Empatia
significa a capacidade
psicológica
para sentir o que sentiria uma outra pessoa caso estivesse na mesma
situação vivenciada por ela.
Consiste
em tentar
compreender sentimentos e emoções,
procurando experimentar de forma objetiva e racional o que sente
outro indivíduo.
A
empatia leva as pessoas a ajudarem umas às outras.
Está
intimamente ligada ao altruísmo - amor e interesse pelo próximo - e
à capacidade de ajudar.
Quando
um indivíduo consegue sentir a dor ou o sofrimento do outro ao se
colocar no seu lugar, desperta a vontade de ajudar e de agir seguindo
princípios morais.
A
capacidade de se colocar no lugar do outro, que se desenvolve através
da empatia, ajuda a compreender melhor o comportamento em
determinadas circunstâncias e a forma como o outro toma as decisões.
Ser
empático é ter afinidades e se identificar com outra pessoa.
É
saber ouvir os outros, compreender os seus problemas e emoções.
Quando
alguém diz “houve uma empatia imediata entre nós”, isso
significa que houve um grande envolvimento, uma identificação
imediata.
O
contato com a outra pessoa gerou prazer, alegria e satisfação.
Houve
compatibilidade.
Nesse
contexto, a empatia pode ser considerada o oposto de antipatia.
Com
origem no termo em grego empatheia,
que significava "paixão", a empatia pressupõe uma
comunicação afetiva com outra pessoa e é um dos fundamentos da
identificação e compreensão psicológica de outros indivíduos.
A
empatia é diferente da simpatia, porque a simpatia é
maioritariamente uma resposta intelectual, enquanto a empatia é uma
fusão emotiva.
Enquanto
a simpatia indica uma vontade de estar na presença de outra pessoa e
de agradá-la, a empatia faz brotar uma vontade de compreender e
conhecer outra pessoa.
Na
psicanálise, por exemplo, a empatia significa a capacidade de um
terapeuta de se identificar com o seu paciente, havendo uma conexão
afetiva e intuitiva.
5
Sinais que te mostram como é sentir empatia
A
empatia se resume na capacidade
do indivíduo de se colocar no lugar do outro,
ou seja, tentar entender os sentimentos deste para, assim,
compreender as suas atitudes, por exemplo.
Ser
empático nem sempre é uma tarefa fácil.
Confira
5 passos que caracterizam a empatia e que vão te ajudar a entender
e exercitar este sentimento.
Cada
pessoa é única
Não
existe uma "receita" predefinida de como devemos lidar com
as pessoas.
Cada
indivíduo é único e essa é a beleza da vida.
Ao
sentirmos empatia por alguém estamos nos sensibilizando
pela realidade do próximo.
Isso
é essencial para que as pessoas possam se respeitar e aprender a
viver com as suas diferenças.
A
empatia é a principal ferramenta para a compreensão e paz geral,
pois graças a este sentimento conseguimos nos "pôr na pele"
de outras pessoas e, consequentemente, entender as razões por trás
de suas ações.
Escutar
antes de falar
Você
nunca conseguirá ser empático se não parar e observar.
A
empatia requer que o egocentrismo
seja deixado de lado para dar espaço ao altruísmo,
ou seja, ajudar outras pessoas sem intenções egoístas.
Saber
ouvir é muito importante.
Mesmo
quando você pensa não ser capaz de dizer algo para ajudar alguém,
por exemplo, quando está ouvindo atentamente o que a outra pessoa
tem a dizer, as palavras certas de conforto acabam por aparecer.
Ah,
e nem sempre as palavras são necessárias.
Um
abraço, um beijo ou mesmo um tapinha nas costas, quando feito com
sinceridade, já é um sinal de que você se "contaminou"
pelo sentimento que aflige ou contagia o próximo.
A
importância da linguagem corporal
A
linguagem corporal é muito importante na hora de criar laços
empáticos.
Psicólogos
afirmam que pequenos gestos podem simbolizar o seu nível de empatia
para com determinada pessoa.
Por
exemplo, tente não conversar com os braços cruzados ou sempre a
bocejar, pois demonstra falta de interesse.
Também
é importante que você apresente pequenos sinais de concordância,
indicando que está prestando atenção ao diálogo (como balançar a
cabeça afirmativamente).
Um
sorriso ou um abraço podem ser mais importantes do que qualquer
discurso.
Não
se esqueça disso.
Abandone
os julgamentos.
Ser
empático é ter a habilidade de não fazer julgamentos com base em
suposições egoístas.
Afinal
de contas, como já dissemos, a empatia está baseada na compreensão
do próximo.
E
o mundo é muito mais daquilo que você vive ou julga ser o correto.
Às
vezes, presenciamos uma atitude de outra pessoa que parece ser
incorreta ou despropositada.
Por
causa disso, muitas pessoas criam uma imagem negativa daquele
indivíduo, tendo em conta o que presenciou.
No
entanto, existem mil e um motivos que possam ter desencadeado aquela
reação na pessoa, como a perda de um familiar, do emprego, etc.
E
é aí que entra a sensibilidade
da empatia.
Você
precisa tentar entender a história por trás das ações, se pôr no
lugar daquele indivíduo e, somente assim, será capaz de entender
por que houve aquela reação inesperada, por exemplo.
Um
bom exercício para praticar a empatia nesse caso é tentar
compreender as ações daquelas pessoas que te irritam.
Este
é o caminho rumo a tolerância
social.
Empatia
não é fingimento..
A
empatia é um sentimento genuíno e que deve ser valorizado.
Ser
empático não é agir com falsidade, ou seja, fazendo de conta que
se importa com o próximo.
Portanto,
se você é daqueles que crítica o sentimento de empatia alheio,
provavelmente está precisando trabalhar a sua capacidade de se
colocar no lugar do outro.
É
muito importante praticarmos isso, afinal de contas, sem a empatia os
seres humanos já teriam sido extintos há muito tempo.
Fonte
– www.significados.com.br
por
Augusto Galery
A
palavra “empatia” tem sido mais e mais usada a cada dia, sendo
definida vulgarmente como “a capacidade de se colocar no lugar do
outro”.
Ora,
essa definição contém riscos e vamos tentar explorá-los um pouco
neste texto, para entender como a escola inclusiva precisa extrapolar
o homogêneo e enxergar o diferente.
Comecemos
com um exemplo de Tuca Munhoz, ativista dos direitos das pessoas com
deficiência e cadeirante.
Nas
palavras dele, em depoimento em rede social:
Hoje,
em mais um dia de treinamento na rua, enquanto subia uma rampa,
percebi que alguém me empurrava.
Brequei
a cadeira imediatamente e disse à pessoa, no caso um rapaz, que
estava treinando e que não queria ser empurrado.
E
que ele deveria sempre perguntar antes de tomar uma iniciativa como
essa.
Admito
que falei tudo isso de minha maneira ranzinza.
O
rapaz ficou muito bravo, não tanto por minha rabugice, mas sim
porque ele teve frustrada sua oportunidade de ajudar, que, sem
dúvida, era muito mais importante para ele do que para mim.
Mesmo
se eu precisasse!
Qual
o problema da atitude do rapaz?
Não
estaria ele sendo “empático” ao se colocar no lugar do autor em
seu esforço para subir a rampa?
Não
estaria sentindo suas dificuldades e se doando para ajudá-lo?
A
verdade é que não.
Por
trás da pretensa empatia, havia uma incapacidade de ver o outro
verdadeiramente.
Esse
relato ilustra o problema da definição banal de empatia como
“colocar-se no lugar do outro”.
Trata-se
de um ato impossível.
Não
temos instrumentos ou capacidade psíquica para tanto.
O
ser humano pode sensibilizar-se e pode se identificar com o outro de
forma a compreender, a partir de sua própria experiência, que o
outro também é um ser humano.
No
entanto, ele nunca poderá realmente se colocar no lugar do outro,
pois suas histórias de vida, suas identidades e mesmo suas
características biopsicossociais nunca coincidirão.
Empatia:
a compreensão da igualdade e da diferença
É
imprescindível que saibamos que o outro é diferente de nós.
Ele
tem suas próprias expectativas, desejos, habilidades e valores.
E
só teremos certeza de que nosso pensamento coincide com o dele por
meio de um ato bastante simples e, no entanto, extremamente complexo
e pouco utilizado: relacionando-se com ele.
A
empatia serve para “desobjetificar” o outro, para vê-lo como
sujeito e para que o coloquemos, simbolicamente, fora de nós.
Ela
é essencial para que possamos compreender o outro como um ser
autônomo, não como um mero reflexo de nós mesmos.
Essa
compreensão é essencial para que percebamos a diferença.
Não
é um movimento simples, no entanto.
Colocar-se
nesse lugar significa conceber a existência de um outro, diferente
de nós.
É
um movimento duplo: percebê-lo como ser humano – igual a mim – e
percebê-lo como outro – diferente de mim.
Só
há empatia quando existe a compreensão da igualdade (de poder ser,
existir, ter direitos) e da diferença (de necessidades, desejos
etc.) simultaneamente.
Homogeneidade,
narcisismo e a negação da diferença
A
mente humana, no entanto, tende a buscar a homogeneização.
Ora,
se o outro é igual a mim, eu não preciso ter medo de não ser
aceito, de ser expulso, de não ser compreendido.
Na
busca por aceitação universal, combatemos a diferença e nos
reduzimos à semelhança.
É
nossa herança narcísica: o mito de que todos são iguais a nós
acabaria com os conflitos.
Mas,
apesar disso, um pequeno detalhe se mantém: continuamos diferentes.
Negar
essa distinção é agarrar-se ao narcisismo e ver a todos como
espelhos de nós mesmos.
Como
dizia Caetano Veloso:
“Narciso
acha feio o que não é espelho”.
E
uma consequência dessa negação é a objetificação do próximo.
Aquele
que é diferente deixa de ser sujeito humano e passa a ser objeto, a
não ter mais desejo próprio, nem necessidades, nem valores, nem
direitos, nem potencial.
Parece-se
conosco, mas não é humano.
Deve
ser evitado, excluído, apartado e, de preferência, esquecido.
Essa
forma de perceber o desigual foi chamada por Sigmund Freud de
“narcisismo das pequenas diferenças”.
Suas
características mais marcantes são:
A
imposição da minha realidade sobre a realidade do outro;
Pouca
solidariedade e sentimento de estranheza e de hostilidade em relação
a quem expõe a diferença (para uma visão rápida sobre o assunto,
sugiro a leitura do artigo Três
versões do narcisismo das pequenas diferenças em Freud Site
externo).
No
primeiro aspecto, ao invés de interagir com o próximo, partimos do
princípio de que nossos pensamentos coincidem, o que nos leva a
acreditar que um só tratamento servirá a todos.
Justificamos,
assim, nossas aulas homogeneizadas, voltadas para um “aluno
padrão“.
No
entanto, esse ser humano ideal sempre se confunde com a compreensão
que temos, cada um de nós, da humanidade.
Ensinar,
nesse contexto, é repetir para si mesmo aquilo que já se sabe, da
forma que já se sabe, no modelo que já deu certo.
A
segunda característica desse narcisismo nos faz estranhar e atacar
todo aquele que não ratifica nosso pensamento.
Quem
não aprende da mesma forma se torna, então, o problema a ser
hostilizado, aquele que não devia estar ali.
Não
porque ele não pode aprender, mas porque nega nossa igualdade e
nosso narcisismo.
Conhecer
antes de ensinar
É
importante aprofundarmos a ideia de narcisismo: estamos falando de um
conceito específico, diferente daquele que, no senso comum,
confunde-se com o egoísta ou o egocêntrico.
Não
se trata de uma característica da racionalidade e da escolha
consciente, mas de uma falta mais profunda: nosso medo da solidão,
nosso pavor da loucura, nosso desejo de sermos amados e reconhecidos.
É
necessário muito investimento para nos darmos conta de que caímos
na armadilha narcísica de acreditar que devemos ser iguais para
sermos amados.
É
uma reflexão diária frente ao outro.
Não
o excluímos por maldade, mas pela crença nesse mito de
pertencimento dentro da massa homogênea.
De
certa forma, evitamos a diferença por ignorarmos a nós mesmos, num
mundo massificado que tenta minar nossa potência, fazendo-nos
acreditar que somos inúteis frente ao tamanho da vida ou à opressão
da sociedade.
Nesse
sentido, aceitar o outro é aceitar sua própria capacidade de mudar,
de fazer a diferença, de tornar-se humano.
É
esse o convite que gostaria de fazer ao leitor: compreender que é no
espaço construído entre as diferenças de um para outro que se
torna possível ensinar.
Esse
espaço surge quando percebemos que, para levar conhecimento ao
outro, precisamos primeiro conhecê-lo: ouvi-lo ao invés de
diagnosticá-lo; perceber suas necessidades individuais ao invés de
massificá-lo, admitir
suas diferenças para construir uma relação de aprendizagem.
Augusto
Galery é doutor em psicologia social, pesquisador do Laboratório de
Estudos em Psicanálise e Psicologia Social (LAPSO) da Universidade
de São Paulo (USP) e professor do Centro Universitário Fecap. Foi
colaborador do Instituto
Rodrigo Mendes Site externo até 2015.
©
Instituto Rodrigo Mendes. Licença
Creative Commons BY-NC-ND 2.5 Site externo Site externo. A cópia,
distribuição e transmissão dessa obra são livres, sob as
seguintes condições: Você deve creditar a obra como de autoria de
Augusto Galery e licenciada pelo Instituto
Rodrigo Mendes
Fonte - diversa.org.br
A empatia é poder se colocar no lugar do outro e sentir suas dores e dificuldades que enfrenta no dia a dia com respeito, benevolência, amor respeito a sua condição atual e assim poder ajudar no que for possível dando lhe um reconforto e apoio. Porque todos nós estamos aqui para nos ajudarmos uns aos outros independente de seita, cor, raça e etc, pois somos todos irmãos e filhos de Deus.
ResponderExcluir