imagem negativa que acompanha a
velhice.
A
conquista da longevidade certamente levará a um número cada vez
maior de indivíduos maduros em atividade, mas é fundamental que as
pessoas se cuidem e, paralelamente, se mobilizem para cobrar ações
efetivas do governo.
A
segunda frente é a do convívio intergeracional: quanto mais jovens
e velhos conviverem, menor será a carga de preconceito.
Em
1850, 70% dos idosos americanos viviam com os filhos e 11% com esposa
(o) ou sozinho (a).
Em
1990, uma inversão total: apenas 16% moravam com os filhos e 70%
viviam com cônjuge ou sem qualquer companhia.
É
claro que o perfil da família mudou, mas a ideia de segregar
gerações ainda é vista como benéfica, como se fosse "proteger"
os anciãos.
Entretanto,
acadêmicos, políticos e o público de um modo geral consideram
outros tipos de segregação (racial, por exemplo) extremamente
maléficos.
Chegamos
à legislação: boas leis mudam a opinião das pessoas e o Estatuto
do Idoso se mostrou eficaz em diversos campos, mas temos que avançar.
Com
o aumento da expectativa de vida, temos adultos produtivos que estão
sendo descartados pelo mercado de trabalho mesmo que tenham ainda
muito para contribuir.
O
estereótipo de que trabalhadores mais velhos são menos eficientes e
não têm intimidade com tecnologia continua firme e forte no mundo
corporativo, e talvez esse tipo de preconceito tenha que estar sob a
lente da justiça.
Por
último, o ambiente social, a arena na qual é preciso alimentar uma
militância para derrubar muros.
A
psicóloga Becca Levy afirma que os últimos cem anos assistiram a
uma "revolução humanitária".
Grupos
que antes eram estigmatizados ganharam voz e, embora isso não tenha
resolvido todos os problemas, mudou bastante o panorama, como mostra
a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
No
entanto, essa foi uma revolução de grupos específicos e não
incluiu os velhos.
Agora
é hora de a militância do envelhecimento entrar em cena através de
celebridades, líderes empresariais e do governo, acadêmicos e
antenas da sociedade.
Não
importa que nome tenha, é preconceito.
Fonte
– g1.globo.com
A
indiferença.
É
comum associar-se o ódio como o antagonismo do amor.
Quando
falta o amor, gera-se o ódio,
afirmam alguns.
Vincula-se
um com o outro como se um fosse o oposto do outro.
Na
verdade, o ódio é apenas o sentimento do amor que adoeceu, o amor
que foi envenenado pelo ciúme, pela inveja, ou pelo orgulho...
Porém,
jamais será o oposto ou o antônimo do amor.
Sente-se
ódio por alguém que se identifica com a traição, a mentira, o
engodo...
Mas
esse ódio nasceu de um sentimento mais nobre, do amor que antes
havia, e que agora adoeceu.
Porém,
o oposto do sentimento do amor mostra-se de maneira mais vil, mais
intensa e muitas vezes vive em nossa intimidade sem nos darmos conta:
é a indiferença.
Se
amamos ou odiamos, sempre estaremos preocupados com aquele que é o
objeto do nosso sentimento.
Se
nos vinculamos pelo amor, estaremos vibrando pelo melhor para o ser
amado.
E
se nos vinculamos pelo ódio, estaremos, da mesma forma, preocupados
com o outro, mesmo que seja para prejudicá-lo.
Contudo,
não estaremos indiferentes.
A
indiferença nasce do desamor que alimentamos pelo ser humano, pela
despreocupação ou pela incapacidade de entender as dores e
dificuldades da alma alheia.
Enquanto
o amor tem a capacidade de nos aquecer a alma, a indiferença a torna
fria, incapaz de sensibilizar-se ou entender as agruras do próximo.
E
quantas vezes não permanecemos indiferentes, despreocupamo-nos com
as coisas do outro, suas dificuldades, seus momentos de dor e pesar,
mesmo tudo isso se passando ao nosso lado?
Justificamos
que não damos importância para a dificuldade do outro por falta de
tempo, pelos compromissos, pela agenda cheia.
Muitos
motivos para muitas justificativas.
Mas,
no fundo, apenas não nos preocupamos porque temos uma boa parte da
alma ainda fria, gelada mesmo, tomada pelo sentimento da indiferença.
Somos
indiferentes quando alguém em dificuldade nos pede para tomar nosso
lugar na fila, e justificamos que chegamos antes e temos direito de
ali estar.
A
indiferença se apresenta quando, no transporte coletivo, nos
auditórios, nos locais públicos, fingimos não ver alguém idoso,
uma senhora grávida, alguém mais frágil, para não lhe oferecer o
lugar para sentar.
A
indiferença nasce da nossa incapacidade de amar o ser humano, sem
nenhum outro motivo que o da fraternidade, da solidariedade.
E
é o sentimento da solidariedade o maior remédio para a indiferença.
Será
ele o condutor dos primeiros passos para deixarmos de ser
indiferentes.
Quando
começarmos a cultivar a solidariedade, obrigatoriamente nos
preocuparemos com o outro, com o próximo.
Será
a solidariedade que nos irá aquecer a alma, descongelando
sentimentos e abrindo novos horizontes.
Será
ela que nos permitirá a conquista da compaixão, da gentileza, do
carinho, para então entrarmos no campo superior da caridade ao
próximo.
Assim,
não nos permitamos ficar indiferentes às dificuldades familiares,
aos desafios do trabalho, às querelas dos amigos.
Ofereçamos
sempre nosso quinhão de solidariedade, de presteza, o que tenhamos
de melhor, esperando que o outro aceite, na medida que queira ou
necessite.
Será
a solidariedade o sentimento a nos unir, reconhecendo-nos uns aos
outros como irmãos, que, em última instância, somos todos nós,
filhos do Criador, do Senhor da vida.
Fonte
- Momento Espírita. Em 01.04.2011.
Essa postagem trás dois temas interessantes um sobre as células troncos tão questionada e debatidas ultimamente uns contras e outros a favor de seu uso e assim não chegam a um denominador comum, mas enquanto isso ela vai na prática mostrando seus benefícios e a sua utilizada científicas. Agora o câncer de mama vem sendo muito combatido e tratado pelas mulheres que estão tomando consciência do benefícios da prevenção através da propaganda educativa da mídia. Não podemos sermos indiferentes a assuntos tão polêmicos e presentes em nosso dia a dia.
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