Acreditar em si mesmo

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segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Cadeirantes têm vida sexualmente ativa quando são curiosos.

TV Globo/Renato Rocha Miranda




Cadeirantes têm vida sexualmente ativa quando são curiosos



Paraplégicos e tetraplégicos descobrem novas formas de prazer

Novela Viver a Vida (TV Globo) conta história do romance entre a paraplégica Luciana (Alinne Morais) e Miguel (Mateus Solano)

A ex-modelo Luciana, personagem da atriz Alinne Morais na novela Viver a Vida (TV Globo), deixou a profissão após sofrer um acidente que a deixou paraplégica.

Depois de passar maus bocados para se acostumar a viver em uma cadeira de rodas, Luciana se redescobriu como mulher e hoje vive uma paixão intensa com Miguel, o irmão gêmeo de seu ex-namorado.

O casal tem planos de se casar e ser feliz para sempre como todo bom final de novela.

Apesar da história ser fictícia, segundo os especialistas consultados pelo R7, pessoas com lesão medular podem ter relações afetivas, sexuais e mesmo ter filhos.

Os tipos de lesão mais comuns na medula causam a tetraplegia, quando há lesão cervical ou torácica de alta intensidade, que compromete tronco, pernas e braços, ou a paraplegia, quando há perda dos movimentos do umbigo para baixo.

As lesões da medula acontece quando há ruptura alta (mais próxima à cabeça) ou baixa (do meio das costas à lombar) das vértebras da coluna cervical, que comprometem a motricidade e a sensibilidade destas partes do corpo.

Vida sexual deles

De acordo com a fisiatra Therezinha Rosane Chamlian, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), a possibilidade de ter relações sexuais e de gerar uma criança depende do nível e do tipo de lesão sofrida.

Nos paraplégicos, a possibilidade é maior, pois há preservação do tronco, dos braços e do abdome.

Já entre os tetraplégicos, o desafio é maior e depende da sincronia do casal em descobrir novas formas de atingir o prazer.

O cadeirante pode ter ereção e ejaculação.

No paraplégico há ereção de reflexo, ou seja, com efeito psicológico ou pela visão de uma foto.

Pode também conseguir penetração e ejaculação.

O que muda em relação aos não cadeirantes é que a ereção não dura muito.

Segundo a médica, o homem lesionado consegue uma ejaculação de pequena quantidade e a qualidade do espermatozoide pode não ser muito boa em virtude das infecções urinárias comuns entre quem tem a lesão.

Ele pode ter orgasmo se estimulado e tocado em outras regiões do corpo, pela estimulação dos mamilos, do pescoço, mesmo que não sinta a parte de baixo.

O uso de medicação para disfunção erétil pode ser indicado para prolongar a ereção, desde que o homem consulte um fisiatra e um urologista antes.

Em alguns casos, pode ser indicado também a prótese peniana de silicone para que se mantenha o órgão em um tamanho que seja capaz de conseguir uma ereção.

Ter filhos, então, torna-se a maior dificuldade de um lesionado pela baixa qualidade de seu sêmen, explica a fisiatra.

Prazer delas


A vida sexual da mulher paraplégica também é possível, desde que se tome alguns cuidados após a fase chamada de choque medular, isto é, entre os dois, três primeiros meses após a lesão.

Nesta fase a mulher para de menstruar por causa da perda de controle neuro-modular que, em vias gerais, age como uma desconexão entre o cérebro e o corpo porque o nervo está paralisado.

Saída dessa fase ela volta a menstruar e ovular, podendo engravidar.

Portanto, o casal tem de avaliar essa possibilidade antes de começar a se relacionar sexualmente.

Se o casal pretende ter relação e não quiser que a mulher engravide, tem que usar preservativo ou fazer cirurgia, pois não se sabe se ela poderá usar anticoncepcional.

A mulher lesionada pode gerir uma criança da mesma forma que uma mulher sem a deficiência e dar à luz sem grandes problemas.

No entanto, os médicos pedem que seja realizado um pré-natal mais cuidadoso, pois os riscos de pressão alta e problemas vasculares aumentam.

Passado estes pormenores, a relação com uma mulher lesionada pode ser prazerosa se o parceiro não lesionado for curioso o bastante para achar outros pontos que não os genitais, estes cuja sensibilidade foi perdida.

Se ela for paraplégica, o parceiro pode estimular as mamas, o pescoço, o abdome e até realizar a penetração.

Para isso, vale usar lubrificante.

Mas assim como mulheres não lesionadas, a cadeirante precisa de orientação médica, ou seja, consultar-se com um ginecologista regularmente para prevenir-se contra doenças sexualmente transmissíveis e câncer de mama ou do cólo do útero.

Se há dúvidas sofre como se comportar sexualmente com um lesionado, os médicos orientam a consulta com um fisiatra.


Fonte – noticiasr7.com


Xô, preconceito! Atletas com deficiência mostram desenvoltura no jiu-jítsu


Xô, preconceito! Atletas com deficiência mostram desenvoltura no jiu-jítsu



Veja o vídeo.

Com área exclusiva para lutas adaptadas, competição teve atleta paralímpico de rugby, pupilo "atrevido" de José Aldo e lutador de MMA com paralisia cerebral

Por Caio Blois* e Guido Nunes, Rio de Janeiro - * Estagiário, sob a supervisão de Raphael Marinho

Realizado no último domingo no Rio de Janeiro, o Campeonato Sul-Americano de Jiu-Jítsu teve na inclusão seu diferencial em relação a outros eventos de luta pelo mundo.

Com uma área exclusiva para lutas especiais, a competição teve momentos de emoção para o público com lutas entre atletas deficientes e estrelas como José Aldo.

O evento organizado pela SJJSAF (Federação Sul-Americana de Jiu-Jitsu) mostrou que não existem barreiras para a prática do esporte.

O faixa-preta Alan de Oliveira, de 26 anos, nasceu com paralisia cerebral.

Já há dez anos lutando jiu-jítsu, ele era só sorrisos após sua luta.

Eu nunca pensei que pudesse chegar até aqui, por todo o preconceito que a gente passa na vida.

Eu sou um privilegiado de estar aqui com uma porção de pessoas especiais, grandes ídolos.

Eu lutei na minha categoria, fiquei em terceiro lugar, lutei contra pessoas "normais" e ganhei também.

É um dia muito especial para mim - declarou.

Com paralisia cerebral, o faixa-preta Alan de Oliveira venceu sua luta especial no Sul-Americano de Jiu-Jitsu (Foto: Caio Blois )

Com paralisia cerebral, o faixa-preta Alan de Oliveira venceu sua luta especial no Sul-Americano de Jiu-Jitsu (Foto: Caio Blois )

E se engana quem pensa que Alan é aguerrido apenas usando quimono.

Com um cartel de cinco lutas no MMA, ele admite preferir o tatame, mas não descarta mais experiências no cage.

Lutei cinco vezes no MMA.

Ganhei duas e perdi três.

Mas o que importa é participar, me sentir incluído.

Meu esporte é o jiu-jítsu, mas se me convidarem de novo para lutar MMA, eu vou para dentro e vou ganhar - prometeu.

No colo de seu mestre, Marcelo Negrão, Joãozinho posa ao lado de José Aldo (Foto: Caio Blois )
No colo de seu mestre, Marcelo Negrão, Joãozinho posa ao lado de José Aldo (Foto: Caio Blois )

Uma das sensações do evento foi o menino Joãozinho, de sete anos.

Com má formação congênita, ele não possui braços ou pernas, mas não fez disso obstáculo para lutar.

Um dos frutos do projeto da Escola de Lutas José Aldo, na Maré, onde é aluno há dois anos, ele nem conhecia o ex-campeão peso-pena do UFC, que agora é seu ídolo.

Eu fazia natação antes, foi quando apareceu o jiu-jitsu na minha vida.

A natação era muito longe de casa, então, o jiu-jitsu era minha melhor opção.

Antes eu não sabia quem era o Aldo, mas depois de ter ele como ídolo, conhecer ele foi muito emocionante.

Muita emoção encontrar ele pessoalmente.

Ele falou que eu sou bom (risos).

Click AQUI para ver o vídeo.

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Confira lutas de atletas especiais no sul-americano de jiu-jitsu

Já Julio, de 26 anos, já está acostumado com grandes disputas.

Com má formação congênita, o atleta profissional de rugby para cadeirantes nunca imaginou praticar o esporte, mas hoje é apaixonado pela arte suave.

Projeto Social e Esportivo Alvo da Luta.

Eu conheci o projeto por meio do Mestre Jordan, que trabalha no mesmo lugar que eu e dá aula no Projeto Social e Esportivo Alvo da Luta.

Ele me disse que eu era capaz de lutar, me mostrou como fazer tudo.

Nunca passou pela minha cabeça.

Aí eu comecei a treinar e me ajudou muito no rugby, principalmente no controle da respiração, condicionamento físico, minha performance melhorou, foi muito bom para mim.

Um ano e meio após conhecer o jiu-jítsu, ele elogiou a iniciativa de inclusão social da SJJSAF.

Esses eventos tem sido muito importantes.

É muito legal para mostrar para as pessoas que tem dificuldade de fazer atividades físicas de que elas são capazes, mostrar para as pessoas que tem condições como as nossas são capazes de praticar esportes.

Não tem isso de limitação, é só ter força de vontade.

Para Julio, a Paralimpíada que disputou, no Rio, em 2016, modificou muito a forma com que o público enxerga as modalidades praticadas por deficientes.

A Rio 2016 ajudou muito a romper as barreiras do preconceito.

As pessoas não conheciam muito dos esportes paralímpicos. Até sabiam um ou outro, mas aqui, tiveram contato mais de perto.

Nós queremos ser reconhecidos como atletas de alto rendimento, e não aquele clichê de "exemplo de superação".

Nós somos, mas queremos ser vistos como atletas.

Julio Braz é atleta profissional de rugby para cadeirantes (Foto: Reprodução)
Julio Braz é atleta profissional de rugby para cadeirantes (Foto: Reprodução)


Fonte: - sportv.globo.co










Um comentário:

  1. Claro que o deficiente pode ter vida sexualmente ativa, para isso é preciso que você descubra o seu corpo no estado atual de como ele reage as sensações e ao toque, além de que conversando com seu médico para saber se existe medicamentos que você possa usar; a casos que a lesão medular não chega a afetar seus estímulos sexuais; na verdade existe métodos e medicamentos diversos que ajudem num melhor desempenho.

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