Acreditar em si mesmo

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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

SUS oferece tratamento com botox(toxina botulínica) para reabilitação de pacientes.

Foto: Edson Costa



SUS OFERECE TRATAMENTO COM BOTOX (TOXINA BOTULÍNICA) PARA REABILITAÇÃO DE PACIENTES




A maioria das pessoas conhece o efeito da toxina butolínica (botox) quando usada com finalidade estética para atenuar rugas de expressão.

No entanto, a aplicação da substância também pode ajudar no tratamento de pacientes com comprometimentos neurológicos como paralisia cerebral, trauma medular, sequelas de acidente vascular cerebral (AVC), entre outros.

O Centro Catarinense de Reabilitação (CCR), instituição pública vinculada à Secretaria de Estado da Saúde, oferece um programa gratuito de tratamento de espasticidade e distonia com toxina botulínica, conforme protocolo do Ministério da Saúde.

A espasticidade é uma rigidez muscular que dificulta a mobilidade, principalmente nos braços e nas pernas.

Em dose apropriada e em locais selecionados, a toxina botulínica ajuda a relaxar a musculatura, facilitando os movimentos.

A espasticidade decorre de lesões do sistema nervoso, lesões do cérebro e da medula, que causam um aumento do tônus muscular.

Isso quer dizer que o músculo começa a ficar mais duro e tem chances de provocar encurtamentos.

Os pacientes apresentam padrões como mão muito fechada, braço muito dobrado, pernas cruzadas”, explicou a especialista em medicina física e reabilitação do CCR, Cristiane Carqueja.

Segundo a médica, é o que se observa em crianças com paralisia cerebral e em adultos vítimas de AVC, com paraplegias ou tetraplegias decorrentes de lesão medular.

Já a distonia se refere a distúrbios dos movimentos caracterizados por contrações involuntárias e espasmos.

O uso da toxina botulínica pode ser feito para imobilizar o local desejado, impedindo a contração.

Normalmente os casos de distonia estão relacionados às lesões do sistema nervoso central, como a câimbra do escrivão. Também há outros exemplos, como blefaroespasmo (espasmo da pálpebra), espasmo hemifacial (contrações involuntárias dos músculos da face), mal de Parkinson”, detalhou Cristiane.

No CCR, a toxina botulínica é usada como suporte ao atendimento realizado nos setores de reabilitação de adultos e crianças.

O programa mantido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) beneficia atualmente cerca de 2 mil pacientes de todo o estado.

Um deles é Jonas Jackson Waltrick Júnior, de 4 anos, que tem paralisia cerebral e microcefalia.

Ele deu início ao tratamento com botox com 1 ano e 2 meses, pela rede particular.

Aos 2 anos, passou a ser atendido gratuitamente pelo SUS.

É muito raro eu indicar a toxina botulínica para uma criança tão pequena.

Normalmente, aguardamos até completar 2 anos.

Mas o Jonas já era um paciente muito espástico.

Achei que se não começássemos cedo, corria o risco de ficar com o quadril deslocado, com necessidade de uma cirurgia ortopédica”, comentou Cristiane.

A mãe de Jonas, Giselli Santos, afirma que o tratamento possibilita ao filho melhoras gradativas significativas.

Percebemos os avanços dele a cada dia, é visível.

Antes ele não mexia os braços e as pernas.

A toxina age na melhora da parte motora e, consequentemente, do intelecto, permitindo o desenvolvimento da capacidade cognitiva.”

Além das aplicações de toxina botulínica, ele faz fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional.

Também recebe estímulos em casa, na escola regular e na especial (Apae) frequentemente.


Como funciona

A toxina botulínica é uma neurotoxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum.

O tratamento com a substância consiste na aplicação de injeções diretamente no músculo.

O efeito é ajudar o músculo a relaxar.

Então temos que selecionar os músculos adequados para a aplicação”, disse Cristiane.

O procedimento deve ser feito por médico capacitado.

Como é um tratamento de alto custo, é preciso que o médico esteja treinado para fazer esse tipo de aplicação, usando o grande potencial da medicação”, acrescentou.

A dosagem deve ser prescrita pelo médico de acordo com as necessidades do paciente.

A toxina botulínica passa a surtir efeito num período de 7 a 10 dias após a aplicação.

Em média, precisa ser reaplicada em crianças num intervalo de seis meses e em adultos a cada quatro meses.

De acordo com a médica que atua no CCR, a toxina botulínica tem várias indicações clínicas e se constitui em mais um recurso em prol da melhoria da funcionalidade e da qualidade de vida dos pacientes.

Não é o tratamento em si, ela faz parte de um processo de reabilitação.

É mais um recurso que utilizamos para facilitar as aquisições motoras do paciente.

Ele precisa ter um programa de atividades para que utilize o efeito da toxina.

Não necessariamente só a fisioterapia, muitas vezes orientamos exercícios domiciliares.”

Como ter acesso ao tratamento
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Segundo Cristiane, o paciente que tenha a indicação de fazer o tratamento da espasticidade ou da distonia com toxina botulínica deve ser encaminhado ao CCR por solicitação médica, via posto de saúde.

O agendamento para uma avaliação no centro é feito pelo sistema de regulação da Secretaria de Saúde.

Alguns colegas no interior do estado também fazem aplicações de toxina botulínica.

O próprio médico faz a solicitação do medicamento e vai para o paciente no município pela Secretaria de Estado da Saúde”, complementou.


Mais informações sobre o CCR:

Rua Rui Barbosa, 780, Bairro Agronômica, Florianópolis
Contatos: (48) 3221-9200 | (48) 3221-9203 | ccr@saude.sc.gov.br


Fonte: - Agência AL



O QUE É TOXINA BOTULÍNICA?
 
A toxina botulínica é uma neurotoxina, produzida pela bactéria Clostridium botulinum.

A Clostridium botulinum é uma bactéria anaeróbia, que em condições apropriadas à sua reprodução (10°C, sem oxigênio e certo nível de acidez), cresce e produz sete sorotipos diferentes de toxina (A, B, C1, D, E, F e G).

Dentre esses, o sorotipo A é o mais potente.

Para fins terapêuticos, é utilizada uma forma purificada, congelada a vácuo e estéril da toxina botulínica tipo A, produzida a partir da cultura da cepa Hall da bactéria Clostridium botulinum.

Esta forma proporciona maior duração dos efeitos terapêuticos. Quando aplicada em pequenas doses, ela bloqueia a liberação de acetilcolina (neurotransmissor responsável por levar as mensagens elétricas do cérebro aos músculos) e, como resultado, o músculo não recebe a mensagem para contrair.

Origem

No final da década de 60, o oftalmologista americano Alan B. Scott, que buscava alternativas para o tratamento não cirúrgico do estrabismo, obteve do Dr. Edward J. Schantz, amostras da toxina botulínica tipo A para testá-la em músculos extra-oculares de macacos.

A experiência foi bem sucedida e Scott publicou seu primeiro trabalho sobre o assunto em 1973,[1] confirmando a toxina botulínica tipo A como uma alternativa eficaz para o tratamento não cirúrgico do estrabismo.

Ainda na década de 70, Scott recebeu autorização do FDA (Food and Drug Administration), órgão que regula o setor de medicamentos dos Estados Unidos para utilizar a toxina em seres humanos, conduzindo estudos durante os anos de 1977 e 1978.

Ele descobriu que o produto, quando injetado, relaxava os músculos.

Deduziu então que uma aplicação local, em determinados músculos, interrompia momentaneamente o movimento muscular anormal e, dessa forma, corrigia o problema.

E foi a partir do uso terapêutico, que surgiu o uso cosmético. Quando o casal canadense Jean e Alastair Carruthers, oftalmologista e dermatologista respectivamente, observou a melhora das rugas em pacientes tratados para indicações terapêuticas, como blefaroespamo, iniciaram os primeiros estudos na área. Deste então, o uso cosmético da toxina botulínica tipo A evoluiu e se expandiu em todo mundo.

Marcas

XEOMIN®

O Xeomin® é uma neurotoxina botulínica tipo A inovadora produzida pela Merz Pharmaceuticals. Xeomin® é destinado ao tratamento sintomático do blefarospasmo, da distonia cervical com componente rotacional predominante (torcicolo espasmódico) em adultos e espasticidade dos membros superiores em adultos. O Xeomin® é a primeira formulação de neurotoxina botulínica tipo A que é completamente livre de complexos proteicos. Xeomin® também está indicado para a melhora temporária da aparência das linhas faciais hipercinéticas.

BOTOX®

Botox é a marca referência da toxina butinolina tipo A, produzida pela farmacêutica americana Allergan.
No Brasil, a marca BOTOX® foi aprovada em 1992 para indicações terapêuticas e, em 2000, para o tratamento de rugas e hiperidrose axilar e palmar. Mas por ser a primeira aprovada, BOTOX® tornou-se muito conhecida e, por isso, sinônimo do procedimento.
Nos Estados Unidos, ela foi aprovada em 2002 pelo FDA (Food and Drug Administration) para o uso cosmético e em 2004 para hiperidrose até hoje é a única marca de toxina botulínica tipo A aprovada para esse fim naquele país.

Outras Marcas

BOTULIFT® (Bergamo); PROSIGNE (Cristália); XEOMIN (Merz)

Indicações

Dentre as indicações da toxina botulínica tipo A aprovadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) estão distonias; desordens autônomas caracterizadas por hipersecreção; uso cosmético; hiperatividade muscular involuntária; desordens dolorosas musculoesqueléticas; dor de cabeça[3]

Como em estrabismo, blefaroespasmo, espasmo hemifacial, distonias, espasticidade e bruxismo. Além das indicações terapêuticas, o medicamento é amplamente conhecido no tratamento de linhas faciais hipercinéticas e para o tratamento da hiperidrose palmar, plantar e axilar.

A toxina botulínica é também utilizada para tratamento em crianças com problemas musculares. Esta toxina permite, que depois de aplicada na zona em causa (ex: pernas), a criança tenha mais flexibilidade muscular.

Aplicada diretamente nos músculos comprometidos, a toxina provoca um relaxamento e bloqueia a atividade motora involuntária, o que reduz a dor e aumenta a amplitude de movimento dos pacientes. O relaxamento e a melhora na movimentação são fundamentais em todas as etapas do tratamento – permitem que o fisioterapeuta maneje os membros afetados, por exemplo.

O tratamento com a toxina pode reduzir o uso de medicação antiespástica e, inclusive, retardar ou evitar intervenções cirúrgicas.

Uso Estético

A toxina botulínica tem sido utilizada para tratamento de rugas de expressão, sorriso deprimido, e também para tratamento de hiperidrose palmar e ou axilar.
O efeito começa após 24 horas da aplicação e é bem notável após 3 dias. Se necessário alguma complementação, esta deverá ser realizada 20 dias após a aplicação.

Em 2007, os tratamentos estéticos não-cirúrgicos lideraram o ranking do ASAPS (Sociedade Americana de Cirurgia Plástica e Estética) com 9.621.999 procedimentos realizados.

Entre os que se destacam como os mais populares e os mais procurados são a aplicação com Toxina Botulínica Tipo A (2.775.176) e o preenchimento com ácido hialurônico (1.448.716).

Os dados confirmam a tendência de que os pacientes buscam tratamentos mais simples, práticos e não-invasivos. Ao todo, em 2007, os tratamentos não-cirúrgicos atingiram 82% dos procedimentos estéticos, contra os 18% restante, que foram cirúrgicos. Desde 1997, estes dados representam um incremento de 754% para os procedimentos não cirúrgicos contra 114% para os cirúrgicos.

As mulheres representam o público que mais procura o procedimento, mas a preferência dos homens também cresce de forma interessante (91% mulheres e 9% homens). A faixa de idade em que se concentrou o maior número de tratamentos compreende pessoas entre 35 e 50 anos (46% do total), seguido pelas pessoas entre 19 e 34 anos (21% do total), mais de 65 (6% do total) e por último, menos de 18 anos (menos de 2% do total).

Tratamento Para Doenças Urológicas

A toxina botulínica tipo A pode ser usado para Doenças Urológicas como incontinência urinária e bexiga hiperativa.Ela é aplicada diretamente na parede da bexiga, fazendo com o que haja um relaxamento temporário da musculatura, um controle da vontade de urinar e, acima de tudo uma melhora na qualidade de vida do paciente, que retorna às suas atividades rotineiras sem vergonha ou medo de que ocorra uma libertação acidental e involuntária de urina.

Botox na Odontologia

A toxina botulínica vem sendo usada cada vez mais pelos dentistas para o tratamento principalmente do bruxismo e correção do sorriso gengival. Para o bruxismo a toxina é injetada no músculo masseter para reduzir sua potência e estimulo para o bruxismo com resultados surpreendentes. Para o sorriso gengival a toxina é injetada no musculo responsável pelo levantamento do lábio superior em pessoas que mostram demasiadamente a gengiva quando sorriem.
Efeitos Adversos

Efeitos Fora do Alvo
 
Os efeitos da toxina botulínica podem, em alguns casos, ser observados à distância do ponto de injeção. Os sintomas que são consistentes com o mecanismo de ação descrito para a toxina botulínica foram reportados de horas a semanas após a injeção, e podem incluir fraqueza muscular, ptose, diplopia, visão borrada, flacidez facial, desordens de deglutição e fala, constipação, aspiração, pneumonia, dificuldade respiratória e depressão respiratória.

A dosagem aplicada para fins terapêuticos e estéticos é muito pequena e incapaz de desencadear as reações do envenenamento alimentar do botulismo. Contudo, a agência Food and Drug Administration (FDA) emitiu um alerta para o uso do medicamento após a ocorrência alguns casos de efeitos colaterais severos registrados em pacientes após o uso do fármaco.

Envenenamento

A toxina botulínica A é o veneno letal mais conhecido, um milhão de vezes mais mortífero que a dioxina, o veneno mais letal produzido pelo homem.

Para a toxina butinolina A, a dose letal que matará 50% de uma população teste é de meros 0,00000003mg da substancia por quilo de peso corporal. Estima-se que 28g poderia matar cem milhões de pessoas.

Desnaturação

A toxina botulínica sofre processo de desnaturação em temperaturas maiores do que 80 °C.

Referências.
Alan B Scott, Carter C Collins: "Division of Labor in Human Extraocular Muscle". Archives of Ophthalmology, vol. 90, no. 4, pg. 319-322. Outubro de 1973.
Caetano, Norival. BRP- guia de remédios 2016/17. [S.l.: s.n.], 2016. ISBN 978-85-8271-293-1
«Bula Para Profissionais de Saúde» (PDF). 22 de setembro de 2015. Consultado em 22 de setembro de 2015
«FDA adverte para uso do Botox». 13 de fevereiro de 2008. Consultado em 13 de fevereiro de 2008
Jay, James M., Loessner, Martin J., Golden, David A. (2005). «Chapter 24: Food Poisoning Caused by Gram-Positive Sporeforming Bacteria». Modern Food Microbiology: Seventh Edition. New York: Springer Science + Business Media, Inc. p. 581. ISBN 0-387-23180-3


FONTE: - WILQUEPEDIA











3 comentários:

  1. A toxina botulínica funciona mesmo, digo isso porque a mais de 2 anos faço tratamento com ela para melhorar os movimentos e a sua extensão, comecei o tratamento com a minha neurologista a dra Bruna com aplicações com intervalo de 2 em 2 meses, depois de 3 em 3 meses e atualmente estou fazendo de 4 em 4 meses desse período pra estou conseguindo manter e melhorar os meus movimentos; mas depois das aplicações é necessário muita fisioterapia e alongamentos para estimular cada vez mais a musculatura; estou satisfeito com os resultados que estou conseguindo.

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  2. Estou fazendo uso da topinar botulinica após um AVC e os movimentos estão comeando a melhorar muito estou satisfeito com os resultados que vem apresentando

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  3. Como faço pra concegui as aplicacao pra minha filha ela e especial e precisa fazer a aplicacao no musculo do pe ?

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