Maneiras
de ver
as coisas.
Conta-se que uma
indústria de calçados do Brasil desenvolveu um projeto de
exportação de sapatos para a Índia e, em seguida, mandou dois de
seus consultores a pontos diferentes daquele país para fazer as
primeiras observações do potencial daquele futuro mercado.
Após
alguns dias de pesquisas, um dos consultores enviou o seguinte fax
para a direção da indústria:
Senhores,
cancelem o projeto de exportação de sapatos para a Índia.
Aqui
ninguém usa sapatos.
Sem
saber desse fax, alguns dias depois o segundo consultor mandou o seu
parecer:
Senhores,
tripliquem a quantidade de sapatos do projeto de exportação para a
Índia, pois aqui ninguém usa sapatos, ainda.
A
mesma situação era um tremendo obstáculo para um dos consultores e
uma fantástica oportunidade para o outro.
Da
mesma forma, tudo na vida pode ser visto com enfoques e maneiras
diferentes.
A
sabedoria popular traduz essa situação com a seguinte frase:
Os
tristes acham que o vento geme.
Os
alegres e cheios de espírito afirmam que ele canta.
Os
derrotistas falam da crise como se o mundo fosse acabar por causa
dela, mas os otimistas e empreendedores dizem o seguinte:
Bendita
crise que sacode o mundo e a minha vida.
Bendita
crise que está reciclando tudo.
Bendita
crise que faz o mundo se reestruturar.
Bendita
crise que traz a transformação.
Bendita
crise que traz a evolução e o progresso.
Bendita
crise que traz novos desafios.
Bendita
crise que me tira a ilusão de permanência.
Bendita
crise que me tira do marasmo.
Bendita
crise que me ensina o que é verdadeiramente importante.
Bendita
crise que me revela minha própria sabedoria.
Bendita
crise que dissolve meus apegos.
Bendita
crise que amplia minha visão.
Bendita
crise que me faz humilde.
Bendita
crise que me faz voltar a ter fé.
Bendita
crise que me faz dar mais importância à vida.
Bendita
crise que abre meu coração.
Bendita
crise que me mostra a luz.
Bendita
crise que me mostra outras oportunidades.
Bendita
crise que me traz de volta a confiança.
Bendita
crise que me traz de volta à minha essência.
Bendita
crise que me desperta o amor pela Humanidade.
Bendita
crise que é o ponto de mutação.
Bendita
crise que me abre novos horizontes...
E
você, como tem encarado as situações difíceis ou as crises?
Lembre-se
que da sua maneira de ver as dificuldades dependerá a
resolução ou o seu agravamento.
O
mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo dos seus
próprios pensamentos e atos.
A
maneira como você encara a vida é que vai fazer a diferença.
Pense
nisso!
Fonte:
- Momento Espírita, com base em pensamentos de autoria ignorada. Em
15.10.2010.
Maneiras
de dizer
as coisas
Uma
sábia e conhecida anedota árabe diz que, certa feita, um sultão
sonhou que havia perdido todos os dentes.
Logo
que despertou, mandou chamar um adivinho para que interpretasse seu
sonho.
Que
desgraça, senhor!
Exclamou
o adivinho.
Cada
dente caído representa a perda de um parente de Vossa Majestade.
Mas
que insolente!
– Gritou o sultão, enfurecido.
Como
te atreves a dizer-me semelhante coisa?
Fora
daqui!
Chamou
os guardas e ordenou que lhe dessem cem açoites.
Mandou
que trouxessem outro adivinho e lhe contou sobre o sonho.
Este,
após ouvir o sultão com atenção, disse-lhe:
Excelso
senhor!
Grande
felicidade vos está reservada.
O
sonho significa que haveis de sobreviver a todos os vossos parentes.
A
fisionomia do sultão iluminou-se num sorriso e ele mandou dar cem
moedas de ouro ao segundo adivinho.
E
quando esse saía do palácio, um dos cortesãos lhe disse admirado:
Não
é possível!
A
interpretação que você fez foi a mesma que o seu colega havia
feito.
Não
entendo porque ao primeiro ele pagou com cem açoites e a você com
cem moedas de ouro.
Lembre-se,
meu amigo
– respondeu o adivinho – que
tudo depende da maneira de dizer.
Um
dos grandes desafios da Humanidade é aprender a arte de
comunicar-se.
Da
comunicação depende, muitas vezes, a felicidade ou a desgraça, a
paz ou a guerra.
Que
a verdade deve ser dita em qualquer situação, não resta dúvida.
Mas
a forma com que ela é comunicada é que tem provocado, em alguns
casos, grandes problemas.
A
verdade pode ser comparada a uma pedra preciosa.
Se
a lançarmos no rosto de alguém pode ferir, provocando dor e
revolta.
Mas
se a envolvemos em delicada embalagem e a oferecemos com ternura,
certamente será aceita com facilidade.
A
embalagem, nesse caso, é a indulgência, o carinho, a compreensão
e, acima de tudo, a vontade sincera de ajudar a pessoa a quem nos
dirigimos.
Ademais,
será sábio de nossa parte se antes de dizer aos outros o que
julgamos ser uma verdade, dizê-la a nós mesmos diante do espelho.
E,
conforme seja a nossa reação, podemos seguir em frente ou deixar de
lado o nosso intento.
Importante
mesmo é ter sempre em mente que o que fará diferença é a maneira
de dizer as coisas...
A
sublime arte da comunicação foi sabiamente ensinada por Jesus.
Ele
falava com sabedoria tanto aos doutores da Lei quanto às pessoas
simples e iletradas.
Há
pessoas que se dizem bons comunicadores mas que não conseguem fazer
com que suas palavras cheguem aos corações e às mentes.
Jesus,
o comunicador por excelência, falava e Suas palavras calavam fundo
nas almas, porque aliava às palavras os Seus atos, ou seja, falava e
exemplificava com a própria vivência.
O
grande segredo para uma boa comunicação, portanto, é o exemplo de
quem fala.
Fonte:
- Momento Espírita, com base em história Publicado no jornal
Candeia Espírita de julho/1998. Disponível no CD Momento Espírita,
v. 4, ed. FEP. Em 15.2.2016
Uma
maneira
muito especial.
Você
costuma dizer a seu filho que o ama?
Ou
você é daqueles pais que têm dificuldade com a frase:
Amo
você?
Esta
é a história de um homem.
Em
verdade, de um pai e um filho.
O
homem era apaixonado por caixas.
Grandes,
pequenas, médias.
Caixas
altas, baixas.
Caixas
redondas.
Quadradas,
retangulares.
O
filho amava intensamente o pai.
E
o pai amava intensamente o filho.
Mas
ele não conseguia dizer ao filho que o amava.
Por
isso, pensou em uma maneira especial de se comunicar com ele, dizendo
dos seus sentimentos.
Começou
a construir coisas para ele.
Com
várias caixas de tamanhos diferentes, ele fez um castelo.
E
que castelo!
Também
construiu um avião.
Lindo,
imitando um 14-Bis,
aquele mesmo com o qual Santos Dumont voou ao redor da torre Eiffel,
em Paris.
E
voava muito bem.
Só
a chuva impedia os voos maravilhosos do avião de papelão.
Esse
era um problema que, algum dia, aquele pai iria resolver.
Quando
os amigos do filho apareciam, caixas de todos os tamanhos também
apareciam, para o deslumbramento da garotada.
Logo,
elas se transformavam em casas, torres, castelos, cidades.
Também
chapéus, armários e pontes.
E
o pai continuava a recolher caixas, onde quer que fosse: no
supermercado, na loja de eletrodomésticos, no shopping.
A
maioria das pessoas achava que o homem era muito estranho.
Principalmente,
quando ele descia o morro com o filho, dentro de um carrinho feito
com a caixa que trouxera a geladeira nova.
Os
idosos apontavam para ele.
As
senhoras o olhavam zangadas.
Os
vizinhos, quando o viam no quintal, às voltas com caixas e mais
caixas, riam dele.
Nem
se davam conta de que uma caixa se transformara em casa de
passarinhos, na grande árvore em frente ao portão.
E
que outra, zelosamente, guardava o alpiste para alimentar a
passarada.
O
homem, no entanto, não se preocupava com os comentários e os risos
de ninguém porque empinando papagaio, montando castelos, inventando
mil coisas com as caixas, ele descobrira uma fórmula especial de
compartilhar horas de lazer com o filho.
E
mais do que tudo, carregando o filho nos ombros morro abaixo e morro
acima, na manhã de sol ou no cair da tarde, ele aprendera uma
maneira particular de compartilhar o amor de um pelo outro.
Extravasemos
nossos sentimentos, demonstrando a nossos filhos que os amamos.
Permitamos
que percebam o quanto eles significam para os nossos corações.
Se
nossos braços estiverem começando a apresentar sinais de ferrugem,
lubrifiquemo-los com o óleo de muitos abraços.
E
se nossa voz anda um tanto preguiçosa para as palavras Amo
você,
façamos como o pai da história e criemos situações que nos
permitam estar com nossos filhos, para as sadias brincadeiras da
infância.
Afinal,
tudo é uma questão de vontade, esforço e aprendizado.
Fonte:
- Momento Espírita, com base no livro O
homem que amava caixas,
de autoria de Stephen Michael King, ed. Brinque Book. Em 2.1.2015.
Comentário.
As
mensagens acima se atentarmos bem veremos nelas muita relações
entre si e uma certa semelhança.
Todas
falam em diferentes maneiras de ver e de como agir em certas
situações com uma visão mais crítica e sábia.
Nos
passa uma ideia de alegrar as pessoas, ou seja uma boa ação.
A
ideia de uma boa
ação diária
é um magnífico começo para um plano maior de felicidade na vida.
Quem
tem como meta, a cada dia, dar algum tipo de alegria, por menor que
seja, a alguém, tem sua vida transformada por completo.
A
alegria que levamos aos outros nos inunda de uma força tão
grandiosa, tão revigorante, que nos faz sempre querer mais.
Ao
contrário da dependência destrutiva do vício, podemos criar um
hábito saudável, uma disciplina mental e comportamental, adotando
ideias simples como esta.
Pensemos,
por alguns instantes: já proporcionamos alguma alegria a alguém
hoje?
Um
pequeno elogio, um favor, um auxílio?
Qualquer
coisa?
Caso
não, ainda há tempo.
Façamos
esta experiência.
Testemos.
Provemos.
Analisemos
as reações em nós mesmos.
Não
esperemos retribuição, pois o objetivo não é este.
Nem
todos estão com os corações receptivos às boas ações e ao amor,
infelizmente, mas nós estaremos - e é isso que importa.
Deixemos
a cama todas as manhãs tendo esta missão prazerosa - a de alegrar
alguém, uma pessoa só que seja.
Descobriremos,
na prática, que quando se acende uma luz, a primeira superfície que
se ilumina é a própria lâmpada.
Os
outros podem até fechar os olhos e não enxergá-la, mas quando nos
propusermos a ser a lâmpada, a vela, a estrela, sempre seremos
inundados de uma luminosidade sem igual.
Na realidade do dia a dia tudo em nossas vidas dependem da maneira que dizemos e vemos para enfrentar as adversidades de uma maneira muito especial e particular nossa, vendo assim o lado positivo das coisas e dos acontecimentos.
Existem diversas maneiras de ver as coisas, de falar as coisas precisamos saber como encarar as dificuldade com muita serenidade, e na visão de cada um saber agir de uma maneira especial para solucionar os problemas com inteligência e sabedoria.
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