Acreditar em si mesmo

Acreditar em si mesmo

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Pensamento e - ação, nós, saúde





PENSAMENTO





Toda coisa grande, majestosa e bela neste mundo nasce e se forja no interior do homem, graças a uma única ideia e a um único sentimento.



Todos os acontecimentos verdadeiros e positivos que nos legaram os séculos passados foram, antes de se realizar, uma ideia oculta na razão e na mente de um homem ou um sentimento sutil no coração de uma mulher.



As fatídicas guerras, mananciais de um caudaloso rio de sangue inocente, foram o produto de um sonho que se incubou no cérebro de um homem.



Os acontecimentos bélicos e as guerras dolorosas que destruíram tronos e derrubaram reinos surgiram de uma ideia absurda na mente de um só homem.



Os ensinamentos sublimes que transformam o curso da vida humana são inclinações românticas no espírito de um só homem que, pelo seu gênio, é considerado estranho ao seu ambiente.



Uma só ideia ergueu as pirâmides.



Um sentimento fatal destruiu Tróia.



Uma só palavra incendiou a biblioteca de Alexandria.



Um pensamento que se apodera de nós na quietude da noite nos conduz à glória ou à loucura.



Uma palavra pode nos converter em ricos depois da pobreza e em paupérrimos depois da opulência.





O pensamento é força criadora.

Antes de se concretizar qualquer coisa no mundo, o pensamento a concebeu, idealizou e lhe deu forma, na mente de um homem.

Antes de surgirem as maravilhosas obras de engenharia, um pensamento as concebeu.

Assim foi com a fabulosa muralha da China, que continua a atrair turistas do mundo inteiro.

Assim foi com a extraordinária estrada de ferro Curitiba Paranaguá, que até hoje nos extasia, quer pela ousadia de transpor abismos, quer pela persistência de avançar através das montanhas, em meio a uma luxuriante e privilegiada vegetação.

Antes de serem concretizadas no mármore as grandes figuras de Moisés, a Pietá, o pensamento de Michelangelo as idealizou, permitindo depois que as suas mãos despissem a pedra bruta, retirando-lhe os excessos, para dela extrair a beleza que admiramos.

Antes de se transformarem em telas famosas, todos os quadros que se encontram nos museus, nos palácios ou no interior das nossas residências, nasceram no pensamento dos seus pintores, que se serviram de tintas, pincéis, técnica específica para as concretizar aos nossos olhos.

Quando observamos, nas noites enluaradas, a abóbada celestial e sentimos o coração pulsar de emoção, pela beleza das luzes que compõem a glória de Deus:

na forma de estrelas piscantes;

quando focamos os telescópios na direção dos corpos celestes, e a ciência humana vai descobrindo sempre novos mundos, plenos de beleza e poesia;

quando, ante a grandeza do Universo que apenas começamos a descortinar, pensamos na pequenez do nosso globo, da nossa Terra, lar e escola, pensemos;

tudo é obra do pensamento criador de Deus, nosso Pai.

Num momento de luz do Seu pensamento, surgiram as estrelas coruscantes. Num momento de paz, Ele idealizou o imenso Universo em que nos movemos.

Num delicado momento de amor,

Ele pensou e criou os Espíritos imortais, que somos nós.



Fonte: - Momento Espírita, a partir do texto O pensamento, de Gibran Khalil Gibran, do livro Um presente especial, de Roger Patrón Luján, ed. Aquariana. Em 27.4.2013.







PENSAMENTO
E AÇÃO



   Conta a literatura Zen budista que um discípulo acompanhava seu mestre numa caminhada que os levaria a um rincão distante, onde passariam a noite.

Conversavam tranquilamente enquanto andavam a passos cadenciados, quando se detiveram diante de uma ponte que havia caído.

Observaram por alguns minutos a situação e perceberam que, se quisessem prosseguir, teriam que atravessar pelo leito do rio.

Testaram a profundidade e perceberam que seria possível atravessá-lo, embora tivessem que fazê-lo com a água pela cintura.

Ao se prepararem para a travessia, uma voz desesperada de mulher fez com que ambos se detivessem.

A mulher também precisava atravessar o rio, mas não se sentia em condições de enfrentar os perigos da correnteza.

Discípulo e mestre se entreolharam e, após alguns momentos, o mestre tomou a mulher em seus braços e adentrou no rio a passos firmes.

O discípulo, um tanto assustado, seguiu-os.

Chegando à outra margem, a mulher agradeceu comovida o gesto do seu benfeitor, despediu-se e se foi.

Novamente discípulo e mestre caminharam a sós, por quase toda a tarde, trocando apenas algumas palavras.

Chegaram ao local onde passariam a noite.

Quando se recolheram para dormir, o discípulo muniu-se de coragem e perguntou ao mestre:

Senhor, desculpe minha intromissão, mas gostaria de uma explicação.

O senhor carregou uma mulher nos braços e isso é contra nossos princípios.

O que o senhor tem a dizer?

O mestre contemplou o discípulo com olhar sereno e aproveitou para lhe ministrar um grande ensinamento:

Meu filho, eu carreguei a mulher nos braços de uma margem à outra do rio e a deixei lá, e você a conservou no pensamento até agora.



Quem de nós feriu os princípios?


O discípulo abaixou a cabeça e, um tanto retraído, pediu permissão para se recolher.


Muitas vezes, sem mais detidas reflexões, costumamos agir como discípulo inexperiente.

Percebemos uma situação que, aos nossos olhos, merece repúdio e não hesitamos em lançar o veneno da calúnia sobre os que pensamos agirem em desacordo com os nossos princípios.

As Leis Divinas, que são de amor e justiça, julgam sempre pela intenção e não pelas aparências.

Assim sendo, é importante que prestemos atenção às mais secretas intenções que movem os nossos atos.

Nós até podemos mascarar, aos olhos dos homens, o móvel das nossas ações, mas as Leis Divinas jamais conseguiremos enganar, por estarem escritas em nossa consciência.


Jesus tratou desse tema, quando falou do adultério por pensamento.



O Mestre de Nazaré deixou bem claro que o que é levado em conta pelas Leis de Deus é o nosso pensamento, ou seja, os sentimentos que agasalhamos no fundo da alma.



Dessa forma, vale a pena ficarmos mais atentos aos nossos pensamentos e atos, do que nos dos outros, porque Jesus também assegurou que cada um de nós responderá por si, e não pelos outros.




Fonte: - Momento Espírita, com base em história narrada em palestra pública pelo orador espírita Divaldo Pereira Franco. Em 11.07.2008.






PENSAMENTO
E NÓS



Certo dia, ao chegar da escola, o pequeno Zeca entrou em casa batendo forte os pés no assoalho.

Seu pai, que saía para o quintal a fim de fazer alguns serviços na horta, ao ver aquilo chamou o menino para uma conversa.

Zeca, de oito anos de idade, o acompanha um tanto desconfiado.

Porém, antes que seu pai dissesse alguma coisa, o menino falou irritado:

Pai, estou com muita raiva!



O Juca não deveria ter feito aquilo comigo!



Eu desejo tudo de ruim para ele.



Seu pai, um homem simples, mas portador de grande sabedoria, escuta calmamente o filho que continua a reclamar:

O Juca me humilhou na frente dos meus amigos.



Eu não aceito isso!



Gostaria que ele ficasse doente sem poder ir para escola.


O pai escuta calado o desabafo do filho, enquanto caminha até um abrigo, onde guardava um saco cheio de carvão.

Tomou o saco de carvão e pediu ao menino que o acompanhasse até o fundo do quintal.

O menino o acompanhou, sem entender bem o que estava acontecendo.

O pai abriu o saco e, antes mesmo que o filho pudesse fazer alguma pergunta, propôs algo:

Filho, está vendo aquela camisa branquinha estendida ali no varal para secar?



Pois bem, faça de conta que ela é o seu amiguinho Juca, e cada pedaço de carvão é um mau pensamento seu, endereçado a ele.



Quero que você jogue todo esse carvão naquela camisa, até o último pedaço, como se fosse tiro ao alvo.



Quando terminar, avise-me, que eu volto para ver como ficou.


O menino achou a brincadeira divertida e pôs mãos à obra.

Todavia, o varal com a camisa estava longe, e por esse motivo, poucos pedaços acertavam o alvo.

Após mais ou menos uma hora, o garoto concluiu a tarefa e gritou por seu pai.

O pai aproximou-se devagar, olhou para a camisa e perguntou:

E então, filho, como está se sentindo agora?

O filho respondeu prontamente:

Estou cansado mas feliz porque acertei muitos pedaços de carvão no Juca, quero dizer, na camisa.


O pai olhou para o menino, que ficou sem entender a razão daquela brincadeira, e lhe falou com carinho:

Venha comigo até meu quarto, quero lhe mostrar uma coisa.

Ambos se dirigiram até o quarto e o menino foi colocado na frente de um grande espelho, onde pôde ver seu corpo por inteiro.

Que susto!

Só se conseguia enxergar seus dentes e seus olhinhos.

Então o pai lhe disse com ternura:

Filho, você viu que a camisa quase não sujou, mas olhe para você...



O mal que desejamos aos outros é como o que lhe aconteceu.



Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos maus pensamentos, a borra, os resíduos, a fuligem, ficam sempre em nós mesmos.


Zeca sorriu envergonhado e falou:

Vou tomar um banho e depois... lavar uma certa camisa.


Quando um pensamento infeliz sai da nossa mente, abre espaço para ali se instalarem miasmas de enfermidades.

Ao contrário, quando nossos pensamentos são nobres, é como se suave bálsamo penetrasse nossa alma, inundando-a de tranquilidade e paz.

Pensemos nisso.



Fonte: - Momento Espírita, com base em história publicada na Revista Espírita Allan Kardec, nº 34, ano IX. Em 18.08.2008.








PENSAMENTO E SAÚDE



Mente sã, corpo são.

Possivelmente, nunca antes fez tanto sentido o provérbio popular, derivado de antigo poema romano.

Estudos e mais estudos têm sido produzidos, ligando a qualidade de nossos pensamentos à saúde do corpo físico.

Nunca se falou tanto em somatização.

As ciências tradicionais ocidentais finalmente encontraram na alma humana a fonte da saúde e da doença.

Pensamento e saúde são termos da mesma equação da vida.

Não existem doenças, mas sim doentes.

O pensamento em desequilíbrio, a alma enferma e desestabilizada, produz no organismo o desajuste das células.

Em contrapartida, a mente sã, povoada de pensamentos de alegria, cooperação e amor, gera naturalmente, no corpo físico, a harmonia celular, produzindo saúde em abundância.

Vejamos alguns exemplos: a ansiedade estimula a secreção de adrenalina, que sobrecarrega o sistema nervoso e o descontrola;

o pessimismo perturba o aparelho digestivo e produz distúrbios gerais;

o medo e a revolta são agentes de úlceras gástricas e duodenais de curso largo;

da mesma forma, a tranquilidade, o otimismo, a coragem são estimulantes que trabalham pela harmonia emocional e orgânica, produzindo salutares efeitos na vida.

O homem se torna o que pensa, portanto, o que quer.

Os pensamentos emitidos atraem ou sintonizam outros semelhantes, nas mesmas faixas de ondas mentais por onde transitam as aspirações e os estados psíquicos de toda a Humanidade.

Adicionados a esses, temos as mentes dos desencarnados que se intercomunicam com os homens, vibrando nos climas que lhes são afins.

Assim, levando tudo isso em conta, é importante que nos acostumemos a pensar de forma edificante.

Assumamos uma postura vitoriosa.

Atraiamos pensamentos salutares.

O cérebro é antena que emite vibrações e as capta incessantemente.

Irradiemos a ideia do bem, do progresso, da paz, e captaremos, por sintonia, equivalentes estímulos para o nosso bem.

Quem pensa em derrota, já perdeu uma parte da luta por empreender.

Quem cultiva o insucesso, dificilmente enfrentará os desafios para a vitória.

A cada momento, adicionemos experiências novas às nossas conquistas.

A todo instante, pensemos corretamente e somaremos força psíquica para o êxito de nossa encarnação.


Bem pensar é a elevada forma de viver.



Alegria é saúde.


Podemos diariamente exercitar a substituição de maus por bons pensamentos, mudando os hábitos mentais, modificando as preferências e escolhas de leituras, notícias, artes e informações com as quais temos contato constante.



Só se pode atirar fora o lixo mental que acumulamos desequilibradamente nesses tempos, através de novos hábitos, da busca de novas fontes de sabedoria.



Orai e vigiai. - A nobre expressão cristã aplica-se com perfeição neste caso.



A oração eleva os pensamentos, fazendo-os entrar em contato com questões mais nobres e profundas da vida.



A vigilância faz-nos cuidar daquilo que anda em nossa mente, das cores impressas em nossos muitos pensares diários.



A qualidade de nossos pensamentos determina a saúde de nosso corpo físico.







Fonte: - Momento Espírita. Em 27.10.2011












Um comentário:

  1. Não temos noção da força de nosso pensamento; tudo o que fazemos ou decidimos pensamos antes para depois realizar, assim podemos concluir que 50% de tudo que fazemos é pensamento e os outros 50% realização, assim devemos tomar muito cuidado com nosso pensamento porque podemos construir ou destruir.

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