Acreditar em si mesmo

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sexta-feira, 12 de maio de 2017

Dores diversas e suas consequências.




DORES DIVERSAS – MÉDICO ESPECIALISTA ENSINA A DIMINUIR AS CONSEQUÊNCIAS




Rodrigo de Almeida Prado é médico graduado pela UFPR (Universidade Federal do Paraná).

Tem título de especialista em fisiatria pela FMUSP, com área de atuação em dor.

Nesta entrevista, esclarece um pouco sobre a dor e como tentar aliviar seus sintomas.

Os segredos para aliviar a dor

Médico fisiatra destaca 'arsenal' de tratamentos

O que faz o médico fisiatra?

O médico fisiatra acaba sendo um profissional voltado para a reabilitação intervencionista em diversas doenças, as quais cursam em sua maioria com o problema de dor.

Atua em doenças que acometem a coluna vertebral, como por exemplo, quadros de artroses vertebrais (desgastes nas vértebras), hérnias de discos na coluna, paralisia em membros, como nos casos de hemiplegias pós acidentes vasculares cerebrais, paralisias cerebrais, dores na região posterior do pescoço, dores nas costas, fibromialgias, amputações de membros com neuromas dolorosos, seja na fase de pré colocação da prótese como na fase de acompanhamento, quando o paciente já está usando a prótese, problemas de inflamações nos tendões, etc...

Quais os problemas mais frequentemente tratados em seu consultório?

Temos os quadros de hérnias de disco com repercussões clínicas, osteoartroses de coluna vertebral, radiculopatias em membros (doenças que acometem os nervos emergentes da coluna vertebral) sejam por hérnias de disco ou por instabilidades vertebrais, osteoartroses em joelhos e quadris, assim como, casos de fibromialgia.

Casos de crianças com quadros de paralisias cerebrais, sejam hemiplégicas, tetraplégicas ou paraplégicas, como também casos de sequelas de AVC (Acidente Vascular Cerebral / "Derrame"), perfazem um grande volume de atendimento em meu consultório.

Muitos casos de sequelas de AVC - Acidente Vascular Cerebral (Conhecido por "derrame") cursam com quadros de "dores centrais", que são aquelas oriundas de disfunções do sistema nervoso central, o que levam a grandes incapacidades para as atividades de vida diária aos pacientes.

Além disto um grande problema nestes casos, como nos casos de paralisia cerebral, são os decorrentes da rigidez dos membros que são acometidos, ou seja, na dependência do tipo do AVC e da paralisia cerebral, os pacientes apresentam quadros de "rigidez em membros" onde o médico fisiatra atua de forma intervencionista e reabilitadora.
É possível prevenir o aparecimento destes tipos de problemas, com exceção daqueles que são oriundos de traumas ou outras doenças?

Sim, o médico fisiatra tem uma visão preventiva.

Em muitos casos, quando se consegue controlar as dores decorrentes de lesões por trauma ou não, a prevenção volta-se em não incapacitar o paciente para suas atividades de vida diária, como também, na prevenção de deformidades osteomioarticulares (retrações musculares levando a deformidades osteoarticulares em membros), possibilitando melhoras na qualidade de vida aos pacientes.

Quais os métodos utilizados para tratar estas lesões?

O médico fisiatra tem um arsenal muito vasto de tratamentos, por exemplo, os tratamentos em eletroestimulações seriadas (visam estimular cadeias de grupos neuromusculares) onde associado a procedimentos intervencionistas para controles das dores e dos quadros de rigidez muscular, proporcionam em muitos casos, melhoras as atividades de vida diária aos pacientes.

Como difere o tratamento realizado na reabilitação pelo fisiatra do realizado pelo fisioterapeuta?

Tratamentos realizados por médicos fisiatras, voltam-se em muitos casos para procedimentos intervencionistas.

Como exemplo, temos os tratamentos com bloqueios neuromusculares com uso de toxina botulínica em membros para os casos de rigidez em membros, principalmente para os casos de paralisia cerebral e de paciente que tiveram AVC, onde pela eletroestimulação guiada por eletrodos, realiza-se os referidos bloqueios neuromusculares nos pacientes, proporcionando melhoras importantes, inclusive, nas condições para o fisioterapeuta atuar.

Como funciona o acompanhamento (consulta) realizado pelo médico fisiatra?

Os acompanhamentos realizados por médicos fisiatras, começam por uma consulta pormenorizada, onde são avaliadas as queixas dos pacientes.

Saber o tipo e a classificação da dor é de fundamental importância nesta avaliação inicial.

Temos quadros de dores de origem neuropáticas (nervos, plexos, sistema nervoso central, etc...) e aquelas oriundas de compressões neuropáticas decorrentes de hérnias de disco na coluna vertebral, outras de caráter nociceptivo e mecânico (como nos casos de osteoartrose em coluna vertebral), síndromes de dores complexas regionais, dores fantasmas, dores por desaferentações, etc...

Associado a isto, faz-se um histórico dos fatores causais e de melhoras e pioras dos quadros álgicos, assim como, o que isto traz de limitações para as atividades de vida diária em cada paciente, direcionando-se terapeuticamente os recursos necessários ao tratamento individualizado de cada caso em questão.

Nos casos de AVC, são levantados os diversos aspectos clínicos, no que tange a rigidez em membros, coordenações motoras, equilíbrio, funções mentais superiores e cognitivas, fonação, assim como, a capacidade de cada paciente voltada para seus potenciais clínicos quanto a força muscular, sensibilidades, capacidades de coordenações de movimentos, etc.

Quanto a crianças com quadros de paralisia cerebral, torna-se de fundamental importância sua classificação no contexto clínico/funcional, ou seja, o que a criança ou adolescente apresenta de limitações clínicas que impedem seu desenvolvimento neuropsicomotor.

Quadros de amputações em membros, enfatiza-se a etiologia da amputação, assim como o quadro clínico do paciente, onde envolve-se retrações musculares em cotos de amputações, neuromas dolorosos no local da amputação, assim como quadros de "dor fantasma" direcionando-se uma conduta terapêutica, seja clínica para o tratamento da dor, seja para adquirir melhores potenciais as atividades de vida diária, assim como, prescrever as protetizações adequadas para cada caso em questão.

Como é a aceitação dos tratamentos, já que a fisiatria usa, dentre outros, a acupuntura, por exemplo?

A associação dos tratamentos médicos fisiátricos à acupuntura torna-se uma grande arma no tratamento de dor, assim como de diversas patologias.

Qual a principal queixa desses pacientes de acordo com a faixa etária?

As principais queixas, independente da faixa etária, são devido a dor.

Dor não tem idade, onde observamos que crianças com paralisias cerebrais podem cursar com dores centrais e nociceptivas em membros.

Quadro de AVC apresentam-se com maiores incidências de dores por desaferentações do tipo neuropáticas.

Dor não tem idade!

Quais conselhos podem ser seguidos, no dia a dia, para evitar as lombalgias, por exemplo, que são uma das dores mais frequentes em toda a população de qualquer faixa etária?

Sem dúvida, uma grande parte de meu atendimento em dor, volta-se para quadros de lombalgias e cervicalgias.

Aconselho que as pessoas tenham cuidados posturais em suas atividades do dia a dia, assim como as profissionais, lembrando sempre que a atividade física bem direcionada e individualizada, também tem um fator preventivo importante nestes casos de lombalgias e cervicalgias.

É possível viver sem dor?

O médico fisiatra volta-se mais a quadros crônicos de dor, onde na maioria dos casos tem-se uma formação de "memória da dor" através do sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal), onde a dor poderá ser controlada, seja por meios terapêuticos, como também por fatores de prevenções ergonômico posturais, visando-se sobrecargas mecânicas osteomusculares, como também prevenindo maiores incapacidades e limitações para as atividades de vida diária as pessoas.


Fonte: - Folha da Região


LEI DE COTAS – ELA AINDA VAI CONTINUAR TE AJUDANDO?



LEI DE COTAS – ELA AINDA VAI CONTINUAR TE AJUDANDO?


Não é uma cena rara se deparar com desrespeito ao ser humano, na cidade de Campo Grande, e em todo o país. Quando a maioria das empresas disponibiliza vagas para pessoas com deficiência, elas oferecem poucas vagas e em espaços pouco adequados.

Acredita-se que estão apenas respeitando a lei de cotas.

"VAGAS PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA"

Não existe um investimento em funcionários contratados que sejam pessoas com deficiência, tenham eles uma formação, um curso de nível superior, habilidades e competências adquiridas.

Na maior parte das vezes desempenham serviços banais e servem para “tapar buracos”.

As empresas cumprem a lei somente, admitindo pessoas com deficiência no quadro de funcionários.

Vale a pena destacar a importância da lei n. 8.213 de 1991, a qual trata das cotas para contratação de pessoas com deficiência.

Ainda pouco respeitada, ela determina que as empresas com mais de 100 funcionários reservem 2% a 5% de suas vagas para profissionais com deficiência habilitadas e beneficiários reabilitados, na seguinte proporção: até 200 empregados, 2%; de 201 a 500, 3%; de 501 a 1.000, 4%; de 1.001 em diante, 5%.

Estas pessoas podem e precisam ser incluídas no mercado de trabalho para desempenhar as funções atribuídas com dignidade e acordo com as suas possibilidades.

Assim, aquelas pessoas que tem curso superior devem ocupar vagas coerentes à sua formação e aquelas que infelizmente não tiveram a oportunidade de frequentar uma escola podem ocupar vagas em cargos que não podem ser valorados como inferiores.
Desta forma, ela pode interagir com seus companheiros e sentir-se útil e ofertar suas contribuições com mais segurança e satisfação.

Todo tem habilidades e competências que podem ser exploradas e empregadas de forma adequada às atribuições que lhes forem designadas.

Há países da Europa e da América latina que possuem cotas maiores para pessoas com deficiência e as empresas são incentivadas a contratarem por meio de incentivos e benefícios para as próprias empresas.

Por exemplo, na Colômbia, onde a empresa fica isenta de tributos nacionais e taxa de importação quando ela que tem no mínimo 10% dos funcionários com deficiência.

No Brasil, esta porcentagem é ainda uma utopia.

Seria relevante que as empresas experimentassem a contratação de mais pessoas com deficiência e oferecessem treinamentos especializados para tornarem-se mais produtivos, bem como desempenharem com alegria suas tarefas e obtivessem espaços de interação entre as pessoas.

Penso que se a humanidade fosse menos preconceituosa, limitante e respeitasse o direito de ir e vir de seus semelhantes como está no artigo 5º da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, não precisaríamos nem do sistema de cotas, para qualquer que fosse a situação, etnia, raça e necessidades especiais, e nem para as vagas em universidades.

Cada pessoa que escolheu um curso superior e está habilitada para exercer uma profissão específica, merece oportunidades de trabalho para contribuir para a sociedade.

Percebi e senti “na pele” mais de uma vez, que existem empresas que desconsideram esta relação.

Elas precisariam estar mais preparadas para admitir empregados com deficiência.

Muitos são os aspectos a serem avaliados como o psicológico e o didático, que poderiam ajudar na avaliação dos funcionários que precisam de atenção diferenciada para se manterem nos grupos de trabalho.

Para finalizar, gostaria de manifestar meu desejo de que as empresas possam tratar os seres humanos como pessoas que querem exercer seus direitos e deveres.

O direito de exercer a profissão, de usufruir dos benefícios que foram conquistados e de respeitar a diversidade do outro podem evitar a humilhação, a injustiça, a súplica, a inclusão e a discriminação.


Por Fabiane Rocha (Correio do Estado)



Auto estima

A vida não é fácil; acostumem-se a isso.

O mundo não está preocupado com a vossa auto estima.

O mundo espera que vocês façam alguma coisa útil por ele antes de vocês se sentirem bem convosco próprios.

Vocês não vão ganhar 5000 euros por mês assim que saírem da Universidade.

Vocês não serão diretores de uma empresa com carro e telefone à disposição, antes de terem conseguido comprar o seu próprio carro e telefone.

Se vocês acham que os vossos professores são rudes, esperem até terem um chefe.

Ele não vai ter pena de vocês.

Vender jornais velhos ou trabalhar nas férias não está abaixo da vossa posição social.

Os vossos avós têm uma palavra diferente para isso: a “isso” chamam oportunidade.

Se vocês fracassarem, a culpa não é dos vossos pais.

Por isso não os culpem dos vossos erros, aprendam com eles.

Antes de vocês nascerem, os vossos pais não eram tão críticos como agora.

Eles só ficaram assim por pagarem as vossas contas, lavarem as vossas roupas.

Antes de quererem salvar o planeta para a próxima geração, desejando consertar os erros da geração dos vossos pais, tentem limpar o vosso próprio quarto.

A vossa escola pode ter eliminado a distinção entre vencedores e perdedores, mas a vida não é assim.

Em algumas escolas vocês não chumbam mais de um ano e têm tantas chances quantas vocês precisarem até acertar.

Isto não tem nada a ver com a vida real.

Se pisarem o risco, são despedidos…

Façam bem à primeira!

A vida não está dividida em semestres.

Vocês não terão sempre os verões livres e é pouco provável que os outros empregados vos ajudem a cumprir as vossas tarefas no fim de cada período.

A televisão não é a vida real.

Na vida real, as pessoas têm que largar o “barzinho” ou a boîte e ir trabalhar.

Seja simpático com os “estudiosos” - aqueles estudantes que muitos julgam que são uns idiotas.

Existe uma grande probabilidade de vocês virem um dia a trabalhar para eles.


Charles Sykes












Um comentário:

  1. Sim,as dores e suas consequências para nos deficientes são terríveis mesmo cuidando com medicamentos estas não desaparecem por completo, apenas aliviam momentaneamente e depois voltam, muitas vezes maiores; digo isso porque convivo com ela diariamente e não encontro solução e para agravar mais quanto mais velha a lesão estas aparecem cada vez mais fortes, assim impedem a prática das atividades normais do dia a dia infelizmente.

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