Acreditar em si mesmo

Acreditar em si mesmo

terça-feira, 30 de maio de 2017

Opção uma questão de escolhas.



A opção da simplicidade.



Muitas pessoas reclamam da correria de suas vidas.

Acham que têm compromissos demais e culpam a complexidade do mundo moderno.

Entretanto, inúmeras delas multiplicam suas tarefas sem real necessidade.

Viver com simplicidade é uma opção que se faz.

Muitas das coisas consideradas imprescindíveis à vida, na realidade, são supérfluas.

A rigor, enquanto buscam coisas, as criaturas se esquecem da vida em si.

Angustiadas por múltiplos compromissos, não refletem sobre sua realidade íntima.

Olvidam do que gostam, não pensam no que lhes traz paz, enquanto sufocam em buscas vãs.

De que adianta ganhar o mundo e perder-se a si próprio?

Se a criatura não tomar cuidado, ter e parecer podem tomar o lugar do ser.

Ninguém necessita trocar de carro constantemente, ter incontáveis sapatos, sair todo final de semana.

É possível reduzir a própria agitação, conter o consumismo e redescobrir a simplicidade.

O simples é aquele que não simula ser o que não é, que não dá demasiada importância a sua imagem, ao que os outros dizem ou pensam dele.

A pessoa simples não calcula os resultados de cada gesto, não tem artimanhas e nem segundas intenções.

Ela experiência a alegria de ser, apenas.

Não se trata de levar uma vida inconsciente, mas de reencontrar a própria infância.

Mas uma infância como virtude, não como estágio da vida.

Uma infância que não se angustia com as dúvidas de quem ainda tem tudo por fazer e conhecer.

A simplicidade não ignora, apenas aprendeu a valorizar o essencial.

Os pequenos prazeres da vida, uma conversa interessante, olhar as estrelas, andar de mãos dadas, tomar sorvete...

Tudo isso compõe a simplicidade do existir.

Não é necessário ter muito dinheiro ou ser importante para ser feliz.

Mas é difícil ter felicidade sem tempo para fazer o que se gosta.

Não há nada de errado com o dinheiro ou o sucesso.

É bom e importante trabalhar, estudar e aperfeiçoar-se.

Progredir sempre é uma necessidade humana.

Mas isso não implica viver angustiado, enquanto se tenta dar cabo de infinitas atividades.

Se o preço do sucesso for ausência de paz, talvez ele não valha a pena.

As coisas sempre ficam para trás, mais cedo ou mais tarde.

Mas há tesouros imateriais que jamais se esgotam.

As amizades genuínas, um amor cultivado, a serenidade e a paz de espírito são alguns deles.

Preste atenção em como você gasta seu tempo.

Analise as coisas que valoriza e veja se muitas delas não são apenas um peso desnecessário em sua existência.

Experimente desapegar-se dos excessos.

Ao optar pela simplicidade, talvez redescubra a alegria de viver.

Pense nisso.


Fonte: - Momento Espírita. Disponível no livro Momento Espírita, v. 8, ed. FEP. Em 24.3.2014.




Opção importante.



Você já estourou pipoca que não tenha sido no micro-ondas?

Se já o fez, deve ter observado a bela transformação do milho duro em pipoca macia.

Imagine o milho, fechado dentro da panela, sentindo cada vez mais o ambiente ficar quente.

Deve pensar que a sua hora chegou: vai morrer.

Dentro de sua casca dura, fechado em si mesmo, ele não pode supor destino diferente.

Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada.

Não faz ideia do que é capaz.

Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece e ele aparece como uma outra coisa, completamente diferente: pipoca branca e macia.


Podemos nos comparar ao milho de pipoca.

Somos criaturas duras, quebra dentes, insensíveis, incompreensíveis.

Tantas vezes, com uma visão distorcida da vida, sem valores reais.

Também passamos por transformações quando passamos pelo fogo.

É a dor.

São situações que nunca imaginamos vivenciar.

Pode ser um fogo de fora: um amor que se vai, um filho que adoece gravemente, o emprego perdido, a morte de um amigo, de um irmão.

Pode ser um fogo de dentro, cuja causa demoramos para descobrir e que nos atormenta por largo tempo: medo, ansiedade, depressão, pânico.

Enquanto estamos sofrendo a ação incômoda do fogo, desejamos ardentemente que ele se apague, a fim de que tenhamos repouso das dores.

Contudo, sem tal sofrimento não acontecerá a grande transformação.

Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito a vida inteira.

São pessoas de uma mesmice e dureza assombrosas.

Só que elas não percebem.

Acham que o seu jeito de ser está ótimo.

Por sua vez, existem pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar.

Acham que não pode existir nada mais maravilhoso do que o jeito delas serem.

A sua presunção e o medo são a dura casca que não estoura.

Essas podem ser comparadas ao piruá, aquele milho que se recusa a estourar e fica no fundo da panela, depois do alegre estouro da pipoca.

Lamentavelmente, essas criaturas não se permitem transformar na flor branca e macia para dar alegria a alguém.

Não desejam se tornar mais maleáveis, doces, amorosas.

Perdem a chance de conquistar amizades que poderiam, logo mais, se solidificar em amores para o futuro risonho.

Ser piruá ou pipoca estourada - eis uma opção.

Os que desejamos ser felizes e fazer a ventura dos que nos cercam, aceitamos as lições das dores, tornando-nos mais afáveis, gentis no trato, ponderados no falar.

Aprendemos a usar a empatia, a fim de compreendermos as dores alheias.


Na pauta das atividades do amigo da cruz, entre as criaturas humanas, destacam-se os seus labores junto aos padecentes de todos os matizes.

Com Ele, todo e qualquer sofrimento achará o remédio, os sofredores encontrarão o necessário amparo e a vida de todos terá a luz e o rumo dos quais careçam, para a completa ventura dos dias futuros.


Fonte: - Momento Espírita, com base em texto de autoria ignorada e pensamentos finais do cap. 11, do livro Vida e mensagem, pelo Espírito Francisco de Paula Vítor, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter. Em 12.7.2013.





Opções e caminhos.



Caminhar pela existência terrena é encontrar dificuldades, atribulações, dias difíceis e tentadores.

Tal como a escola sem desafios e feita somente de diversão e recreio perderia seu propósito, também a vida perderia sua proposta de aprendizado e crescimento se assim não fosse.

Essas situações se constituem, ao mesmo tempo, em desafios existenciais e convites ao aprendizado.

Cabe a cada um de nós perceber a riqueza de oportunidades que a vida nos oferece, mesmo que, muitas vezes, sob o jugo das dificuldades ou das dores.

O parente difícil, arrogante ou desrespeitoso pode ser o fomentador de nosso desequilíbrio, o causador de tensões familiares e contendas intermináveis.

Ou podemos considerá-lo como o convite da vida para estendermos um pouco mais os limites de nossa paciência, ampliar nosso olhar de compreensão sobre suas limitações.

Uma mesma situação, duas maneiras de ver.

A doença que nos chega repentina e avassaladora, redirecionando caminhos, limitando planos, pode ser vista como chamamento para a reflexão, para a modificação de valores e de postura perante a vida.

Da mesma forma, pode conduzir-nos à depressão, ao desânimo, à falência da fé.

A mesma ocorrência, caminhos distintos a serem tomados.

As dificuldades financeiras, a necessidade de esforço intenso para determinadas conquistas, os obstáculos frequentes para alcançar o que sonhamos pode ser um desestímulo, um convite ao abandono dos sonhos.

Porém, pode também se constituir em fonte de aprendizado e valorização das conquistas alcançadas.

Assim é feita nossa existência: de grandes e pequenos desafios.

Simples trabalhos e imensas dificuldades a enfrentar.

Cada um deles representa um convite que a vida nos faz.

E sempre caberá a nós a opção de como agir diante desses convites.

Não há no mundo quem não os tenha recebido.

Madre Tereza, no início de seu apostolado, era apenas uma desconhecida freira católica a pedir comida para os esfomeados da sua Calcutá, na Índia.

Foi Prêmio Nobel da Paz, paz que semeou pelo mundo das dores e das necessidades.

Francisco Cândido Xavier era um simples funcionário público, pouco escolarizado, a dialogar com os Espíritos e atender as dores do povo, no pequeno burgo de Pedro Leopoldo, em Minas Gerais.

Tornou-se a mais aprimorada antena psíquica que a Terra já recebeu.

Marie Curie, a grande mulher das ciências modernas, era apenas uma desconhecida imigrante polonesa, na Paris do século XIX, tentando estudar e sobreviver.

Foi Prêmio Nobel por duas vezes e ofereceu ao mundo as suas descobertas, amenizando dores dos seus irmãos em humanidade.

Nenhuma dessas conquistas foi simples ou fácil.

Nenhum desses sonhos foi alcançado sem grandes esforços e renúncias.

Porém, essas pessoas optaram por enfrentar os problemas, dificuldades e limitações pessoais, da melhor forma que lhes foi possível.

Somos o resultado das opções que fazemos.

Assim, se percebermos que algo há a melhorar, utilizemos o tempo de que ainda dispomos para isso.

Se concluirmos que os caminhos pelos quais transitamos não são os mais adequados, retifiquemos os próprios passos.

Teremos sempre a chance de corrigir nossos planos, reformular opções, refazer a estrada em algum ponto em que nos equivocamos.

Pensemos nisso.


Fonte: - Momento Espírita. Em 21.2.2015.












2 comentários:

  1. Ao longo de nossa vida enfrentamos inúmeros desafios diários por isso fazemos escolhas para podermos ter um direcionamento e uma norma de conduta, são opções que fazemos e com elas vem suas consequências, as quais são frutos de nossas escolhas e temos que arcar com elas; afinal foi nossa opção.

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  2. Em nossas vidas estamos sujeitos a escolher um caminho correto que nos faça progredir e evoluir como ser humanos; existe a nossa frente inúmeras opções e depende de cada um de nós fazer a escolha segundo nossas convicções e noção do que é certo ou errado e assim seguir o nosso caminho, mas toda escolha tem suas consequências e temos de arcar com elas, por isso devemos pensar e analisar bem para não nos arrependermos depois.

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