Acreditar em si mesmo

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segunda-feira, 11 de julho de 2016

A gravidez na vida de cadeirante




Gravidez na
vida de
cadeirante
 


Hoje o papo é reto, o assunto de muita discussão e preconceitos em nossa sociedade, gravidez na vida de uma cadeirante.

Nada melhor do que falar com quem tem experiência no assunto, Leia Sales, esta na sua segunda gravidez, e ela que vai passar sua experiência para nossos leitores e leitoras.

Leia é cadeirante devido a uma poliomielite, tem uma filha de 11 anos de idade, e esta grávida pela segunda vez de 08 meses.


Os problemas encontrados por cadeirantes, não são necessariamente com mulheres que sofrem lesão medular, mas com qualquer pessoa com mobilidade reduzida.

A gravidez é de risco, como uma mulher com hipertensão ou diabetes, a grávida cadeirante sente mais dificuldade de posicionamento, com dor nas costas e no corpo, etc.

As perguntas são voltadas as duas gravidez.

Leia, suas gravidez foram programadas?

Minhas duas gravidez não foram programadas, porem foram muito desejadas.

Quais os riscos que os médicos te passaram na gravidez?

Os médicos me falaram dos inúmeros risco, mais o que mais me deixava chateada era quando eles diziam que meus filhos tinham uma chance muito grande de nascer com deformação física devido minha deficiência .

Como é a sensibilidade na gravidez?

Minha sensibilidade é em dobro!

Quais as recomendações médicas, que você teve?

Bom no começo da gravidez , minha medica me recomendou repouso.

Não engordar muito, nada de muita importância.

Quais os riscos no parto?

Bom, meu primeiro filho foi de cesariana e o segundo também será os riscos são quase mínimos.

Como são as suas contrações?

Aos oito meses de minha gravidez já começaram minhas contrações, o corpo da mulher se prepara para o grande dia. as contrações variam, algumas fortes!

E algumas suave.

Nada que uma mulher não suporte.

Quais a recomendações médicas para o seu dia a dia?

Me alimentar bem e saudavelmente , nada de esforços físico , e curti ate o final!

Como foi a aceitação por parte da sua família?

Bom, em minha primeira gravidez eles ficaram com um pouco de receio, agora em minha segunda foi só felicidade!

Sofreu algum tipo de preconceito na sociedade por conta da gravidez?

Infelizmente!

Com meu primeiro filho tive muito preconceito, ouvia as enfermeira falarem, (como pode uma aleijada ter ter filho) sofri muito, tive depressão de tantas asneira que eu ouvia enquanto estava internada.

Mas hoje as coisas mudaram. as pessoas me olham com um olhar de surpresa e não de indignação.

Os médicos me tratam como uma mulher convencional.

Pois é isso que eu sou igual a uma outra mulher que esta gerando vida!


Fonte: Cadeirantes life



­­Deficiência física não é obstáculo para gravidez, lembra Ministério da Saúde


Ministério da Saúde lembra que apesar dos mitos e preconceitos sobre o assunto, mulheres com deficiência física, visual, auditiva ou intelectual também podem engravidar.

"É impressionante o espanto da sociedade em geral sobre o fato de que mulheres com deficiência, inclusive física, podem engravidar e ser mães.

Isso pode nos fazer refletir o quanto a marca da deficiência se sobrepõe à pessoa humana.

Portanto, vale dizer: mulheres com deficiência podem engravidar", a declaração da coordenadora da área da saúde da pessoa com deficiência, do Ministério da Saúde, Vera Mendes, serve como alento para muitas mulheres que desejam ser mãe.

"Não importa o tipo de deficiência, seja física, visual, auditiva ou intelectual, elas continuam sendo mulheres e, se assim desejarem, podem viver a experiência da maternidade", enfatiza Mendes.

Como toda mulher, os cuidados devem começar logo após a notícia da gravidez, durante o pré-natal.

É nessa fase que o médico definirá os procedimentos mais adequados a cada caso, respeitando as peculiaridades de cada paciente.

O Sistema Único de Saúde (SUS) está preparado para acompanhar todo o processo de gestação dessas mães.

Do acolhimento e orientação ao casal até o momento do parto.

Durante a gestação também são realizados exames de avaliação do desenvolvimento do feto e da saúde materna.

O acompanhamento do bebê e da mãe não termina no nascimento.

Ele segue durante os primeiros meses de vida da criança, incluindo o acompanhamento à saúde da mãe.

Este acompanhamento está disponível desde as Unidades Básicas de Saúde (UBS), de todo o País, aos ambulatórios especializados nas unidades hospitalares.

O procedimento durante a gestação de uma grávida com deficiência segue o mesmo fluxo de qualquer gestação, sendo eles: pré-natal de risco habitual ou de alto risco.

Em cada um dos casos, o médico que acompanha a gestação é quem define os procedimentos a serem seguidos.

As orientações são particulares a cada gestação independente da deficiência, que neste caso, é considerado apenas como uma condição a mais a ser observada, mas que não significa obrigatoriamente gravidez de risco.

No caso de mulheres com deficiência de ordem genética, é recomendável a realização de exames complementares.

Já para mulheres que fazem uso de cadeiras de rodas a orientação é que durante a gravidez esta possa ser acompanhada por outros profissionais como fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais que a auxiliem na realização de exercícios terapêuticos e reordenação de suas atividades cotidianas, visando atenuar, por exemplo, problemas circulatórios.

A realização do parto cesariana só é recomendado quando representar maior proteção à saúde da mãe e do bebê.

"Isso significa que o mito de que a mulher com deficiência tem que ter cesárea não é correto.

Devem ser feitos apenas se recomendado pelo médico que realiza o acompanhamento de sua gestação", destaca Vera Mendes.

Criada ano passado, em parceria com outros 15 ministérios, o Viver Sem Limite - Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência vai investir nos próximos três anos R$ 7,6 bilhões.

O Plano tem o objetivo de promover a cidadania e o fortalecimento da participação da pessoa com deficiência na sociedade.


Fonte: - Ministério da Saúde


 
Comentário:
 
Como podemos ver existe uma certa reserva pelas pessoas quando se fala em gravidez na vida de uma cadeirante.

Muitos acham um absurdo uma cadeirante engravidar e ter filhos, além de estar nessa embutido um certo preconceito pela sociedade em relação ao assunto: gravidez de uma cadeirante.

Agora na postagem acima temos o depoimento de uma mãe cadeirante que contradizem o mito de que elas não podem engravidar; além de que muitas tem mais de um filho.

È uma gravidez delicada para algumas para outras não depende da saúde física da pessoa; na verdade é como a gravidez de qual que mulher normal.

O Ministério da Saúde não vê nenhum inconveniente na gravidez de pessoas deficientes.

Segundo o Ministério da Saúde não importa o tipo de deficiência, porque elas são mulheres e se desejarem passar pela experiência da maternidade podem vivência-la.

São orientadas particularmente em cada gestação independente da deficiência, que é uma condição a mais a ser observada, não significa necessariamente que seja uma gravidez de risco.

Assim podemos concluir que com um bom acompanhamento médico e seguindo suas orientações podem engravidar sem nenhuma ressalva que diga o contrário.

Infelizmente o assunto gravidez de uma cadeirante ou outras deficiências esbarra no preconceito que existe em nossa sociedade em relação a pessoa com deficiência.
 

Ser mãe...
 
"Dizem: quando nasce um bebê, nasce uma mãe também. E um polvo. Um restaurante delivery. Uma máquina de chocolate prontinho. Uma mecânica de carrinhos de controle remoto. Uma médica de bonecas. Uma professora. terapeuta e cozinheira de carreira medíocre. Nasce uma fábrica de cafuné, um chafariz de soro fisiológico, um robô que desperta ao som de choro. E principalmente: nasce a fada do beijo.

Quando nasce um bebê, nasce também o medo da morte - mães não se conformam em deixar o mundo sem encaminhar devidamente um filho.

Não pense você que ao se tornar mãe uma mulher abandona todas as mulheres que já foi um dia. Bobagem. Ganha mais mulheres em si mesma.

Com seus desejos aumentam sua audácia, sua garra, seus poderes. Se já era impossível, cuidado: ela vira muitas. Também não me venha imaginar mães como seres delicados e frágeis. Mães são fogo, ninguém segura. Se antes eram incapazes de matar um mosquito, adquirem uma fúria inédita.

Montam guarda ao lado de suas crias, capazes de matar tudo o que zumbir perto delas: pernilongos, lagartas, leões, gente.

Mães não têm tempo para o ensaio: estreiam a peça no susto. Aprendem a pilotar o avião em pleno voo. E dão o exemplo, mesmo que nunca tenham sido exemplo. Cobrem seus filhos com o cobertor que lhes falta. E, não raro, depois de fazerem o impossível, acreditam que poderiam ter feito melhor. Nunca estarão prontas para a tarefa gigantesca que é criar um filho - alguém está?

Mente quem diz que mãe sente menos dor - pelo contrário! Ela apenas aprende a deixar sua dor para outra hora. Atira o seu choro no chão para ir acalentar o do filho. Nas horas vagas, dorme. Abastece a casa. Trabalha.

Encontra os amigos. Lê - ou adormece com um livro no rosto. E, quando tem tempo pra chorar - cadê? -, passou. A mãe então aproveita que a casa está calma e vai recolher os brinquedos da sala. Como esse menino cresceu, ela pensa, a caminho do quarto do filho. Termina o dia exausta, sentada no chão da sala, acompanhada de um sorriso besta.

Já os filhos, ah Filhos fazem a mãe voltar os olhos para coisas que não importavam antes. O índice de umidade do ar. Os ingredientes do suco de caixinha. O nível de sódio do macarrão sem glúten. Onde fica a Guiné-Bissau. Os rumos da agricultura orgânica. As alternativas contra o aquecimento global. Política. E até sua própria saúde. Mães são mulheres ressuscitadas. Filhos as rejuvenescem, tornando a vida delas mais perigosa - e mais urgente.

Quando nasce um bebê, nasce uma empreiteira. Capaz de cavar a estrada quando não há caminho, só para poder indicar: É por ali, filho, naquela direção."


Fonte: - brasil.babycenter.com















2 comentários:

  1. No meu ponto de vista não vejo o porque de as pessoas acharem estranho uma cadeirante engravidar, são mulheres como qualquer outras apenas tem problemas de locomoção e assim têm o direito de passarem pela experiência da geração de um filho normalmente como qualquer outra mulher.

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  2. Uau, adorei conhecer mais sobre a vida da mãe cadeirante. É triste saber que essas mulheres são desencorajadas pela sociedade de ser mães, o bom é que a cada dia elas nos provam que não tem nada a ver e são tão boas mães quanto as mães não cadeirantes :D

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