Acreditar em si mesmo

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quarta-feira, 24 de maio de 2017

Quem é Lenín Moreno, o cadeirante que mantém esquerda no poder no Equador.

Moreno, depois de votar nas eleições de domingo: candidato da continuidade herda país dividido politicamente com problemas financeiros


Quem é Lenín Moreno, o cadeirante que mantém
esquerda no poder no Equador



Apesar de ser o herdeiro político de Rafael Correa, o presidente eleito do Equador, Lenín Moreno, de 64 anos, tem trajetória e perfil bem diferentes do antecessor que governou o país sul-americano por dez anos.

Com pouco mais de 51% dos votos, o candidato do Alianza País derrotou o candidato do Creando Oportunidades (CREO), de centro-direita.

A vitória de Moreno foi anunciada oficialmente nesta quarta-feira pelo Conselho Eleitoral equatoriano.

Além do resultado apertado, a eleição foi marcada por denúncias de fraude eleitoral.

A disputa acirrada provocou a polarização do eleitorado e enfrentar essa divisão será o primeiro obstáculo a ser superado pelo novo presidente do Equador.

Formado em administração pública, ex-professor e pai de três filhas, Moreno, de 64 anos, fez campanha buscando um perfil mais conciliador que Correa, de quem foi vice até 2013.

Comigo dá para dialogar”, disse reiteradas vezes durante a eleição.

Durante a campanha, contou com forte apoio de Correa, que pediu votos para Moreno.

Subia sempre ao palanque com um lenço verde nos ombros (a cor de sua campanha) e a bordo da cadeira de rodas que foi obrigado a adotar há quase 20 anos.

Cadeirante

Em 1998, Moreno, cujo primeiro nome foi uma homenagem do pai ao icônico líder russo, Vladimir Lenin, levou um tiro nas costas durante um assalto.

Perdeu a mobilidade das pernas e se tornou em um ativista de direitos de pessoas com deficiência, criando uma fundação beneficente, publicando livros e realizando palestras sobre o assunto.

Ele é, de acordo com vários meios de comunicação, o único chefe de Estado cadeirante no mundo atualmente.

Moreno nasceu na Amazônia equatoriana e é de família de origem humilde.

Foi para a capital, Quito, ainda adolescente, cursar administração.

Chegou a montar uma empresa de turismo, depois de se formar.

Sua carreira política começou quando passou a lutar pelos direitos para deficientes, sua principal bandeira.

O então vice deixou o governo em maio de 2013, após ser nomeado enviado especial das Nações Unidas para a Deficiência e a Acessibilidade, mudando-se para Genebra.

Morou lá até o ano passado, quando retornou ao Equador com a missão de dar longevidade ao legado político de Correa, uma tarefa que, segundo analistas, não será fácil, entre outras razões, por causa do estilo personalista do antecessor.

Moreno não é Correa e está mais aberto ao diálogo do que Correa, que viveu em conflito com diferentes setores, da iniciativa privada aos movimentos sociais.

No entanto, com os problemas econômicos atuais, seu governo não será fácil”, disse Simpón Pachano, professor de Ciência Política da Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (Flacso).

O problema é que o governo de Correa foi personalista e sua saída agora significa que teremos a incerteza pela frente.

O que ocorreria se Moreno ou se (o candidato da oposição) Guillermo Lasso tivesse sido eleito”, afirmou Pachano.

Mas há quem argumente que Correa deixa um país mais estável em termos políticos para o herdeiro.

Correa tem um estilo marcado pela forte presença nos vários ramos do governo, mas gerou estabilidade e passará a faixa presidencial, o que seus antecessores não conseguiram após quedas seguidas de governos eleitos”, observa o professor Carlos Aquino, da Universidade Mayor San Marco, de Lima

Dificuldades

No primeiro turno, Moreno tinha sido, com sobras, o candidato mais votado e a decisão só foi para o segundo turno por causa de 1 ponto porcentual dos votos.

O resultado do segundo turno também foi apertado.

Lasso chegou a comemorar a vitória, dizendo que “venceram a liberdade e a democracia”, assim que saiu o primeiro resultado de boca de urna.

Ele também disse que contestaria o resultado final.

Para acadêmicos, o novo governo terá que buscar acordos com importantes setores da população que tinham sido identificados como inimigos do regime de Rafael Correa, entre eles empresários, imprensa, movimentos sociais, e até certo ponto, as Forças Armadas.

O principal desafio político tem a ver com a alta polarização atualmente presente na sociedade equatoriana”, disse à BBC Paolo Moncagatta, professor de ciência política na Universidade de São Francisco de Quito.

Pablo Beltrán, doutor em políticas públicas, acredita que o resultado do segundo turno confirmou o que estava no ar antes da eleição.

Se algo é concreto após dez anos de correísmo é que há uma grande divisão da população; sem pontos intermediários: as pessoas são a favor ou contra Correa”, diz ele.

Essa divisão segue uma tendência de polarização verificada em outras eleições na América do Sul – como no Brasil, em 2014, na Argentina, em 2015, e no Peru, em 2016.

A divisão do país não é o único obstáculo a ser superado pela gestão de Moreno.

Moreno receberá também um país com uma economia em contração, influenciada pela queda do preço do petróleo, um produto essencial para o caixa do governo.

Uma das principais preocupações expressas pelos eleitores durante a campanha foi, justamente, em relação à desvalorização do petróleo.

Vicente Albornoz, diretor de economia da Universidade das Américas, acredita que o desafio imediato na área econômica é o deficit fiscal.

História

O novo presidente conta, contudo, com maioria na Assembleia Nacional (tem 74 dos 137 legisladores).

Ainda assim, vai enfrentar oposição ferrenha e um candidato derrotado que diz não reconhecer a legitimidade do governo de Moreno.

Também há dúvidas de como será a relação de Moreno não apenas com Correa, mas também com o vice eleito, Jorge Glas.

Eu acho que ninguém quer ficar de fora dos livros de história, mas, sem dúvida, Rafael Correa terá grande impacto na memória do Equador”, afirma Caroline Ávila, professora de comunicação política da Universidade do Azuay, em Cuenca, salientando que o maior dos desafios de Moreno será trabalhar sob a sombra de um presidente que ficou dez anos no poder.

A posse de Moreno está marcada para o dia 24 de maio.


Fonte: - BBC - turismoadaptado.wordpress.com



por Olhando Nos Olhos


A pressão sofrida pelas mães especiais.



Todos os dias lemos e assistimos infinitas coisas a respeito de filhos especiais, mas esquecemos de mencionar as mães e falar sobre suas lutas.

Sofremos diariamente uma pressão muito grande e de todos os lados.

A grande e maior cobrança vem de nós mesmas, porque por mais que façamos por nossos filhos temos sempre a absoluta certeza de que podemos fazer mais e melhor.

Sentimos um imenso vazio, a plena convicção de que podemos aprender mais, lutar mais, ser mais fortes...

Nossos filhos especiais são com frequência chamados de anjos, porque assim são, nos ensinam a ser pessoas melhores, mais calmas, pacientes e altruístas.

Quando uma mulher se prepara para ser mãe ela tem um bebê por cerca de dois anos e então esse bebê cresce, se desenvolve, vai criando independência.

Quando uma mãe tem um filho especial ela tem um bebê por longos anos, por mais independente que ele seja, são infinitas preocupações, com o desenvolvimento da fala, com a retirada das fraldas, com a deglutição, o sono ou a falta dele, as crises de choro, a capacidade de interagir, de se comunicar, o aprendizado...

Uma criança típica aprende pela observação, uma criança especial leva anos para aprender o simples ato de lavar as mãos e se estiver em um ambiente que sua segurança estiver ameaçada ele pode não conseguir fazer isso sozinha.

Nós mães especiais passamos noites em claro, muitas vezes porque eles não dormem, outras porque eles estão doentes e sua saúde é mais frágil, outras simplesmente porque estamos tão preocupadas que nossos olhos simplesmente não se fecham.

Algumas vezes também não dormimos porque nossa mente não esquece alguma frase ruim que ouvimos ou aquela que queríamos tanto ouvir, mas não tínhamos ninguém para nos apoiar.

Vivemos buscando terapia, escola com vaga de inclusão, direitos especiais, atendimentos especializados, locais que atendem mais rápido, que tem menos barulho.

Somos capazes de rodar o mundo em busca do melhor por eles, somos capazes também de acabar com amizades de anos para defender a dignidade dos nossos filhos.

Com o passar dos anos vamos desenvolvendo uma incrível capacidade de amar de ajudar a todos que precisam de uma palavra de afeto, mas infelizmente muitas vezes batemos de frente com a insensibilidade e a frieza.

Ouvimos pessoas nos julgando, dizendo que não sabemos educar, que deveríamos fazer de outra forma, que poderíamos ser melhores.

Acho que é muita crueldade, sinceramente, quem não faz parte disso falar assim, dizer que é culpa da mãe que a criança é assim.

Muitas vezes ouvi isso de amigos e familiares, que meu filho “era assim” por culpa minha e que eu não sabia lidar com ele, que eu medicava sem necessidade (???????), vou deixar ele ter convulsão até entrar em coma de novo?

É muita pressão sim, dizer que uma criança chora por culpa da mãe, não fala por culpa da mãe, não come por culpa da mãe, quando na verdade as pessoas ficam pouco tempo com essas crianças e no momento em que estão com elas tudo para elas é novidade.

Claro que na convivência tudo muda.

Uma mãe de criança especial sofre pressão demais para ainda sofrer pressão da sociedade, parentes e amigos.

Ela precisa de cuidados, ela precisa de ajuda, de carinho.

Ela é, antes de tudo, uma mulher, cheia de sonhos, de vida, de vontade de conversar, de amar e ser amada.

O que posso dizer para essas mães é que tenham força, que assim como eu acreditem em mundo melhor, eu não vou me calar, vou mostrar para o mundo que estamos aqui, que amamos nossos filhos e Deus nos escolheu por uma razão muito especial, somos as melhores mães que nossos filhos poderiam ter.


Quando temos um filho especial nos tornamos especiais também, abrimos mão das nossas vidas, deixamos para trás nossas prioridades, largamos muitas vezes nossas carreiras, faculdades, mudamos o rumo, não vamos mais ao shopping como íamos antes, não saímos mais com os amigos como saíamos antes, não viajamos mais nas férias para não tirar a segurança da rotina dos nossos filhos, não vamos a restaurantes, praias, salões de beleza, academias... abrimos mão de coisas pequenas em busca de um amor que só um filho especial pode nos dar, um amor puro, verdadeiro, que atravessa nossa alma, invade nosso coração, preenche nosso ser, faz cada segundo dessa vida valer a pena.

Mães, não percam a esperança.

A esperança é algo que devemos cultivar, porque a esperança sempre tem uma boa solução para tudo.


Grande beijo cheio de luz e paz. Mamãe


kenyadiehl@gmail.com
facebook/kenyatldiehl.com













Um comentário:

  1. Eis aí uma prova da capacidade, inteligência do deficiente, o qual não deixa de ser uma pessoa comum apenas com dificuldade de locomoção; que pode ser útil ao progresso da sua nação.

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