Rinaldo
Puff é engenheiro, Ana Carolina Fruit é pedagoga, Adriana
Horbatiuk é gerente de recursos humanos e Fábio Ferreira trabalha
como operador. Imagem: Divulgação
"Todos
têm papel fundamental na inclusão".
Embraco,
multinacional do setor de refrigeração com sede em Santa Catarina,
mantém projeto para contratação e desenvolvimento de pessoas com
deficiência há quase dez anos.
Em
entrevista ao #blogVencerLimites, gerente da companhia destaca a
necessidade de envolvimento de todos os funcionários para garantir
que o processo seja positivo e produtivo.
Engenheiro,
pedagoga e operador contam como chegaram à corporação, avaliam o
cenário nacional e o acesso de profissionais com deficiência ao
mercado de trabalho.
Luiz
Alexandre Souza Ventura
“A
contratação de pessoas com deficiência se transforma em um
processo efetivamente inclusivo quando toda a liderança da
companhia está fortemente envolvida e tem o papel de recrutar,
acolher, desenvolver esse profissional”, afirma Adriana Horbatiuk,
gerente de recursos humanos, comunicação e sustentabilidade da
Embraco,
multinacional do setor de refrigeração com sede em Santa Catarina.
Em
entrevista ao #blogVencerLimites, a executiva fala sobre o projeto
iniciado pela empresa em 2008 para captação de profissionais com
deficiência.
“Valorizar
as diferenças é somar resultados e isto vai muito além de
preencher a cota prevista em lei”, afirma a executiva.
Segundo
Adriana, quando o projeto foi criado, as vagas ficavam alocadas no
setor de recursos humanos, que ainda é o guardião do processo.
“Com
o amadurecimento das lideranças e colaboradores, conseguimos
transferir para as áreas também as vagas e os custos”, comenta a
gerente.
“Desta
forma, toda a empresa está comprometida com a inclusão, valor
seguido e respeitado por todos.
Hoje
não temos um funcionário 100% dedicado a este processo, mas temos
várias pessoas do time, com diferentes papéis e visões gerindo o
sistema”.
Adriana
Horbatiuk é gerente de recursos humanos, comunicação e
sustentabilidade da Embraco. Foto: Divulgação/Andre Kopsch
A
executiva ressalta que todos na empresa têm papel fundamental na
inclusão, um dever que não é somente da companhia, mas de cada
colaborador, ampliando o conhecimento interno sobre a diversidade,
para acolher, desenvolver e integrar os funcionários no dia a dia.
Adriana
Horbatiuk defende o foco no potencial dos empregados com
deficiência, com um olhar além das cotas, e afirma que a empresa
tem de ajudar os funcionários na jornada para alinhar habilidades e
talentos de cada pessoa com os cargos que serão ocupados.
“Todos
os colaboradores são essenciais para o nosso negócio e procuramos
fornecer as ferramentas necessárias para que tenham uma experiência
de trabalho diferenciada e alcancem excelentes resultados.
Desenvolvemos
atividades que envolvem o estímulo à reflexão sobre suas
aspirações, para que o colaborador identifique os próximos passos
de carreira.
Temos
programas de desenvolvimento com metodologia de aprendizagem EEE
(Experiência, Exposição e Educação), além de treinamentos
direcionados aos operadores para que evoluam na carreira e estejam
preparados para executar suas atividades.
O
processo de desenvolvimento passa por avaliações de performance e
comunicação constante”.
No
Brasil, a Embraco mantém funcionários com deficiência física,
sensorial e intelectual em diversas áreas e funções, de todos os
níveis hierárquicos, inclusive em cargos de liderança e na
diretoria.
Atualmente
com 51 anos, Rinado Puff entrou na Embraco em 1988, como estagiário.
Imagem: Arquivo Pessoal
“Todo
processo de inclusão é válido, mas deve haver a contrapartida do
interessado em buscar seu desenvolvimento.
Não
deve ser visto como algo apenas para beneficiar a pessoa com
deficiência, precisa haver ganho para a empresa também.
Há
muitas pessoas com deficiência que têm um potencial latente, que
pode e deve ser explorado para beneficiar ambas as partes”, diz o
engenheiro Rinaldo Puff, pesquisador da Embraco.
Atualmente
com 51 anos, Puff entrou na empresa em 1988, como estagiário.
Foi
promovido três vezes. Em 1997, sofreu fratura na coluna vertebral
durante um acidente e ficou paraplégico.
Após
a reabilitação, concluiu mestrado e doutorado em Ciência e
Engenharia de Materiais pela UDESC (Universidade do Estado de Santa
Catarina), e fez também um MBA em Gestão Empresarial pela
FGV/SOCIESC.
“Ainda
há um gap cultural muito grande, o que faz com que pessoas sem
deficiência também aproveitem de espaços sem pudor.
Há
também limitações de acessibilidade em hotéis e restaurantes, o
que dificulta o turismo, mas vejo melhorias neste aspecto,
principalmente aqui no Sul do País”.
Puff
ressalta que inclusão e exclusão da pessoa com deficiência
depende muito da própria pessoa.
“Se
ela se sente excluída, a sociedade automaticamente a exclui.
Então,
apesar das limitações, ninguém deve deixar de buscar seu espaço”.
Fábio
Ferreira, de 25 anos, trabalha atualmente como operador de
manufatura. Imagem: Arquivo Pessoal
Fábio
Ferreira, de 25 anos, é surdo e trabalha atualmente como operador
de manufatura.
Está
na Embraco há três anos.
“Quando
eu fui procurar uma vaga de trabalho, procurei por intérprete de
Libras (Língua Brasileira de Sinais) para saber o que as empresas
ofereciam e quais eram as condições de trabalho.
Na
Embraco, temos intérpretes, e isso facilitou”, comenta.
“Em
outras empresas que trabalhei não havia e ficava mais difícil.
Aqui,
em reuniões, homenagens e eventos com a presença de surdos, sempre
há um intérprete.
A
ausência de especialistas em Libras prejudica principalmente a
comunicação”, avalia.
Ana
Carolina Fruit (de casaco azul) tem 35 anos trabalha na Embraco há
quase uma década. Imagem: Arquivo Pessoal
Para
a pedagoga Ana Carolina Fruit, de 35 anos, que tem Síndrome de Down
e trabalha na Embraco há quase uma década, o processo de
recrutamento de pessoas com deficiência vem sendo realizado de
maneira adequada.
“As
empresas precisam de mais profissionais habilitados em braile e
Libras”.
Ana
Carolina afirma que jamais passou por uma situação de
discriminação ou exclusão.
“Tive
acesso ao ensino completo, até pós-graduação, com apoio de toda
família e dos profissionais da educação”, ressalta.
“Gosto
de estar por dentro de notícias sobre pessoas com deficiência.
Leio livros, notícias na internet, assisto vídeos e telejornais.
Considero
a Lei Brasileira de Inclusão muito importante. Independentemente da
deficiência, todos têm dificuldades a serem superadas”, conclui
a pedagoga.
Fonte: - brasil.estadão.com.br
Opções
e caminhos.
Caminhar
pela existência terrena é encontrar dificuldades, atribulações,
dias difíceis e tentadores.
Tal
como a escola sem desafios e feita somente de diversão e recreio
perderia seu propósito, também a vida perderia sua proposta de
aprendizado e crescimento se assim não fosse.
Essas
situações se constituem, ao mesmo tempo, em desafios existenciais e
convites ao aprendizado.
Cabe
a cada um de nós perceber a riqueza de oportunidades que a vida nos
oferece, mesmo que, muitas vezes, sob o jugo das dificuldades ou das
dores.
O
parente difícil, arrogante ou desrespeitoso pode ser o fomentador de
nosso desequilíbrio, o causador de tensões familiares e contendas
intermináveis.
Ou
podemos considerá-lo como o convite da vida para estendermos um
pouco mais os limites de nossa paciência, ampliar nosso olhar de
compreensão sobre suas limitações.
Uma
mesma situação, duas maneiras de ver.
A
doença que nos chega repentina e avassaladora, redirecionando
caminhos, limitando planos, pode ser vista como chamamento para a
reflexão, para a modificação de valores e de postura perante a
vida.
Da
mesma forma, pode conduzir-nos à depressão, ao desânimo, à
falência da fé.
A
mesma ocorrência, caminhos distintos a serem tomados.
As
dificuldades financeiras, a necessidade de esforço intenso para
determinadas conquistas, os obstáculos frequentes para alcançar o
que sonhamos pode ser um desestímulo, um convite ao abandono dos
sonhos.
Porém,
pode também se constituir em fonte de aprendizado e valorização
das conquistas alcançadas.
Assim
é feita nossa existência: de grandes e pequenos desafios.
Simples
atrapalhos e imensas dificuldades a enfrentar.
Cada
um deles representa um convite que a vida nos faz.
E
sempre caberá a nós a opção de como agir diante desses convites.
Não
há no mundo quem não os tenha recebido.
Madre
Tereza, no início de seu apostolado, era apenas uma desconhecida
freira católica a pedir comida para os esfomeados da sua Calcutá,
na Índia.
Foi
Prêmio Nobel da Paz, paz que semeou pelo mundo das dores e das
necessidades.
Francisco
Cândido Xavier era um simples funcionário público, pouco
escolarizado, a dialogar com os Espíritos e atender as dores do
povo, no pequeno burgo de Pedro Leopoldo, em Minas Gerais.
Tornou-se
a mais aprimorada antena psíquica que a Terra já recebeu.
Marie
Curie, a grande mulher das ciências modernas, era apenas uma
desconhecida imigrante polonesa, na Paris do século XIX, tentando
estudar e sobreviver.
Foi
Prêmio Nobel por duas vezes e ofereceu ao mundo as suas descobertas,
amenizando dores dos seus irmãos em humanidade.
Nenhuma
dessas conquistas foi simples ou fácil.
Nenhum
desses sonhos foi alcançado sem grandes esforços e renúncias.
Porém,
essas pessoas optaram por enfrentar os problemas, dificuldades e
limitações pessoais, da melhor forma que lhes foi possível.
Somos
o resultado das opções que fazemos.
Assim,
se percebermos que algo há a melhorar, utilizemos o tempo de que
ainda dispomos para isso.
Se
concluirmos que os caminhos pelos quais transitamos não são os mais
adequados, retifiquemos os próprios passos.
Teremos
sempre a chance de corrigir nossos planos, reformular opções,
refazer a estrada em algum ponto em que nos equivocamos.
Pensemos
nisso.
Fonte
– Momento Espírita Em 21.2.2015.
Sim, todos nós exercemos um papel importantíssimo na inclusão social dos deficientes, a partir do momento que deixemos de lado o preconceitos a indiferença para com estes e sim o vejamos como pessoas normais como nós mesmo exercendo um convívio de parceria e harmonia, dando-lhes acesso a todas as areas em nossa sociedade como pessoas produtivas e capazes que podem contribuir com o progresso e crescimento do planeta.
ResponderExcluirA inclusão social concreta e efetiva necessita da participação fundamental de toda a nossa sociedade, através da convivência e do respeito com estes por meio da inserção e inclusão sem restrições na sociedade dando-lhe os mesmos direitos e deveres, assim teremos um relacionamento mais humano e respeitoso com estes, mostrando que são cidadão com o mesmo direito que os outros cidadãos membros da sociedade.
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