Cadeirantes
têm vida sexual ativa também na vida real
Assim
como aconteceu na novela, pessoas que vivem em cadeira de rodas
contam como é retomar o prazer com o sexo.
O
desfecho da personagem Luciana, interpretada por Alinne Moraes na
novela “Viver a Vida”, da TV Globo, despertou interesse e
curiosidade em muitas pessoas que acompanhavam o folhetim de Manoel
Carlos.
A
jovem modelo, que ficou tetraplégica após sofrer um acidente de
ônibus, não só voltou a ter uma vida sexual ativa como também
casou-se e teve filhos.
A
principal surpresa ficou por conta da primeira noite de amor entre
Luciana e seu namorado, Miguel, vivido por Mateus Solano.
É
comum as pessoas acharem que os cadeirantes não podem ter vida
sexual ou que ela fica prejudicada.
A
personagem Camila, interpretada pela atriz Vanessa Romanelli,
entrou na trama para dar mais veracidade à história e acabou
incorporando sua própria realidade.
Assim
como na novela, a atriz e bióloga de 24 anos usa cadeira de rodas
há oito anos devido a uma atrofia espinhal, doença degenerativa.
Para
ela, todo cadeirante consegue ser feliz novamente na vida sexual,
basta descobrir suas limitações e trabalhar para superar as
dificuldades.
“Assim
como alguém que ainda não iniciou sua vida sexual, é tudo uma
questão de busca e de certa maneira aprendizado.
É
preciso que a gente aprenda a olhar para nosso corpo.
E
como o texto da novela disse ‘se o seu parceiro for legal, ele
vai ajudar muito nessas descobertas todas’.
É
importante aprender a lidar com os movimentos e sensibilidade que
temos”, disse.
Além
de ter atuado na trama da Globo, Vanessa divide seu tempo entre o
teatro e o mestrado em biologia e conta que a cadeira de rodas
nunca foi uma barreira para um envolvimento amoroso.
Bem
resolvida, ela não deixa de aproveitar a vida por conta da
deficiência.
“O
fato de eu usar a cadeira não interfere no relacionamento quando
há interesse de ambas as partes.
Para
começar um relacionamento é preciso que haja companheirismo e
intimidade suficiente para que ninguém se sinta constrangido de
nada”.
A
atriz ainda explica como lida com tudo isso.
“Ao
conhecer alguém, pode ou não haver afinidade, como ocorre com
alguém que não tem deficiência.
Mas
eu lido com isso numa boa.
No
começo faz parte da descoberta de qualquer pessoa ter dúvidas e
aprender a conhecer seu corpo e ter intimidade com seu parceiro”,
conta.
Cadeirante
há nove anos, a promotora de eventos Denise Ferreira, 27, sofreu
um acidente de carro que a deixou tetraplégica.
“Estava
com meu namorado voltando de Ilha Comprida e numa tentativa de
ultrapassagem que deu errada, ele perdeu o controle do carro e o
veículo capotou.
Quebrei
as vértebras c6 e c7 do pescoço e adquiri uma lesão medular”,
lembra Denise.
Mas,
apesar de suas novas limitações, a promotora não desistiu de se
relacionar fisicamente com o namorado Vagner Di Folco, 28, com quem
continua até hoje.
“Voltar
a fazer sexo foi difícil no começo, pois meu corpo mudou muito,
mudou tudo, praticamente.
Mas
com o tempo fui me reabilitando sexualmente também e, aos poucos,
vi que podia ter uma vida sexual normal”.
No
caso das mulheres, a principal mudança está nas maneiras de
sentir prazer, uma vez que as zonas erógenas, responsáveis pelo
orgasmo e picos de prazer, não estão mais diretamente atreladas à
parte genital.
Um
toque na nuca ou um beijo mais ‘quente’ pode se tornar mais
excitante do que o habitual.
Em
algumas situações, o ciclo menstrual pode ser prejudicado,
ficando desregulado ou até mesmo parar de menstruar.
Mas
alguns meses após o incidente, o ciclo retorna à normalidade e a
mulher volta a ser fértil, podendo até engravidar.
A
ereção masculina também pode ser prejudicada, entretanto, com o
auxílio de exercícios específicos, aos poucos, o homem volta a
se relacionar sexualmente – outro fator de grande valia nesse
caso é o autoconhecimento.
Os
cadeirantes podem contar ainda com a ajuda de medicamentos, como o
Viagra, que auxiliam na ereção.
Há
ainda o fator de a ejaculação se tornar mais difícil, contudo,
no geral ela acontece, preservando a fertilidade masculina.
Para
muitos especialistas, o segredo para a prática do sexo está na
sintonia adquirida pelo casal após muito diálogo.
Segundo
a fisioterapeuta Vanessa Senne, é fundamental que o companheiro
acompanhe de perto o processo de reabilitação.
“É
importante que ele vá a algumas sessões de fisioterapia para
saber como é o processo de recuperação.
Além
disso, não se pode esquecer que uma conversa entre os dois é
fundamental”, afirma a fisioterapeuta.
Cuidados
– Para que o sexo seja um ato prazeroso e seguro, é importante
que os cadeirantes tenham acompanhamento médico –
ginecologistas, urologistas, fisioterapeutas, entre outras
especialidades.
Além
de orientar, esses profissionais poderão evitar que seus pacientes
passem por alguns constrangimentos.
“Hoje
sei que as condições fisiológicas de um lesado medular são
diferentes.
No
começo, aconteceram alguns constragimentos, mas aprendi que sempre
antes da relação tenho que estar com a bexiga e intestino vazios,
para que não aconteça nenhum problema”, revela a promotora de
eventos Denise Ferreira.
Segundo
a ginecologista Mara Diegoli, isso ocorre porque algumas pessoas
não conseguem ter total controle das necessidades fisiológicas,
além de estarem mais propensas a contrair infecções.
“Como
algumas cadeirantes usam sonda, é muito comum após o ato sexual
terem infecção urinária.
É
importante esvaziar a bexiga antes e depois da relação”, diz.
Além
dos cuidados ginecológicos, os cadeirantes contam ainda com
exercícios fisioterapêuticos que visam a melhora da relação
sexual.
“O
ideal é trabalhar bastante a região das pernas e do quadril, que
é bem sensível e muito utilizada na hora do sexo.
Os
exercícios variam desde deitados na cama exercitando o tronco até
pequenos movimentos com as mãos.
Tudo
isso ajuda na hora do sexo, porque o cadeirante precisa conhecer
bem o seu corpo e saber das suas novas limitações”, explica a
fisioterapeuta Vanessa Senne.
Entretanto,
é importante ressaltar que, para isso, o paciente precisa estar
disposto e ter força de vontade, pois são áreas em que a
reabilitação dos movimentos costuma ser mais difícil.
Fonte
– www.metodista.br
Amor
sem preço.
Havia
um garoto que, nos seus quase oito anos, adquirira um hábito nada
salutar.
Tudo
para ele se resumia em dinheiro.
Queria
saber o preço de tudo o que via.
Se
não custasse grande coisa, para ele não tinha valor algum.
Nem
se apercebia o pequeno que há muitas coisas que dinheiro algum
compra.
E
dentre essas coisas, algumas são as melhores do mundo.
Certo
dia, no café da manhã, ele teve o cuidado de colocar sobre o prato
da sua mãe um papelzinho cuidadosamente dobrado.
A
mãe o abriu e leu:
Mamãe
me deve: por levar recados - três reais; por tirar o lixo - dois
reais; por varrer o chão - dois reais; extras - um real.
Total
que mamãe me deve: oito reais.
A
mãe espantou-se no primeiro momento.
Depois,
sorriu, guardou o bilhetinho no bolso do avental e não disse nada.
O
garoto foi para a escola e, naturalmente, retornou faminto.
Correu
para a mesa do almoço.
Sobre
o seu prato estava o seu bilhetinho com os oito reais.
Os
seus olhos faiscaram.
Enfiou
depressa o dinheiro no bolso e ficou imaginando o que compraria com
aquela recompensa.
Mas
então, percebeu que havia um outro papel ao lado do seu prato.
Igualzinho
ao seu e bem dobrado.
Abriu
e viu que sua mãe também lhe deixara uma conta.
Filhinho
deve à mamãe: por amá-lo – nada.
Por
cuidar da sua catapora – nada.
Pelas
roupas, calçados e brinquedos – nada.
Pelas
refeições e pelo lindo quarto - nada.
Total
que filhinho deve à mamãe - nada.
O
menino ficou sentado, lendo e relendo a sua nova conta.
Não
conseguia dizer nenhuma palavra.
Depois
se levantou, pegou os oito reais e os colocou na mão de sua mãe.
A
partir desse dia, ele passou a ajudar sua mãe por amor.
Nossos
filhos são Espíritos que trazem suas virtudes e suas paixões
inferiores de outras existências.
Cabe-nos
examiná-las para auxiliá-los na consolidação das primeiras e no
combate às segundas.
Todo
momento é propício e não deve ser desperdiçado.
As
ações são sempre mais fortes que as palavras.
Na
condução dos nossos filhos, cabe-nos executar a especial tarefa de
agir sempre com dignidade e bom senso, o que equivale a dizer,
educar-nos.
Com
exceção dos filhos extremamente rebeldes, uma boa dose de amor
somada à energia, sempre dá bons resultados.
É
no lar que recebemos os primeiros ensinamentos sobre as virtudes.
Na
construção do senso moral, dos conceitos de certo e errado são
muito importantes os exemplos dados pelos pais.
É
no doce mundo familiar que se adquire o hábito da virtude que nos
guiará as ações quando sairmos mundo afora.
Fonte
- Momento Espírita. Em 1º.9.2017.
Caminhar
juntos.
Ao
nos casarmos, decidimos caminhar com alguém ao nosso lado.
Mas
é necessário entender que caminhar lado a lado não é dar os
mesmos passos.
Caminhar
juntos pode apresentar descompassos, tropeços ou mesmo algumas
paradas vez ou outra para ajuste dos passos.
Isso
porque nós e o caminho vamos modificando na medida que os passos vão
se desdobrando.
A
estrada se descortina com suas surpresas, próprias de trechos ainda
não percorridos.
Naturalmente,
no transcorrer do percurso, bifurcações surgem, nos obrigando a
tomar decisões, escolher para que lado seguir.
Se,
individualmente, temos opções a fazer, diante das encruzilhadas que
a vida nos oferece, podendo realizar escolhas pessoais, a vida a dois
igualmente apresenta tais momentos.
E
se nosso desejo é caminharmos um ao lado do outro, importante que
optemos pelas mesmas direções nessas oportunidades.
Assim,
as decisões deverão ser tomadas de comum acordo, para que não nos
distanciemos um do outro ao longo da jornada.
Nesse
caminhar decidiremos o tamanho da família que queremos ter, as datas
propícias para o seu crescimento, como será a educação dos
filhos.
Tomaremos,
ainda, decisões importantes relativas à vida profissional de ambos,
dos bens a adquirir, e outras que se fizerem presentes.
Quando
não existir o diálogo franco, pela falta de ouvir o outro ou não
ceder nos propósitos pessoais, é comum os cônjuges optarem por
caminhos diferentes.
Dessa
forma, seguem individualmente, como se sozinhos estivessem, e não
percebem que o outro não mais caminha ao seu lado.
Haverão
de se dar conta muitos passos adiante, muito tempo depois, de que
estão caminhando a sós.
É
quando surgem os desentendimentos, as discussões tolas, por tudo e
por qualquer coisa.
Caminhar
juntos é cuidar um do outro, é prestar atenção na direção dos
próprios pés para que não se distanciem de quem está ao lado.
Importante
lembrar que nenhum de nós é obra acabada a ser descoberta aos
poucos pelo outro.
Somos
obra em construção, modificada, alterada e estruturada a cada dia.
Ocorre,
por vezes, que mesmo depois de anos de caminhada, nos surpreendemos
com as ações ou reações do outro.
Descobrimos,
então, que não conhecemos verdadeiramente quem há tanto tempo está
ao nosso lado.
Por
isso é necessário atentar para os passos, mas também aprender a
ler nos olhos.
Será
através dessas janelas da alma que conseguiremos penetrar a
intimidade do cônjuge.
Por
outro lado, também devemos permitir que ele nos leia nos olhos, que
nos examine a alma.
Dessa
forma, caminhar lado a lado será mais simples porque iremos
acompanhando as mudanças íntimas, a conquista dos valores, os
desejos e os sonhos um do outro.
Muitos
desistem da caminhada.
Outros
tantos se permitem afastamentos e passam a seguir sozinhos. Não raro
são aqueles que se perdem, em uma bifurcação qualquer.
Será
sempre valioso aprendizado se, atentos ao caminhar, seguirmos pela
longa estrada, vencendo tropeços, acertando passos e escolhendo
juntos os caminhos.
Portanto,
sigamos com atenção para que juntos possamos estabelecer belo e
venturoso percurso e, finalmente, cheguemos ao destino que ambos
idealizamos, em uma data qualquer.
Fonte
- Momento Espírita. Em 2.9.2017.
Sim, o cadeirante pode ter vida sexual ativa, não há nada que o impeça, cabe a este se redescobrir conhecendo melhor o seu corpo na sua situação atual, além de haver inúmeros recursos através de medicamentos, só depende de cada um; existe inúmeros relatos de cadeirantes que se tornaram pai e mães.
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