Acreditar em si mesmo

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sábado, 25 de fevereiro de 2017

Especialistas defendem uso do cateter hidrofílico.

Cônsul Geral da Dinamarca, Eva Bisgaard Pedersen


Especialistas defendem uso do cateter hidrofílico.


O Consulado Geral da Dinamarca em São Paulo, em parceria com a Coloplast, promoveu o workshop “Cuidado em Saúde Urológica para Lesados Medulares.

O evento contou com a participação de médicos da Sociedade Brasileira de Urologia, lesados medulares que fazem o procedimento de esvaziamento da bexiga, enfermeiros estomaterapeutas, políticos e entidades parceiras.

A Cônsul Geral da Dinamarca, Eva Bisgaard Pedersen, mostrou aos participantes como a Dinamarca trata os lesados medulares.

Desde o início da década de 90, novo protocolo de tratamento oferece aos pacientes dois centros especializados, um no oeste do País e outro em Copenhagen.

Além de tratamento, as entidades colaboram na inclusão social. Mais de 50% dos lesados medulares trabalham.

O cateterismo intermitente é o método adotado na maioria dos casos.

O Diretor-Geral da Coloplast do Brasil, Everson Soares, disse que a empresa desenvolve produtos para pacientes que precisam de cuidados íntimos, desde 1957.

Neste ano, no Brasil, já atendemos mais de 12mil pacientes no Programa Ativa “, destacou.

A enfermeira estomaterapeuta Gisela de Assis falou sobre a introdução ao cateterismo intermitente e cateter hidrofílico e o urologista José Carlos Truzzi, da SBU, desmitificou o esvaziamento da bexiga.

Os profissionais de saúde explicaram que o cateter hidrofílico oferece menos chance de infeção, de hospitalização, evita sangramento e estreitamento da uretra.

O cateterismo intermitente traz independência e socialização ao lesado medular”, afirmou o médico.

Em 1990, o policial militar Alexandre Miragaia foi baleado e ficou tetraplégico.

Sem orientação e com pouco contato com outros cadeirantes não sabia que precisa fazer o cateterismo intermitente, procedimento para esvaziar a bexiga várias vezes ao dia.

Passou anos com problemas de saúde e foi internado várias vezes.

Ele começou a fazer o cateterismo quando entrou na Associação dos Policiais Militares Portadores de Deficiência do Estado de São Paulo.

Depois que conheci o cateter hidrofílico nunca mais fui internado”, disse.

Deputado Eduardo Barbosa

O presidente da Subcomissão de Saúde e presidente da Comissão de Direitos da Pessoa com Deficiência da Câmara Federal deputado Eduardo Barbosa, se comprometeu a iniciar as discussões sobre a distribuição do cateter hidrofílico pelo governo.

Já perdi muitos amigos com insuficiência renal.

Espero que tenhamos desdobramentos desse assunto na Câmara”, falou o deputado.

No Brasil, segundo estimativas do Ministério da Saúde, há cerca de 6 mil novos casos de lesão medular todos os anos.

Cerca de 80% das vítimas são homens jovens, que podem ter o controle da bexiga afetado.

Esse órgão pode se comportar de maneira desconexa, resultando em perda urinária frequente e esvaziamento incompleto.

O resíduo de urina não eliminado propicia a multiplicação bacteriana o que causa infecção urinária e pode refluir para os rins, podendo levar a perda de sua função.

O resíduo de urina pode ser removido de maneira simples e segura pela própria pessoa com lesão medular por meio de um procedimento mundialmente recomendado: o cateterismo intermitente, que consiste na introdução de um cateter, que é um tubo transparente, através da uretra para esvaziar a bexiga.

O procedimento deve ser feito de quatro a seis vezes ao dia.

O workshop foi realizado nesta segunda-feira (24/10), no Hotel Renaissance, em São Paulo.

O workshop no Hotel Renaissance contou com estrutura completa

Sobre a Coloplast

Multinacional dinamarquesa presente em mais de 132 países, foi fundada em 1957, emprega mais de 10.000 funcionários pelo mundo, cujo negócio inclui soluções para Estomia, Urologia e Incontinência, e Cuidados de feridas e da pele.

Elise Sørensen, uma enfermeira dinamarquesa, percebendo os problemas de sua irmã Thora, que foi submetida a uma operação de estomia, passando a temer sair de casa pelo risco de sua estomia vazar em público, criou a primeira bolsa adesiva de estomia do mundo: uma bolsa que não vazava.

No Brasil, a Coloplast está presente desde 1989, e desenvolve produtos e serviços que tornam mais fácil a vida para pessoas com necessidades em cuidados íntimos de saúde.

Em 2012, 2013, 2014 e 2015, a Coloplast foi eleita em pesquisa realizada pela consultoria independente Patient View, a empresa de Dispositivos Médicos com a melhor reputação no mundo por mais de 400 grupos pacientes.

Em 2012 e 2013, foi eleita pelo Instituto Ethisfere uma das empresas mais éticas e por 3 anos consecutivos, está entre as 50 empresas mais inovadoras do mundo segundo o ranking da Forbes.

Desde 2010, o programa de atendimento gratuito, Coloplast Ativa, oferece suporte ao paciente desde o primeiro momento durante a reabilitação até o seu dia a dia em casa, através da visita de enfermeiros especializados.


Fonte - blog do cadeirante




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Mais de 100 motivos para comemorar a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência.

Por Priscila Torres

Criação de um cadastro para facilitar a elaboração de políticas públicas, aumento na punição para quem desrespeita direitos de pessoas com deficiência e proibição de atos discriminatórios, como cobrar mensalidade mais cara de alunos com deficiência.

Esses são apenas alguns dos muitos avanços históricos da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI), que foi sancionada pela presidenta Dilma Rousseff em 2015 e entrou em vigor no início desse ano.

Também chamada de Estatuto da Pessoa com Deficiência, a lei possui mais de 100 artigos, todos com um objetivo único; promover equiparação de oportunidades, autonomia e acessibilidade a esse segmento da população brasileira.  

A LBI é resultado de um trabalho que envolveu a sociedade civil e o governo federal.

A Lei Brasileira de Inclusão é o compromisso da sociedade brasileira em reafirmar a dignidade das pessoas com deficiência.

A LBI inova ao disciplinar como o poder público e a sociedade devem assumir suas responsabilidades no tratamento das pessoas com deficiência em igualdade de condições com as demais pessoas”, avalia secretário nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Secretaria de Direitos Humanos, Antônio José Ferreira.

Para o coordenador geral de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Wederson Santos. faltava um marco legal para mudar efetivamente a realidad das pessoas com deficiência.

A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU, que no Brasil tem status constitucional desde 2009, já tinha afirmado a deficiência como componente da experiência humana.

A Lei Brasileira de Inclusão é esse marco legislativo que faltava para inaugurar um novo tempo para as pessoas viverem sem discriminação e injustiças.

Conheça alguns dos principais avanços da LBI:

A - Criação do Cadastro Inclusão: funcionará nos moldes do Cadastro do Sistema Único de Saúde. Coordenado pela Secretaria de Direitos Humanos, reunirá informações das pessoas com deficiência para que o governo federal tenha um banco de dados completo sobre esse público e possa elaborar políticas públicas com mais efetividade.

B - Mudança na avaliação de pessoas com deficiência que reivindicam benefícios e direitos sociais: até o ano passado, essa avaliação era feita apenas por um profissional médico.

Agora, com a lei, é necessário que esse trabalho seja executado por uma equipe multidisciplinar, composta por diferentes profissionais, que levem em conta, além da deficiência, aspectos como a realidade social, as barreiras enfrentadas pela pessoa que reivindica o benefício e fatores psicológicos.

C - Proibição de práticas discriminatórias: qualquer prática que discrimine a pessoa com deficiência passa a ser proibida.

Agora, uma escola que quiser cobrar mensalidade mais cara de alunos com deficiência, além de proibida, estará sujeita a punição.

D - Punição agravada em caso de apropriação de benefícios: a LBI considera crime se apropriar de cartões de benefícios sociais ou previdenciários para receber em nome da pessoa com deficiência.

E a pena é aumentada em um terço quando quem comete o crime é o cuidador.

E - Punição por abandono: abandonar a pessoa com deficiência em hospitais, casas de saúde e abrigos também é considerado crime, independentemente da idade de quem sofre o abandono.

F - Multa mais cara: estacionar indevidamente em vaga reservada para pessoa com deficiência ficará mais caro. O valor da multa deverá ser sinalizado na vaga.

G - Auxílio-inclusão: quando for regulamentado, favorecerá a inclusão de pessoas com deficiência beneficiárias da assistência social no mercado de trabalho.

H - Acessibilidade: fica garantida nos processos seletivos para acesso ao ensino superior e para aquisição de carteira de habilitação.

Nesse último caso, também fica obrigatória a presença de intérprete de Libras quando houver a necessidade.

I - Acesso: projetos e construções de edificação de uso privado multifamiliar, como condomínios, devem obrigatoriamente atender aos preceitos de acessibilidade e garantir percentual mínimo de unidades internamente acessíveis.

J - Facilitador: A LBI autoriza pessoas com deficiência a sacarem recursos do FGTS para compra de órteses e próteses.

Clique aqui para acessar a íntegra da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência:



Priscila Torres*

Jornalista, motivada pelo diagnóstico de Artrite Reumatoide aos 26 anos, enquanto atuava como enfermeira, estava acostumada a lidar com a dor, porém, a dor dos outros.

De repente a dor passou a ser minha companheira. Troquei o cuidar assistencial pelo cuidar informacional e escrevi o Blog Artrite Reumatoide, para compartilhar a minha dor, aprendi então, que Dor Compartilhada é Dor Diminuída.

Hoje sou Patient Advocay, Arthrtis  Consumer, presidente do Grupo Encontrar, vice presidente do Grupo RP, Idealizadora dos Blogueiros da Saúde e uma eterna mobilizadora social em prol da qualidade de vida das pessoas com deficiência crônicas no Brasil.
 
http://www.artritereumatoide.blog.br



Fonte - pessoa com deficiência   artritereumatoide.blog.br



 



Um comentário:

  1. Esse cateter hidrofílico evita as constantes infecções urinárias que nos cadeirantes que usamos o cateter comum, o qual requer um procedimento bem especifico de manuseio e mesmo assim ainda provoca infecções urinárias, que é um tormento para nós cadeirantes. Espero que o cateter hidrofílico chegue logo ao ministério da saúde e beneficíe as pessoas de baixa renda.

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