PENSAMENTO
Toda
coisa grande, majestosa e bela neste mundo nasce e se forja no
interior do homem, graças a uma única ideia e a um único
sentimento.
Todos
os acontecimentos verdadeiros e positivos que nos legaram os séculos
passados foram, antes de se realizar, uma ideia oculta na razão e na
mente de um homem ou um sentimento sutil no coração de uma mulher.
As
fatídicas guerras, mananciais de um caudaloso rio de sangue
inocente, foram o produto de um sonho que se incubou no cérebro de
um homem.
Os
acontecimentos bélicos e as guerras dolorosas que destruíram tronos
e derrubaram reinos surgiram de uma ideia absurda na mente de um só
homem.
Os
ensinamentos sublimes que transformam o curso da vida humana são
inclinações românticas no espírito de um só homem que, pelo seu
gênio, é considerado estranho ao seu ambiente.
Uma
só ideia ergueu as pirâmides.
Um
sentimento fatal destruiu Tróia.
Uma
só palavra incendiou a biblioteca de Alexandria.
Um
pensamento que se apodera de nós na quietude da noite nos conduz à
glória ou à loucura.
Uma
palavra pode nos converter em ricos depois da pobreza e em
paupérrimos depois da opulência.
O
pensamento é força criadora.
Antes
de se concretizar qualquer coisa no mundo, o pensamento a concebeu,
idealizou e lhe deu forma, na mente de um homem.
Antes
de surgirem as maravilhosas obras de engenharia, um pensamento as
concebeu.
Assim
foi com a fabulosa muralha da China, que continua a atrair turistas
do mundo inteiro.
Assim
foi com a extraordinária estrada de ferro Curitiba Paranaguá, que
até hoje nos extasia, quer pela ousadia de transpor abismos, quer
pela persistência de avançar através das montanhas, em meio a uma
luxuriante e privilegiada vegetação.
Antes
de serem concretizadas no mármore as grandes figuras de Moisés, a
Pietá, o pensamento de Michelangelo as idealizou, permitindo depois
que as suas mãos despissem a pedra bruta, retirando-lhe os excessos,
para dela extrair a beleza que admiramos.
Antes
de se transformarem em telas famosas, todos os quadros que se
encontram nos museus, nos palácios ou no interior das nossas
residências, nasceram no pensamento dos seus pintores, que se
serviram de tintas, pincéis, técnica específica para as
concretizar aos nossos olhos.
Quando
observamos, nas noites enluaradas, a abóbada celestial e sentimos o
coração pulsar de emoção, pela beleza das luzes que compõem a
glória de Deus:
na
forma de estrelas piscantes;
quando
focamos os telescópios na direção dos corpos celestes, e a ciência
humana vai descobrindo sempre novos mundos, plenos de beleza e
poesia;
quando,
ante a grandeza do Universo que apenas começamos a descortinar,
pensamos na pequenez do nosso globo, da nossa Terra, lar e escola,
pensemos;
tudo
é obra do pensamento criador de Deus, nosso Pai.
Num
momento de luz do Seu pensamento, surgiram as estrelas coruscantes.
Num momento de paz, Ele idealizou o imenso Universo em que nos
movemos.
Num
delicado momento de amor,
Ele
pensou e criou os Espíritos imortais, que somos nós.
Fonte:
- Momento Espírita, a partir do texto O
pensamento,
de Gibran Khalil Gibran, do livro Um
presente especial,
de Roger Patrón Luján, ed. Aquariana. Em 27.4.2013.
PENSAMENTO
E AÇÃO
Conta
a literatura Zen budista que um discípulo acompanhava seu mestre
numa caminhada que os levaria a um rincão distante, onde passariam a
noite.
Conversavam
tranquilamente enquanto andavam a passos cadenciados, quando se
detiveram diante de uma ponte que havia caído.
Observaram
por alguns minutos a situação e perceberam que, se quisessem
prosseguir, teriam que atravessar pelo leito do rio.
Testaram
a profundidade e perceberam que seria possível atravessá-lo, embora
tivessem que fazê-lo com a água pela cintura.
Ao
se prepararem para a travessia, uma voz desesperada de mulher fez com
que ambos se detivessem.
A
mulher também precisava atravessar o rio, mas não se sentia em
condições de enfrentar os perigos da correnteza.
Discípulo
e mestre se entreolharam e, após alguns momentos, o mestre tomou a
mulher em seus braços e adentrou no rio a passos firmes.
O
discípulo, um tanto assustado, seguiu-os.
Chegando
à outra margem, a mulher agradeceu comovida o gesto do seu
benfeitor, despediu-se e se foi.
Novamente
discípulo e mestre caminharam a sós, por quase toda a tarde,
trocando apenas algumas palavras.
Chegaram
ao local onde passariam a noite.
Quando
se recolheram para dormir, o discípulo muniu-se de coragem e
perguntou ao mestre:
Senhor,
desculpe minha intromissão, mas gostaria de uma explicação.
O
senhor carregou uma mulher nos braços e isso é contra nossos
princípios.
O
que o senhor tem a dizer?
O
mestre contemplou o discípulo com olhar sereno e aproveitou para lhe
ministrar um grande ensinamento:
Meu
filho, eu carreguei a mulher nos braços de uma margem à outra do
rio e a deixei lá, e você a conservou no pensamento até agora.
Quem
de nós feriu os princípios?
O
discípulo abaixou a cabeça e, um tanto retraído, pediu permissão
para se recolher.
Muitas
vezes, sem mais detidas reflexões, costumamos agir como discípulo
inexperiente.
Percebemos
uma situação que, aos nossos olhos, merece repúdio e não
hesitamos em lançar o veneno da calúnia sobre os que pensamos
agirem em desacordo com os nossos princípios.
As
Leis Divinas, que são de amor e justiça, julgam sempre pela
intenção e não pelas aparências.
Assim
sendo, é importante que prestemos atenção às mais secretas
intenções que movem os nossos atos.
Nós
até podemos mascarar, aos olhos dos homens, o móvel das nossas
ações, mas as Leis Divinas jamais conseguiremos enganar, por
estarem escritas em nossa consciência.
Jesus
tratou desse tema, quando falou do adultério por pensamento.
O
Mestre de Nazaré deixou bem claro que o que é levado em conta pelas
Leis de Deus é o nosso pensamento, ou seja, os sentimentos que
agasalhamos no fundo da alma.
Dessa
forma, vale a pena ficarmos mais atentos aos nossos pensamentos e
atos, do que nos dos outros, porque Jesus também assegurou que cada
um de nós responderá por si, e não pelos outros.
Fonte:
- Momento Espírita, com base em história narrada em palestra
pública pelo orador espírita Divaldo Pereira Franco. Em 11.07.2008.
PENSAMENTO
E NÓS
Certo
dia, ao chegar da escola, o pequeno Zeca entrou em casa batendo forte
os pés no assoalho.
Seu
pai, que saía para o quintal a fim de fazer alguns serviços na
horta, ao ver aquilo chamou o menino para uma conversa.
Zeca,
de oito anos de idade, o acompanha um tanto desconfiado.
Porém,
antes que seu pai dissesse alguma coisa, o menino falou irritado:
Pai,
estou com muita raiva!
O
Juca não deveria ter feito aquilo comigo!
Eu
desejo tudo de ruim para ele.
Seu
pai, um homem simples, mas portador de grande sabedoria, escuta
calmamente o filho que continua a reclamar:
O
Juca me humilhou na frente dos meus amigos.
Eu
não aceito isso!
Gostaria
que ele ficasse doente sem poder ir para escola.
O
pai escuta calado o desabafo do filho, enquanto caminha até um
abrigo, onde guardava um saco cheio de carvão.
Tomou
o saco de carvão e pediu ao menino que o acompanhasse até o fundo
do quintal.
O
menino o acompanhou, sem entender bem o que estava acontecendo.
O
pai abriu o saco e, antes mesmo que o filho pudesse fazer alguma
pergunta, propôs algo:
Filho,
está vendo aquela camisa branquinha estendida ali no varal para
secar?
Pois
bem, faça de conta que ela é o seu amiguinho Juca, e cada pedaço
de carvão é um mau pensamento seu, endereçado a ele.
Quero
que você jogue todo esse carvão naquela camisa, até o último
pedaço, como se fosse tiro ao alvo.
Quando
terminar, avise-me, que eu volto para ver como ficou.
O
menino achou a brincadeira divertida e pôs mãos à obra.
Todavia,
o varal com a camisa estava longe, e por esse motivo, poucos pedaços
acertavam o alvo.
Após
mais ou menos uma hora, o garoto concluiu a tarefa e gritou por seu
pai.
O
pai aproximou-se devagar, olhou para a camisa e perguntou:
E
então, filho, como está se sentindo agora?
O
filho respondeu prontamente:
Estou
cansado mas feliz porque acertei muitos pedaços de carvão no Juca,
quero dizer, na camisa.
O
pai olhou para o menino, que ficou sem entender a razão daquela
brincadeira, e lhe falou com carinho:
Venha
comigo até meu quarto, quero lhe mostrar uma coisa.
Ambos
se dirigiram até o quarto e o menino foi colocado na frente de um
grande espelho, onde pôde ver seu corpo por inteiro.
Que
susto!
Só
se conseguia enxergar seus dentes e seus olhinhos.
Então
o pai lhe disse com ternura:
Filho,
você viu que a camisa quase não sujou, mas olhe para você...
O
mal que desejamos aos outros é como o que lhe aconteceu.
Por
mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos maus
pensamentos, a borra, os resíduos, a fuligem, ficam sempre em nós
mesmos.
Zeca
sorriu envergonhado e falou:
Vou
tomar um banho e depois... lavar uma certa camisa.
Quando
um pensamento infeliz sai da nossa mente, abre espaço para ali se
instalarem miasmas de enfermidades.
Ao
contrário, quando nossos pensamentos são nobres, é como se suave
bálsamo penetrasse nossa alma, inundando-a de tranquilidade e paz.
Pensemos
nisso.
Fonte:
- Momento Espírita, com base em história publicada na Revista
Espírita Allan Kardec,
nº 34, ano IX. Em 18.08.2008.
PENSAMENTO
E SAÚDE
Mente
sã, corpo são.
Possivelmente,
nunca antes fez tanto sentido o provérbio popular, derivado de
antigo poema romano.
Estudos
e mais estudos têm sido produzidos, ligando a qualidade de nossos
pensamentos à saúde do corpo físico.
Nunca
se falou tanto em somatização.
As
ciências tradicionais ocidentais finalmente encontraram na alma
humana a fonte da saúde e da doença.
Pensamento
e saúde são termos da mesma equação da vida.
Não
existem doenças, mas sim doentes.
O
pensamento em desequilíbrio, a alma enferma e desestabilizada,
produz no organismo o desajuste das células.
Em
contrapartida, a mente sã, povoada de pensamentos de alegria,
cooperação e amor, gera naturalmente, no corpo físico, a harmonia
celular, produzindo saúde em abundância.
Vejamos
alguns exemplos: a ansiedade estimula a secreção de adrenalina, que
sobrecarrega o sistema nervoso e o descontrola;
o
pessimismo perturba o aparelho digestivo e produz distúrbios gerais;
o
medo e a revolta são agentes de úlceras gástricas e duodenais de
curso largo;
da
mesma forma, a tranquilidade, o otimismo, a coragem são estimulantes
que trabalham pela harmonia emocional e orgânica, produzindo
salutares efeitos na vida.
O
homem se torna o que pensa, portanto, o que quer.
Os
pensamentos emitidos atraem ou sintonizam outros semelhantes, nas
mesmas faixas de ondas mentais por onde transitam as aspirações e
os estados psíquicos de toda a Humanidade.
Adicionados
a esses, temos as mentes dos desencarnados que se intercomunicam com
os homens, vibrando nos climas que lhes são afins.
Assim,
levando tudo isso em conta, é importante que nos acostumemos a
pensar de forma edificante.
Assumamos
uma postura vitoriosa.
Atraiamos
pensamentos salutares.
O
cérebro é antena que emite vibrações e as capta incessantemente.
Irradiemos
a ideia do bem, do progresso, da paz, e captaremos, por sintonia,
equivalentes estímulos para o nosso bem.
Quem
pensa em derrota, já perdeu uma parte da luta por empreender.
Quem
cultiva o insucesso, dificilmente enfrentará os desafios para a
vitória.
A
cada momento, adicionemos experiências novas às nossas conquistas.
A
todo instante, pensemos corretamente e somaremos força psíquica
para o êxito de nossa encarnação.
Bem
pensar é a elevada forma de viver.
Alegria
é saúde.
Podemos
diariamente exercitar a substituição de maus por bons pensamentos,
mudando os hábitos mentais, modificando as preferências e escolhas
de leituras, notícias, artes e informações com as quais temos
contato constante.
Só
se pode atirar fora o lixo mental que acumulamos desequilibradamente
nesses tempos, através de novos hábitos, da busca de novas fontes
de sabedoria.
Orai
e vigiai.
- A nobre expressão cristã aplica-se com perfeição neste caso.
A
oração eleva os pensamentos, fazendo-os entrar em contato com
questões mais nobres e profundas da vida.
A
vigilância faz-nos cuidar daquilo que anda em nossa mente, das cores
impressas em nossos muitos pensares diários.
A
qualidade de nossos pensamentos determina a saúde de nosso corpo
físico.
Fonte:
- Momento Espírita. Em 27.10.2011
Não temos noção da força de nosso pensamento; tudo o que fazemos ou decidimos pensamos antes para depois realizar, assim podemos concluir que 50% de tudo que fazemos é pensamento e os outros 50% realização, assim devemos tomar muito cuidado com nosso pensamento porque podemos construir ou destruir.
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