Acreditar em si mesmo

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terça-feira, 12 de setembro de 2017

Cadeirantes têm vida sexual ativa também na vida real




Cadeirantes têm vida sexual ativa também na vida real



Assim como aconteceu na novela, pessoas que vivem em cadeira de rodas contam como é retomar o prazer com o sexo.

O desfecho da personagem Luciana, interpretada por Alinne Moraes na novela “Viver a Vida”, da TV Globo, despertou interesse e curiosidade em muitas pessoas que acompanhavam o folhetim de Manoel Carlos.

A jovem modelo, que ficou tetraplégica após sofrer um acidente de ônibus, não só voltou a ter uma vida sexual ativa como também casou-se e teve filhos.

A principal surpresa ficou por conta da primeira noite de amor entre Luciana e seu namorado, Miguel, vivido por Mateus Solano.

É comum as pessoas acharem que os cadeirantes não podem ter vida sexual ou que ela fica prejudicada.

A personagem Camila, interpretada pela atriz Vanessa Romanelli, entrou na trama para dar mais veracidade à história e acabou incorporando sua própria realidade.

Assim como na novela, a atriz e bióloga de 24 anos usa cadeira de rodas há oito anos devido a uma atrofia espinhal, doença degenerativa.

Para ela, todo cadeirante consegue ser feliz novamente na vida sexual, basta descobrir suas limitações e trabalhar para superar as dificuldades.

Assim como alguém que ainda não iniciou sua vida sexual, é tudo uma questão de busca e de certa maneira aprendizado.

É preciso que a gente aprenda a olhar para nosso corpo.

E como o texto da novela disse ‘se o seu parceiro for legal, ele vai ajudar muito nessas descobertas todas’.

É importante aprender a lidar com os movimentos e sensibilidade que temos”, disse.

Além de ter atuado na trama da Globo, Vanessa divide seu tempo entre o teatro e o mestrado em biologia e conta que a cadeira de rodas nunca foi uma barreira para um envolvimento amoroso.

Bem resolvida, ela não deixa de aproveitar a vida por conta da deficiência.

O fato de eu usar a cadeira não interfere no relacionamento quando há interesse de ambas as partes.

Para começar um relacionamento é preciso que haja companheirismo e intimidade suficiente para que ninguém se sinta constrangido de nada”.

A atriz ainda explica como lida com tudo isso.

Ao conhecer alguém, pode ou não haver afinidade, como ocorre com alguém que não tem deficiência.

Mas eu lido com isso numa boa.

No começo faz parte da descoberta de qualquer pessoa ter dúvidas e aprender a conhecer seu corpo e ter intimidade com seu parceiro”, conta.

Cadeirante há nove anos, a promotora de eventos Denise Ferreira, 27, sofreu um acidente de carro que a deixou tetraplégica.

Estava com meu namorado voltando de Ilha Comprida e numa tentativa de ultrapassagem que deu errada, ele perdeu o controle do carro e o veículo capotou.

Quebrei as vértebras c6 e c7 do pescoço e adquiri uma lesão medular”, lembra Denise.

Mas, apesar de suas novas limitações, a promotora não desistiu de se relacionar fisicamente com o namorado Vagner Di Folco, 28, com quem continua até hoje.

Voltar a fazer sexo foi difícil no começo, pois meu corpo mudou muito, mudou tudo, praticamente.

Mas com o tempo fui me reabilitando sexualmente também e, aos poucos, vi que podia ter uma vida sexual normal”.

No caso das mulheres, a principal mudança está nas maneiras de sentir prazer, uma vez que as zonas erógenas, responsáveis pelo orgasmo e picos de prazer, não estão mais diretamente atreladas à parte genital.

Um toque na nuca ou um beijo mais ‘quente’ pode se tornar mais excitante do que o habitual.

Em algumas situações, o ciclo menstrual pode ser prejudicado, ficando desregulado ou até mesmo parar de menstruar.

Mas alguns meses após o incidente, o ciclo retorna à normalidade e a mulher volta a ser fértil, podendo até engravidar.

A ereção masculina também pode ser prejudicada, entretanto, com o auxílio de exercícios específicos, aos poucos, o homem volta a se relacionar sexualmente – outro fator de grande valia nesse caso é o autoconhecimento.

Os cadeirantes podem contar ainda com a ajuda de medicamentos, como o Viagra, que auxiliam na ereção.

Há ainda o fator de a ejaculação se tornar mais difícil, contudo, no geral ela acontece, preservando a fertilidade masculina.

Para muitos especialistas, o segredo para a prática do sexo está na sintonia adquirida pelo casal após muito diálogo.

Segundo a fisioterapeuta Vanessa Senne, é fundamental que o companheiro acompanhe de perto o processo de reabilitação.

É importante que ele vá a algumas sessões de fisioterapia para saber como é o processo de recuperação.

Além disso, não se pode esquecer que uma conversa entre os dois é fundamental”, afirma a fisioterapeuta.

Cuidados – Para que o sexo seja um ato prazeroso e seguro, é importante que os cadeirantes tenham acompanhamento médico – ginecologistas, urologistas, fisioterapeutas, entre outras especialidades.

Além de orientar, esses profissionais poderão evitar que seus pacientes passem por alguns constrangimentos.

Hoje sei que as condições fisiológicas de um lesado medular são diferentes.

No começo, aconteceram alguns constragimentos, mas aprendi que sempre antes da relação tenho que estar com a bexiga e intestino vazios, para que não aconteça nenhum problema”, revela a promotora de eventos Denise Ferreira.

Segundo a ginecologista Mara Diegoli, isso ocorre porque algumas pessoas não conseguem ter total controle das necessidades fisiológicas, além de estarem mais propensas a contrair infecções.

Como algumas cadeirantes usam sonda, é muito comum após o ato sexual terem infecção urinária.

É importante esvaziar a bexiga antes e depois da relação”, diz. 

Além dos cuidados ginecológicos, os cadeirantes contam ainda com exercícios fisioterapêuticos que visam a melhora da relação sexual.

O ideal é trabalhar bastante a região das pernas e do quadril, que é bem sensível e muito utilizada na hora do sexo.

Os exercícios variam desde deitados na cama exercitando o tronco até pequenos movimentos com as mãos.

Tudo isso ajuda na hora do sexo, porque o cadeirante precisa conhecer bem o seu corpo e saber das suas novas limitações”, explica a fisioterapeuta Vanessa Senne.

Entretanto, é importante ressaltar que, para isso, o paciente precisa estar disposto e ter força de vontade, pois são áreas em que a reabilitação dos movimentos costuma ser mais difícil.


Fonte – www.metodista.br



Amor sem preço.


Havia um garoto que, nos seus quase oito anos, adquirira um hábito nada salutar.

Tudo para ele se resumia em dinheiro.

Queria saber o preço de tudo o que via.

Se não custasse grande coisa, para ele não tinha valor algum.

Nem se apercebia o pequeno que há muitas coisas que dinheiro algum compra.

E dentre essas coisas, algumas são as melhores do mundo.

Certo dia, no café da manhã, ele teve o cuidado de colocar sobre o prato da sua mãe um papelzinho cuidadosamente dobrado.

A mãe o abriu e leu:
Mamãe me deve: por levar recados - três reais; por tirar o lixo - dois reais; por varrer o chão - dois reais; extras - um real.

Total que mamãe me deve: oito reais.

A mãe espantou-se no primeiro momento.

Depois, sorriu, guardou o bilhetinho no bolso do avental e não disse nada.

O garoto foi para a escola e, naturalmente, retornou faminto.

Correu para a mesa do almoço.

Sobre o seu prato estava o seu bilhetinho com os oito reais.

Os seus olhos faiscaram.

Enfiou depressa o dinheiro no bolso e ficou imaginando o que compraria com aquela recompensa.

Mas então, percebeu que havia um outro papel ao lado do seu prato.

Igualzinho ao seu e bem dobrado.

Abriu e viu que sua mãe também lhe deixara uma conta.

Filhinho deve à mamãe: por amá-lo – nada.

Por cuidar da sua catapora – nada.

Pelas roupas, calçados e brinquedos – nada.

Pelas refeições e pelo lindo quarto - nada.

Total que filhinho deve à mamãe - nada.

O menino ficou sentado, lendo e relendo a sua nova conta.

Não conseguia dizer nenhuma palavra.

Depois se levantou, pegou os oito reais e os colocou na mão de sua mãe.

A partir desse dia, ele passou a ajudar sua mãe por amor.


Nossos filhos são Espíritos que trazem suas virtudes e suas paixões inferiores de outras existências.

Cabe-nos examiná-las para auxiliá-los na consolidação das primeiras e no combate às segundas.

Todo momento é propício e não deve ser desperdiçado.

As ações são sempre mais fortes que as palavras.

Na condução dos nossos filhos, cabe-nos executar a especial tarefa de agir sempre com dignidade e bom senso, o que equivale a dizer, educar-nos.

Com exceção dos filhos extremamente rebeldes, uma boa dose de amor somada à energia, sempre dá bons resultados.


É no lar que recebemos os primeiros ensinamentos sobre as virtudes.

Na construção do senso moral, dos conceitos de certo e errado são muito importantes os exemplos dados pelos pais.

É no doce mundo familiar que se adquire o hábito da virtude que nos guiará as ações quando sairmos mundo afora.


Fonte - Momento Espírita. Em 1º.9.2017.



Caminhar juntos.


Ao nos casarmos, decidimos caminhar com alguém ao nosso lado.

Mas é necessário entender que caminhar lado a lado não é dar os mesmos passos.

Caminhar juntos pode apresentar descompassos, tropeços ou mesmo algumas paradas vez ou outra para ajuste dos passos.

Isso porque nós e o caminho vamos modificando na medida que os passos vão se desdobrando.

A estrada se descortina com suas surpresas, próprias de trechos ainda não percorridos.

Naturalmente, no transcorrer do percurso, bifurcações surgem, nos obrigando a tomar decisões, escolher para que lado seguir.

Se, individualmente, temos opções a fazer, diante das encruzilhadas que a vida nos oferece, podendo realizar escolhas pessoais, a vida a dois igualmente apresenta tais momentos.

E se nosso desejo é caminharmos um ao lado do outro, importante que optemos pelas mesmas direções nessas oportunidades.

Assim, as decisões deverão ser tomadas de comum acordo, para que não nos distanciemos um do outro ao longo da jornada.

Nesse caminhar decidiremos o tamanho da família que queremos ter, as datas propícias para o seu crescimento, como será a educação dos filhos.

Tomaremos, ainda, decisões importantes relativas à vida profissional de ambos, dos bens a adquirir, e outras que se fizerem presentes.

Quando não existir o diálogo franco, pela falta de ouvir o outro ou não ceder nos propósitos pessoais, é comum os cônjuges optarem por caminhos diferentes.

Dessa forma, seguem individualmente, como se sozinhos estivessem, e não percebem que o outro não mais caminha ao seu lado.

Haverão de se dar conta muitos passos adiante, muito tempo depois, de que estão caminhando a sós.

É quando surgem os desentendimentos, as discussões tolas, por tudo e por qualquer coisa.

Caminhar juntos é cuidar um do outro, é prestar atenção na direção dos próprios pés para que não se distanciem de quem está ao lado.

Importante lembrar que nenhum de nós é obra acabada a ser descoberta aos poucos pelo outro.

Somos obra em construção, modificada, alterada e estruturada a cada dia.

Ocorre, por vezes, que mesmo depois de anos de caminhada, nos surpreendemos com as ações ou reações do outro.

Descobrimos, então, que não conhecemos verdadeiramente quem há tanto tempo está ao nosso lado.

Por isso é necessário atentar para os passos, mas também aprender a ler nos olhos.

Será através dessas janelas da alma que conseguiremos penetrar a intimidade do cônjuge.

Por outro lado, também devemos permitir que ele nos leia nos olhos, que nos examine a alma.

Dessa forma, caminhar lado a lado será mais simples porque iremos acompanhando as mudanças íntimas, a conquista dos valores, os desejos e os sonhos um do outro.

Muitos desistem da caminhada.

Outros tantos se permitem afastamentos e passam a seguir sozinhos. Não raro são aqueles que se perdem, em uma bifurcação qualquer.

Será sempre valioso aprendizado se, atentos ao caminhar, seguirmos pela longa estrada, vencendo tropeços, acertando passos e escolhendo juntos os caminhos.

Portanto, sigamos com atenção para que juntos possamos estabelecer belo e venturoso percurso e, finalmente, cheguemos ao destino que ambos idealizamos, em uma data qualquer.


Fonte - Momento Espírita. Em 2.9.2017.











Um comentário:

  1. Sim, o cadeirante pode ter vida sexual ativa, não há nada que o impeça, cabe a este se redescobrir conhecendo melhor o seu corpo na sua situação atual, além de haver inúmeros recursos através de medicamentos, só depende de cada um; existe inúmeros relatos de cadeirantes que se tornaram pai e mães.

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