A LEI DE COTAS,
EXCLUI OU INCLUI?
Atuei
10 anos da minha vida profissional como psicóloga, num importante
Centro de Reabilitação, e entre uma situação e outra, a
oportunidade de ser promovida ao cargo de encarregada foi recusado
de forma muito tênue, e com doces palavras dos gestores com a
seguinte colocação de que valorizavam meu trabalho, reconheciam
minhas habilidades e competências, permeado daquele discurso de
quem sabe trabalhar com` gestão de pessoas” neste caso, “
gestão de algumas pessoas”.
Mas,não
bastasse estes elogios, ainda fui alertada de que a minha condição
física nada tinha a ver com a restrição á promoção do
cargo.
E
encurtando a trajetória daquele dia memorável, fui reprovada ao
cargo de liderança com os seguintes reconhecimentos:
Sou
excelente profissional, mas naquele momento a empresa em questão
acreditava que eu tinha que simplesmente ser mãe ao invés de
concorrer ao cargo de chefia;
Não
bastasse esta colocação, ainda ressaltaram saber das minhas
habilidades sócio pessoais ao pontuarem o excelente grau de autonomia
e independência: morar sozinha, dirigir carro, viajar pelo país em
palestras entre outras avaliações que ao meu ver, só tinha a ver
com minha vida pessoal.
Apenas
para esclarecer sou cadeirante, tenho lesão medular há 20 anos,
por ironia ou determinismo quase o mesmo tempo de existência da Lei
de Cotas...
Este
episódio certamente se repete não isoladamente, mas coletivamente
e constantemente em várias regiões do Brasil e porque não dizer,
em diversas regiões do mundo, que tem enfrentado as questões e
pressões para a inclusão de profissionais com deficiência.
Assim
recomposta da efetiva discriminação do ambiente de trabalho, me
certifiquei de que eu não só deveria ser mãe, como deveria alçar
novos projetos e em busca deles cavei minha demissão, como deveria
ser: com ética, profissionalismo e compromissos maternos.
Na
escuta ativa como consultora de muitos casos de candidatos que já
tinha atendido na TRinclusao ( minha consultoria) com relatos
entristecedores destes agravos preconceituosos no ambiente de
trabalho, eu desacreditava que numa instituição renomada e focada
em reabilitação de pessoas com deficiência isto pudesse acontecer
assim, de forma tão discriminatória.
Com
este olhar me atentei ao fato de que as instituições que mais
reabilitam, são as que menos contratam pessoas com deficiência em
seu quadro de funcionários, fato confirmado disto é o número de
pessoas que passam pelas respectivas instituições e não são
aproveitadas em seu ambiente.
Assim
como empresas que oferecem cursos e mais cursos de capacitação e
não efetivam ninguém, as instituições de reabilitação seguem
os mesmos passos, não bastasse isto, há ainda empresas de grandes
serviços oferecidos para pessoa com deficiências onde
se quer uma atendente faz parte da equipe de profissionais.
Desta
forma me coloco a repensar de que forma Lei de Cotas, tem
efetivamente incluído?
De
que forma tem buscado cumprir suas metas, se no fim do dia o
que vemos são muitas queixas, insatisfações e questionamentos.
Quais
são de fato os números de pessoas com deficiência com satisfação
no ambiente de trabalho, que sentem-se plenamente reconhecidos pelo
seu trabalho?
Quando
penso neste fato, lembro-me da minha produtividade, da minha
assiduidade, da minha liderança em equipe, da satisfação que
tínhamos do trabalho em equipe, do clima organizacional favorável,
das metas atingidas, do conhecimento e estudo continuo,dos números
atingidos e então me questiono, a minha vida pessoal era mais
importante do que tudo isto para mensurar a avaliação do meu
perfil profissional?
E
com isto, refuto:
Quem
não estava qualificado?
Eu,
a candidata á vaga de promoção interna numa Instituição, ou o RH
que apegou-se aos dados pessoais, para sua avaliação do meu
perfil pessoal e desconsiderou os dados específicos para a
avaliação do meu desempenho?
Com
isto concluímos que em determinados momentos há de se considerar
que há profissionais do RH despreparados, mas há profissionais com
deficiência desqualificados para as vagas, mas seja qual for o
despreparo tem que haver humildade para reconhecer esta falha, para
não recorrer aos mesmos erros.
Tatiana
Rolim:
Psicóloga,
psicopedagoga, autora de Meu Andar Sobre Rodas e livro Maria de
Rodas, Coordenadora do Grupo Gestão de Pessoas – GPD-AAPSA,
colunista na Revista Reação, membro colaboradora no Espaço da
Cidadania, Diretora na TRinclusao.
Fonte:
mesuperando.blogspot.com
AÇÕES
PARA GARANTIR
ÁS
PESSOAS COM
DEFICIÊNCIAS
O DIREITO AO ACESSO Á EDUCAÇÃO
COM
IGUALDADE DE OPORTUNIDADES.
Acesso à Educação
Salas
de Recursos Multifuncionais
A
implantação de salas de recursos multifuncionais em escolas
públicas de educação básica refere-se à doação,
pelo Ministério da Educação,
de equipamentos, mobiliários, materiais pedagógicos e de
acessibilidade destinados a atender as especificidades educacionais
de estudantes com deficiência.
As salas de recursos
multifuncionais apóiam o desenvolvimento do Atendimento
Educacional Especializado de forma complementar ou suplementar à
escolarização desses estudantes.
Além
de implantar as salas de recursos multifuncionais, o MEC também
adquire kits de atualização das salas existentes com o objetivo
de complementá-las com novos recursos e equipamentos e repor itens
desgastados e obsoletos.
Como
Acessar
A
seleção das escolas contempladas por salas de recursos
multifuncionais é feita pelo Ministério da Educação com
base no número de estudantes público-alvo da educação especial
de acordo com o censo escolar.
A
aquisição dos mais de 30 itens que compõem as salas de recursos
multifuncionais, a exemplo de computadores e impressoras braile,
mouses com acionadores de pressão e mobiliário, é realizada
diretamente pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação –
FNDE, por meio de várias licitações.
A
entrega dos itens é realizada pelas empresas vencedoras das
licitações às escolas urbanas e rurais selecionadas em todo o
território brasileiro.
As
salas de recursos multifuncionais são mantidas em funcionamento
pelas escolas, sob orientação da secretaria de educação do
município.
Nesse
sentido, caso haja alguma sala de recursos multifuncionais
implantada que não esteja sendo utilizada ou estudante com
deficiência que não esteja recebendo o atendimento educacional
especializado, a secretaria de educação do estado ou município,
os conselhos de educação ou de direitos das pessoas com
deficiência deverão ser contatados.
Para
as demais salas, foram adquiridos kits, com previsão de entrega em
dezembro de 2014.
Escola
Acessível
Disponibilização
de recursos financeiros para promoção de acessibilidade
arquitetônica nos prédios escolares e compra de materiais e
equipamentos de tecnologia assistiva.
Com
esses recursos as escolas podem construir rampas, reformar
sanitários para promover acessibilidade, alargar as vias de acesso
e portas, instalar corrimãos e equipamentos de sinalização
visual, tátil e sonora, adquirir cadeiras de rodas etc.
Como
Acessar
As
escolas contempladas são aquelas que possuem sala de recursos
multifuncionais, conforme relação anual publicada em Resolução
do FNDE/PDDE – Escola Acessível.
Transporte
Escolar Acessível
O
Transporte Escolar Acessível tem como objetivo responder a uma das
principais demandas da população: a falta de transporte
acessível, que muitas vezes impede a frequência dos estudantes
com deficiência à escola.
A
ação prioriza municípios com maior número de beneficiários do
Benefício de Prestação Continuada – BPC em idade escolar
obrigatória e que estão fora da escola.
Os
veículos adquiridos transportam estudantes para as aulas e para o
Atendimento Educacional Especializado, rural ou urbano.
Como acessar
Os munícipios com maior número de beneficiários do BPC em idade escolar obrigatória fora da escola podem realizar adesão ao Programa Caminho da Escola - Transporte Escolar Acessível no Ministério da Educação, Estados e munícipios também podem adquirir esses veículos com recursos próprios ou financiamento
Para aderir ao registro de preços, acesse www.fnde.gov.br/sigarpweb
Programa de Capacitação Técnica
Como acessar
Os munícipios com maior número de beneficiários do BPC em idade escolar obrigatória fora da escola podem realizar adesão ao Programa Caminho da Escola - Transporte Escolar Acessível no Ministério da Educação, Estados e munícipios também podem adquirir esses veículos com recursos próprios ou financiamento
Para aderir ao registro de preços, acesse www.fnde.gov.br/sigarpweb
Programa de Capacitação Técnica
O
Programa de Capacitação Técnica tem como objetivo principal
expandir e democratizar a educação profissional e tecnológica no
país.
Entre
as iniciativas está a Bolsa Formação, que oferece cursos
técnicos de nível médio e de formação inicial e continuada,
também conhecidos como cursos de qualificação profissional.
O
Programa de Assistência a Pessoa com Deficiência não
prevê a criação de turmas específicas para pessoas com
deficiência ou a destinação de vagas exclusivas para esse
público e sim a garantia de que todas as vagas do Programa de
Capacitação Técnica possam ser acessadas por pessoas com
deficiência, independentemente do ofertante, do curso e do tipo de
deficiência, com atendimento preferencial na ocupação das vagas.
Os
cursos são presenciais, realizados pelos ofertantes: Institutos
Federais de Educação Profissional e Tecnológica, CEFETs, SENAI,
SENAC, SENAT e SENAR e redes públicas estaduais, distrital
e municipais de educação profissional e tecnológica, com o apoio
do MEC.
Como
Acessar
Há
várias maneiras de se matricular nos cursos do Programa de
Capacitação Técnica– Programa de Assistência a Pessoa com
Deficiência.
Veja
a dica a seguir:
1
- Faça sua inscrição online no endereço pronatec.mec.gov.br;
2
- No portal pronatec.mec.gov.br procure as
instituições do seu município que também fazem inscrições
para os cursos da Bolsa-Formação, como o Centro de Referência de
Assistência Social - CRAS e o Sistema Nacional de Emprego - Sine .
3
- Se você for estudante de Ensino Médio de escola pública,
procure a secretaria de sua escola.
Acessibilidade
na Educação Superior - Incluir
Como
Acessar
As
universidades recebem do Ministério da Educação recursos
específicos para promoção das ações de acessibilidade
diretamente em seus orçamentos.
As
universidades devem elaborar e executar projetos de acordo com as
orientações do MEC.
Educação
Bilíngue
Para
tornar realidade a educação bilíngue no Brasil, o Viver sem
Limite prevê a criação de cursos de Letras/Libras (Licenciatura
e Bacharelado) e cursos de Pedagogia na perspectiva bilíngue.
Como
Acessar
Os
interessados deverão participar de processos seletivos
convencionais para ingressar nos cursos.
Ação
que visa ampliar o quantitativo de pessoas de 0 a 18 anos
beneficiárias do BPC matriculadas na escola.
O
Programa BPC na Escola é uma ação interministerial
voltada para crianças e adolescentes com deficiência que recebem
o Benefício de Prestação Continuada - BPC.
Como
Acessar
Para
participar do programa, prefeitos devem assinar Termo de Aceite
específico, já assumido por todos os governadores, junto ao
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS.
O
Ministério, então, envia a relação de beneficiários a serem
visitados, para que sejam identificadas, por questionário, as
barreiras que dificultam o acesso e a permanência na escola.
A
partir daí, são viabilizadas ações intersetoriais para superar
entraves, com acompanhamento dos CRAS, das escolas, das unidades de
saúde, dos conselhos tutelares, entre outros órgãos.
Os munícipios podem aderir mediante preenchimento do Termo de Adesão no site: http//aplicações.mds.gov.br/bpcnaescola
Os munícipios podem aderir mediante preenchimento do Termo de Adesão no site: http//aplicações.mds.gov.br/bpcnaescola
Contato
Ministério
da Educação
Nome: - Diretoria de Políticas de Educação Especial Tel. (61)2022-7661
E-mail: dpee@mec.gov.br
Fonte: - sdh.gov.br
Nome: - Diretoria de Políticas de Educação Especial Tel. (61)2022-7661
E-mail: dpee@mec.gov.br
Fonte: - sdh.gov.br
A maioria das empresas utilizam as lei de cotas apenas para dizer que estão dentro das leis, mas não aquela inclusão com os demais funcionários deixando os deficientes em segundo plano; estes não tem direitos aos planos de carreira dentro da empresa mesmo que sejam capacitados em suas funções e um ótimo profissional em sua área; as empresas precisam rever essas situações e dar oportunidades para que mostre sua capacidade profissional.
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