TV
Globo/Renato Rocha Miranda
Cadeirantes
têm vida sexualmente ativa quando são curiosos
Paraplégicos
e tetraplégicos descobrem novas formas de prazer
Novela
Viver a Vida (TV Globo) conta história do romance entre a
paraplégica Luciana (Alinne Morais) e Miguel (Mateus Solano)
A
ex-modelo Luciana, personagem da atriz Alinne Morais na novela Viver
a Vida
(TV Globo), deixou a profissão após sofrer um acidente que a
deixou paraplégica.
Depois
de passar maus bocados para se acostumar a viver em uma cadeira de
rodas, Luciana se redescobriu como mulher e hoje vive uma paixão
intensa com Miguel, o irmão gêmeo de seu ex-namorado.
O
casal tem planos de se casar e ser feliz para sempre como todo bom
final de novela.
Apesar
da história ser fictícia, segundo os especialistas consultados
pelo R7,
pessoas com lesão medular podem ter relações afetivas, sexuais e
mesmo ter filhos.
Os
tipos de lesão mais comuns na medula causam a tetraplegia, quando
há lesão cervical ou torácica de alta intensidade, que compromete
tronco, pernas e braços, ou a paraplegia, quando há perda dos
movimentos do umbigo para baixo.
As
lesões da medula acontece quando há ruptura alta (mais próxima à
cabeça) ou baixa (do meio das costas à lombar) das vértebras da
coluna cervical, que comprometem a motricidade e a sensibilidade
destas partes do corpo.
Vida
sexual deles
De
acordo com a fisiatra Therezinha Rosane Chamlian, da Unifesp
(Universidade Federal de São Paulo), a possibilidade de ter
relações sexuais e de gerar uma criança depende do nível e do
tipo de lesão sofrida.
Nos paraplégicos, a possibilidade é maior,
pois há preservação do tronco, dos braços e do abdome.
Já
entre os tetraplégicos, o desafio é maior e depende da sincronia
do casal em descobrir novas formas de atingir o prazer.
O
cadeirante pode ter ereção e ejaculação.
No
paraplégico há ereção de reflexo, ou seja, com efeito
psicológico ou pela visão de uma foto.
Pode
também conseguir penetração e ejaculação.
O
que muda em relação aos não cadeirantes é que a ereção não
dura muito.
Segundo
a médica, o homem lesionado consegue uma ejaculação de
pequena quantidade e a qualidade do espermatozoide pode não ser
muito boa em virtude das infecções urinárias comuns entre quem
tem a lesão.
Ele
pode ter orgasmo se estimulado e tocado em outras regiões do corpo,
pela estimulação dos mamilos, do pescoço, mesmo que não sinta a
parte de baixo.
O
uso de medicação para disfunção erétil pode ser indicado para
prolongar a ereção, desde que o homem consulte um fisiatra e um
urologista antes.
Em
alguns casos, pode ser indicado também a prótese peniana de
silicone para que se mantenha o órgão em um tamanho que seja capaz
de conseguir uma ereção.
Ter
filhos, então, torna-se a maior dificuldade de um lesionado pela
baixa qualidade de seu sêmen, explica a fisiatra.
Prazer
delas
A
vida sexual da mulher paraplégica também é possível, desde que
se tome alguns cuidados após a fase chamada de choque medular, isto
é, entre os dois, três primeiros meses após a lesão.
Nesta
fase a mulher para de menstruar por causa da perda de controle
neuro-modular que, em vias gerais, age como uma desconexão entre o
cérebro e o corpo porque o nervo está paralisado.
Saída
dessa fase ela volta a menstruar e ovular, podendo engravidar.
Portanto,
o casal tem de avaliar essa possibilidade antes de começar a se
relacionar sexualmente.
Se
o casal pretende ter relação e não quiser que a mulher engravide,
tem que usar preservativo ou fazer cirurgia, pois não se sabe se
ela poderá usar anticoncepcional.
A
mulher lesionada pode gerir uma criança da mesma forma que uma
mulher sem a deficiência e dar à luz sem grandes problemas.
No
entanto, os médicos pedem que seja realizado um pré-natal mais
cuidadoso, pois os riscos de pressão alta e problemas vasculares
aumentam.
Passado
estes pormenores, a relação com uma mulher lesionada pode ser
prazerosa se o parceiro não lesionado for curioso o bastante para
achar outros pontos que não os genitais, estes cuja sensibilidade
foi perdida.
Se
ela for paraplégica, o parceiro pode estimular as mamas, o pescoço,
o abdome e até realizar a penetração.
Para
isso, vale usar lubrificante.
Mas
assim como mulheres não lesionadas, a cadeirante precisa de
orientação médica, ou seja, consultar-se com um ginecologista
regularmente para prevenir-se contra doenças sexualmente
transmissíveis e câncer de mama ou do cólo do útero.
Se
há dúvidas sofre como se comportar sexualmente com um lesionado,
os médicos orientam a consulta com um fisiatra.
Fonte
– noticiasr7.com
Xô,
preconceito! Atletas com deficiência mostram desenvoltura no
jiu-jítsu
Veja
o vídeo.
Com
área exclusiva para lutas adaptadas, competição teve atleta
paralímpico de rugby, pupilo "atrevido" de José Aldo e
lutador de MMA com paralisia cerebral
Por
Caio Blois* e Guido Nunes, Rio de Janeiro - * Estagiário, sob a
supervisão de Raphael Marinho
Realizado
no último domingo no Rio de Janeiro, o Campeonato Sul-Americano de
Jiu-Jítsu teve na inclusão seu diferencial em relação a outros
eventos de luta pelo mundo.
Com
uma área exclusiva para lutas especiais, a competição teve
momentos de emoção para o público com lutas entre atletas
deficientes e estrelas como José Aldo.
O
evento organizado pela SJJSAF (Federação Sul-Americana de
Jiu-Jitsu) mostrou que não existem barreiras para a prática do
esporte.
O
faixa-preta Alan de Oliveira, de 26 anos, nasceu com paralisia
cerebral.
Já
há dez anos lutando jiu-jítsu, ele era só sorrisos após sua
luta.
Eu
nunca pensei que pudesse chegar até aqui, por todo o preconceito
que a gente passa na vida.
Eu
sou um privilegiado de estar aqui com uma porção de pessoas
especiais, grandes ídolos.
Eu
lutei na minha categoria, fiquei em terceiro lugar, lutei contra
pessoas "normais" e ganhei também.
É
um dia muito especial para mim - declarou.
Com
paralisia cerebral, o faixa-preta Alan de Oliveira venceu sua luta
especial no Sul-Americano de Jiu-Jitsu (Foto: Caio Blois )
E
se engana quem pensa que Alan é aguerrido apenas usando quimono.
Com
um cartel de cinco lutas no MMA, ele admite preferir o tatame, mas
não descarta mais experiências no cage.
Lutei
cinco vezes no MMA.
Ganhei
duas e perdi três.
Mas
o que importa é participar, me sentir incluído.
Meu
esporte é o jiu-jítsu, mas se me convidarem de novo para lutar
MMA, eu vou para dentro e vou ganhar - prometeu.
No
colo de seu mestre, Marcelo Negrão, Joãozinho posa ao lado de José
Aldo (Foto: Caio Blois )
Uma
das sensações do evento foi o menino Joãozinho, de sete anos.
Com
má formação congênita, ele não possui braços ou pernas, mas
não fez disso obstáculo para lutar.
Um
dos frutos do projeto da Escola de Lutas José Aldo, na Maré, onde
é aluno há dois anos, ele nem conhecia o ex-campeão peso-pena do
UFC, que agora é seu ídolo.
Eu
fazia natação antes, foi quando apareceu o jiu-jitsu na minha
vida.
A
natação era muito longe de casa, então, o jiu-jitsu era minha
melhor opção.
Antes
eu não sabia quem era o Aldo, mas depois de ter ele como ídolo,
conhecer ele foi muito emocionante.
Muita
emoção encontrar ele pessoalmente.
Ele
falou que eu sou bom (risos).
Confira
lutas de atletas especiais no sul-americano de jiu-jitsu
Já
Julio, de 26 anos, já está acostumado com grandes disputas.
Com
má formação congênita, o atleta profissional de rugby para
cadeirantes nunca imaginou praticar o esporte, mas hoje é
apaixonado pela arte suave.
Projeto
Social e Esportivo Alvo da Luta.
Eu
conheci o projeto por meio do Mestre Jordan, que trabalha no mesmo
lugar que eu e dá aula no Projeto Social e Esportivo Alvo da Luta.
Ele
me disse que eu era capaz de lutar, me mostrou como fazer tudo.
Nunca
passou pela minha cabeça.
Aí
eu comecei a treinar e me ajudou muito no rugby, principalmente no
controle da respiração, condicionamento físico, minha performance
melhorou, foi muito bom para mim.
Um
ano e meio após conhecer o jiu-jítsu, ele elogiou a iniciativa de
inclusão social da SJJSAF.
Esses
eventos tem sido muito importantes.
É
muito legal para mostrar para as pessoas que tem dificuldade de
fazer atividades físicas de que elas são capazes, mostrar para as
pessoas que tem condições como as nossas são capazes de praticar
esportes.
Não
tem isso de limitação, é só ter força de vontade.
Para
Julio, a Paralimpíada que disputou, no Rio, em 2016, modificou
muito a forma com que o público enxerga as modalidades praticadas
por deficientes.
A
Rio 2016 ajudou muito a romper as barreiras do preconceito.
As
pessoas não conheciam muito dos esportes paralímpicos. Até sabiam
um ou outro, mas aqui, tiveram contato mais de perto.
Nós
queremos ser reconhecidos como atletas de alto rendimento, e não
aquele clichê de "exemplo de superação".
Nós
somos, mas queremos ser vistos como atletas.
Julio
Braz é atleta profissional de rugby para cadeirantes (Foto:
Reprodução)
Fonte:
- sportv.globo.co
Claro que o deficiente pode ter vida sexualmente ativa, para isso é preciso que você descubra o seu corpo no estado atual de como ele reage as sensações e ao toque, além de que conversando com seu médico para saber se existe medicamentos que você possa usar; a casos que a lesão medular não chega a afetar seus estímulos sexuais; na verdade existe métodos e medicamentos diversos que ajudem num melhor desempenho.
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