Gravidez
na
vida de
cadeirante
Hoje
o papo é reto, o assunto de muita discussão e preconceitos em nossa
sociedade, gravidez na vida de uma cadeirante.
Nada
melhor do que falar com quem tem experiência no assunto, Leia Sales,
esta na sua segunda gravidez, e ela que vai passar sua experiência
para nossos leitores e leitoras.
Leia
é cadeirante devido a uma poliomielite, tem uma filha de 11 anos de
idade, e esta grávida pela segunda vez de 08 meses.
Os
problemas encontrados por cadeirantes, não são necessariamente com
mulheres que sofrem lesão medular, mas com qualquer pessoa com
mobilidade reduzida.
A
gravidez é de risco, como uma mulher com hipertensão ou diabetes, a
grávida cadeirante sente mais dificuldade de posicionamento, com dor
nas costas e no corpo, etc.
As
perguntas são voltadas as duas gravidez.
Leia,
suas gravidez foram programadas?
Minhas
duas gravidez não foram programadas, porem foram muito desejadas.
Quais
os riscos que os médicos te passaram na gravidez?
Os
médicos me falaram dos inúmeros risco, mais o que mais me deixava
chateada era quando eles diziam que meus filhos tinham uma chance
muito grande de nascer com deformação física devido minha
deficiência .
Como
é a sensibilidade na gravidez?
Minha
sensibilidade é em dobro!
Quais
as recomendações médicas, que você teve?
Bom
no começo da gravidez , minha medica me recomendou repouso.
Não
engordar muito, nada de muita importância.
Quais
os riscos no parto?
Bom,
meu primeiro filho foi de cesariana e o segundo também será os
riscos são quase mínimos.
Como
são as suas contrações?
Aos
oito meses de minha gravidez já começaram minhas contrações, o
corpo da mulher se prepara para o grande dia. as contrações variam,
algumas fortes!
E
algumas suave.
Nada
que uma mulher não suporte.
Quais
a recomendações médicas para o seu dia a dia?
Me
alimentar bem e saudavelmente , nada de esforços físico , e curti
ate o final!
Como
foi a aceitação por parte da sua família?
Bom,
em minha primeira gravidez eles ficaram com um pouco de receio, agora
em minha segunda foi só felicidade!
Sofreu
algum tipo de preconceito na sociedade por conta da gravidez?
Infelizmente!
Com
meu primeiro filho tive muito preconceito, ouvia as enfermeira
falarem, (como pode uma aleijada ter ter filho) sofri muito, tive
depressão de tantas asneira que eu ouvia enquanto estava internada.
Mas
hoje as coisas mudaram. as pessoas me olham com um olhar de surpresa
e não de indignação.
Os
médicos me tratam como uma mulher convencional.
Pois
é isso que eu sou igual a uma outra mulher que esta gerando vida!
Fonte:
Cadeirantes life
Deficiência
física não é obstáculo para gravidez, lembra Ministério da Saúde
Ministério
da Saúde lembra que apesar dos mitos e preconceitos sobre o assunto,
mulheres com deficiência física, visual, auditiva ou intelectual
também podem engravidar.
"É
impressionante o espanto da sociedade em geral sobre o fato de que
mulheres com deficiência, inclusive física, podem engravidar e ser
mães.
Isso
pode nos fazer refletir o quanto a marca da deficiência se sobrepõe
à pessoa humana.
Portanto,
vale dizer: mulheres com deficiência podem engravidar", a
declaração da coordenadora da área da saúde da pessoa com
deficiência, do Ministério da Saúde, Vera Mendes, serve como
alento para muitas mulheres que desejam ser mãe.
"Não
importa o tipo de deficiência, seja física, visual, auditiva ou
intelectual, elas continuam sendo mulheres e, se assim desejarem,
podem viver a experiência da maternidade", enfatiza Mendes.
Como
toda mulher, os cuidados devem começar logo após a notícia da
gravidez, durante o pré-natal.
É
nessa fase que o médico definirá os procedimentos mais adequados a
cada caso, respeitando as peculiaridades de cada paciente.
O
Sistema Único de Saúde (SUS) está preparado para acompanhar todo o
processo de gestação dessas mães.
Do
acolhimento e orientação ao casal até o momento do parto.
Durante
a gestação também são realizados exames de avaliação do
desenvolvimento do feto e da saúde materna.
O
acompanhamento do bebê e da mãe não termina no nascimento.
Ele
segue durante os primeiros meses de vida da criança, incluindo o
acompanhamento à saúde da mãe.
Este
acompanhamento está disponível desde as Unidades Básicas de Saúde
(UBS), de todo o País, aos ambulatórios especializados nas unidades
hospitalares.
O
procedimento durante a gestação de uma grávida com deficiência
segue o mesmo fluxo de qualquer gestação, sendo eles: pré-natal de
risco habitual ou de alto risco.
Em
cada um dos casos, o médico que acompanha a gestação é quem
define os procedimentos a serem seguidos.
As
orientações são particulares a cada gestação independente da
deficiência, que neste caso, é considerado apenas como uma condição
a mais a ser observada, mas que não significa obrigatoriamente
gravidez de risco.
No
caso de mulheres com deficiência de ordem genética, é recomendável
a realização de exames complementares.
Já
para mulheres que fazem uso de cadeiras de rodas a orientação é
que durante a gravidez esta possa ser acompanhada por outros
profissionais como fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais que a
auxiliem na realização de exercícios terapêuticos e reordenação
de suas atividades cotidianas, visando atenuar, por exemplo,
problemas circulatórios.
A
realização do parto cesariana só é recomendado quando representar
maior proteção à saúde da mãe e do bebê.
"Isso
significa que o mito de que a mulher com deficiência tem que ter
cesárea não é correto.
Devem
ser feitos apenas se recomendado pelo médico que realiza o
acompanhamento de sua gestação", destaca Vera Mendes.
Criada
ano passado, em parceria com outros 15 ministérios, o Viver Sem
Limite - Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência vai
investir nos próximos três anos R$ 7,6 bilhões.
O
Plano tem o objetivo de promover a cidadania e o fortalecimento da
participação da pessoa com deficiência na sociedade.
Fonte:
- Ministério da Saúde
Comentário:
Como podemos ver existe uma certa reserva pelas pessoas quando se fala em gravidez na vida de uma cadeirante.
Como podemos ver existe uma certa reserva pelas pessoas quando se fala em gravidez na vida de uma cadeirante.
Muitos
acham um absurdo uma cadeirante engravidar e ter filhos, além de
estar nessa embutido um certo preconceito pela sociedade em relação
ao assunto: gravidez de uma cadeirante.
Agora
na postagem acima temos o depoimento de uma mãe cadeirante que
contradizem o mito de que elas não podem engravidar; além de que
muitas tem mais de um filho.
È
uma gravidez delicada para algumas para outras não depende da saúde
física da pessoa; na verdade é como a gravidez de qual que mulher
normal.
O
Ministério da Saúde não vê nenhum inconveniente na gravidez de
pessoas deficientes.
Segundo
o Ministério da Saúde não importa o tipo de deficiência, porque
elas são mulheres e se desejarem passar pela experiência da
maternidade podem vivência-la.
São
orientadas particularmente em cada gestação independente da
deficiência, que é uma condição a mais a ser observada, não
significa necessariamente que seja uma gravidez de risco.
Assim
podemos concluir que com um bom acompanhamento médico e seguindo
suas orientações podem engravidar sem nenhuma ressalva que diga o
contrário.
Infelizmente
o assunto gravidez de uma cadeirante ou outras deficiências esbarra
no preconceito que existe em nossa sociedade em relação a pessoa
com deficiência.
Ser mãe...
"Dizem:
quando nasce um bebê, nasce uma mãe também. E um polvo. Um
restaurante delivery. Uma máquina de chocolate prontinho. Uma
mecânica de carrinhos de controle remoto. Uma médica de bonecas.
Uma professora. terapeuta e cozinheira de carreira medíocre. Nasce uma
fábrica de cafuné, um chafariz de soro fisiológico, um robô que
desperta ao som de choro. E principalmente: nasce a fada do beijo.
Quando
nasce um bebê, nasce também o medo da morte - mães não se
conformam em deixar o mundo sem encaminhar devidamente um filho.
Não
pense você que ao se tornar mãe uma mulher abandona todas as
mulheres que já foi um dia. Bobagem. Ganha mais mulheres em si
mesma.
Com
seus desejos aumentam sua audácia, sua garra, seus poderes. Se já
era impossível, cuidado: ela vira muitas. Também não me venha
imaginar mães como seres delicados e frágeis. Mães são fogo,
ninguém segura. Se antes eram incapazes de matar um mosquito,
adquirem uma fúria inédita.
Montam
guarda ao lado de suas crias, capazes de matar tudo o que zumbir
perto delas: pernilongos, lagartas, leões, gente.
Mães
não têm tempo para o ensaio: estreiam a peça no susto. Aprendem a
pilotar o avião em pleno voo. E dão o exemplo, mesmo que nunca
tenham sido exemplo. Cobrem seus filhos com o cobertor que lhes
falta. E, não raro, depois de fazerem o impossível, acreditam que
poderiam ter feito melhor. Nunca estarão prontas para a tarefa
gigantesca que é criar um filho - alguém está?
Mente
quem diz que mãe sente menos dor - pelo contrário! Ela apenas
aprende a deixar sua dor para outra hora. Atira o seu choro no chão
para ir acalentar o do filho. Nas horas vagas, dorme. Abastece a
casa. Trabalha.
Encontra
os amigos. Lê - ou adormece com um livro no rosto. E, quando tem
tempo pra chorar - cadê? -, passou. A mãe então aproveita que a
casa está calma e vai recolher os brinquedos da sala. Como esse
menino cresceu, ela pensa, a caminho do quarto do filho. Termina o
dia exausta, sentada no chão da sala, acompanhada de um sorriso
besta.
Já
os filhos, ah Filhos fazem a mãe voltar os olhos para coisas que não
importavam antes. O índice de umidade do ar. Os ingredientes do suco
de caixinha. O nível de sódio do macarrão sem glúten. Onde fica a
Guiné-Bissau. Os rumos da agricultura orgânica. As alternativas
contra o aquecimento global. Política. E até sua própria saúde.
Mães são mulheres ressuscitadas. Filhos as rejuvenescem, tornando a
vida delas mais perigosa - e mais urgente.
Quando
nasce um bebê, nasce uma empreiteira. Capaz de cavar a estrada
quando não há caminho, só para poder indicar: É por ali, filho,
naquela direção."
Fonte:
- brasil.babycenter.com
No meu ponto de vista não vejo o porque de as pessoas acharem estranho uma cadeirante engravidar, são mulheres como qualquer outras apenas tem problemas de locomoção e assim têm o direito de passarem pela experiência da geração de um filho normalmente como qualquer outra mulher.
ResponderExcluirUau, adorei conhecer mais sobre a vida da mãe cadeirante. É triste saber que essas mulheres são desencorajadas pela sociedade de ser mães, o bom é que a cada dia elas nos provam que não tem nada a ver e são tão boas mães quanto as mães não cadeirantes :D
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