Sonhos
O
que fazemos quando dormimos?
Pergunta muito comum, e para a qual
muitos de nós ainda não temos resposta.
Há
tantas teorias a respeito do sono e dos sonhos que até confundem as
criaturas.
Perguntado
aos benfeitores espirituais, em O
livro dos Espíritos,
sobre o assunto, esses responderam que o sonho
é a lembrança do que o Espírito viu durante o sono.
O
sono liberta, parcialmente, a alma do corpo permitindo-lhe entrar em
relação com o Mundo dos Espíritos.
Através
dos sonhos poderemos visitar entes queridos já falecidos, ir a
países distantes, entrar em contato com pessoas vivas.
A
alma, independente durante o sono, procura sempre seus interesses.
Procura
Espíritos inferiores para atividades conjuntas ou vai em busca de
conhecimento junto a Espíritos elevados.
Quando
dorme o corpo, a alma mantém seu livre-arbítrio, sua livre vontade.
Mas,
por que nem sempre nos lembramos dos sonhos?
Será
por que não sonhamos?
Sendo
o corpo físico constituído de matéria grosseira, dificilmente
conserva as impressões que o Espírito recebeu.
Em
outras palavras, as vibrações do Espírito parcialmente liberto
pelo sono são distintas das vibrações do Espírito revestido do
corpo físico.
Isso
explica porque, muitas vezes, o sonho é lúcido, repleto de cores,
sons, imagens, e quando acordamos perdemos totalmente a lembrança.
Ficamos
apenas com as sensações no fundo da alma.
O
cérebro, que é o instrumento pelo qual a mente se expressa no corpo
físico, é ainda muito grosseiro para registrar as impressões sutis
que a mente liberta é capaz de registrar.
É
como se o cérebro não conseguisse decodificar as informações que
o Espírito captura durante o desprendimento pelo sono.
Por
esse motivo é que alguns sonhos nos parecem truncados, sem nexo, ou
com grandes lacunas.
É
por isso, também, que misturamos coisas e fatos do dia a dia com
outras que não dizem respeito ao nosso mundo físico.
Existem
pessoas que sonham com determinada situação e essa situação se
concretiza no decorrer dos dias.
São
os chamados sonhos premonitórios.
O
Espírito antevê, durante o sonho, o que irá ocorrer no dia
seguinte, nos próximos dias, ou em futuro distante.
Como
disse alguém, nós morremos todas as noites através do sono.
Quando,
pelo processo da morte, se romperem em definitivo os laços que nos
unem ao corpo, o Espírito estará liberto.
No
sonho muitos gênios vão buscar inspiração para suas invenções.
Isso
explica porque é que uma ideia, não raro, surge em diversos pontos
do planeta.
Dessa
forma, antes de nos entregarmos ao sono, é conveniente que roguemos
a Deus Sua proteção para que possamos ter sonhos instrutivos e
saudáveis.
FONTE:
- Momento Espírita, com base nos itens 400 a 412 de O livro dos
Espíritos, de Allan Kardec, ed. Feb. Disponível no livro Momento
Espírita, v. 1, ed. Fep. Em 05.01.2009.
Sonhos
de mãe.
Safiya
Hussaini, 37 anos, mulher, negra, pobre, nigeriana.
Aquela
é uma mulher sofrida. Mãe de 9 filhos, dos quais perdeu 5 para a
malária, vive na casa do velho pai, na mais completa miséria.
Analfabeta
e ignorando as leis que deveria obedecer, fôra condenada à morte
por apedrejamento, no ano de 2001.
Qual
foi o seu crime?
A
gravidez fora do casamento.
Safiya
deu à luz uma menina chamada Adama.
A
condenação era fato, e a pena estava prescrita:
Safiya
seria enterrada até à altura das axilas, e depois seria apedrejada
até à morte.
No
entanto, a lei estabelece que para a execução é preciso esperar
que a criança seja desmamada.
Enquanto
a mãe amamentava a criança, houve tempo para que pessoas de todo o
mundo se mobilizassem para impedir a execução cruel.
Algum
tempo depois, uma defesa bem elaborada por vários advogados,
conseguiu que o supremo tribunal da Nigéria absolvesse aquela
mulher mãe.
Quatro
anos depois, ao ser entrevistada por uma rede de televisão
brasileira,
Safiya
falava, com certo pesar: “perder os filhos foi a coisa mais triste
da minha vida, muito mais doloroso do que a ameaça de morte por
apedrejamento.”
A
nigeriana conta que o medo era seu companheiro inseparável, e que
pensava principalmente na filha pequena, que ficaria sozinha se ela
morresse apedrejada.
Como
a sua história foi notícia no mundo inteiro, comoveu pessoas de bom
coração que enviaram recursos para que Safiya pudesse construir uma
casa para viver com os filhos.
A
construção singela ficou pela metade porque os recursos acabaram,
mas o sonho daquela mãe ainda está vivo.
O
sonho é simples e não custa muito: ter uma casinha para viver
tranquilamente com seus filhos.
Adama,
já com quatro anos, aconchegada ao colo da mãe diante das câmeras,
nem suspeitava que havia sido a causa de tudo.
Safiya,
uma mãe como tantas outras.
O
amor pelos filhos acima do próprio sofrimento e da ameaça de morte.
Ser
mãe é uma condição que traz algo em comum em qualquer lugar do
mundo, não importando a nacionalidade, a cor, a posição social.
E
esse algo mais é o amor pelos filhos.
Um
coração de mãe é esse santuário seguro onde os filhos encontram
refúgio, incondicionalmente.
Nem
a penúria, nem a desgraça, nem o pavor da morte, podem extrair de
um coração de mãe esse sentimento chamado amor.
Um
coração de mãe é a mais sublime harpa viva, de onde se pode ouvir
as mais belas canções de ninar...
Os
mais belos poemas de ternura...
A
mais encantadora melodia de amor e dedicação.
Um
abraço de mãe é o mais tranquilo aconchego que se pode almejar...
É
o laço de afeto que afugenta o medo, desfaz a tristeza, traz
segurança e atrai a esperança...
A
abnegação de mãe é a força capaz de modificar o mundo, de
reconstruir jardins devastados pela invernada, restaurar corações
quebrados e fazer brilhar a luz onde a noite ameaça...
Na
figura de Safiya, a mãe pobre da Nigéria, maltratada pelos açoites
da dor, pelo preconceito, pela penúria extrema, desejamos fazer uma
singela homenagem a todas as mães do mundo...
Mães
de filhos ausentes...
De
filhos delinquentes...
Filhos
encarcerados...
Mães
de filhos ingratos...
De
filhos desaparecidos...
Filhos
meninos e filhos crescidos...
A
todas as mães de filhos presentes...
De
filhos inteligentes...
Filhos
amorosos...
Mães
de filhos dos filhos...
Mães
de filhos honrados...
De
filhos agradecidos...
Filhos
desesperados...
Enfim,
nossa homenagem sincera a todas as mães da face da terra, mães de
todas as raças, de todas as cores, de todas as crenças, de todas as
idades...
Mães
apenas.
Fonte:
- Momento Espírita, com base em reportagem feita pela Rede Globo de
Televisão, apresentada no programa Fantástico, no dia 24/04/2005.
Um
sonho que findou.
Imagine
se um dia o homem inventasse um aparelho para escutar pensamentos!
Imagine que esse aparelho pudesse detectar os pensamentos de quem se
prepara para nascer.
Se
isso acontecesse, é possível que ouvíssemos algo mais ou menos
assim:
Enfim,
vou realizar o meu grande sonho!
Um
sonho grandioso demais para mim.
Para
algumas pessoas, pode parecer banal porque, com certeza, elas nem
sequer compreendem como ele é precioso.
Mas,
é o meu sonho.
O
meu desejo mais intenso: viver.
Depois
de muitos, muitos planos, muito tempo de expectativa, vou viver!
Vou
ganhar a vida como oportunidade inestimável para crescer, aprender,
realizar, amar, ter a chance que todos têm de construir e gravar na
Terra sua passagem por ela.
Vou
nascer.
Faltam
alguns meses, mas eu já estou completo há semanas.
O
dia de eu ver a luz do sol, de sentir o ar entrar em meus pulmões
está perto.
Ah,
como deverá estar a cor do céu nessa hora?
Estou
ansioso para sentir o cheiro de minha mãe.
Qual
a cor dos seus olhos?
O
que será que verei primeiro: o seu sorriso de felicidade ou a sua
lágrima de agradecimento a Deus?
Quem
irá me balançar primeiro no colo, ela ou papai?
Meu
pai!
Como
será sua voz, suas mãos?
Decerto
devem ser grandes, bem maiores do que as minhas.
Assim
eu me sentirei bem protegido e amparado.
Vou
adorar correr pela casa, procurando você, mamãe.
Vou
tomar banho cantando e rir de suas brincadeiras.
Você
me verá perder o primeiro dentinho e tomará da minha mão para me
ensinar a desenhar as primeiras letras.
E
eu vou escrever bem bonito, bem grande, dentro de um coração:
mamãe!
Sonho,
sonhei até há pouco.
Mas
hoje meu grande sonho foi transformado em pesadelo.
Gritei
por minha mãe porque ouvi dizer que a gente grita pela mãe, quando
está com medo.
E
eu tive tanto medo. Gritei.
Mas
ninguém me ouviu!
Fui
sentindo cada golpe da lâmina afiada.
Encolhi-me,
tentei fugir, mas não tinha para onde ir.
O
ninho quente de amor se transformou numa câmara ensanguentada de
morte.
Nem
em todas as guerras se planejou câmara mais eficiente de matar.
Um
lugar onde o condenado não tem voz, não pode correr, não tem como
se defender e nem querem saber se ele está sentindo alguma coisa.
Sonhei
um sonho impossível.
Sonhei
um sonho de vida e amor.
Sonhei
estar aí, com você, mamãe.
O
sonho acabou, a vida foi apagada e uma grande dor ficou em seu lugar.
Já
não sei se voltarei a sonhar um dia.
No
momento, faço parte daqueles que não têm o direito de sonhar com a
vida.
Mas
quem sabe você encontre nas crianças que conseguiram viver e foram
abandonadas, alguém que tenha sonhado como eu e que está à espera
de um colo arrependido e cheio de amor.
Quando
formos abençoados pelas missões da maternidade e da paternidade,
jamais cogitemos de destruir a vida que ainda não desabrochou no
mundo.
Não
pensemos nos embaraços e nos problemas que eventualmente tenhamos
que enfrentar. Ao contrário, pensemos nas tantas alegrias com que a
Divindade nos brindará através das carícias de ternura das
mãozinhas delicadas e dos risos infantis que nos encherão os
ouvidos.
E
não esqueçamos que um dia nós também batemos à porta de um
coração materno, rogando pousada.
Porque
ele nos acolheu, agora estamos aqui, eu a falar e você a me escutar.
Pensemos
nisso.
Fonte:
- Momento Espírita, com base no texto Aos
que sonham,
de Cristina Damma F. Dias, da revista Harmonia,
número 84, de outubro 2001. Em 27.9.2013.
Todos nós em nossa vivência temos sonhos como metas para se realizar profissionalmente ou pessoalmente, mas existe um porém em tudo isso, nem todos os sonhos conseguimos concretizá-los alguns ficam pelo caminho, mas mesmo assim aprendemos muito com eles, o que nos dão forças para continuarmos sonhando e jamais desistirmos de nossos objetivos e metas; necessitamos de algo que nos desafie para podermos seguir em frente.
ResponderExcluir