Acreditar em si mesmo

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quinta-feira, 27 de julho de 2017

Nossos sonhos.... na vida.



Sonhos


O que fazemos quando dormimos?

Pergunta muito comum, e para a qual muitos de nós ainda não temos resposta.

Há tantas teorias a respeito do sono e dos sonhos que até confundem as criaturas.

Perguntado aos benfeitores espirituais, em O livro dos Espíritos, sobre o assunto, esses responderam que o sonho é a lembrança do que o Espírito viu durante o sono.

O sono liberta, parcialmente, a alma do corpo permitindo-lhe entrar em relação com o Mundo dos Espíritos.

Através dos sonhos poderemos visitar entes queridos já falecidos, ir a países distantes, entrar em contato com pessoas vivas.

A alma, independente durante o sono, procura sempre seus interesses.

Procura Espíritos inferiores para atividades conjuntas ou vai em busca de conhecimento junto a Espíritos elevados.

Quando dorme o corpo, a alma mantém seu livre-arbítrio, sua livre vontade.

Mas, por que nem sempre nos lembramos dos sonhos?

Será por que não sonhamos?

Sendo o corpo físico constituído de matéria grosseira, dificilmente conserva as impressões que o Espírito recebeu.

Em outras palavras, as vibrações do Espírito parcialmente liberto pelo sono são distintas das vibrações do Espírito revestido do corpo físico.

Isso explica porque, muitas vezes, o sonho é lúcido, repleto de cores, sons, imagens, e quando acordamos perdemos totalmente a lembrança.

Ficamos apenas com as sensações no fundo da alma.

O cérebro, que é o instrumento pelo qual a mente se expressa no corpo físico, é ainda muito grosseiro para registrar as impressões sutis que a mente liberta é capaz de registrar.

É como se o cérebro não conseguisse decodificar as informações que o Espírito captura durante o desprendimento pelo sono.

Por esse motivo é que alguns sonhos nos parecem truncados, sem nexo, ou com grandes lacunas.

É por isso, também, que misturamos coisas e fatos do dia a dia com outras que não dizem respeito ao nosso mundo físico.

Existem pessoas que sonham com determinada situação e essa situação se concretiza no decorrer dos dias.

São os chamados sonhos premonitórios.

O Espírito antevê, durante o sonho, o que irá ocorrer no dia seguinte, nos próximos dias, ou em futuro distante.

Como disse alguém, nós morremos todas as noites através do sono.

Quando, pelo processo da morte, se romperem em definitivo os laços que nos unem ao corpo, o Espírito estará liberto.


No sonho muitos gênios vão buscar inspiração para suas invenções.

Isso explica porque é que uma ideia, não raro, surge em diversos pontos do planeta.

Dessa forma, antes de nos entregarmos ao sono, é conveniente que roguemos a Deus Sua proteção para que possamos ter sonhos instrutivos e saudáveis.


FONTE: - Momento Espírita, com base nos itens 400 a 412 de O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. Feb. Disponível no livro Momento Espírita, v. 1, ed. Fep. Em 05.01.2009.





Sonhos de mãe.


Safiya Hussaini, 37 anos, mulher, negra, pobre, nigeriana.

Aquela é uma mulher sofrida. Mãe de 9 filhos, dos quais perdeu 5 para a malária, vive na casa do velho pai, na mais completa miséria.

Analfabeta e ignorando as leis que deveria obedecer, fôra condenada à morte por apedrejamento, no ano de 2001.

Qual foi o seu crime?

A gravidez fora do casamento.

Safiya deu à luz uma menina chamada Adama.

A condenação era fato, e a pena estava prescrita:

Safiya seria enterrada até à altura das axilas, e depois seria apedrejada até à morte.

No entanto, a lei estabelece que para a execução é preciso esperar que a criança seja desmamada.

Enquanto a mãe amamentava a criança, houve tempo para que pessoas de todo o mundo se mobilizassem para impedir a execução cruel.

Algum tempo depois, uma defesa bem elaborada por vários advogados, conseguiu que o supremo tribunal da Nigéria absolvesse aquela mulher mãe.

Quatro anos depois, ao ser entrevistada por uma rede de televisão brasileira,
Safiya falava, com certo pesar: “perder os filhos foi a coisa mais triste da minha vida, muito mais doloroso do que a ameaça de morte por apedrejamento.”

A nigeriana conta que o medo era seu companheiro inseparável, e que pensava principalmente na filha pequena, que ficaria sozinha se ela morresse apedrejada.

Como a sua história foi notícia no mundo inteiro, comoveu pessoas de bom coração que enviaram recursos para que Safiya pudesse construir uma casa para viver com os filhos.

A construção singela ficou pela metade porque os recursos acabaram, mas o sonho daquela mãe ainda está vivo.

O sonho é simples e não custa muito: ter uma casinha para viver tranquilamente com seus filhos.

Adama, já com quatro anos, aconchegada ao colo da mãe diante das câmeras, nem suspeitava que havia sido a causa de tudo.

Safiya, uma mãe como tantas outras.

O amor pelos filhos acima do próprio sofrimento e da ameaça de morte.

Ser mãe é uma condição que traz algo em comum em qualquer lugar do mundo, não importando a nacionalidade, a cor, a posição social.

E esse algo mais é o amor pelos filhos.

Um coração de mãe é esse santuário seguro onde os filhos encontram refúgio, incondicionalmente.

Nem a penúria, nem a desgraça, nem o pavor da morte, podem extrair de um coração de mãe esse sentimento chamado amor.

Um coração de mãe é a mais sublime harpa viva, de onde se pode ouvir as mais belas canções de ninar...

Os mais belos poemas de ternura...

A mais encantadora melodia de amor e dedicação.

Um abraço de mãe é o mais tranquilo aconchego que se pode almejar...

É o laço de afeto que afugenta o medo, desfaz a tristeza, traz segurança e atrai a esperança...

A abnegação de mãe é a força capaz de modificar o mundo, de reconstruir jardins devastados pela invernada, restaurar corações quebrados e fazer brilhar a luz onde a noite ameaça...

Na figura de Safiya, a mãe pobre da Nigéria, maltratada pelos açoites da dor, pelo preconceito, pela penúria extrema, desejamos fazer uma singela homenagem a todas as mães do mundo...

Mães de filhos ausentes...

De filhos delinquentes...

Filhos encarcerados...

Mães de filhos ingratos...

De filhos desaparecidos...

Filhos meninos e filhos crescidos...

A todas as mães de filhos presentes...

De filhos inteligentes...

Filhos amorosos...

Mães de filhos dos filhos...

Mães de filhos honrados...

De filhos agradecidos...

Filhos desesperados...

Enfim, nossa homenagem sincera a todas as mães da face da terra, mães de todas as raças, de todas as cores, de todas as crenças, de todas as idades...

Mães apenas.


Fonte: - Momento Espírita, com base em reportagem feita pela Rede Globo de Televisão, apresentada no programa Fantástico, no dia 24/04/2005.





Um sonho que findou.


Imagine se um dia o homem inventasse um aparelho para escutar pensamentos! Imagine que esse aparelho pudesse detectar os pensamentos de quem se prepara para nascer.

Se isso acontecesse, é possível que ouvíssemos algo mais ou menos assim:

Enfim, vou realizar o meu grande sonho!

Um sonho grandioso demais para mim.

Para algumas pessoas, pode parecer banal porque, com certeza, elas nem sequer compreendem como ele é precioso.

Mas, é o meu sonho.

O meu desejo mais intenso: viver.

Depois de muitos, muitos planos, muito tempo de expectativa, vou viver!

Vou ganhar a vida como oportunidade inestimável para crescer, aprender, realizar, amar, ter a chance que todos têm de construir e gravar na Terra sua passagem por ela.

Vou nascer.

Faltam alguns meses, mas eu já estou completo há semanas.

O dia de eu ver a luz do sol, de sentir o ar entrar em meus pulmões está perto.

Ah, como deverá estar a cor do céu nessa hora?

Estou ansioso para sentir o cheiro de minha mãe.

Qual a cor dos seus olhos?

O que será que verei primeiro: o seu sorriso de felicidade ou a sua lágrima de agradecimento a Deus?

Quem irá me balançar primeiro no colo, ela ou papai?

Meu pai!

Como será sua voz, suas mãos?

Decerto devem ser grandes, bem maiores do que as minhas.

Assim eu me sentirei bem protegido e amparado.

Vou adorar correr pela casa, procurando você, mamãe.

Vou tomar banho cantando e rir de suas brincadeiras.

Você me verá perder o primeiro dentinho e tomará da minha mão para me ensinar a desenhar as primeiras letras.

E eu vou escrever bem bonito, bem grande, dentro de um coração: mamãe!


Sonho, sonhei até há pouco.

Mas hoje meu grande sonho foi transformado em pesadelo.

Gritei por minha mãe porque ouvi dizer que a gente grita pela mãe, quando está com medo.

E eu tive tanto medo. Gritei.

Mas ninguém me ouviu!

Fui sentindo cada golpe da lâmina afiada.

Encolhi-me, tentei fugir, mas não tinha para onde ir.

O ninho quente de amor se transformou numa câmara ensanguentada de morte.

Nem em todas as guerras se planejou câmara mais eficiente de matar.

Um lugar onde o condenado não tem voz, não pode correr, não tem como se defender e nem querem saber se ele está sentindo alguma coisa.


Sonhei um sonho impossível.

Sonhei um sonho de vida e amor.

Sonhei estar aí, com você, mamãe.

O sonho acabou, a vida foi apagada e uma grande dor ficou em seu lugar.

Já não sei se voltarei a sonhar um dia.

No momento, faço parte daqueles que não têm o direito de sonhar com a vida.

Mas quem sabe você encontre nas crianças que conseguiram viver e foram abandonadas, alguém que tenha sonhado como eu e que está à espera de um colo arrependido e cheio de amor.


Quando formos abençoados pelas missões da maternidade e da paternidade, jamais cogitemos de destruir a vida que ainda não desabrochou no mundo.

Não pensemos nos embaraços e nos problemas que eventualmente tenhamos que enfrentar. Ao contrário, pensemos nas tantas alegrias com que a Divindade nos brindará através das carícias de ternura das mãozinhas delicadas e dos risos infantis que nos encherão os ouvidos.

E não esqueçamos que um dia nós também batemos à porta de um coração materno, rogando pousada.

Porque ele nos acolheu, agora estamos aqui, eu a falar e você a me escutar.

Pensemos nisso.


Fonte: - Momento Espírita, com base no texto Aos que sonham, de Cristina Damma F. Dias, da revista Harmonia, número 84, de outubro 2001. Em 27.9.2013.











Um comentário:

  1. Todos nós em nossa vivência temos sonhos como metas para se realizar profissionalmente ou pessoalmente, mas existe um porém em tudo isso, nem todos os sonhos conseguimos concretizá-los alguns ficam pelo caminho, mas mesmo assim aprendemos muito com eles, o que nos dão forças para continuarmos sonhando e jamais desistirmos de nossos objetivos e metas; necessitamos de algo que nos desafie para podermos seguir em frente.

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