Acreditar em si mesmo

Acreditar em si mesmo

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Mãe que perdeu filho para a leucemia questiona Deus.




Mãe que perdeu filho para a Leucemia questiona a autoridade de Deus


Professora de Itapeva (SP), Angélica Campolim escreveu lembranças da doença do filho e fez reflexões sobre a morte dele, em 2015.

"Quando Deus não é suficiente" é o nome de um livro escrito por uma mãe que perdeu o filho caçula de 22 anos para a leucemia. Angélica Campolim, a escritora de Itapeva (SP), conta em mais de 50 capítulos momentos da doença do filho Júlio Campolim, além de reflexões após a morte do jovem, em 2015.

Mãe perde filho de 22 anos por leucemia e questiona fé em livro:

'Quando Deus não é suficiente'

No Dia das Mães, celebrado neste domingo (14), Angélica, ou Lica como é conhecida, se lembrará como é para uma mãe ver um filho morrer sem ter como impedir.

Pagamos caro pelo melhor tratamento, pelos melhores médicos, eu fiz um transplante de medula óssea para o meu filho, mas mesmo assim não conseguimos salvá-lo.

Digo que meu sofrimento foi ao quadrado, porque além da morte do filho eu perdi toda minha base religiosa”, desabafa a mãe de 55 anos.

Para Lica, que é cristã, despedida forçada do filho Júlio, quando ele ainda tinha 22 anos e se preparava para se tornar um arquiteto, mudou a forma como ela vê Deus.

A gente traz desde a infância uma ideia de que o bem vence o mal, e que no final os heróis vencem, assim como nos filmes.

E acabamos transportando essa ideia para a fé.

A teologia da prosperidade [doutrina de dar algo a Deus para receber] vai além do dinheiro, dos bens materiais.

A gente pensa que sendo bom e indo a igreja toda semana estamos blindados, mas não é assim que Deus age.

Eu pensava assim, mas agora sou diferente.”

O livro foi escrito em cinco meses, entre setembro de 2016 e fevereiro deste ano. Ele não é organizado de forma cronológica, mas pela sequência de textos escritos pela professora de biologia.

Foi uma forma de lidar com a morte.

Lembro que quando criança e adolescente eu costumava escrever no diário.

Eu começava os textos de forma confusa, com raiva ou decepcionada, e no fim deles eu estava conformada e resolvida.

O mesmo aconteceu agora, veio com toda força essa dependência de me acalmar através das palavras”, ressalta.

"Tristemunho"

Com a ajuda de um amigo, que é editor de livros, Lica concluiu a obra que conta a história da morte de um jovem por leucemia do ponto de vista de uma mãe.

Não planejei esse livro, ele aconteceu.

Não quero impressionar ninguém.

É um ‘tristemunho’.

Fiz um texto de cada vez e quando perguntei ao meu amigo quando ele acabava, ele disse que eu sentiria.

Ele disse que eu sentiria um vazio, e foi realmente isso que aconteceu quando, depois de mais um texto, senti que já tinha falado tudo o que tinha para falar.”

O livro será lançado em junho deste ano em duas datas: em Itapeva na Câmara, no dia 23, e em São Paulo (SP) no Hospital Alemão Oswaldo Cruz, no dia 24.

O dinheiro da venda no lançamento em São Paulo será revertido para a Associação da Medula Óssea (AMO) e dos livros vendidos em Itapeva ao Grupo Salva Vidas, entidade beneficente que atua na cidade.

"Não sei ainda se vou vendê-los depois e como fazer isso", diz ela.

A luta de Júlio

Júlio teve câncer de leucemia em 2013, quando tinha 20 anos e morava em São Paulo, onde estudava o quarto ano de arquitetura.

Os primeiros sinais foram inchaços na boca e virilha seguidos de uma forte gripe.

Mãe que perdeu filho para a Leucemia questiona a autoridade de Deus
Após semanas gripado, o rapaz foi ao hospital onde constataram a anomalia com a medula óssea.

Logo o pai e a mãe do rapaz passaram a dedicar todo tempo e dinheiro para recuperar o filho.

O pai viajava todas as semanas de São Paulo a Itapeva, a cerca de 300 quilômetros, para trabalhar e ao mesmo tempo ficar com o filho.

E Lica deixou o emprego para cuidar em tempo integral do filho.

Durante o período, houve até campanha com famosos pelo estudante.

Após meses de tratamento para bloquear “o erro” que provocava a doença,

Júlio enfim ficou apto para receber um transplante da mãe dele, que tinha 70% de compatibilidade.

Os médicos captaram através do sangue de Lica o que era necessário para corrigir o organismo do jovem.

O transplante foi em fevereiro de 2014.

Achei que ele iria se curar, a compatibilidade era de 70% era uma boa chance.

Além disso ele era jovem, forte”, lamenta.

Porém, devido ao processo de bloqueio, todo o sistema de imunização de Júlio foi afetado e ele contraiu um fungo nos pulmões.

Nesse período, ele precisava tomar duas doses diárias de sangue com plaquetas e glóbulos branco.

O fungo no pulmão persistiu por anos, apesar dos vários remédios para impedi-lo, sendo a principal causa da morte do rapaz.

Fizemos três exames após o transplante de medula.

O primeiro deles apontou que a minha medula estava avançando no corpo dele.

O segundo apontava que minha medula tinha corrigido o problema com a medula dele.

E o terceiro, em 2015, mostrou que a doença estava voltando, porque minha medula estava regredindo.

Conversamos com o médico que explicou que meu filho não suportaria um novo transplante, que seria fatal para ele.

Meses depois, ele teve uma crise respiratória e foi internado no hospital.

Depois de 15 dias ele não suportou mais.

Ele morreu em junho daquele ano”, completa a mãe.

Nos últimos dois anos de vida do rapaz, enquanto lutava contra a leucemia,

Júlio perdeu cerca de 30 quilos e não conseguiu concluir os estudos.

Uma das últimas alegrias dele era poder assistir os jogos do Corinthians.

Quando ele ganhou a camiseta assinada por todos os jogadores ele chorou de felicidade.

Ele era muito fanático, não perdia uma partida do Corinthians. "

"Uma das coisas boas que lembro dele no hospital é quando ele chamava um enfermeiro fingindo ser um pedido só para não assistir o jogo sozinho, só para ter uma companhia por pelo menos alguns minutos”, relembra.

Hoje, Lica divide a saudade do filho com o marido Cláudio e as duas filhas Bianca e Paula.

Depois de passar pela doença e a perda de um filho, você acaba se transformando em uma nova pessoa”, reflete.


Fonte: - G1





PESSOAS COM DEFICIÊNCIA PODERÃO FAZER VIAGENS INTERESTADUAIS SEM PAGAR


PROJETO GARANTE TRANSPORTE GRATUITO A PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

Pessoas com deficiência poderão fazer viagens interestaduais sem pagar:

o projeto de lei do Senado (PLS) 124/2017, de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), prevê que sejam reservadas duas vagas gratuitas em ônibus, aviões, barcos e trens.

Pela proposta, que incluiria o benefício no Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/2015), as empresas devem reservar os assentos até 8 horas antes da viagem.

Não havendo interessados, ficam liberadas para vender os bilhetes de passagem.

Para o senador Paim, conforme justificativa da proposta, medidas como essa têm grande potencial inclusivo e "podem funcionar como compensação indireta pelos muitos custos e barreiras com que as pessoas com deficiência têm de se deparar diariamente em uma sociedade em via de transformação".

O projeto está na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), onde pode receber decisão terminativa: se aprovado, não precisa passar pelo Plenário e pode seguir diretamente para a Câmara dos Deputados.

Todas as propostas que tramitam no Senado Federal estão abertas à consulta pública por meio do portal e-Cidadania.


Fonte: - Senado Federal



O raio de sol e a palavra.


Queria ser mais como o raio de sol, aquele primeiro feixe de uma manhã esperada por alguém que chorou a noite demorada, acreditando que ela não terminaria nunca.

Queria ser mais como o raio de sol de fim da tarde, que surpreende a nuvem densa, e se projeta sobre a cidade quase escura, dizendo:

Ainda estou aqui...”

Queria ser mais como o raio de sol que contorna o menino no parque, fazendo-o descobrir as formas de sua própria sombra na grama verde, como se fosse outro ser, fora dele...

Queria ser mais como o primeiro raio de sol depois de intensa tempestade: humilde, discreto, eficaz e útil.

Queria ser mais como o raio de sol que, após estar por algum tempo, ainda permanece, mesmo depois de ter ido, na forma de calor.

Queria ser mais como o raio de sol que passa por entre os prédios da metrópole, ousado, buscando frestas, reflexos, para alcançar finalmente o cidadão comum na rua, não fazendo distinção alguma.

Queria ser mais sol e menos sombra.

Mais raio e menos palavra.


Será que dentro de nós não existe uma vontade de fazer mais, de ser mais?

Por vezes, será que não sentimos falta de um significado maior em nosso viver?

Observamos as pessoas que se engajam em causas, que se dedicam ao próximo, que são ícones de uma determinada era e pensamos:

Queria ser um pouco mais assim.

É uma força que grita dentro de nós pedindo algo.

É nossa própria natureza amorosa dizendo a que veio...

O que nos falta, então?

O que nos falta para que sejamos menos discurso e mais ação?

Menos opinião e mais abraço?

Menos crítica e mais auxílio?

Estamos inundados de teoria.

Muitos já nos mostraram os caminhos da ascensão, como alpinistas experientes que estão adiante e se sujeitam a voltar e mostrar as técnicas e trilhas possíveis para se subir em segurança.

Eles mostraram o que fazer, mostraram como e quando.

O que nos falta, então?

Falta-nos o impulso, o passo, o arrojo, a vontade bem direcionada.

Pequenas iniciativas, pequenos projetos, porém com continuidade, persistência e seriedade.

São micronúcleos de fraternidade, de civilização, que mudam uma nação inteira e, por sua vez, o mundo.

Não fiquemos congelados na postura de mero desejo. É preciso acionar a vontade.

A vontade é uma faculdade da alma, instrumento que coloca em movimento as nossas potências internas e as orienta para um ideal elevado.

Por intermédio dela mudamos a nossa natureza, vencemos todos os obstáculos, dominamos a matéria, a doença e a morte.

É ela que nos faz realizar as grandes coisas.

Realizemos, contribuamos, ajudemos.

Iniciemos algo novo ou nos engajemos em algo em que acreditemos.

Não há mais tempo para permanecermos indiferentes.

O mundo é nosso.

Abracemo-lo.


Queria ser mais como o raio de sol que passa por entre os prédios da metrópole, ousado, buscando frestas, reflexos, para alcançar finalmente o cidadão comum na rua, não fazendo distinção alguma.

Queria ser mais sol e menos sombra.

Mais raio e menos palavra.


Fonte: - Momento Espírita, com base no poema Mais raio e menos palavra, de Andrey Cechelero Em 10.5.2017.










Um comentário:

  1. É difícil para uma mãe perder um filho para essa doença ingrata que é a leucemia, na sua revolta por lutar tanto contra a doença ara curar seu filho ver todo esforço ir água abaixo, eis aí o porque da sua revolta com Deus pelo falecimento deste; mas apesar de seu questionamento com Deus com seus porquês; não percebeu que fosse melhor assim do que continuar sofrendo com essa doença ingrata que não tem cura infelizmente.

    ResponderExcluir